Todo mundo já ouviu falar no Madame Tussauds. O museu exibe réplicas de cera em tamanho real e em 3D de grandes figuras do esporte, artes, política e da história. Começou em Londres e hoje está presente em 14 cidades: Nova York, Washington DC, Las Vegas, Los Angeles, Berlim, Amsterdam, Hong Kong, Shanghai, Blackpool, Sydney, Viena, Bangkok e Tókio.
Foi na filial de Washington que eu tive contato com as famosas figuras de cera. Por isso, caso você ainda não esteja esperando, já adianto que este post será um festival inestimável de toda a minha patetice, o que faz dele quase um segundo post de fotos jacu. A patetice foi exercida em prol da diversão e das boas fotos, claro. Mesmo que você ache a visita a esse museu meio besta, saiba que a história por trás dele é bastante interessante.
Não viaje para os Estados Unidos sem seguro de saúde internacional, já que os custos hospitalares lá são altíssimos. Leia aqui como achar um seguro com bom custo/benefício (e com desconto!)
Madame Tussauds foi uma francesa nascida em 1761. Ela cresceu na casa de um médico, onde a mãe dela trabalhava governanta. Esse médico, Dr. Curtius, também modelava cera. Em 1770, ele abriu um museu com figuras de cera em tamanho real, que ficou muito famoso em Paris. A Madame, que nessa época era só uma menina chamada Marie, tornou-se aprendiz do médico. Oito anos depois ela criou a sua primeira réplica de cera, do escritor e revolucionário francês Voltaire. Dois anos mais tarde, virou tutora de artes da irmã do Luis XVI (vulgo o marido da Maria Antonieta) e, por isso, viveu em Versailles por 9 anos.
Com toda a confusão da revolução francesa rolando, o Dr. Curtius chamou Marie de volta a Paris, onde ela trabalhou fazendo máscaras de cera das pessoas que morriam guilhotinadas na revolução. Com isso, o museu do médico continuou fazendo muito sucesso e, quando ele morreu, em 1794, Marie assumiu a exibição. Ela se casou alguns anos depois e teve dois filhos. Em 1802, com as Guerras Napoleônicas e a diminuição da popularidade do museu, ela juntou as crianças, largou o marido e se mudou para a Inglaterra.
Veja também: onde ficar em Whashington
Por 33 anos, ela viajou Reino Unido afora apresentando suas figuras de cera. Cansada da vida itinerante e já bem famosa por lá, em 1835 ela abriu um novo museu em Londres. Ali ficou até 1850, quando morreu, aos 89 anos. Seu legado foi continuado pelos filhos e hoje, quase 200 anos depois, o museu da Madame Tussauds é famoso no mundo todo. Muito disso também se deve ao fato de que um grande grupo de entretenimento, o segundo maior do mundo (depois da Disney), comprou a atração.
As figuras da exposição variam de cidade para cidade. Na filial Londres, que é a maior, tem de tudo, até Bollywood. Em Washington, onde eu fui, eles focam bastante na questão da política. Existe uma galeria com todos os presidentes dos Estados Unidos e bastante coisa histórica. Mas também não faltam estrelas hollywoodianas e celebridades da música.
Para fazer as figuras, que são quase perfeitas (com algumas exceções bizarras), os artistas responsáveis pelo Madame Tussauds avaliam algumas dezenas de fotos das pessoas nos mais diferentes ângulos possíveis. Quando a pessoa está viva, ela vai até eles para ser fotografada, medida milimetricamente e avaliada – para que sua cópia de cera fique perfeita. Já o pessoal que já morreu é feito baseado em informações passadas. Até hoje eles utilizam as mesmas técnicas para “dar vida” à cera que a Madame Tussauds aprendeu no século 18. Os artistas também enviam para o museu peças de roupa e jóias para que possam ser feitas cópias das vestimentas da exibição.
Dei uma olhadinha no site oficial e as entradas variam de preço e também de acordo com a cidade. Por exemplo, em Londres custa 33 libras e em Berlin 21 euros. Em Nova York custa 39 dólares e em Washington uns 23. Mas uma dica valiosíssima é comprar o ingresso pela internet, já que por assim os descontos são realmente bons. Outro dica (comprando pela internet) é optar pelo ticket depois das 16h. Eu fiz essa opção e talvez por isso encontrei o museu mais vazio. O que foi ótimo para eu poder me jogar na arte de interagir com figuras famosas inanimadas – bem se vê pelas fotos, né?
*A imagem destacada é de divulgação do Madame Tussauds DC
Poucas regiões do mundo combinam tanto com uma viagem de carro como a Toscana. Habitada…
Kashan foi uma das cidades que mais me surpreendeu no Irã. Pequena, charmosa e repleta…
Fussen é um bate-volta comum para quem visita Munique e uma parada estratégica para quem…
Se você gosta de história e curte cidades com muitas atrações de graça, você vai…
Alguns lugares que a gente visita parecem nem pertencer a esse planeta. Foi bem assim…
O que fazer em Hong Kong? A metrópole asiática é um daqueles umbigos do mundo…
Ver Comentários