Para entender o Parque do Caracol, no Rio Grande do Sul, é preciso se lembrar do dia 14 de agosto de 1924. Foi naquela data, depois de décadas de trabalho, que a primeira ferrovia do estado alcançou sua parada final: Canela, que na época era uma vila onde moravam algumas famílias, muitas delas de imigrantes europeus. Mas uma vila importante economicamente, seja por conta das madeireiras da região ou do turismo, que começava a se desenvolver.
Turismo que explodiu de vez assim que chegaram os primeiros trens de passageiros, gente que vinha atrás das belezas coloniais e da natureza exuberante da Serra Gaúcha. Por falar em natureza, uma paisagem logo se tornou o maior cartão-postal de Canela, capaz de transformar essa parte do território gaúcho numa das mais visitadas do sul do país: a Cascata do Caracol.
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Cercada pelo verde da mata fechada, a Cascata do Caracol despenca de 131 metros, formando um cenário deslumbrante. Quando a região começou a entrar no mapa turístico e econômico do estado, a área onde está a Cascata virou uma fazenda e região de exploração das madeireiras. O resultado você pode imaginar: o meio ambiente foi degradado, alguns animais fugiram dali e, pouco a pouco, até mesmo os turistas pararam de chegar.
Para reverter a situação foi criado, na década de 1960, o Parque Estadual do Caracol, uma área de 100 hectares que protege a mata e a Cascata mais famosa do Rio Grande do Sul. Atualmente, 25% desse território é usado para o turismo. O restante segue preservado e sem quase nenhuma interferência humana.
Como é a visita ao Parque do Caracol
Saindo de Gramado, segui na direção de Canela. A cidades estão a cerca de oito quilômetros uma da outra. Pouco antes de chegar em Canela, as placas de trânsito indicam o caminho: é pela estrada do Caracol, também conhecida como RS 466. Mais dez minutos de carro e cheguei. A portaria do Parque já é bonitinha.
Se você não estiver de carro, uma alternativa é ir de ônibus, a partir da rodoviária de Canela, mas são apenas duas saídas diárias em cada sentido, de manhã e no fim da tarde. O BusTour, o ônibus turístico que circula por Gramado e Canela, também deixa na porta do Parque, mas o preço é bem mais salgado. Por falar nisso, se você resolver alugar um carro em Porto Alegre – eu fiz isso em uma ocasião – nesse texto aqui explicamos como garantir a diária do veículo com melhor custo/benefício.
Depois de comprar o bilhete de entrada (em torno de R$ 25), a primeira atração é uma feira de artesanato, mas confesso que não fiquei muito tempo por ali. Corri para o mirante com vista para a Cascata do Caracol.
Ao lado do mirante há um elevador, que leva para um observatório ecológico com vista para todo o parque e 27 metros de altura. O ingresso para essa atração precisa ser comprado separadamente (R$ 12) e há binóculos no alto do observatório. Como eu estava com pouco tempo, optei por não subir.
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Onde ficar em Canela, RS
Há algumas opções de trilhas. A principal delas é a Escada da Perna Bamba, que cumpre o que o nome promete: são quase 800 degraus, ou o equivalente a um prédio de de 44 andares! Imagino que a perna fique bamba mesmo no percurso de volta, mas tem gente que garante que o esforço já é grande na descida. Por isso, a recomendação é levar água e estar preparado para o esforço. Essa escadaria leva ao pé da Cascata do Caracol, mas infelizmente a trilha estava fechada para reforma quando passei por lá, por isso não pude conferir o visual, mas há um relato interessante no blog Viagem Massa.
Além disso, o Parque do Caracol tem trilhas ecológicas (e mais leves), um centro histórico ambiental, que fica numa casa dos anos 50 e que conta um pouco sobre a região, lanchonetes, restaurantes e banheiros. Outra atração, essa interessante para crianças, começa na Estação Sonho Vivo, de onde sai um trenzinho que percorre o parque e conta um pouco da história da região e da chegada dos primeiros imigrantes.
Além da Cascata do Caracol
Que tal ver a Cascata do Caracol do alto de um teleférico? É possível, mas não do parque estadual, mas de uma área ao lado, onde ficam os Bondinhos Aéreos – basta seguir por 500 metros pela mesma rodovia, logo depois de passar da portaria do Parque do Caracol. A entrada é mais salgada, casa dos R$ 40.
Outra opção, também seguindo pela Estrada do Caracol, é conhecer o Parque da Ferradura, a sete quilômetros dali. Essa é outra área de proteção ambiental que está repleta de cachoeiras, cânions e trilhas,
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Cara… a melhor parte é descer a escadaria.
Agora pra subir, meu amigo…
Ainda bem que tem aqueles pontos de descansos no meio do percurso kkkk.
haha! Pois é, a escadaria estava fechada para reforma. Quem sabe na próxima. Já vou me preparar pra isso.
Abraço.