As fantásticas pontes de Paris

Não é a Torre Eiffel e nem o Arco do Triunfo. Meu cartão-postal favorito de Paris é o Rio Sena. E, pelo que percebi em minhas passagens pela cidade, também parece ser o favorito dos parisienses, que no verão aproveitam as margens do rio para relaxar, fazer um piquenique ou ler um bom livro. Se os franceses curtem, já fica claro que reservar um tempinho para fazer o mesmo pode ser uma ótima ideia.

E quando o assunto é o Sena, as pontes de Paris são as estrelas máximas. Sim, a capital da França é uma cidade tão incrível que lá até uma simples ponte tem o seu charme. 37 delas cruzam o rio Sena dentro de Paris. Duas delas são só para pedestres, duas são para trens e o restante é para gente e carros.

A Wikipedia (em inglês) tem uma lista com as 37 pontes da cidade, para quem deseja conhecer todas. Neste post vou vou destacar as minhas favoritas.

Planeje sua viagem: Saiba em qual região ficar em Paris 

As pontes de Paris, França

Ponte Alexandre III

De longe a minha favorita e dona de uma das vistas mais incríveis da cidade. A primeira coisa que chama atenção na Ponte Alexandre III é a extravagância da decoração: querubins, ninfas e cavalos dourados decoram a ponte, que foi construída em arco e tem duas grandes pilastras de cada lado do rio.

Pontes de Paris

A ponte foi erguida no final do século, para a Exposição Universal de 1900. Foi batizada em homenagem ao Czar Alexandre III, da Rússia. O filho dele e o último dos Czares russos, Nicolau II, foi o responsável por lançar a pedra fundamental da ponte.

Pontes de Paris

A ponte Alexandre III é figurinha repetida nos filmes que se passam na cidade. Já apareceu em Meia-Noite em Paris, no desenho animado Anastasia e até num dos muitos oo7.

As pontes de Paris, França

Ponte da Concórdia

Pertinho dali fica a Ponte da Concórdia, que liga a praça de mesmo nome ao outro lado do Sena. É um pouco mais antiga: foi planejada em meados do século dezoito e inaugurada em 1791, com o nome de Ponte Luís 16 (alterado por motivos de revolução e decapitação do tal rei Luís).

Em 1810, Napoleão ordenou que estátuas de oito importantes generais franceses fossem colocadas na ponte. Anos mais tarde a coleção de estátuas já era tão grande que o governo achou que a ponte poderia não suportar o peso, por isso resolveu transferir tudo para o Palácio de Versailles. Na década de 1930 a largura do ponte foi ampliada para aguentar o tráfico de automóveis.

Veja também: Os principais pontos turísticos de Paris

Ponte da Concórdia, Paris

Ponte das Artes

Só para pedestres, essa é uma das pontes favoritas dos turistas. Tudo por causa da moda de colocar cadeados nas grades da ponte, simbolizando o amor de um casal. Depois que uma das grades da ponte desabou, alguns meses atrás, a prefeitura de Paris removeu os cadeados e passou a coibir a prática.

A Ponte liga o Louvre ao lado oposto do Sena e também não fica muito longe das duas últimas. Foi erguida no começo do século 18, durante o reinado de Napoleão, e foi a primeira ponte metálica de Paris. A original foi substituída na década de 70, após sofrer com a ação do tempo e com as bombas das duas grandes guerras mundiais.

Pontes das Artes, Paris

Foto: Inocybe/Piero d’Houin, Wikimedia Commons

Ponte Neuf

Ponte Neuf, ou Ponte Nova, em bom português. O que é uma contradição, já que atualmente essa é a ponte mais antiga de Paris: a construção começou em 1578 e terminou em  1607. O novo do nome foi dado por conta de outras pontes, ainda mais antigas, que hoje não existem mais.

A Ponte Neuf liga as duas marges do Sena e passa pela Île de la Cité, o coração da Paris Medieval e onde está a famosa Catedral de Notre Dame. Por isso, costuma ser passagem obrigatória para todo mundo que visita Paris. Avistá-la, com a catedral ao fundo, é um dos pontos altos do passeio de barco pelo rio Sena.

Pontes de Paris

Pont de l’Archevêché

Outra que fica na região da Île de la Cité e que tem vistas espetaculares da Catedral de Notre Dame. Foi construída em 1828, em substituição de uma outra ponte que ficava por ali.  Essa ponte de pedra tem 68 metros de cumprimento.

Assim como a Ponte das Artes, a l’Archevêché foi tomada pela monda dos cadeados de amor.

Pontes de Paris

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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