Sem dúvida, todo viajante sonha com aquele dia em que vai achar a promoção mais fantástica do mundo, que a companhia aérea vai te dar um upgrade para a classe executiva ou que o hotel vai te colocar num quarto melhor, sei lá, só porque foram com a sua cara de cansado. Mas essas são grandes alegrias e que não acontecem todo o tempo. Mas há aquelas pequenas alegrias que um turista de longa data sabe apreciar. Por exemplo, eu tive a ideia de escrever este post enquanto, sozinha e carregando minha pequena mala, me dei conta de algumas coisas simples que faziam minha vida muito mais fácil, e, consequentemente mais feliz.
Vamos a elas:
Um dia talvez eu consiga entender por que os projetistas de banheiros em lugares que pessoas frequentam com malas – como aeroportos, rodoviárias e estações de trem – planejam portas que abrem para dentro da casinha. Talvez os leitores homens não tenham que conviver com essa dificuldade. Mas é quase impossível entrar na casinha, colocar a mala e fechar a porta. Depois, para sair, mais um novo contorcionismo e sufoco. Obrigada a quem tem o bom senso de fazer a porta abrir para fora e nos poupar da ginástica que é se organizar naquele espaço diminuto – e potencialmente sujo – com uma porta balançando na cara.
Olha, eu sei que acessibilidade não foi nem nunca vai ser criada para turistas. Mas vou te falar uma coisa: como meu coração se enche de alegria de ver um lugar acessível para idosos ou pessoas com deficiência. Primeiro porque eu sempre penso nos meus avós viajando e como é difícil para eles. Segundo porque eu penso em mim mesma carregando minha mala. Coisas simples, como uma calçada que tem rampa nos cruzamentos com a rua. Tão bobo, mas ajuda tanto.
E, claro, maravilhosas escadas rolantes ou elevadores em estações de metrô, apartamentos, hotéis. Todo mundo aqui sabe o desespero que é chegar num hostel europeu e se deparar com o maior lance de escadas para subir desta vida.
Sabe quando você vai no restaurante e a água é grátis? Não é uma pequena felicidade? Aí tem alguns países que aumentam essa felicidade em 50%, como a Espanha, que te dá comidinhas grátis para acompanhar a bebida. E países mais legais ainda, tipo a Grécia, onde sobremesa grátis não é nada incomum. Me faz colocar o destino eternamente na listinha daqueles de dentro do coração.
“Nós podemos dizer que é meu aniversário e ganhar coisas de graça?”
É de se sentir cliente VIP, sem nunca ter tido cartão platinum gold dark diamond plus…
“Com licença. Eu acho que é melhor eu estar onde outras pessoas não estejam”
Você entra no avião ou no ônibus só pensando em quanto quer dormir. E então as portas se fecham, o transporte segue e não senta ninguém do seu lado. Gente, eu acho que essa é a minha maior alegria da vida e olha que eu nem sou introvertida. Mas só de saber que eu vou ter espaço para esticar as pernas, ficar numa posição mais confortável e não ter que pedir ou dar licença para ninguém sair… nossa, melhor pequena experiência de alegria.
Na mesma vibe antissocial, é uma pequena alegria chegar numa atração em um horário misterioso que não há fila! Ou um local que está surpreendentemente vazio, sem gente, nem carros. Perfeito para tirar fotos. Só de saber que você não vai perder preciosos minutos esperando para entrar ou que não vai ter que disputar a tapas um espaço para ver as coisas – isso enche muito meu coraçãozinho de alegria.
“Eu gostaria de poder entender italiano”
Olha, ninguém no mundo tem obrigação de falar inglês, mas é isso, pessoal, essa foi definida como a língua internacional dos viajantes. Então, espera-se que lugares muito turísticos tenham o cuidado de ter placas de informação em lugares chave, como metrô, cardápios ou placas dos museus. Mas nem sempre é assim – até em Viena tem museu com informações só em alemão! Então, sim, minha maior pequena alegria é estar numa cidade turística que já entendeu que é impossível para visitantes aprenderem toda a língua local e tem informações em mais de um idioma.
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Amo todas essas pequenas alegrias e acrescento uma: cama de baixo no beliche do hostel. Ah... tão bom!
Mas essa da informação em inglês evita mini enfartos. Imagina estar num lugar e não saber nem se informar pra onde ir. Credo. Rsrs
Cama de baixo no beliche é bem maravilhoso mesmo Bia! Exceto se o beliche de cima for ocupado por uma pessoa que ronca e/ou se mexe muito
Quando viajamos com outra pessoa em quarto duplo e só tem a cama é de casal, pelo menos a roupa de cama para nos cobrir, poderia ser de solteiros...É horrível ficar sem a coberta ou ter que puxá-la da(o) companheira (o)...
Oi Lizzie,
Dá para pedir para o hotel fornecer cobertor extra. Nunca vi negarem esse tipo de pedido
Pequena alegria é não parecer ter 65 anos! Eu era a mais velha do grupo, mas ninguém se ofereceu pra subir minhas malas em NENHUM metrô de Paris, Londres, Espanha... Minhas amigas e primas, todas com menos de 60 (!) foram ajudadas o tempo todo. kkkkkkkk Bom tem que ter uma vantagem...
hahaha arrasou!
Minha alegria é imensa qdo a cia aérea troca a minha passagem pra um voo direto ao invés de escalas sem sentido...principalmente qdo vc está voltando de um voo internacional!
Oi Tricia,
Mas isso não é uma pequena alegria, isso é uma alegria imensa, daquelas sortes iguais a ganhar a classe executiva haha
Hahaha ótimas observações, Luíza!
Há várias coisas que me dão pequenas e grandes alegrias durante as viagens, mas uma essencial e que muda completamente o que sinto pela cidade é a hospitalidade/gentileza dos moradores locais. Quebra completamente o clima quando acho que as pessoas são rudes com os turistas. Já o contrário, quando você tá lá naquele momento de perrengue e vem algum queridão te ajudar com a maior disposição, é de se emocionar hehe.
Um abraço e até os próximos posts!
Realmente Mayumi,
Tem lugares que eu passei a amar muito só pela simpatia dos moradores. E o oposto já aconteceu também: eu meio que tenho uma birra com Praga, cidade linda, mas com um pessoal tão mal educado que ficou difícil para mim gostar.
Descobrir que a atração mais cara da cidade é grátis logo naquele único dia que reservamos para visita-la :)
Essa alegria é inenarrável! =D
Luiza, três pequenas alegrias que vocês descreveu tem a ver com acessibilidade. A da acessibilidade para pessoas com deficiência, a das placas bilíngues (acessibilidade linguística) e a porta do banheiro que abre pra fora. E eu queria dizer apenas que, toda acessibilidade facilita o mundo de todo mundo. Um mundo pensado de maneira acessível receber e acolhe as pessoas em suas pequenas necessidades. Pensar num mundo acessível é tentar enxergar o outro e as necessidades dele. Obrigada pelo post. Abs, Sônia
Oi Sônia,
Não tinha me dado conta disso até você apontar! Realmente, um mundo mais acessível a todas as pessoas seria um mundo mais justo e melhor.
Abraço
Isso é verdade, não precisamos de muito para encontrar a alegria, basta está atenta às situações que te agradam.
Uma coisa que fico feliz é quando reservo um passeio com agentes de turismo e eles cumprem tudo que prometeram! :)
Abraço,
Essa de viajar sozinho no bus ou no avião eu me identifiquei na hora! É realmente um alívio quando ninguém senta ao seu lado.
Antisociais unidos!
Itens 2 e 4 para mim são pura alegria!