Terror para o bolso de mochileiros e viajantes de baixo orçamento, Hong Kong carrega a fama de ser um lugar muito mais caro que os países ao redor. Dona de uma das melhores qualidades de vida do mundo, HK é uma cidade moderna, confortável e cheia de atrações. E tudo isso tem um custo, claro – se no Nepal é possível viver dias com aquelas notas guardadas no fundo da doleira, nessa Região Administrativa da China o dinheiro vai embora bem mais rápido.
Mas não se desespere, caro viajante. É possível economizar sem abrir mão de nada importante que esse lugar fantástico oferece. Veja algumas dicas de como salvar dólares em Hong Kong. E lembre-se: o pouco que você economiza aqui te fará um turista rico na Indonésia.
Planeje sua viagem: Onde ficar em Hong Kong: os melhores bairros
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A forma mais fácil de economizar é na hospedagem. E nenhum lugar é mais barato que o Chungking Mansions, um prédio lotado de lojas, restaurantes, casas de câmbio e – é claro – albergues e guesthouses. A localização é ótima: fica na Nathan Road, uma região central, com estações de metrô em cada esquina e a apenas 5 minutos de caminhada da Avenida das Estrelas e de outros pontos turísticos importantes.
O ponto negativo fica por conta da bagunça que é o prédio – se você é do tipo que não fica em lugar esquisito ou com fama ruim, pule esse item e economize (menos) de outra forma. Agora, se você está acostumado a ficar em albergues e não quer nada além de uma cama, lençóis limpos, banheiro e conexão de internet liberada, pense seriamente nesse local. E não se iluda – também há hotéis caríssimos dentro do Chungking Mansions. Quanto mais caro, mais confortável, basta escolher o seu.
Não encara essa 25 de março chinesa? Outra opção com hospedagem barata em Hong Kong fica logo ao lado, num prédio do mesmo estilo (mas mais arrumadinho e com menos lojas) chamado Mirador Mansion. Ficamos lá e não nos arrependemos.
Quanto custa? Nós pagamos U$ 23 pela diária no quarto duplo. Se você topar dormir numa cama beliche num quarto coletivo o preço cai ainda mais, claro. Há várias opções de hostels tanto no Chungking quanto no Mirador Mansion, todos disponíveis na internet e com muitos clientes estrangeiros. Nós ficamos no Kowloon New Hostel.
Deixe o táxi para lugares sem infraestrutura. É possível sair do aeroporto tanto de metrô quando de ônibus. Se você seguir a dica número 1 e reservar um hotel na Nathan Road, pegue o ônibus A21, que sai a cada 10 minutos e custa HK$ 33 (R$ 8). Também use essa opção para fazer o percurso inverso.
Não vou mentir, a comida mais barata que você vai encontrar está no McDonald’s. É que o Big Mac mais barato do mundo é vendido em Hong Kong – o combo do sanduíche americano custa pouco mais de U$ 2.
Se você não curte uma alimentação agressiva no melhor estilo Super Size Me, caia de boca na comida chinesa de rua. Nas ruas Temple, Graham e Nanking é possível achar opções a partir de HK$ 40 (R$ 11). E não faltam supermercados e padarias na hora de economizar no café da manhã.
Pra quem quer comer num lugar mais badalado uma dica é o Tim Ho Wan, o restaurante mais barato de todos os que são indicados pelo guia Michelin. Uma refeição por lá custa a partir de HK$ 50 (R$ 13).
Não tem sentido visitar um lugar e deixar de conhecer o que ele oferece. Se você chegou até Hong Kong, é claro que você deve fazer todo aquele roteiro turístico basico. Mas é possível economizar – e muito – simplesmente fazendo a mesma coisa que alguém de Hong Kong faria.
Vai ao Buda Gigante? Você pode fazer isso da forma cara ou da forma barata. A primeira é pegando o teleférico, que custa HK$ 125 para adultos (R$ 26), ida e volta. Crianças pagam meia entrada. Eu recomendo que você não faça nenhuma economia porca aqui, já que a vista é linda e o Cable Car é uma das principais atrações da cidade e o mais longo teleférico da Ásia.
Mas se você não curte esse tipo de coisa é só quer chegar até o Buda Gigante sem gastar muito, então vá de transporte público. Basta ir de metrô até a estação Tung Chung e de lá pegar o ônibus 23. Você acha outras formas de chegar até o Buda Gigante clicando aqui.
Vai ao The Peak? Se não pretende, deveria. E confira a previsão do tempo para ver se o dia escolhido não estará nublado, afinal a vista de lá é inesquecível. Assim como no caso do Buda Gigante, o seu maior gasto está na forma escolhida para chegar até lá. A tradicional e mais turística é subir de funicular, um trem simpático que custa HK$ 40 (R$ 11), ida e volta (crianças pagam meia). Se você escolher essa opção, pode valer a pena comprar o Peak Tram Sky Pass, que custa HK$ 65 (R$ 17) e inclui o ticket de entrada ao observatório Sky Terrace 428.
Mas também é possível ir de ônibus pagando pouco e ter a mesma vista sem pagar nada! Como? Basta pegar o ônibus 15, que sai da Exchange Square terminus, que fica pertinho da estação da Hong Kong Station do metrô. Há vários pontos de observação no The Peak. A foto acima foi tirada no terraço de um shopping, que tem entrada gratuita e fica ao lado do Sky Terrace 428.
Vai aos museus? Hong Kong tem alguns dos melhores da Ásia. Os preços variam entre HK$ 10 (R$ 2,6) e HK$ 30 (R$ 7,8). Mas atenção: muitos museus são de graça às quartas-feiras! E se você não pode reservar uma quarta somente para museus, um bom negócio é comprar o Museum Pass, que custa HK$ 30 (R$ 7,5), vale por uma semana e garante entrada em sete locais: o Museum of Art, o Museum of History, o Space Museum, o Science Museum, o Museum of Coastal Defence, o Dr. Sun Yat-sen Museum e o Heritage Museum.
Já ficou claro que a melhor forma de locomoção em Hong Kong é o transporte público – seja ônibus, trem ou metrô. E para todos eles existe o Octopus card, aceito em praticamente qualquer meio de transporte (ferrys incluídas) e até em alguns supermercados e restaurantes. 95% da população de Hong Kong usa o Octopus card e se eles não abrem mão do pedaço de plástico que torna a vida mais fácil, isso significa que você deveria fazer o mesmo. Cada viagem de metrô fica entre 5% e 10% mais barata se você usar o cartão, fora a facilidade de não ter que enfrentar filas.
Outro ponto importante: os ônibus de Hong Kong não devolvem troco, ou seja, as moedinhas a mais vão ficar por lá mesmo. Problema que não acontece com o Octopus card… O cartão custa HK$ 150 (R$ 40) sendo que HK$ 100 ficam de crédito e os outros HK$ 50 ficam de depósito (você recebe a maior parte desse dinheiro de volta, quando devolver o cartão). Além disso, para quem for ficar mais tempo em Hong Kong pode ser uma vantagem se cadastrar no programa que dá descontos e outras vantagens para os usuários do Octopus card.
Você pode visitar templos e relaxar em parques sem gastar nada! Tenha uma lista de tudo que dá pra fazer sem gastar nenhum dólar de Hong Kong. Pra começar, uma das mais famosas atrações turísticas de HK é de graça: é a Sinfonia das Luzes, que acontece todos os dias, às 8h da noite, e é a maior do tipo no mundo. Basta ir até a Avenida das Estrelas e garantir o seu lugar. Passear por lá é de graça é muito agradável a qualquer hora do dia, inclusive.
E se você precisar de conexão de internet não coloque a mão na carteira. Na Avenida das Estrelas (e em muitos outros lugares) há wi-fi pública disponível. O Zoológico e Jardim Botânico; o Kowloon Walled City Park; o Man Mo Temple e o Temple Stret Night Market também são de graça. E ainda tem um programa chamado Cultural Kaleidoscope, organizado pelo escritório de turismo de HK e que oferece aulas, tours e outras atividades, tudo sem custo para o visitante.
A melhor forma de economizar é não fazer compras. Mas a verdade é que Hong Kong é o paraíso para os compradores compulsivos: eletrônicos, roupas, brinquedos… tudo por preços baixos. Não faltam lugares e opções, e se você vai se entregar ao consumismo HK é um bom lugar para isso, afinal os impostos, embora existam, estão entre os mais baixos do mundo – e a ilha é tax free pelo menos para o comércio.
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Ola Rafael
Ja fiquei no chunking mansion , vce acha que no mirador encontro hospedagem
Com mesmo valor ?? Resumindo, qual das duas mansion vce acha melhor ??
Ps: no caso de hospedagem barata mochileiro !!
Brigadaum!!
Oi Carol,
Nós achamos hospedagem praticamente no mesmo valor nos dois prédios. Ouvi dizer que o Chunking Mansion tem uns problemas, mas como não me hospedei lá não sei se procede.
O Mirador é praticamente do lado. Eu achei tranquilo ficar lá, principalmente pelo custo da hospedagem. Ficamos no Kowloon New Hostel.
Espero ter ajudado. Qualquer dúvida é só falar!
Caros colegas, para comprar descontos e opções em Hong-kong sao parecidos com Miami?
Oi Luciano. Primeiramente, me desculpe pela demora em responder. A vantagem de comprar alguma mercadoria em Hong Kong é que toda a ilha é livre de alguns impostos, o que deixa muita coisa lá realmente barata. Mas é necessário tomar cuidado com possíveis golpes, como mostramos nesse post aqui:
https://www.360meridianos.com/dica/como-evitar-golpes-em-hong-kong
Agora, se é mais barato que Miami eu realmente não sei dizer. Se tiver qualquer outra dúvida é só falar. Abraço!
Adorei as dicas deste post, vou usar algumas, obrigada!
Eu tava mesmo procurando este tipo de informação. Vamos ao sudeste asiático e depois para Hong Kong, e lá comparativamente é tudo muito mais caro, principalmente hospedagem. Vou olhar as opções que passou. ;-)
Olá, Simone! Que bom que te ajudou. Também tivemos muita dificuldade de achar hospedagem barata em Hong Kong. Esse lugar que indicamos é simples, mas tem a vantagem de ficar perto de muitas atrações turísticas e de estações de metrô. É uma boa para quem realmente precisa economizar .