Na Índia existem tantos festivais, mas tantos festivais, que é tarefa difícil, ou quase impossível, saber de todos. Cada estado, religião, deus, guru, estação do ano, bicho ou colheita parece ter sua forma de celebração. Não satisfeitos com a quantidade, eles gostam de variar as formas de celebrar e o nome da festa em cada região do país. No entanto, uma coisa eles parecem ter em comum: concluí, ao pesquisar para esse post que, no fundo, todos simbolizam o triunfo do bem sobre o mal.
O povo indiano, com suas cores e músicas vibrantes, vê nos festivais uma forma de festejar, dançar, decorar suas casas, buscar benções e trocar boas energias. Para os turistas, participar de um desses eventos é uma boa oportunidade para conhecer melhor os costumes do povo e se envolver na sua cultura – em qualquer época do ano. Para conhecer um pouco melhor sobre essas festas, escolhemos falar sobre quatro das mais famosas.
Uma das festas mais divertidas de toda a Índia, o Holi é o Festival das Cores, que simboliza a chegada da primavera. Por isso, as pessoas, além de cantar, dançar, beber e comer, atiram água colorida e um pó de tinta de cores fortes umas nas outras, deixando todo mundo pintado dos pés à cabeça. O Holi ocorre geralmente em fevereiro ou março. Como o essa festa simboliza o triunfo do bem sobre o mal (não disse?), na noite anterior, grandes fogueiras são feitas para simbolizar a destruição de Holika, um demônio terrível.
Foto: Wikimedia Commons/Sowrirajan S.
Conhecido como Festival das Luzes, o Diwali ocorre durante cinco dias nos meses de outubro ou novembro. Ele simboliza o triunfo do bem sobre o mal (!) e é celebrado pelo Hinduísmo, Jainismo e pelo Sikhismo. Para cada um desses credos, um significado religioso diferente é atribuído.
Para os Jains, a data comemora o dia em que um dos fundadores da religião, Mahavira, atingiu o nirvana. Já para os Sikhs, o Diwali celebra a data que seu sexto guru foi solto da prisão. E os Hindus celebram o festival por mais de um motivo. O mais popular deles é a associação com o dia em que Rama, um das encarnações do Deus Vishnu, retorna do seu exílio de 14 anos.
Arrumar a casa, usar roupas novas, trocar presentes, acender velas e decorar prédios com luzes são parte das comemorações, mas a atração principal da festa é a explosão de toneladas de fogos de artifícios, criando um show pirotécnico para Ano Novo nenhum botar defeito.
Foto: Wikimedia Commons/Hardik Fadeja
O Festival das Nove Noites ocorre em setembro ou outubro. Nessa festa, a deusa Mãe Hindu, Shakti, é celebrada em todas as suas nove encarnações. O evento é tão difundido no país inteiro que o caráter social já superou o religioso. As cerimônias nos estados de Gujarat e West Bengal, entretanto, são as mais famosas e festivas. Performances de danças com roupas típicas, crianças vestidas das encarnações da deusa, encenações de histórias de deuses, além reza e devoção. E após os nove dias de festa, haja fôlego para continuar, mas ainda assim…
Foto: Wikimedia Commons/Arindam Mitra
No décimo dia, o Navratri vira o festival Durga Puja, que celebra a vitória de Durga, a Deusa Guerreira, sobre um demônio. Ocorre entre setembro e outubro nos estados de Assam, Bihar, Jharkhand, Orissa, Tripura e West Bengal. Nos dois últimos é o maior festival do ano e é comemorado durante cinco dias. Milhares de imagens divinas são construídas e imersas em rios e tanques enquanto a população festeja ativamente durante todos os dias. O mesmo festival tem outro nome em outras partes do país: Dussehra.
É claro que as festas não acabam nesta lista. Os feriados e festivais indianos seguem um calendário lunar, apesar do país adotar oficialmente o calendário gregoriano, como nós. Assim, as datas exatas dos festivais mudam a cada ano e é preciso consultar o Santo Google antes sair à caça de festas na Índia. Uma boa referência é o site Festivals of India, que tem uma lista extensa com as datas das festas a cada ano.
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Tipo o Brasil.