Uma pequena vila aos pés do vulcão mais famoso da Costa Rica, La Fortuna de San Carlos tem esse nome por causa da sua sorte: as terras férteis, nas quais plantando tudo dá, somadas à excelente localização para as mais diversas atividades turísticas, proporcionaram um alto desenvolvimento econômico.
E tudo isso sem perder a cara hippie que atrai mochileiros do mundo inteiro em busca de contato com a natureza e um pouquinho de aventura, entre águas termais, cachoeiras, cavernas e floresta tropical.
Tanta vocação para o turismo tem seu lado negativo. Quase tudo ali é explorado e os preços cobrados pelas agências não são dos mais convidativos. La Fortuna pode muito bem se mostrar uma grande pegadinha com pouca autenticidade, principalmente se você não souber exatamente o que foi fazer ali.
Até dá para fazer as coisas por conta própria, mas você vai precisar de alugar um carro, já que o acesso às atrações por transporte público é bastante restrito.
Para chegar lá, é preciso encarar quatro horas de ônibus de San José, saindo do Terminal 7-10. Há três saídas diárias: às 5h, às 8h40 e às 11h, e a passagem custa cerca de 5 dólares. Dá para comprar na hora, mas se esse for o seu plano, recomenda-se chegar com alguma antecedência ao local.
Assegure-se de que você tem um assento designado, já que na Costa Rica é possível vender tickets mesmo com o ônibus cheio, e quem comer mosca pode ter que viajar no corredor. A região é bastante montanhosa e a estrada vai em zigue-zague por um bom tempo. Lembre-se disso se você costuma ficar enjoado nesse tipo de situação.
Uma maneira mais rápida e confortável de viajar é alugando um carro. Os ônibus costumam parar em tudo quanto é cidade e isso faz o trajeto durar o dobro do tempo. Como as estradas são boas e a infraestrutura local é uma das melhores da região, essa é uma opção viável e segura. Só tome cuidado com as curvas na estrada (região montanhosa, lembra?) Saiba como alugar um carro gastando pouco.
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Em dias claros, o Arenal rouba a cena em La Fortuna. Lá está ele, no fim da avenida, compondo o cartão-postal junto com a simpática igrejinha principal. O Arenal ainda é considerado um vulcão ativo e teve a última erupção em 2010. É, sem dúvidas, o principal objetivo de quem inclui La Fortuna no roteiro e o principal passeio oferecido pelas agências locais.
Para chegar lá por conta própria, a melhor forma é de carro. Dizem que há um único ônibus diário que faz o trajeto entre a estação de ônibus da cidade e o Parque Nacional do Vulcão Arenal e que sai todos os dias às 7h, com destino a Tilaran. É preciso descer em frente a um posto de polícia e caminhar até o parque (peça ajuda ao motorista).
O problema é que nem na internet, nem na cidade, encontrei informações consistentes sobre essa linha. O trajeto em táxi sai em torno de 20 dólares e é uma boa alternativa se você quer fugir dos tours de agência e, principalmente, se tem com quem dividir a tarifa.
O parque abre das 08:00 às 18:00 e a entrada custa 15 dólares. Os passeios guiados vendidos pelas agências incluem entradas, transporte, almoço e lanchinhos por 50 dólares, além de outras atrações durante o dia.
A trilha que leva ao vulcão, de onde também é possível apreciar a vista do Lago Arenal, dura duas horas. Recomenda-se usar sapatos adequados para caminhada e que você não se importe de sujar de lama (as meninas de all star branco quase tiveram um treco). Leve também água e uma jaqueta, já que o tempo ali pode mudar de repente.
A trilha até o mirante do Vulcão Arenal é uma caminhada difícil, mas o clima úmido e a subida pedem fôlego. O lugar é ótimo para observar a fauna nativa, em especial as várias espécies de pássaro que habitam a região. Se você for sozinho, evite sair dos caminhos demarcados, já que o parque também abriga diversas espécies de cobras venenosas.
Dentro do parque, vale a pena conferir o Cerro Chato, um vulcão extinto há mais de 3000 mil anos e que hoje é uma pequena serra. Há trilhas que levam ao topo, mas essa caminhada exige um maior preparo físico. E quem quiser se refrescar pode dar um mergulho na Cachoeira do Rio Fortuna, uma queda de 70 metros sobre rocha vulcânica.
A água quente do Rio Cholin é perfeita para quem quer aproveitar a atividade termal da região sem pagar o preço dos vários spas distribuídos pelas redondezas. Para chegar lá por conta própria, só de carro ou de táxi, indo para a entrada das termas do Tabacon Resort (é diferente da entrada do hotel). Há um estacionamento público ali.
Do outro lado da estrada, siga por uma pequena trilha de concreto entre a mata para chegar à parte pública do rio, que tem até pequenas piscinas naturais para relaxar. Evite levar pertences com você, já que furtos na área são bastante comuns e não há um lugar seguro para deixar suas coisas por ali, assim como qualquer tipo de estrutura turística. É apenas um trecho de um rio que corre paralelo a uma estrada. Tome bastante cuidado, pois as pedras podem ser escorregadias. A não ser que você esteja com uma excursão guiada, evite visitar o local durante à noite.
Atividade preferida de quem visita La Fortuna em lua de mel ou viagem romântica, os arredores da cidade estão repletos de spas e resorts. Quem não quiser se hospedar em um deles pode comprar o passe diário e aproveitar as piscinas de águas termais, massagem e atividades terapêuticas. Veja aqui alguns dos melhores spas e resorts da região.
Foto: Martijn Smeets, Shutterstock
O azul-piscina do Rio Celeste parece de mentirinha, mas é resultado do encontro das águas limpas de dois rios e de um tipo de mineral revestido de silicone, oxigênio e alumínio. Para ver essa maravilha da natureza é preciso fazer uma trilha no Parque Nacional do Vulcão Tenório, que está, na verdade, fora de La Fortuna, em um município chamado Bijagua de Upala.
Essa é outra atração na qual se chega mais facilmente de carro ou com tour contratado (que custa 60 dólares). A viagem dura 1h30. Não há transporte público direto e essa dificuldade acabou me fazendo desistir do passeio, apesar das fotos. Você também pode contratar um serviço de shutter ou táxi (entre 30 e 40 dólares, com a vantagem de que no táxi dá para dividir esse valor com mais pessoas).
Como há um limite de 1200 visitantes por dia no parque, e apenas 400 por vez, o recomendado é chegar cedo. Há duas trilhas de dificuldade baixa, uma de 6 km e outra de 1,5 km. Ambas podem estar bem lamacentas. É proibido nadar lá dentro.
La Fortuna está repleta de opções de hospedagem. São mais de 150 estabelecimentos, que vão desde resorts cinco estrelas a pousadinhas familiares e hostels para mochileiros.
Eu me hospedei no La Choza Inn, um hostel mega confortável que tem quartos coletivos por 9 dólares e privativos por 30, com café da manhã incluído e vista para as montanhas. Quem preferir pode buscar aqui entre as outras hospedagens em La Fortuna e escolher a melhor para cada estilo de viagem.
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