Segunda maior ilha da Tailândia e um paraíso a ser descoberto no país, Ko Chang ainda preserva uma atmosfera remota, com cara de vila de pescadores, sem abrir mão das festas de arromba que são características das praias da região. Devido ao seu relativo isolamento em um arquipélago quase na fronteira com o Camboja, o lugar só foi descoberto pelos turistas há cerca de 20 anos, e ainda passa longe de ser tão requisitada quanto as ilhas mais famosas do país.
Coberta por uma densa floresta tropical que faz parte da área de preservação do Parque Nacional de Ko Chang, a ilha foi carinhosamente apelidada de Elephant Island devido a sua forma, que lembra o animal. Mas o nome bem poderia ter outra explicação: dentro dos limites da área de preservação ambiental é possível trombar com famílias de elefantes vivendo em liberdade, algo já não tão comum na Tailândia (estima-se que existam apenas 2500 elefantes livres no país, contra 4000 em cativeiro).
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De todas as ilhas que fazem parte do arquipélago e do Parque Nacional, Ko Chang é a que conta com mais infraestrutura turística. Embora tenha quase 80% de sua área dentro da reserva de preservação ambiental, as praias do lado oeste são habitadas e bem servidas de hotéis, agências de viagem, restaurantes, bares e mercados.
É por isso que a Ko Chang é considerada por muitos o melhor lugar para fazer de base para explorar a região, uma vez que nas principais vilas é fácil contratar passeios que levam para dentro e fora da ilha. Ko Chang conta com táxis (umas caminhonetes que levam passageiros sentados atrás) entre suas vilas, mas em geral a locomoção é um pouco limitada e, por isso, as pessoas costumam alugar moto para se locomover por ali.
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A poucos quilômetros do lugar onde as águas do Golfo da Tailândia passam das mãos do país para o Camboja, está um arquipélago de 52 ilhas que, até cerca de 20 anos atrás, passava despercebido pelas hordas de turistas em busca das praias paradisíacas do Sudeste Asiático. Inaugurado em 1982, o Mu Ko Chang National Marine Park foi descoberto pelos viajantes mais ou menos na mesma época em que recebeu acesso à eletricidade, mas muitas partes de suas ilhas permanecem intocadas ou ainda guardam aquela cara de vila de pescadores perdida no tempo.
Protegidos pelas regras de preservação do parque, o grupo de ilhas se espalha por uma região de 650 km quadrados – habitat de mais de 70 espécies de pássaros e 40 espécies de animais de outros tipos, como tartarugas, macacos, veados e serpentes, além, é claro, de dezenas de recifes de corais e animais aquáticos que tornam o lugar um destino atrativo para os praticantes de mergulho e snorkeling.
A diversidade da vida marinha, aliás, faz do Mu Ko Chang National Marine Park um dos melhores pontos para a prática de esportes aquáticos da Tailândia. Entre os favoritos dos mergulhadores estão a costa oeste de Ko Chang, perto da praia Bang Bao, e ilhas menores como Ko Wai, Ko Rang, Ko Lao Ya e Ko Klang. Há ainda a possibilidade de mergulhar entre navios naufragados durante uma batalha naval que aconteceu por ali em 1941.
Já quem prefere o snorkeling precisa contratar um barco que leva até os recifes. Como essa atividade é mais popular entre turistas, os grupos costumam ir sempre para o mesmo lugar, na mesma hora, o que resulta em uma experiência tumultuada e massiva. Uma opção mais exclusiva – e mais cara – é contratar um guia particular com um grupo pequeno e, assim, evitar os horários de pico e os lugares mais manjados.
A ilha que batiza a reserva natural, Ko Chang, é a maior do arquipélago e o destino mais popular dentro dos domínios do parque, seguida por Ko Kood – mais selvagem e remota – e Ko Mak, mais tranquila e relaxada que a irmã maior. Há ainda outras ilhas menores, como Ko Wai, Ko Rang, Ko Lao Ya e Ko Klang, algumas delas totalmente livres da presença humana. Ko Kood e Ko Mak não são protegidas pela reserva e, por isso, puderam desenvolver-se para o setor turístico com a presença de resorts e restaurantes. Apenas 80% da ilha de Ko Chang faz parte dos domínios de proteção ambiental, o que exclui todas as praias da costa oeste da ilha.
Por isso, a melhor maneira de explorar as maravilhas naturais do parque é usando uma das três ilhas maiores como base e comprando passeios com as agências locais. Ko Chang é, em geral, a melhor opção por oferecer mais variedade de hospedagem, infraestrutura, transporte para as outras ilhas e agências. Uma alternativa é passar algumas noites em cada uma delas e desfrutar o melhor que elas têm a oferecer.
Considerada a capital do arquipélago, Ko Chang conta com alguns povoados que se formam ao longo de suas principais praias, sempre na costa oeste da ilha, que está fora da zona de proteção ambiental. Lonely Beach é a praia mais badalada, com festa todos os dias e um montão de mochileiros jovens que ocupam os bares e bungalows da cidade.
Ali há também diversas agências de viagem que organizam excursões dentro e fora da ilha. Além das atividades aquáticas, outro grande atrativo são as caminhadas na reserva ecológica. Como 80% da ilha está sob proteção ambiental, o que não falta é natureza tropical para explorar. Não deixe de visitar também as vilas de pescadores, que ainda preservam o antigo modo de vida local.
Como eu disse, a cidade conta com serviços de táxis (umas caminhonetes que levam passageiros sentados atrás) entre as vilas, mas em geral a locomoção é um pouco limitada e, por isso, as pessoas costumam alugar moto para explorar a ilha.
Ko Mak fica 20 quilômetros ao sul de Ko Chang e é mais tranquila, fina e elegante. As praias também costumam ser mais vazias e há poucas opções de hospedagem ali, assim como de restaurantes e agências de turismo. Recomendado para quem só quer um pedaço de praia para chamar de seu por alguns dias ou apenas como um bate-volta de Ko Chang.
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Ko Kood é a segunda maior ilha do arquipélago de Ko Chang. Essa ilha também é bem menos festeira que Ko Chang, mas me pareceu mais selvagem e parada no tempo que Ko Mak. Aqui também há vilas de pescadores onde não é raro escutar vietnamita em vez do tailandês – culpa da proximidade da fronteira. Uma das maiores atrações locais é a cachoeira Klong Chao, cuja queda forma uma piscina natural em meio ao cenário da floresta tropical.
Agências de Ko Chang também organizam day trips e passeios de mergulho em Ko Kood. Por isso não é necessário ficar na ilha se você não quiser. Ko Kood, no entanto, também conta com algumas boas opções de hospedagem, incluindo resorts na beira da praia por preços bem em conta.
Tanto para quem vem do Camboja quanto de outras partes da Tailândia, o caminho para Ko Chang passa pelo porto de Trat, cidade da qual saem as balsas para a ilha. Há ônibus para Trat saindo do terminal Ekkamai de Bangkok, com saídas a cada meia hora entre 5h e 23h30. A passagem custa cerca de 270 baht (R$ 30).
A Bangkok Airways opera para o Aeroporto de Trat e tem voos desde Bangkok e Chiang Mai. Se você está no norte, essa pode ser a melhor opção, tanto por causa da distância e também da indisponibilidade de ônibus. Para quem vem do Camboja, há um ônibus desde Siam Reap que sai diariamente às 10h e custa 500 baht (R$ 50).
Chegando a Trat, é preciso pegar a balsa no pier de Ao Thammachat ou Dan Kao. Para chegar lá, você pode pegar um Songthaews (os táxis coletivos que funcionam em caminhonetes) do terminal de ônibus de Trat por 50 baht. As balsas para Ko Chang saem a cada 30 minutos e custam entre 70 e 80 baht por pessoa (100 – 120 para um bilhete de ida e volta).
Dá para comprar o ticket diretamente no pier e, quando você fizer isso, eles vão te oferecer também o transporte de van até o seu hotel. A menos que você planeje alugar uma moto assim que chegar à ilha, é recomendável que você aceite, já que os Songthaews ali podem demorar a sair do porto, uma vez que é preciso esperar outros passageiros para completar os lugares das caminhonetes.
Alugar uma Songthaews só para você pode não compensar pelo preço. As praias da ilha são distribuídas ao longo de uma única estrada principal, mas não são exatamente próximas umas das outras. Por isso, apesar de ser fácil se localizar ali, é necessário contar com um meio de transporte (nem que for pagando os táxis) se você quiser circular.
Os hostels, hotéis, resorts e bangalôs de Ko Chang estão espalhadas somente pela parte habitada da ilha, nas praias da costa oeste. Ali, a mais jovem e badalada é a Lonely Beach, onde há festa todos os dias e mochileiros de todo o mundo. Por isso, evite ficar na rua principal, que pode ser barulhenta até altas horas. A parte boa é que dá para conseguir um bangalô na beira da praia ou em pontos mais afastados da festa por preços bem razoáveis. Eu não recomendaria outro lugar para ficar se você pretende sair à noite, já que os táxis a essa hora podem ser caros e difíceis de encontrar.
Lonely Beach
White Sands é a maior e mais popular praia da região e possui acomodações mais luxuosas, mas também é mais cheia e menos limpa que Lonely Beach, além de já ter perdido um pouco da cara de vila perdida no tempo devido à alta exploração turística que tomou o lugar. Mas quem procura mais tranquilidade também tem lugar em Ko Chang: Klong Prao Beach não tem tantas lojas e opções de entretenimento, mas ainda conta com boas opções de hospedagem e está perto de White Sands, caso você queira ver um pouco de vida de vez em quando.
Alguns hotéis recomendados na ilha são:
A principal atividade de Ko Chang é curtir a praia. Pegar a sua aguinha de coco e sentar-se em um bar à beira mar ou estender sua canga na areia mesmo. Colocar a leitura em dia, tirar uma soneca na sombra, dar um mergulho de vez em quando até a hora de ver o sol se por. E foi assim que eu passei a maior parte dos meus dias ali. Mas a ilha também está cheia de atividades quando você se cansar dessa vida de sombra e água fresca (tem gente doida pra tudo…).
Você pode contratar todos os passeios com segurança e antecedência clicando aqui ou nos tours abaixo:
As principais praias de Ko Chang são:
Por causa da rica vida marinha do Parque Nacional, Ko Chang é conhecida por ser uma das melhores regiões da Tailândia para a prática de mergulho. Diversas agências no local levam grupos até a área onde o mergulho é realizado e você pode contratá-las nas vilas, no dia anterior à partida. Há grupos para iniciantes e para praticantes avançados. É possível também tirar o PADI ali. No caminho para o local do mergulho, às vezes dá observar golfinhos.
Há diversas trilhas de diferentes intensidades dentro da área de conservação ambiental. Algumas levam a cachoeiras, mas a maior parte fica vazia durante parte do ano (a melhor época para ver as cachoeiras é em outubro e novembro). Há elefantes vivendo em liberdade na floresta, e às vezes é possível ver um ou outro nessas trilhas, mas tome cuidado com agências que oferecem pacotes de aventura que incluem passeios com os animais. Esses elefantes são prisioneiros e passam por um torturante processo de domesticação antes de estarem ali. O mesmo vale para os inúmeros Elephant Camps presentes em toda a ilha.
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Há diversos passeios de barco saindo de Ko Chang, tanto para visitar as outras ilhas do arquipélago quanto para snorkeling. Eles podem ser contratado nas agências de viagem que se multiplicam na ilha e são um dos motivos pelos quais Ko Chang é a melhor base para explorar o resto do parque.
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