Favignana é um dos segredos mais bem guardados da Itália. Pense numa ilha de quatro mil habitantes, praias lindas, paisagem montanhosa e um centro histórico charmoso e cheio de restaurantes.
Este texto é um guia de viagem sobre o que fazer em Favignana, Itália. Aqui você vai saber quais são os pontos turísticos, como ir, quantos dias ficar, qual a melhor época para ir e onde ficar em Favignana.
A Ilha de Favignana é a maior das Ilhas Égadas, ou Egadi, em italiano. Também fazem parte do arquipélago as ilhas de Marettimo e Levanzo, que somam menos de mil habitantes.
Essas águas testemunharam uma das mais célebres páginas do povo romano: a Batalha das Ilhas Égadas, que marcou o final da primeira Guerra Púnica e assegurou à Roma o controle do Mediterrâneo, mudando para sempre a configuração política do planeta.
Embora essa batalha tenha acontecido em 241 a.C., até hoje arqueólogos encontram artefatos militares nas águas ao redor das ilhas.
Além das paisagens e do clima tranquilo, o que conta pontos a favor de Favignana é a cor da água.
As praias tem poucas ondas, o que atrai muitas famílias de europeus em férias. Não é por acaso que a Praia de Cala Rossa foi apontada como uma das mais bonitas do continente.
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Não tem muito erro: os passeios em Favignana se dividem entre praia e história. E as duas coisas envolvem pedalar.
Ao longo do dia, os turistas pegam suas bikes e alcançam as diversas praias da ilha. Quando cansam do mar, é hora de voltar para o centro histórico, onde estão dezenas de restaurantes de comida típica da Sicília.
As Praias da Ilha de Favignana, Itália
A Praia de Cala Rossa é a mais famosa da ilha e uma das mais bonitas da Europa. Fica a cerca de 3 km do centro da vila. Nós chegamos lá pedalando, em cerca de quinze minutos.
Pare a bicicleta na entrada da praia e desça a pé. Você vai encontrar um mar de águas cristalinas cercado por falésias. Como é comum na Europa, essa não é uma praia de areia, mas de pedras, por isso desça a trilha calçado e com cuidado.
Já a Praia de Lido Burrone tem areia fina (uma das poucas) e águas rasas, sendo por isso ideal para famílias com crianças. Tem boa estrutura turística, com restaurantes e comércio. Está a 2 km do centro histórico.
A Cala Azzurra fica do outro lado da ilha, a 4,5 km (coisa de 20 minutos de bicicleta). É uma pequena faixa de areia cercada por falésias e que costuma lotar no verão. É um local popular para mergulho e snorkeling.
Na mesma região está a Praia do Bue Marino, que é isolada e de acesso mais difícil. A vista e as cores do mar compensam, com diferentes tons de azul. Pra mim, essa é a segunda praia mais bonita de Favignana.
A Praia do Prete é pequena e tem águas claras e rasas. É um local menos movimentado.
Perto do centro histórico está a Praia de Spiaggia, a única faixa de areia urbana da ilha. Por conta da proximidade com o porto, essa não é a melhor opção para banho.
Vale conhecer também as praias de Cala San Nicola, Cala Preveto, Punta Lunga e Cala del Pozzo.
A cidade se organiza ao redor da Piazza Madrice, a principal praça da cidade. Ali está a Igreja de Santa Maria, um templo barroco do século 18. Há mais duas praças no centro, Piazza Marina e Piazza Europa.
Caminhar (ou pedalar) pelas ruelas da vila é um baita programa – há vários pontos para estacionar sua bike, principalmente nas praças, onde elas se acumulam aos montes.
A Fortaleza de Santa Catarina fica numa posição estratégica: o ponto mais alto da ilha. Se antes esse endereço era importante para defesa, hoje é pela vista panorâmica. Por isso, vale pedalar até lá para testemunhar o pôr do sol. São 2,5 km, o que, por causa da subida, leva cerca de meia hora (e vinte minutinhos na volta).
Já a Grotta Azzurra, como o nome indica, é a típica caverna marinha com águas azul-turquesa brilhantes e que faz a fama de várias cidades do Mediterrâneo. É um local de visitação comum em passeios de barco ou caiaque, que custam cerca de 100 euros. Verifique disponibilidade e itinerário aqui.
Favignana tem ainda uma antiga fábrica de atum, que já foi a atividade econômica mais importate da ilha (até que chegou o turismo). Na Favignana Tonnara você vai conhecer a história da pesca do atum, com suas técnicas milenares e seu impacto na região.
Essa fábrica foi fundada pela família Florio, que se mudou para a Sicília após um terremoto e lá criou um império de exportação de produtos sicilianos, em especial o atum enlatado, que dizem ter sido inventado por eles ali em Favignana. A saga da família Florio foi descrita no livro Os leões da Sicília e virou série na Disney+. Se você tiver tempo, a visita à Favignana Tonnara é um passeio imperdível.
Por fim, quem tem tempo pode contratar um passeio ou ir de barco para as outras Ilhas Égadas: Marettimo e Levanzo, que são ainda mais vazias e isoladas que Favignana.
O ideal é passar pelo menos dois ou três dias em Favignana. Mas lembre-se que estamos falando do típico destino de praia. Ou seja, a ordem por ali é relaxar – e quando mais tempo você ficar, melhor.
Se você pretende conhecer as ilhas de Marettimo e Levanzo, pode compensar ficar ainda mais tempo.
Por outro lado, muita gente conhece as ilhas num bate-volta a partir de Trapani. Não é o ideal, mas certamente dá para aproveitar.
É fácil escolher onde ficar em Favignana: se hospede no centro histórico e você estará bem localizado. Hotéis e pousadas mais afastadas da praça principal não chegam a ser uma má ideia, desde que você esteja disposto a caminhar e pedalar um pouquinho. Por sorte, esses são dois dos melhores passeios que Favignana tem a oferecer.
Veja mais opções de hospedagem em Favignana
A melhor época para visitar Favignana é durante os meses de primavera (abril a junho) e outono (setembro a outubro). As temperaturas são agradáveis, variando entre 18°C a 25°C, e há menos aglomeração de turistas em comparação com os meses de verão.
Nós estivemos lá no final de junho e a experiência foi ótima. Em julho e agosto o clima não é um problema, mas a lotação sim: é a alta temporada, o que deixa tudo muito mais caro e concorrido (nesses meses, espere pagar até o dobro nas diárias de hotéis). Por isso, se for nessa época, reserve hotéis e balsa com antecedência.
No inverno (dezembro a fevereiro) faz frio, o que atrapalha o banho de mar.
Favignana é uma ilha próxima a Sicília, também ilha, embora bem maior. Por isso, o primeiro passo para chegar em Favignana é alcançar a cidade de Trapani, de onde partem as balsas que levam até lá.
Trapani está a 110 km de Palermo, capital da Sicília. Até é possível ir de ônibus, mas a viagem de carro é a mais indicada por essa região da Itália, que tem estradas boas e transporte público menos eficiente – quem está em outras partes da Sicília, por exemplo, provavelmente terá que ir de ônibus até Palermo e lá fazer a baldeação.
Há um aeroporto em Trapani e que liga essa parte da Sicília a cidades como Roma, Bolonha, Veneza e Pisa, na Itália, e até a outras metrópoles europeias, como Londres, Bruxelas e Malta. A principal companhia aérea ali é a Ryanair.
Chegou em Trapani? Largue seu carro num estacionamento próximo ao porto de onde saem as balsas. Há muitos por ali, com diárias que variam entre 20 e 30 euros (eu deixei no Parcheggio Egadi, Piazza Giangiacomo Ciaccio Montalto, 18, 91100).
As balsas saem do porto e a viagem leva 30 minutos. Horários e preços variam, mas espere pagar cerca de 20 euros (ida e volta). Detalhes e bilhetes aqui.
Você também pode fazer uma excursão de um dia para Favignana e para Levanzo num barco menor. Esse cruzeiro custa 40 euros, dura oito horas e parte de Trapani. Detalhes aqui.
Tem também a opção de um passeio de barco mais curto e com saídas de Trapani. Custa 32 euros. Detalhes aqui.
Por fim, grupos de amigos e famílias podem contratar um passeio de barco exclusivo. Esse aqui custa 900 euros e leva até 10 pessoas.
Até é possível cruzar o mar com seu carro, pegando uma das poucas balsas maiores que fazem o trajeto. Não recomendo: é mais caro e o veículo é inútil em Favignana.
Marsala está a 30 km de Trapani. A cidade, que é famosa em todo o mundo por conta do vinho de mesmo nome, tem um centro histórico interessante.
Também há passeios de barco para Favignana a partir de Marsala. Essa experiência dura nove horas e custa 100 euros por pessoa. Reservas aqui.
A ilha é pequena e pode ser percorrida a pé. Outra opção é ir pedalando – foi isso que fizemos, em especial para as praias um pouco mais distantes. Várias pousadas e hotéis alugam bicicletas, que é o veículo de transporte oficial por ali.
Carros são proibidos no centro histórico, que tem muitas ruas apenas para pedestres e outras em que só veículos de moradores são permitidos. Pessoas com dificuldade de locomoção devem optar por hotéis mais centrais.
As duas cidades mais óbvias de combinar com Favignana são a própria Trapani, que foi fundada há milhares de anos e tem um centro histórico interessante e uma orla bonita; e Érice, um vilarejo medieval.
Em Trapani ficam salinas famosas e que, junto com moinhos de vento, formam uma das paisagens mais bonitas da Sicília. A visita guiada até lá custa 50 euros e pode ser reservada aqui.
De Trapani, basta subir a montanha e você estará em Érice. Você pode fazer essa visita por conta própria, mas há também um passeio com guia, transporte a partir de Trapani e degustação de produtos típicos, tudo por 100 euros. Reservas aqui.
Ainda pertinho, e a caminho de Palermo, está Scopello, um vilarejo lindo e onde o mar tem aquela cor espetacular.
Já em Marsala a grande atração envolve, claro, vinho. Se passar por lá, não deixe de fazer o passeio guiado pela vinícola Florio. O tour tem degustação e custa 25 euros.
Nós encaixamos esses destinos todos juntos num único dia, na manhã em que deixamos Favignana – as distâncias são curtas e foi bem tranquilo, mas é claro que não tivemos tempo de fazer todos os passeios listados acima.
Se quiser conhecer a região com calma, convém passar pelo menos uma noite em Trapani.
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