Último refúgio na área altamente gentrificada do Hackescher Markt, a passagem Haus Schwarzenberg é um beco dedicado à arte urbana e à cultura alternativa, gerenciado por uma organização sem fins lucrativos. Despretensioso, embora um pouco hipster, é preciso dizer, o lugar exala criatividade e é um espaço onde artistas podem exibir seu trabalho longe das galerias tradicionais e comerciais.
O local é formado por um pátio que leva a galerias, estúdios, bar e um pequeno cinema que oferece sessões ao ar livre durante o verão, além do Museu de Anne Frank e outro de Otto Widt, empresário que ajudou a salvar judeus cegos e surdos que trabalhavam em sua fábrica de vassouras durante o nazismo, numa história bem parecida com a de Schindler.
Em 1995, o espaço foi cedido a um grupo de artistas conhecido como “Dead Chickens”. Desde então, artistas locais e de diversas partes do mundo podem expor ali seus trabalhos. Alguns grafites são permanentes, outros ficam por um tempo até que sejam substituídos por novas obras.
O lugar conta ainda com um museu de adesivos no qual qualquer pessoa pode chegar e pregar o seu. Os adesivos são uma verdadeira mania em Berlim e podem ser encontrados em diversas paredes na cidade. É uma forma de arte de rua e expressão urbana que não pode ser multada, ao contrário do grafite. Por isso, a existência de um museu assim em um lugar como esse tem todo o sentido do mundo.
Outros pátios formam a região de Hackesche Höfe. Sua elegância, no entanto, em nada lembra a atmosfera provocadora e alternativa do Haus Schwarzenberg. O complexo foi construído em 1904, como um conjunto de edifícios que se comunicavam entre si através de oito passagens interiores. O projeto foi do arquiteto alemão Kurt Berndt e ali não havia apenas apartamentos residenciais, mas também lojas e oficinas.
Depois da queda do Muro e da crescente valorização da área, no entanto, o lugar se converteu em um centro de interesse turístico, o que atraiu outro tipo de negócios para a região. Hoje é possível encontrar diversos cafés e restaurantes, além de lojas de roupa e de artigos de decoração e design, Starbucks e outras redes. Por isso, o Haus Schwarzenberg é também visto como um lugar de resistência contra a “plastificação” da cidade, que perde em autenticidade quando lugares padronizados tomam conta de espaços onde antes florescia a criatividade.
Como chego nesse beco? Tem algum macete ou estação próxima! Aliás, adoro seus textos <3 Estou indo pra Berlin agora em Agosto 2017 e já estou levando eles comigo para leitura
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