A Grécia é um dos países mais importantes do mundo para a cultura ocidental. E também um dos mais famosos por suas praias de águas azuis cristalinas e casinhas brancas com telhado azul. Mas apesar de Santorini e Mikonos fazerem a fama do país, há muito mais por lá para conhecer! Tanto que eu já estive duas vezes na Grécia e acabei aproveitando para conhecer alguns lugares e ilhas alternativos! Ao mesmo tempo, aproveitando o fato de ter uma amiga grega e meus talentos de jornalista investigativa, organizando as minhas viagens eu aprendi bastante sobre como organizar um roteiro para visitar a Grécia, como escolher as ilhas, quais são os meios de transporte entre um lugar e outro e como lidar com o alfabeto grego.
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A primeira coisa que minha amiga grega me informou quando eu estava organizando a viagem é que eu não precisava me preocupar em reservar nenhum transporte com antecedência. “É só chegar na hora e comprar”, ela disse. De fato, a organização dos sites gregos me levou a acreditar nisso. Entretanto, mais tarde descobri que, em alguns casos, vale a pena comprar antes e garantir um desconto.
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Carro (ou moto)
Para quem vai para qualquer uma das ilhas ou quer explorar mais o interior do país sem passar nenhum perrengue, o jeito é alugar um carro (ou moto, se você for corajoso e quiser se integrar bem na cultura grega). Todas as grandes empresas de aluguel de carros e várias companhias locais oferecem essa opção, a preços bem variados. A diária fica em torno de 20 euros, nos modelos econômicos. Claro, quanto mais tempo de aluguel, mais barato. Dá uma olhada nas nossas dicas de como alugar carro na Europa e economizar!
As estradas não são ruins, mas podem ser estreitas, as placas costumam ter sempre a tradução para o nosso alfabeto, mas o trânsito é meio confuso. Então, se você não tem muita experiência ao volante ou se estressa muito ao dirigir, essa pode não ser a melhor opção para você. Porém, quem quer explorar melhor vários cantos de uma ilha ou as penínsulas de Halkidiki deve considerar o carro, porque facilita a vida.
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Ônibus
O ônibus foi o meu principal meio de transporte em todas as minhas visitas ao país. A parte mais complicada de viajar de ônibus na Grécia é descobrir em quais horários eles passam e de onde partem. Fora isso, esse é o meio de transporte mais comum, já que as linhas de trem são poucas e os trens são lentos. Há um jeito de descobrir todos os horários e informações sobre os ônibus na internet. Basta saber o nome da empresa que organiza esses ônibus: KTEL. Para esse tipo de transporte, não há a menor necessidade de reservar com antecedência, já que não há descontos e quase nenhuma opção de venda online.
A questão é que a KTEL tem um site para cada região ou ilha grega, ou seja, você vai precisar pesquisar em sites diferentes. Neste link estão todos eles. Uma dica: Attikis é Atenas, Thiras é Santorini, Chalkidikis é Halkidiki, Mikonoy é Mikonos e Rodou é Rhodes. Além disso, com toda certeza, o seu hotel nas ilhas gregas terá impresso os horários de ônibus todos.
As águas transparentes de Halkidiki
Caso você queria ir da Grécia para outro país, também há empresas que fazem os trajetos. As saídas, em geral, são de Atenas ou Thessaloniki e para países dos Balcãs. Clique nos nomes das cidades para pesquisar preços e horários.
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Trem
Para quem visita as ilhas apenas, essa não é uma opção. Mas para quem visita a parte continental do país, a empresa que gerencia os trens na Grécia é a Trainose. O site deles tem versão em inglês e permite pesquisar todos os trajetos. Foi de trem que fui de Atenas a Kalambaka, a cidade onde ficam os monastérios de Meteora. Decidi ir de trem porque a viagem é direta e o ônibus só para em uma cidade vizinha. A grande questão é que o desconto é de apenas 4 euros, logo, se você não quiser pagar as taxas do cartão, vale a pena deixar para comprar na estação, poucos minutos antes do embarque.
Estação de Trem de Kalambaka
As estações de trem são desorganizadas e sem informação clara disponível. Sabe aquela bagunça desesperadora, de não saber em qual plataforma seu trem vai sair ou qual é o vagão certo? Pois é, junte isso ao fato de você não falar (e nem ler) grego. Pelo menos dentro do trem é razoavelmente confortável.
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Ferry
A Ferry é o meio de transporte mais comum para quem quer circular entre as ilhas. São várias empresas fazendo diferentes trajetos, em diferentes horários e preços. A passagem da Ferry custa no mínimo 30 euros. Um bom site para pesquisar os horários e preços é o Greek Ferries, que busca entre as principais empresas.
As ferries têm várias classes, de preços variados, que vão desde o Deck, com cadeiras aleatórias não numeradas, até cabines com camas. Também é possível levar carros ou trailers na Ferry. Quem compra com antecedência consegue até 25% de desconto. Aí que fica a grande dica: pesquise as opções no GreekFerries e depois vá no site da empresa escolhida e reserve diretamente lá. Assim você evita pagar a taxa de serviço do primeiro site.
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Avião
Essa é, sem dúvida, a maneira mais rápida de viajar pela Grécia, já que as principais cidades e ilhas têm aeroporto. Não necessariamente é a maneira mais cara, já que além da grega Aegean, várias low costs fazem os trajetos. Por exemplo, eu comprei uma passagem de Rhodes para Atenas por 25 euros pela Ryanair.
White Tower em Thessaloniki
Olá Luiza!
Vou viajar para Atenas no próximo mês, e gostava de lhe perguntar se tem alguma informação de qual o melhor meio de transporte para ir do aeroporto de Atenas (ATH) para o centro da cidade? Obrigada, e parabéns pelo blog?
Boa tarde Luiz,
irei para Grecia em maio, voce sabe me dizer se é possível ir do aeroporto para hotel na região do em Rhodes de transporte coletivo ou onibus executivo com uma mala ? achei o valor de taxi caro pela distancia.
Andrea to indo pra atenas de 27 a 30.5 e depois pra ilha de zakynthos de 30.5 a 3.6. Me manda email no carolzinha.leoli@gmail.com
Pretendo ir a Grécia no final de maio.
Você teria algum contato de guia? Pelo menos para Atenas.
Outra coisa, eu não falo inglês e muito menos grego. Será que consigo me virar? Ou seria melhor não fazer o roteiro e pegar uma excursão (não curto)?
Oi, Luiza!
Você foi sozinha até Meteora? Vc acha que é de boa mulher viajar sozinha pelo interior da Grécia? Obrigada!
Estou muito perdida……vou passar 15 dias em junho de 2107 e quero visitar Mikonos, Santorini, Rhodes, Corfu, Creta e Cefalônia. e nem sei por onde começar……..que lugar vou primeiro? depois vou pra onde?
Boa noite.
Como faço pra chegar de Atenas até a ilha Zakynthos?
E de Atenas para Italia só tem como ir de aviao?
Olá Luiza!!
Estou morando na Inglaterra e vou passar uma semana na Grécia, passando por Corfu e Atenas. Gostaria de tirar uma pequena dúvida: as pessoas lá falam inglês? Existem placas na cidade e informações nas ruas e cardápios de restaurantes em inglês ou pelo menos no nosso alfabeto?
Aproveito para parabenizar pela forma que escreve, muito claro, direto e gostoso de ler!!
Parabéns pelas dicas Luiza e pela sua introdução pessoal me inspirou bastante. Você fez isso em que época? Queria saber se da pra viajar baixa temporada mas que esteja calor suficiente para entrar no mar.
Eu estive na Grécia em jan/14 e gsotaria de complementar algumas coisas sob o meu ponto de vista:
– ILHAS: fui a Rhodes e Santorini e considerei uma ótima escolha, pois com o tempo que eu tinha disponível só podia escolher duas ilhas. E uma é totalmente diferente da outra. Por isso eu penso que se vc quer escolher quais ilhas gregas a visitar pesquise sobre cada grupo de ilhas e escolha entre as que apresentam características bem distintas entre si. Por exemplo: Rhodes faz parte das ilhas do Dodecaneso e tem uma linda cidade medieval, enquanto Santorini faz parte das Cíclades, tendo sido povoada bem mais tarde e tendo o maior atrativo nas paisagens.
– TREM: também fui de Atenas a Kalambaka de trem. Apesar da vísivel e triste decadência da ferrovia na Grécia ainda acho que a viagem de trem dá de 10 a zero na de ônibus. O trem tem espaço, muuuuito espaço, para esticar as pernas e se instalar confortavelmente, desenvolve boas velocidades e quase não tem balanço, além de um vagão lanchonete para tomar um café e fazer um lanche. Quem já pegou ônibus na Europa sabe a desgraça que são: apertados, muitas vezes têm os banheiros interditados, param em todo lugar e sempre tem um “cobrador” chato andando pelo corredor e perturbando. Então – e ainda mais para nós que somos de um país do contra, que acabou com os trens de passageiros e cortou investimento em ferrovias em prol dos ônibus – mesmo com seus pequenos problemas, o trem me pareceu muito melhor.
– FERRY: Há duas opções de passagens: em cabines ou no deck. Se optar por ir no deck vc não terá direto a nada no barco e terá que dormir ou se instalar onde conseguir. Se vc vai fazer uma viagem longa (tipo Atenas-Rhodes) eu recomendo: não queira dar uma de “isso é luxo, eu sou o mochileiro(a) roots, poderia ir até remando”, especialmente no inverno. Eu fui de deck na ida e tive que dormir no chão duro embaixo de uma escada com gente fazendo barulho o tempo todo e passando o maior friozão. Na volta optei pela cabine, com uma bela cama, TV e banheiro com chuveiro e água quente. Se a viagem for longa, deixa de ser mão de vaca e pense em incluir uma cabine na lista de gastos…
– CARRO: aluguei um em Rhodes e outro em Santorini, ambos por um dia. Foi bem susse, ao menos no inverno, pois os preço são baixos e as ilhas estavam meio vazias. Mas no verão deve ser bem diferente. A vantagem em Santorini foi que de carro dá pra conhecer toda a ilha em um dia, pois é bem pequena.