O tempo inteiro, enquanto escrevíamos nossas dicas de viagem para Salta e Jujuy, a gente fez questão de frisar o quão legal e ainda pouco explorado essa região da Argentina é. Se você chegou neste post, é provável que já tenha entendido que as terras hermanas são muito mais que a linda Buenos Aires e as estações de esqui de Bariloche. Que maravilha!
Ao longo de meses, nós nos debruçamos sobre tudo que vimos e vivemos por lá. Hoje o post vai mais direto ao ponto: o que você precisa saber para planejar sua viagem para Salta e Jujuy?
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Antes de tudo, vamos entender o mapa. As províncias de Salta e Jujuy ficam no noroeste da Argentina, bem ali na fronteira com a Bolívia.
E se você está um pouco confuso, saiba que na Argentina eles têm a mania de batizar as províncias com o nome da capital (ou o contrário). Na província de Salta, o principal ponto de interesse é Salta, a cidade, sua imponência colonial e as atrações ao redor. Já em Jujuy, o que pega é a Quebrada do Humahuaca, formada por diversas vilas com charme andino.
Ônibus saem diariamente de Buenos Aires para Salta, mas a viagem é só para os fortes: ultrapassa as 20 horas de estrada. Uma alternativa é fazer uma paradinha em Córdoba ou Mendoza, ficar uns dias e seguir viagem. Ainda assim, espere aguentar longas horas na estrada.
Quem preferir a via mais rápida, pode pegar um voo em Buenos Aires para o Aeroporto Internacional Martín Miguel de Güemes, em Salta. Se você sai direto do Brasil, vai precisar fazer uma conexão na capital argentina antes de chegar ao destino final.
De Salta é fácil seguir para a província de Jujuy, em especial a Quebrada do Humahuaca. Há passeios que deixam em Purmamarca, assim como ônibus locais que saem da rodoviária da cidade.
Muita gente faz de Salta sua base para explorar o extremo norte, mas eu considero um pecado não ter tempo o bastante para dar à Quebrada do Humahuaca a devida atenção. Por conta da distância e da natureza das excursões de agência, fica meio difícil curtir a atmosfera tranquila e encantadora da província de Jujuy. É ali que toda a influência indígena e andina é mais forte.
Por isso, o mais recomendado é ter duas bases: Salta e Tilcara. Na primeira, aproveite para conhecer Cachi, Cafayate e fazer uma viagem pelo Trem das Nuvens. Já na segunda, fique por conta de provar a gastronomia andina, ouvir música nas peñas e explorar o Cerro de los Siete Colores, Pumamarca e Humahuaca.
Se você quiser dar um pulo nas Salinas Grandes, fica mais fácil sair de uma das cidades da Quebrada, como Purmamarca, que de Salta.
Os meses de dezembro, janeiro, junho e julho são os que têm as temperaturas mais extremas, por serem as temporadas do alto verão ou inverno. O verão também costuma ser chuvoso e o inverno, seco.
Por esse motivo, a melhor época para viajar para o norte da Argentina é entre fevereiro e maio e entre agosto e novembro. Fui em setembro e a temperatura estava bem agradável, fazia um friozinho de manhã e durante a noite, mas esquentava um pouco durante o dia, sempre com dias claros e lindos.
Se você tiver pouco tempo e for usar apenas Salta como base, dá para ver bastante com seis ou sete dias.
Quem quiser explorar mais a fundo e for ficar em Tilcara também, o ideal é quatro dias para cada cidade base, totalizando 8. Veja aqui algumas dicas para montar seu roteiro de viagem pelo norte da Argentina.
Pode facilitar a sua vida, já que os passeios turísticos partindo de Salta são engessados e burocráticos. No entanto, as estradas por lá não são fáceis. Em muitos trechos, como os que levam a Cachi e Cafayate, você pode ter que enfrentar vias estreitas e curvas na subida, sem falar no risco de você sofrer com o mal de altitude.
Caso você opte por isso, nós indicamos o buscador RentCars, que busca entre as principais locadoras e te ajuda a encontrar os melhores preços e condições de aluguel.
Também dá para tentar fazer tudo por conta própria, utilizando transporte público, bicicletas e táxis, mas pode ficar mais complicado e caro. Sem falar no perrengue.
Se você for optar por passeios de agências, é possível contratar o serviço com antecedência e já deixar tudo programado para a sua viagem. Aqui há várias opções de atividades e empresas locais:
Eu gastei em média 40 dólares por dia e por pessoa, com hospedagem em quartos duplos de pousadinhas simples. Comemos muitas vezes em restaurantes, mas também recorremos a choripans em barracas de rua. Fizemos todos os tours partindo de Salta e eles são, sem dúvida, o item que mais pesa no orçamento.
Contratar um seguro de viagem é essencial na Argentina e em qualquer viagem. Por mais que seja perto de casa, o melhor é viajar protegido para não sofrer com os imprevistos. Veja a aqui algumas razões e dicas de como pagar menos de 10 reais por dia no seguro, com as nossas dicas e cupom de desconto!
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Ver Comentários
Oi, pessoal!
Estou na região e daqui vou para o Atacama. Vi que os ônibus saem de Jujuy para Calama. Sabem se rola ficar em Jujuy ao invés de Tilcara, por exemplo? Bjs
Olá Aline, seu comentário ficou perdido aqui! Desculpe. Você já deve até ter voltado de viagem, mas sim, rola de ficar em Jujuy, o problema é só que ela não é tão linda e está um pouco mais longe da Quebrada...
Voltei muito tempo depois rs. Pra ajudar, caso alguém tenha essa dúvida, fiquei em Tilcara mesmo. De lá fui para Purmamarca e peguei um bus direto pra San Pedro do Atacama. Se ajudar, aqui tem a descrição https://umasulamericana.com/de-tilcarapurmamarca-a-san-pedro-do-atacama/
Beijos
Obrigada, Aline! :)
Oi Natália! Vc sabe se tem Ônibus saindo de São Paulo a Jujuy ou Salta? Poderia me indicar uma rota? Pois vi muitas rotas saindo de São Paulo a Buenos Aires, mas não achei uma que vá direto ao Norte da Argentina.
Obrigado!
Vixe Everton, não sei não, mas acho difícil ter uma rota direto pra lá. Já pensou em ir pra Buenos Aires ou pra Bolívia e depois ir pra Salta?
Abraços
Pois é, pra Buenos Aires eu sei que tem duas empresas em São Paulo que faz...mas da Bolívia eu não conheço, mas pode ser uma opção!!
Obrigado pela dica!
Ola Everton, Vc descobriu uma rota de Onibus para Salta ou Jujuy? Abracos
Vcs me deixaram com muita vontade de conhecer o norte da Argentina .parabéns pelo blog.
Esse era o objetivo, Cláudia!