Três mirantes em Buenos Aires para uma vista panorâmica da cidade

Um dos melhores pontos de vista sobre qualquer cidade é do alto. Pode ser da janelinha do avião, da varanda do hotel ou de um mirante num arranha-céu. Observar o mar de prédios de uma metrópole costuma ser uma experiência única. Em Buenos Aires não é diferente. A capital da Argentina é linda de qualquer ponto de vista, é verdade, mas são dos mirantes em Buenos Aires que temos uma vista panorâmica dessa beleza. Se você sobe alguns metros e observa tudo do alto… vira covardia.

A boa notícia é que alguns dos principais mirantes de Buenos Aires ficam bem no coração da cidade e podem ser facilmente conciliados com o roteiro a pé pelo centro que preparamos pra você: o do Palácio Barolo, da Galeria Guemes e o do Hotel Panamericano. Você não precisa visitar todos eles na mesma viagem, mas incluir pelo menos um deles na sua visita vai fazer toda diferença.

Veja também:
O que fazer em Buenos Aires: guia completo de atrações
Onde ficar em Buenos Aires: os melhores bairros

Seguro de viagem na Argentina

Contratar um seguro de viagem é essencial, ainda que seja para países tão próximos quanto a Argentina e o Uruguai. Por mais que seja perto de casa, o melhor é viajar protegido para não sofrer com os imprevistos.

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Visita guiada ao Palácio Barolo e um dos melhores mirantes de Buenos Aires

Um prédio inspirado num livro. Esse é o Palácio Barolo, que foi baseado na Divina Comédia, de Dante Alighieri. Para começo de conversa, o prédio foi dividido em três níveis: Inferno, Purgatório e Céu. O número de andares – 22 – equivale ao número de estrofes da obra. Já a altura do prédio, que tem 100 metros, remete ao número de cantos da Divina Comédia.

Além disso tudo, o prédio é lindo e tem muita história para contar. Foi inaugurado em 1923, sendo na época o maior prédio da América do Sul. Anos mais tarde, o mesmo arquiteto, Mario Palanti, planejou um irmãozinho para o Palácio Barolo: o Palácio Salvo, em Montevidéu. Apesar de achar o preço um pouco salgado (135 pesos em 2014. Hoje, seguramente, a inflação já agiu), o passeio vale muito a pena, em especial porque termina com essa vista incrível do Congresso Nacional da Argentina:

Congresso da Argentina 

A visita começa no inferno, digo, na sala de entrada. O guia explica que o empresário que encomendou o prédio era fã do Alighieri e até tentou levar os restos mortais do escritor, que estão na Itália, para Buenos Aires.

Apesar de toda a explicação e as curiosidades do prédio, o ponto alto da visita é mesmo o mirante. Para acessá-lo é preciso ter fôlego e estar disposto a encarar escadas apertadas.

Mas o melhor é ver de perto o farol que fica no alto do Barolo. As luzes são ligadas todas as noites e podem ser vistas até lá no Uruguai.

São apenas alguns minutinhos da redoma de vidro no alto do arranha-céu. Mas, olha, minutinhos fantásticos, viu?

O Palácio Barolo também oferece visitas noturnas e com direito até a uma taça de vinho (se fossem duas, complicado seria descer as escadas depois). Eles também organizam visitas guiadas em datas especiais, tipo o Ano-Novo.

Antes de correr para lá, vale consultar o calendário no site oficial, já que as visitas não são diárias (as diurnas ocorrem nas segundas, quintas e sábados, sempre durante a tarde e com saídas a cada uma hora). O Palácio Barolo fica na Avenida de Mayo, pertinho do Congresso Nacional da Argentina

O mirante da Galeria Guemes

A vista não é tão impressionante quanto a do Palácio Barolo, mas a Galeria Guemes tem duas vantagens: o preço muito mais em conta e os dias e horários para visitar o mirante, que são mais acessíveis.

O prédio é ainda mais antigo que o Barolo e foi o primeiro arranha-céu de Buenos Aires – são 14 andares. A Galeria Guemes é um edifício comercial que fica na Calle Florida, nº 165, um lugar que você certamente vai visitar, afinal essa rua é a Meca do câmbio paralelo na Argentina. Já que você vai passar por lá de qualquer forma, que tal dar um tempo na multidão de pedestres para aproveitar a calma do mirante?

O mirante funciona de segunda a sexta, entre 9h20 e 12h e 15h e 17h40. O valor é muito mais camarada: só 20 pesos.

A vista do Hotel Panamericano

Esse eu não visitei. E foi uma pena, afinal a vista de lá é completamente diferente. O Panamericano fica no número 550 da Carlos Pellegrini / 9 de julho, dois nomes que na prática falam da mesma Avenida, a principal da cidade. E o que essa vista tem de bom? O Obelisco. Mais ou menos isso aqui, ó:

E, óbvio, não para por aí. Mas como eu não vi de perto, não tenho mais detalhes para dar. Só sei que a vista do alto do Hotel Panamericano costuma ser privilégio de quem se hospeda lá, mas toda semana o governo organiza tours ao local, que nessas ocasiões é aberto ao público. Essas visitas são de graça e fazem parte do Programa Miradores de Buenos Aires, criado pelo governo para garantir que o público geral possa conhecer mirantes privados normalmente acessíveis apenas a um público restrito. As vagas são limitadas e se encerram rápido. Para reservar sua vaga e conferir as datas clique aqui.

Outros mirantes em Buenos Aires

O programa de visitas guiadas aos Miradores de Buenos Aires inclui outros lugares, como o Automóvil Club Argentino e a Basílica Santa Rosa de Lima. Você pode reservar sua participação pelo e-mail miradoresdebuenosaires@hotmail.com.

Onde ficar em Buenos Aires

Os principais bairros para se hospedar em Buenos Aires são:

  • Centro
  • San Telmo
  • Recoleta
  • Palermo

Os dois primeiros são para quem quer economizar, ficar perto de tudo e não se incomoda com bagunça. Já Recoleta e Palermo tem hospedagens mais caras, mas são bairros mais nobres e bonitos. Você pode saber mais sobre as regiões no nosso post Onde ficar em Buenos Aires.

Acomodações recomendadas em Buenos Aires:

Encontre hotéis em Buenos Aires

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

Ver Comentários

  • Ei Rafael! Joia? :)
    No fim do mês tô indo pela segunda vez pra BsAs e quero muito fazer a visita no Barolo.
    Mas tô com uma dúvida: fui consultar o site deles e vi que possuem uma visita fotográfica também e agora não sei se vou nela ou na visita diurna.
    A minha praia mesmo é fotografar e filmar (trabalho com isso, então né). Você sabe me indicar se valeria a pena ou sabe algo sobre essa visita fotográfica? O ruim é que ela custa 250 pesos (enquanto a diurna sai por 200) e dura 2 horas (a diurna dura 1h30) - com direito a 40 minutos no "telhado do chão do edifício", segundo o site.
    O que você me diz?

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Rafael Sette Câmara

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