Viajar para Hampi, na Índia, é um convite para desvendar os segredos de uma civilização perdida. Neste guia, você descobrirá tudo o que precisa saber sobre como visitar Hampi e explorar suas ruínas milenares dessa que já foi uma das cidades mais populosas do mundo!
Visitar Hampi é uma viagem no tempo a um passado pouco conhecido por nós.
Prepare-se para desvendar os segredos deste patrimônio mundial da UNESCO, enquanto traçamos o mapa para sua exploração neste pedaço fascinante da história da Índia. Vamos lá?
Leia também: Dicas para montar seu roteiro de viagem pela Índia
As ruínas de Hampi se espalham por uma área de 26 quilômetros quadrados. E que ruínas! Os Estábulos Reais de Hampi, por exemplo, abrigavam tratadores e animais, tudo debaixo de onze enormes cúpulas. Mas veja bem: nada de cavalos, os estábulos eram para os elefantes do rei!
Templos, palácios, cavernas, mercados, ruas antigas, tanques, canais para escoamento de água e quase 2000 outros monumentos completam a lista das ruínas de Hampi, declaradas patrimônio mundial pela Unesco em 1986.
A biga de pedra, localizada no templo Vitthala, é sem dúvida o mais famoso cartão-postal do antigo Império e já foi usada como cenário em muita produção de Bollywood.
Apesar da importância histórica e da beleza arquitetônica, Vijayanagara/Hampi passa longe de figurar na lista das mais conhecidas atrações turísticas da Índia.
E olha que 500 mil turistas passam por lá todos os anos, a maioria em peregrinação religiosa. Por enquanto a antiga Vijayanagara continua perdida para boa parte do mundo turístico ocidental.
O Templo Virupaksha é o lugar perfeito para conhecer a história da riqueza e grandiosidade da era Vijayanagara. Dedicado ao deus Shiva, ainda exibe as curvas e entalhes profundos da arquitetura Dravídica.
O lugar é um recinto retangular alongado, que se divide em duas grandes quadras salpicadas de torres que parecem tocar o céu. A torre principal, erguida no lado leste, desafia o tempo com seus 9 andares e 50 metros de altura, uma obra-prima erguida no século 15 que ainda hoje guarda o local sagrado.
Dentro do santuário, está uma estátua de Shiva Linga, um símbolo de Shiva no Hinduísmo, foco da devoção inúmeros peregrinos que passam por ali todos os anos.
Aliás, o Templo Virupaksha continua sendo o ponto de peregrinação principal, um santuário que, através dos séculos, manteve sua importância sagrada para os Hindus. Entre as ruínas, este templo é uma das poucas construções de Hampi que permanece intacta.
E, embora suas fundações tenham sido lançadas no século 16 como um simples santuário, o tempo e a devoção transformaram-no em um complexo espiritual imenso.
O Templo Vijaya Vittala em Hampi é um dos monumentos arquitetônicos mais emblemáticos da regiã e representa o apogeu da arquitetura do império Vijayanagara.
O templo é construído no estilo arquitetônico Dravidiano, característico da região. A estrutura se espalha por uma vasta área, incorporando várias salas, pavilhões e templos menores dentro de seu complexo.
É ali que fica o “Stone Chariot” (Carro de Pedra), a construção mais conhecida de Hampi, que foi até mesmo consagrado nas notas da rúpia indiana.
O templo também é conhecido por suas salas musicais que ressoam com sons melódicos quando tocadas, criando uma sensação de estar em um lugar meio mágico.
O Templo Vijaya Vittala é o ponto central das atrações de Hampi, sendo o monumento mais visitado e fotografado na área. Sua beleza arquitetônica e importância histórica atraem pessoas de todo o mundo!
Hemakuta Hill, situada em Hampi, é uma colina com grande importância histórica e religiosa na região. De acordo com a mitologia, foi aqui que Pampa (Parvati) agradou Shiva com sua devoção, levando-o a se casar com ela. Por ali ficam várias estruturas e monumentos que datam das eras pré-Vijayanagara e Vijayanagara.
O sítio arqueológico está localizado entre o complexo do Templo Virupaksha ao norte e o Templo Krishna ao sul. Esta localização estratégica oferece uma vista panorâmica incrível de algumas das estruturas mais importantes de Hampi.
Entre os principais monumentos dali estão as esculturas monolíticas de Narasimha (Vishnu em sua encarnação de homem-leão) e Ganesh.
A colina é pontilhada por um grande número de templos, arcos e pavilhões. No passado, suas encostas eram fortificadas com muros de pedra, e ainda dá para ver os vestígios dessas construções.
Experimente passar por ali ao pôr do sol! A subida até o topo oferece uma vista espetacular do entorno, tornando Hemakuta Hill um ponto de interesse popular tanto para os entusiastas da história quanto para os visitantes casuais.
Veja agora tudo que você precisa saber para planejar sua viagem para Hampi.
A antiga cidade de Vijayanagara pode ser um pouco afastada, mas como a viagem vale a pena! Veja aqui como você pode chegar lá:
Se você preferir, pode contratar uma excursão de dois dias para Hampi, saindo de Goa. O serviço inclui traslado de ida e volta em carro com ar condicionado e alojamento em resort 4 estrelas e custa US$ 260. Dá para fazer a reserva por aqui.
Taxis e rickshaws auto são opções populares para se locomover em Hampi. Você pode combinar um preço fixo com o motorista para que ele te leve nos sítios arqueológicos da região.
Uma alternativa é contratar um guia local que se encarregue também do seu traslado para o centro. Ter alguém que conhece bem a história pode enriquecer e muito sua visita.
Hampi está fora do eixo tradicional do turismo na Índia, mas dá para combiná-lo com outros destinos caso você vá explorar o sul do país.
Uma boa ideia é combiná-lo com uma visita a Goa, fazendo de Hampi sua próxima parada. Uma viagem de ônibus ou trem de Goa a Hospet (a cidade mais próxima de Hampi) pode ser uma maneira econômica de ir de uma para a outra.
Se Mumbai está em seu roteiro, considere um desvio para Hampi antes ou depois de explorar a cidade que nunca dorme. As conexões de trem e ônibus entre Mumbai e Hospet são bastante convenientes, e a mudança de cenário de urbano para histórico será refrescante.
Há, ainda, outros sítios arqueológicos na região, como Badami, Pattadakal e Aihole. Esse percurso oferecerá uma visão mais profunda da rica história da Índia.
Nós ficamos cinco dias, mas no fim achamos que foi tempo demais. Outros dizem que ficar pouco tempo por lá é uma péssima ideia – é preciso explorar tudo com calma. Enfim, depende do tipo de viajante que você é.
A maior parte dos guias, no entanto, sugerem um bate-volta ou uma viagem de três dias por ali. Logo, essa decisão vai depender um pouco do seu ritmo de viagem e tempo disponível para explorar outras partes do país.
Tenha em mente que a cidade que serve de apoio para quem visita as ruínas não é das mais agradáveis e turísticas.
Em 2020, o Supremo Tribunal da Índia ordenou a demolição de todos os estabelecimentos sem licença ativa no que é conhecido como “Hippie Island” em Hampi, retirando grande parte dos restaurantes e guest houses que atendiam os turistas ali.
Algumas demolições também ocorreram em áreas de patrimônio ao redor de Hampi, com 17 resorts e restaurantes sendo demolidos em uma semana específica.
O inverno, que vai de novembro a fevereiro, é, indiscutivelmente, a melhor época para visitar Hampi. O clima é ameno e o céu, geralmente claro. As temperaturas variam de 15 a 32 graus Celsius, criando o cenário perfeito para explorar as ruínas sem o incômodo do calor excessivo.
A primavera, de março a maio, traz consigo um calor gradual. Os dias começam a ficar mais quentes, mas ainda assim, as manhãs e as noites permanecem agradáveis. É um bom período se você quiser evitar as multidões de inverno, mas esteja preparado para temperaturas que podem subir até 40 graus Celsius.
O período de monções vai de julho a outubro. Leia mais sobre elas aqui.
Machu Picchu e Petra são duas das mais famosas cidades perdidas do mundo. As ruínas do antigo Império Inca e a cidade escavada nas rochas da Jordânia habitam os sonhos de incontáveis mochileiros, principalmente os daqueles que gostam de se meter a Indiana Jones. Se esse é o seu caso, então considere acrescentar mais um item à sua check list de cidades perdidas: Vijayanagara, na Índia.
Nunca ouviu falar? Pois saiba que Vijayanagara era a segunda maior cidade do mundo alguns séculos atrás, quando 500 mil pessoas viviam ali.
E não pense que isso faz de Vijayanagara uma equivalente medieval de municípios brasileiros de médio porte como Joinville ou Juiz de Fora – em 1500, cidade com centenas de milhares de habitantes era coisa rara.
A população de Paris, por exemplo, não chegava a 200 mil. A única cidade maior era Pequim. E Vijayanagara não ganhava por pouco.
Mas onde foi parar Vijayanagara? A gigante indiana sumiu do mapa por séculos – se tornou a maior cidade perdida da história, pelo menos se pensarmos em termos de população.
Vijayanagara é tão perdida que hoje não atende mais pelo mesmo nome. Quem quiser achá-la precisa procurar por Hampi, nome que vem do antigo rio que passa por ali.
Vijayanagara era a capital do Império de mesmo nome que dominou toda a região sul da Índia por mais de 200 anos. O Império Vijayanagara teve seu apogeu entre 1509 e 1530, quando a cidade se tornou um importante centro comercial e enriqueceu por conta da venda de especiarias e algodão.
Nesta época o império comercializava com os portugueses, que desde 1510 já estavam em Goa. A riqueza desse império hindu incomodou os sultãos mulçumanos do norte da Índia e em 1565 eles se uniram para destruir e saquear Vijayanagara.
A população foi morta ou fugiu. A cidade foi abandonada e caiu no esquecimento até ser redescoberta pelos britânicos, no século 19.
Há poucas opções de hospedagem e restaurantes perto de Hampi. Além de ficar nas alternativas que ainda restam em Hampi Bazar, outra possibilidade é ficar na cidade vizinha a Hampi, Hospet, onde fica a estação ferroviária.
Esses são alguns dos lugares mais recomendados para ficar em Hampi:
Veja opções de hotéis em Hampi e Hospet aqui.
Contratar um seguro de viagem é essencial, ainda que não seja obrigatório para visitar a Índia. O melhor é viajar protegido para não sofrer com os imprevistos.
A boa notícia é que é possível contratar um bom seguro de viagem gastando cerca de 20 reais por dia. Para isso, recomendamos utilizar um buscador como o do Seguros Promo, que compara as principais seguradoras e garante que você encontre o melhor custo-benefício, de acordo com suas necessidade.
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A Índia tem inúmeras relíquias históricas e maravilhas arquitetônicas que contam as crônicas de civilizações passadas. Além de Hampi, há uma miríade de sítios arqueológicos e patrimônios mundiais que merecem uma visita:
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Ver Comentários
Olá. Muito legal a matéria, mas hoje há aeroporto em Hospet, pelo.menos.foi o que encontrei no Google. Será que não confere?
"KARNATAKA" - [Capital Bangalore - Estado da Índia]
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é a Disneylandia dos amantes de "Templos de Pedra dos nossos Ancestrais do Passado", (Templos, Cavernas, Enfim...)
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Se o incrível/visitado país do Sudeste Asiático "Cambodia" fosse um estado, ele se chamaria: 'Karnataka' na Índia !!!
Se você foi no Peru/Bolívia (Ver a Engenharia/Arquitetura/Perfeição dos Monólitos do Passado)
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Se você foi no México (Ver a Engenharia/Arquitetura/Perfeição dos Povos da Mesoamérica)
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O Estado Indiano de "Karnataka" é/será a sua Disneylandia !!!
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São mais de 100 locais imperdíveis!!!
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AMOR-PAZ-LUZ !!!
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Isso aí, Sawl.
Abraço e obrigado pelo comentário.
Oi Rafa! Na verdade se tú cruzar o rio tem pelo menos 3 pousadas decentes para ficar, e dependendo da época é incrivelmente barato! Do outro lado tú também pode alugar uma motoquinha para conhecer os outros templos. O Hanuman Temple tem uma vista TOP! Também vale a pena visitar o sunset point, onde tem um mini templo que parece que tem um DJ 24h lá...hahahaha...O Nargila restaurant ( que também é pousada) é o meu preferido! Tem uma galera do Nepal que trabalha lá, então eles não carregam na pimenta. O café da manhã e sopa de tomate são maravilhosos! E o clima do lugar é show!
Oi, Rafa. Tudo bem?
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em https://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie - Bóia Paulista
Oi Bóia! quer dizer, agora sabemos seu nome real, né! hehehe
Obrigado por selecionar o post para o #Viajosfera
Pô, colocaram a assinatura abaixo do título e tirou a minha graça de adivinhar o autor hehe
Mas sabia que era do Rafa mesmo se não tivesse assinatura. Legal demais, parabéns.