Eu já estive em Roma três vezes, mas foi só na terceira visita que descobri e tive a chance de conhecer as incríveis Termas de Caracalla (ou Caracala, dependendo de quem busca). As termas eram banhos públicos, construídas no tempo do Imperador romano Caracala, entre 212 e 216 d.C, e são a segunda maior construção do tipo em Roma, um exemplo perfeito e muito bem conservado de termas imperiais.
Mesmo com essa descrição para lá de impressionante, as Termas de Caracalla não costumam entrar no roteiro de quem vai a Roma pela primeira vez e faz malabarismo para conseguir encaixar o Fórum Romano, Coliseu, fontes, praças, igrejas e museus. Mas como Roma é Roma, provavelmente há atrações lá para um ano inteiro. E, por isso, se você não conseguir conhecer as Termas (ou vários lugares interessantes) de primeira, não tema: jogue a sua moedinha na Fontana di Trevi e peça para voltar em breve.
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Mas para vocês que ainda estão planejando a viagem, minha sugestão é que incluam as Termas de Caracalla no seu roteiro. Apesar de não estar exatamente no centro histórico, as Termas ficam a uns 900 metros a pé do Circus Máximus e do metrô de mesmo nome. Diferente das Termas de Dioclesano, que são as maiores de Roma, as de Caracalla não tiveram nenhuma influência nas ruínas por conta da construção da cidade (no caso, a Estação Termini) e acabam sendo até hoje o melhor exemplo da dimensão e suntuosidade que eram os banhos públicos da época.
Foram consideradas, no século 5, uma das sete maravilhas de Roma e tinham espaço para receber 1500 pessoas. Pelas ruínas dá para ter uma noção dos salões de 44 metros de altura e mais de 300 de largura. Ficaram em uso do século 2 ao século 6, gratuitas e abertas ao público em geral.
E o que diabo eram essas termas, talvez alguns de vocês se perguntam? Bom, era um espaço com piscinas, de águas quentes e frias, sauna, esportes e áreas de descanso para estudar e ler. Enfim, um legítimo Spa (aliás, o SPA foi de fato uma invenção romana, as três letrinhas significam Sanitas Per Acquam – tipo Saúde pela Água).
A entrada da construção era por um dos quatro pórticos que fica na área norte do prédio. No centro da estrutura, as termas são divididas na ordem sequencial: “Calidarium” (banho quente), “Tepidarium” (banho morno), “Frigidarium” (banho frio) e “Natatio” (piscina de natação). No entorno, nas outras áreas eram encontradas dois ginásios, uma biblioteca e outras salas de usos diversos.
As termas são um dos únicos exemplos de construção da idade antiga em que é possível recuperar parte da decoração interna: ou seja, parte dos mosaicos no chão podem ser reconstruídos e, logo na entrada, há indicações (vindas de manuscritos antigos) sobre as colunas e chão de mármore, mosaicos das paredes, pinturas, afrescos e estátuas.
Além disso, é possível entender um pouco melhor o sistema de dutos d’água, que se alimentavam de um aqueduto principal, o Aqua Antoniana. Aliás, as termas só caíram em desuso porque os Ostrogodos destruíram o sistema hidráulico durante uma guerra. Além disso, as construções até hoje sofrem com os terremotos e já foram reconstruídas algumas vezes.
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Esculturas e fontes das Termas hoje encontram-se em museus italianos. O exemplo mais famoso é a escultura Toro Farnesio, que está no Museu Nacional Arqueológico, em Nápoles. Nas Olimpíadas de Roma,em 1960, o espaço das Termas foi utilizado para as competições de ginástica. Além disso, ali são feitos espetáculos da Ópera de Roma durante o verão: corre que dá para comprar bilhetes ainda – e nem são tão caros.
As Termas de Caracalla abrem diariamente às 9h, mas o horário de fechamento varia ao longo do ano. É ideal consultar o site oficial antes de ir. A entrada custa seis euros e inclui também a visita à Villa dei Quintili e o Mausoleo di Cecilia Metella (ambos na Via Appia), válida por sete dias. O desconto para estudantes e idosos diminui o valor pela metade.
Também dá para alugar um audioguia por 5 euros. Há plaquinhas com informações espalhadas pelo local em inglês e italiano.
O endereço é Viale delle Terme di Caracalla, 52. Metrô: Linha B, estação Circo Massimo e ônibus: n.760, n.628
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Boa tarde!
Farei pela primeira vez uma viagem internacional (Só) e o destino escolhido, foi Roma. As Termas estão na minha lista. Porém, a dúvida que tenho é sobre a imigração (meu único medo, já que não falo outra língua e não encontrei aqui no blog, dicas sobre isso). A sequência após a saída do avião é: Passar pela imigração, "pegar um trenzinho" e buscar as malas? Ou vice versa? Ou não é nada disso? Rsrsrsrs....
Grata.
Oi Gisele,
Tem algumas dicas sim: https://www.360meridianos.com/dica/documentos-para-viajar-para-europa
De qq forma, a sequência costuma ser passar pela imigração e depois ir pegar a mala.
Estive em Roma pela terceira vez em outubro e conheci as termas de Caracala. Impressionante como não divulgam um lugar assim com tanta história.
Verdade Maria, é um segredo muito bem guardado
Olá Luiza , ótima a sua publicação , ja estive em Roma , por 4 dias, porém nem imaginava que existiam essas Termas e outra que vc mencionou. na verdade ja aprendi que das próximas viagens precisarei esgotar as buscas por lugares interessantes e não só os turísticos sempre visitados.Pretendo voltar e vou incluir no meu roteiro com certeza. Valeu a Dica!! Parabéns e obrigada!!
Acontece Eliane! Nunca dá para conhecer tudo assim, de primeira! =D
Também adorei! Quando fui estava bem vazio e por isso silencioso.Ajudou bastante pra tentar imaginar como tudo aquilo funcionava.
=D