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10 coisas que sinto falta da Argentina

Você pode ter passado um fim de semana ou três meses por lá. Não importa: a saudade da Argentina vai te atingir. Por sorte, passagens para Buenos Aires são relativamente baratas, a cidade é incrível e sempre merece mais uma visita. E olha que nem comecei a falar do restante da Argentina, um país cheio de lugares lindos.

Tem cinco meses que eu voltei da Argentina. Como já estou com pelo menos duas viagens para o país no radar, resolvi fazer um compilado com as coisas que sinto falta de lá – em breve será hora de matar a saudade.

Las Empanadas

“O que vamos jantar hoje?” A pergunta era quase inútil, já que as empanadas eram as campeãs na nossa preferência. As do El Sanjuanito, restaurante especializado em empanadas e com filiais na Recoleta e em Palermo, são fantásticas. Mas minha empanada favorita era mesmo a de roquefort da La Continental. Dá fome só de lembrar. 😉

Veja também: Onde comer bem e barato em Buenos Aires

Cerveja de 1 litro

Ok, existe cerveja litrão aqui no Brasil, mas não na frequência da Argentina, onde a garrafa maior é a preferida de bares, restaurantes e supermercados. Quilmes (e Salta) litrão, saudades de vocês.

Vinhos baratos (e ótimos)

Eu pagava cerca de 10 reais na garrafa de vinhos ótimos, no Carrefour que ficava perto da minha casa temporária em Buenos Aires. O mesmo vinho custa 50 reais na Brasil.

Vinho na Argentina é tão barato, mas tão barato, que lá eu tinha coragem até de me esbaldar pelas prateleiras mais caras do supermercado. E ficava barato.

Táxis (muito) baratos

Vai do centro para a Recoleta? De Puerto Madeiro para Palermo? Uma coisa legal de Buenos Aires é que é fácil caminhar pela cidade. E quando a distância for muito grande (ou estiver chovendo), basta ir de táxi. A corrida quase nunca fica cara, pelo menos não no caro padrão Brasil. Essa regra vale também para o restante do país. Não sabe ir? Vá de táxi.

Medialuna com dulce de leche no café da manhã

O café da manhã em hotéis e hostels da Argentina costuma seguir o padrão medialuna + dulce de leche. Por sorte esse padrão é incrível – sinto falta todos os dias. E olha que adoro o padrão brasileiro também.

Fatia de Pizza + fainá

Restaurantes que vendem pizzas na fatia são comuns no Brasil, mas não são nada parecidos com os da Argentina. Veja bem, não estou dizendo qual versão é melhor, só que são coisas diferentes. E sinto falta da versão portenha, que sempre tinha uma pizza napolitana pronta para matar sua fome. E com uma fatia de fainá de acompanhamento, claro.

Preços em geral

Sei que tem crise, inflação e um monte de problemas parecidos com os do Brasil. Sei também que já foi ainda mais barato. Mas a verdade é que o custo de vida na Argentina é muito mais barato que o do Brasil. Sinto falta da época em que eu recebia em reais e ficava rico no câmbio argentino.

Viagens de ônibus

Tá sem grana? Você não precisa viajar de avião – basta ir à rodoviária e pegar um busão. Os ônibus costumam ser espaçosos e confortáveis. Alguns deles têm até refeições incluídas, tudo por um preço camarada.

Eu acho que viajar de ônibus pelo Brasil continua sendo uma boa opção (nossas empresas são bem melhores que as europeias, por exemplo). Mas na Argentina é muito melhor.

Veja também: Como viajar de ônibus pela Argentina

Sarkis

Nada de churrasco. Meu restaurante favorito na Argentina é de comida armênia. O Sarkis parece ser uma unanimidade em Buenos Aires, sendo recomendado por absolutamente todo mundo, do recepcionista do hostel ao blogueiro que mora na cidade.

Muito bom e igualmente barato, jurei que o Sarkis será parada obrigatória toda vez que eu passar por Buenos Aires. Mesmo quando a viagem for só de um ou dois dias. Pretendo cumprir esse juramento.

Não viver nesse calor miserável

O item mais importante desta lista. E autoexplicativo.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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