Cubierto: o que é o serviço de mesa dos restaurantes da Argentina

Depois daquela refeição deliciosa, a surpresa: no finalzinho da conta vem um valor que você não esperava, sob o nome de “serviço de mesa”. Também conhecido como cubierto, a cobrança dessa taxa adicional por pessoa é uma prática comum na maior parte dos restaurantes de Buenos Aires. Mas o por que, exatamente, o cubierto é cobrado?

A verdade é  que ninguém sabe como isso começou ou para que servem esses pesos a mais no final na conta. Há quem diga que é o famoso “pagar para sentar e respirar”. Algumas pessoas acreditam que esse valor é cobrado por aquelas cestinhas de pães e patês que eles costumam servir antes das refeições. No entanto, ainda que você não toque nos pãezinhos, vai ter que lidar com cubierto na conta. Por isso, a minha sugestão é: o garçom colocou alguma entrada na sua mesa depois que você pediu o prato? Coma, porque você já vai pagar por ela de qualquer forma.

Quase sempre, o valor do cubierto é informado no cardápio ou em cartazes pregados no restaurante. Mas se é a sua primeira vez em Buenos Aires, pode ser que isso tenha passado batido pra você até a hora de pagar a conta. E não adianta espernear ou chamar o garçom, você tem que pagar e ponto.

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A palavra cubierto vem do italiano coperto, que quer dizer cobertura. Na prática, isso significa que o restaurante cobra pelos pratos, garfos e guardanapos que você utiliza e que em algum momento deverão ser repostos ou substituídos. Muitos turistas e, principalmente, os portenhos acreditam que a cobrança da taxa é injusta e sem sentido, já que o gasto com a reposição de material já deveria estar previsto no preço dos pratos. Seria a mesma coisa se os hotéis começassem a cobrar uma taxa extra pelo uso dos lençóis e do colchão (acreditem ou não, já vi isso acontecer também).

A medida é tão polêmica que existe até um grupo do Facebook onde as pessoas se reúnem só para criticar a prática. É possível encontrar alguns restaurantes em Buenos Aires que não cobram cubierto, em geral os mais simples e baratos. Quando um estabelecimento opta por abolir essa taxa, costuma afixar cartazes com a informação ou deixar escrito no cardápio. Você também pode perguntar ao garçom antes de escolher se sentar ou não naquele restaurante. No entanto, quando quiser ir nos lugares mais bacanas, não vai ter muita escapatória.

Ao que parece, desde 2013, o cubierto foi regulamentado por lei e agora é proibido cobrar a taxa de menores de 12 anos. Além disso, a lei obriga que seja incluído no cubierto um copo de água, um alimento livre de glúten, sal sem sódio e pelo menos um pão tradicional ou diet. A parte boa dessa lei é que agora você não corre o risco de pagar o cubierto sem levar nem ao menos uma cestinha de pães. Mas daí a dizer que essa lei está sendo cumprida são outros quinhentos.

Em geral, só se cobra o cubierto quando você come no lugar. Por isso, se você se sentar apenas para tomar uns bons drinks e a taxa vier na conta, pode pedir para tirar.

E atenção: cubierto não é para o garçom, não corresponde ao nosso famoso “10% de serviço”. Além dessa taxa incômoda, é esperado que você deixe uma gorjeta para a pessoa que te atendeu. Quanto a isso, deixe algo entre 10 e 15% do valor da conta.

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Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade. Viajo o mundo contando histórias e provando cervejas locais desde 2010. Além do 360meridianos, também falo de viagens na newsletter Migraciones e no Youtube. Vem trocar uma ideia comigo no Instagram. Você encontra tudo isso e mais um pouco no meu Site Oficial.

Ver Comentários

  • hahaha bom saber!

    Só em Buenos Aires isso? (Tomara) haha daqui uns dias vou pra Argentina... então,
    vou estar preparada ;)

  • Lembro como se fosse hoje, quando a conta chegou... olhei para a cara do garçom com aquela cara de "wtf?!" Ele me explicou, mas ainda assim achei um abuso. Pode ser cultural ou sei lá o que, mas até para ser cultural deve ter sentido e nesse caso não há sentido nenhum. E sim, o garçom explicou dos pratos e talheres, novamente cara de "wtf?! Se se tratasse do couvert, eu até compreenderia, porque de fato os pães muitas vezes são ótimos, mas ainda assim deveria haver opção para querer ou não. No mais, é assim, se acostume! rs

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Natália Becattini

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