10 cidades próximas de Belo Horizonte para conhecer

Não faltam cidades próximas de Belo Horizonte para conhecer e passar o dia. De vilas aconchegantes a parques e museus; de cidades históricas a grutas incríveis. Com uma hora de estrada as opções perto de BH para passear já começam a aparecer. Ou até menos – é só escolher o destino que combina melhor com você.

Cidades próximas de Belo Horizonte para visitar

A forma mais fácil de visitar os lugares desta lista é de carro – se você não tiver veículo próprio, pode valer a pena alugar um.

Neste texto explicamos, passo a passo, como descobrir as locadoras com melhores tarifas para o dia da sua viagem.

Não quer dirigir? Sem problema! Em muitos desses destinos dá para chegar de ônibus. E em alguns deles pode compensar até ir com motoristas de aplicativo.

Não deixe de ler o nosso guia de roteiros pelas cidades históricas mineiras

Quer fazer passeios diferentes em Belo Horizonte mesmo?

Eu organizo duas caminhadas culturais pela cidade: a Boemia e Literatura nos anos 1920 percorre uma BH que não existe mais, usando como fonte de informação os livros de Carlos Drummond, Pedro Nava e companhia. É uma viagem no tempo cheia de histórias incríveis e já esquecidas.

O que fazer em Belo Horizonte: 24 pontos turísticos

O outro passeio é a Nostálgicos FC, uma caminhada cultural que mistura futebol, cervejas especiais e petiscos mineiros – sim, tudo incluso. Na Nostálgicos, o foco é o surgimento do esporte na cidade.

Quer participar? Me chama no Instagram ou clicando aqui.

Macacos, cidadezinha perto de BH

Uma rua principal repleta de bares, restaurantes com mesas cercadas por árvores, uma capelinha simpática e algumas cachoeiras. Essa é a combinação que faz de Macacos, distrito de Nova Lima, um dos destinos de bate-volta favoritos do belo-horizontino.

Macacos é o nome popular – o oficial é São Sebastião das Águas Claras. Chegar lá é fácil. Basta seguir pela BR-356, sentido Rio de Janeiro, e pegar a saída para São Sebastião das Águas Claras à direita, uns 10 minutinhos depois que você sair de BH. Macacos está a apenas 25 km da capital mineira.

Dá para ir de ônibus. A linha 3915 passa no centro de Belo Horizonte e a passagem custa R$ 9 – Quem topar gastar mais também pode ir e voltar de aplicativo. A corrida a partir do centro de BH custa em torno de R$ 60.

O esquema bate-volta é facílimo, mas não faltam pousadinhas para quem escolher passar a noite em Macacos. Pela proximidade, natureza e clima romântico, Macacos lota em datas comemorativas, como o Dia dos Namorados.

Se optar por dormir lá, a Pousada Lua Bonita do Nero tem chalés de pedra super charmosos. A Pousada do Rodrigo, que tem duas unidades na vila, também é bem avaliada. Já os Chalés do Beto são uma opção cercada pela natureza.

Sabará, cidade histórica perto de BH

Apenas 25 quilômetros separam a capital de Sabará. É tão perto que fica difícil explicar por que tantos belo-horizontinos não conhecem esse cantinho repleto de igrejas e casarões coloniais, com destaque para a lindíssima Igreja de Nossa Senhora do Ó, essa aí da foto abaixo.

Vários ônibus levam até a cidade, como as linhas 5502C ou as 4986, 4987 e 4988, todas com pontos no centro de Belo Horizonte. Também dá para ir e voltar de uber, o que custa cerca de R$ 60 o trecho. 

E há também a possibilidade de fazer o passeio junto com Congonhas, com um guia e traslado de e para Belo Horizonte. Clique aqui e saiba mais sobre esse roteiro.

Sabará tem várias igrejas e casarões, bons restaurantes e dois festivais importantíssimos. O da Jabuticaba, que lota a cidade todo fim de ano, e o de ora-pro-nóbis, hortaliça usada em vários pratos da comida mineira.

É outra viagem que funciona muito bem no esquema bate-volta, mas há algumas pousadas por lá, para quem preferir dormir na cidade. Uma alternativa é o Solar dos Sepúlvedas, que funciona num casarão histórico. Já a Pousada Sant’Ana tem piscina e muita área verde.

Veja também:
Tigres, elefantes e torres chinesas no barroco mineiro
O que fazer em Sabará, a cidade histórica mais próxima de BH

Sabará

Inhotim e as atrações próximas de Brumadinho

60 kms separam BH de uma das maiores atrações turísticas do Brasil. Inhotim atrai cerca de 350 mil visitantes por ano – e o centro de arte contemporânea tem tanta coisa interessante que muita gente resolve montar uma base em Brumadinho, cidade onde está Inhotim, para poder dedicar dois dias ao museu.

Mas o bate-volta continua perfeitamente viável. Há duas formas de fazê-lo: você pode ir de ônibus, saindo da rodoviária, ou de van, saindo de um hotel na região da Savassi (reserve seu lugar: 31 3290-9119 / inhotim@belvitur.com.br). As duas custam cerca de R$ 50 por pessoa, ida e volta. De carro fica bem mais econômico (e rápido).

A entrada em Inhotim custa R$ 44 e o estacionamento é de graça. Dá pra fazer o passeio com um guia especializado e traslado de carro de e para a capital. Saiba mais sobre esse roteiro clicando aqui.

O parque não abre às segundas-feiras. Se preferir se hospedar em Brumadinho, uma boa escolha é a Pousada Verde Villas.

Veja também: 
Instituto Inhotim, dicas para visitar o museu
Inhotim, Ouro Preto e Belo Horizonte – roteiro de quatro dias

Inhotim

Congonhas, a cidade histórica dos profetas

Congonhas está a apenas 80 km de Belo Horizonte, ou 1h20, com a Viação Sandra, que faz várias viagens diárias entre a capital dos mineiros e a dos profetas.

Por falar nisso, são os 12 profetas em pedra-sabão que fizeram a fama mundial do Santuário. Projetados por  Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, os profetas são as grandes estrelas do conjunto, declarado Patrimônio Mundial pela Unesco.

A maioria dos turistas vai a Congonhas no esquema bate-volta. E há também a possibilidade de fazer o passeio junto com Sabará, com um guia e traslado de e para Belo Horizonte. Clique aqui e saiba mais sobre esse roteiro.

Se você preferir passar a noite por lá, a Pousada Circuito dos Inconfidentes e o H2 Hotel são algumas das alternativas mais bem avaliadas.

Congonhas

Ouro Preto, Mariana e outras cidades vizinhas de BH

A primeira cidade desta lista em que uma viagem de bate-volta é um desperdício. O ideal é passar pelo menos uma noite em Ouro Preto, para aproveitar tudo que a região oferece. E quem ficar mais tempo não terá do que reclamar.

Dito isso, se esse é o tempo que você tem, dá para conhecer Ouro Preto em apenas um dia. Não faltam restaurantes e bares por lá: o número só é menor que o de construções coloniais e, claro, ladeiras.

A Viação Pássaro Verde faz o trajeto BH – Ouro Preto. A viagem dura pouco mais de duas horas e custa R$ 49,60. Os ônibus saem de hora em hora, do Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, no centro da cidade. A distância entre BH e Ouro Preto é de 95 km.

Se preferir, também dá pra fazer uma viagem com guia, saindo de BH e retornando à capital ao fim do passeio! Clique aqui e saiba mais sobre esse roteiro!

Além de Ouro Preto, aproveite para conhecer cidades e distritos vizinhos, como Mariana (14 km de Ouro Preto), primeira capital de Minas, e Lavras Novas (19 km) – uma vila super bonitinha que funciona como outro dos destinos românticos ao redor da capital mineira.

Em Ouro Preto, recomendo a Pousada Casa dos Contos, a Pousada Colonial e o Hotel Solar do Rosário.

Em Lavras Novas, o Caminho das Lavras, os Chales Quinteto de Cores e o Chalé Céu e Terra.

Conheça o caminho do trem entre Ouro Preto e Mariana: como fazer o passeio da Vale Clique aqui.

Veja também:
Como planejar sua viagem para Ouro Preto, MG
O que fazer em Ouro Preto, Minas Gerais – pontos turísticos
Mariana, MG: o que fazer, onde ficar, onde comer e quando ir

Ouro Preto

Casa Branca e Serra da Moeda

Brumadinho ganhou fama nacional por conta de Inhotim, mas a cidade – especificamente o distrito de Casa Branca – já é conhecida do belo-horizontino há décadas. Prova disso é a grande quantidade de condomínios fechados e pousadinhas nessa região.

Pegue a BR-356, sentido Rio de Janeiro, e saia na entrada para o Retiro do Chalé. Pare no alto da Serra da Moeda, onde fica uma unidade do Restaurante La Vinícola e uma pista de parapente. A vista dali é incrível e o pôr do sol, principalmente nos finais de semana, é concorridíssimo.

Se quiser, reserve alguma pousadinha da região e aproveite para descansar na natureza. A dica imperdível, no pé do restaurante e com uma baita vista, é a Estalagem do Mirante.

Do centro de BH, você vai gastar 25 minutos para chegar, se for de carro. Também dá para ir de ônibus – a linha 3937 sai do centro e a passagem custa R$ 10,35.

Serra da Moeda

Santuário do Caraça, maravilha da Estrada Real

Imagine se hospedar num mosteiro de 250 anos, um local que também foi colégio interno por mais de um século e onde estudaram dois presidentes da República e quase 20 governadores? Essa experiência, o tipo de coisa que brasileiro paga caro para fazer lá fora, existe no Brasil.

Basta ir ao Santuário do Caraça, que fica a pouco mais de duas horas de Belo Horizonte, entre Catas Altas e Santa Bárbara – de quebra aproveite para visitar as duas cidades históricas, que são lindinhas e cabem na mesma viagem.

O Santuário do Caraça fica numa reserva ambiental e está cercado por mata nativa, cachoeiras e mirantes.

Ainda não se convenceu a ir? Então olha só: as diárias (em torno de R$ 500 no quarto duplo, reserve aqui) são de pensão completa, com café da manhã, almoço e jantar (mas sem bebidas). E você ainda tem chance de se encontrar com o famoso lobo-guará.

 Catas Altas, vizinha ao Caraça

Grutas da Maquiné, Lapinha e Rei do Mato

Três grandes grutas estão pertinho de Belo Horizonte. A da Maquiné fica em Cordisburgo (120 km de BH); a Lapinha está em Lagoa Santa (38 km); enquanto a gruta Rei do Mato fica em Sete Lagoas (70 km).

As duas primeiras foram estudadas pelo cientista dinamarquês Peter Lund, considerado o pai da paleontologia no Brasil.

Veja também: A incrível história de Luzia e os fósseis de Lagoa Santa

Pinturas rupestres e fósseis foram encontrados na área. E também a Luzia, o esqueleto mais antigo do Brasil.

Mas o destaque é mesmo a beleza das grutas, que podem ser visitadas num bate-volta. A que funciona melhor nesse esquema é, sem dúvidas, a da Lapinha, que está dentro do Parque Estadual do Sumidouro, em Lagoa Santa – pertinho do Aeroporto de Confins.

As visitas ao Parque ocorrem de terça a domingo, de 08h30 às 17h, mas a última entrada na gruta é às 16h. O ingresso custa R$ 25. Além do bate-volta, a Gruta da Lapinha costuma entrar no roteiro quando a viagem é para a Serra do Cipó.

Gruta da Lapinha, no Parque Estadual do Sumidouro (Foto: Fellipe Abreu)

Serra da Piedade, o teto da grande BH

Um pico de quase 1800 metros e que faz parte da Serra do Curral – sim, a mesma que emoldura Belo Horizonte. Essa é a Serra da Piedade, uma montanha pontiaguda que pode ser vista de alguns lugares da capital mineira.

No alto dela fica o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, que é de 1704! Além da igreja, o destaque ali é a vista – de lá dá para ver várias cidades, incluindo BH. Dê preferência a dias de céu claro, para não ter problemas com a neblina, e leve um agasalho, porque as temperaturas lá no topo caem.

Se você for católico, confira os horários das missas: há sempre uma às 15h, não importa o dia da semana. Além disso, nas terças e quintas é realizada outra às 9h. E aos domingos a missa extra é às 8h.

Quem quiser se hospedar no alto da montanha pode ficar na Casa dos Peregrinos Dom Silvério, ligada ao Santuário. E também dá para esticar a experiência no Tauá, um hotel estilo resort que fica perto dali.

É possível chegar de carro até o topo da Serra, mas é preciso pagar para estacionar.

Para outras experiências incríveis e autênticas em Belo Horizonte, clique aqui

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

Ver Comentários

  • Ola boa tarde!
    Feliz Ano Novo !
    Amei as dicas. Amo viajar, contemplar a natureza, desfrutar de suas delicias, dádivas de Deus.
    Quero fazer mais pequenas viagens no entorno de BH.
    Sugiro um calendário de eventos, para cada lugar indicado: dia festa do padroeiro, cavalgadas, quermesses, lual, serenatas, aniversário da cidade, carnaval, etc
    Sucesso
    Carinhoso abraço
    Beth Murta

  • Bom dia Rafael!

    Meu nome é Luciano. Comprei uma moto da Royal Enfield para viagens. E chegou o dia.
    Vou fazer uma viagem para Olinda - Pernambuco. Sairei de moto de Belo Horizonte/MG dia 05 de Outubro/2022. Seria um prazer te enviar fotos e relatos da viagem.
    Deixo meu contato para uma eventual conversa sobre viagens. 31 989595555.

    Grande abraço e continue mantendo a gente informado.

  • grande o melhor de tudo que temos de bom aqui, voçe deu a melhor dica; assistir um jogo de deca campeao mineiro. a torcida mais bonita do brasil

  • Obrigado pelas dicas, Rafael! Ouro Preto e Sabará acho que são as únicas que é preciso bem mais do que um bate-e-volta para conhecer bem os destinos, mas mesmo que sejam feitas viagens a conta-gotas, vale a pena voltar. Em Cordisburbo recomendo também a visita ao Museu Casa Guimarães Rosa, o melhor escrito brasileiro em minha opinião. Itabira fica pouco mais de 100 km de BH, também é boa opção para amantes da literatura conhecerem o domínio de Carlos Drummond de Andrade. Minas é toda linda, e não me canso de visitar. Só não amo mais que a minha Santa Catarina, mas com certeza se não fosse catarinense, queria ser mineiro... êta tréim bão, minêro!

  • Dicas muito boas, tudo fácil de chegar de automóvel ou ônibus, porém, se for possível deslocar de carro é bem melhor. São tantos lugares bonitos nas cidades e nas estradas até elas que vale dá aquela paradinha e apreciar por alguns minutos.

  • Olá Rafael. Adorei suas dicas. No próximo mês faço uma viagem de uma semana a BH e pretendo seguir esse roteiro que você indicou.

  • Opa, Rafael. Sou de Natal RN, estou com viagem marcada para BH. Pretendo fazer o roteiro das cidades históricas (Congonhas, Tiradentes, São João Del Rey, Ouro Preto e Mariana, nessa ordem), mas estou num grande dilema: se é melhor fazer de ônibus ou de carro. Temo pelas estradas, se não são inseguras, perigosas. O que você me aconselharia? Parabéns pelo blog, tá sendo útil demais no planejamento dessa viagem

    • Olá Luiz,
      Moro ha um ano e meio em BH e já fiz este circuito algumas vezes. Vale muito a pena fazer de carro pois a paisagem é sensacional. As estradas são muito boas porém tem muitas curvas e isto que as torna "perigosas"!

    • As estradas são tranquilas, Luiz. Alguns morros, como é comum em Minas, mas no geral em bom estado. :)

      Abraço.

  • Beleza de texto. Morei em BH e conheço quase todas as cidades. Faltaram Mariana, Tiradentes, São João del Rey e tantas outras preciosidades. Sonhando acordada: saúde + dinheiro + 1 ano de férias para conhecer Minhas Gerais inteirinha. Abs. Maria Tabosa.
    Instagram: @carmentabosa

    • Oi, Maria. Também são destinos incríveis. Só não coloquei São João e Tiradentes porque elas não são tão pertinho de BH assim, mas valem a viagem certamente.

      Abraço.

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Publicado por
Rafael Sette Câmara

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