É claro que uma cidade que é porta de entrada para a história teria museus de todo o tipo. Colada com cidades como Ouro Preto, Sabará e Tiradentes, Belo Horizonte acrescentou mais um museu em sua rota turística com o surgimento de Inhotim, que fica na vizinha Brumadinho. Mas não para por aí – a capital mineira mesmo tem vários endereços que merecem uma visita. Neste texto você vai conhecer os principais museus de Belo Horizonte.
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Alguns dos museus de Belo Horizonte listados aqui são interessantes para qualquer turista, outros podem ser bons programas apenas para quem é de BH e procura um passeio diferente. E há uma série de pequenos museus temáticos. O Museu do Brinquedo, por exemplo, pode interessar crianças, enquanto o de Ciências Morfológicas atrai estudantes dos últimos anos do Ensino Fundamental e também do Ensino Médio.
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Para os que procuram indicações de quais museus visitar, alguns dos mais importantes são:
Com exposições que falam da história e da cultura do povo mineiro nas mais variadas épocas, o Memorial Minas Gerais é, sem dúvidas, um dos museus que mais merecem a visita. De religiosidade a lendas urbanas, tem de tudo por ali – passando também, claro, por grandes escritores mineiros, como Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade.
O Memorial Minas Gerais fica na Praça da Liberdade e funciona no antigo prédio da Secretaria da Fazenda – a arquitetura do prédio é outro atrativo do passeio. Vale conferir o calendário de exposições temporárias no site oficial. E leia também nosso texto sobre o Memorial Minas Gerais Vale. Espere gastar entre uma e duas horas na visita.
Horário de Funcionamento: Terças, quartas, sextas-feiras e sábados das 10h às 17h30; quintas das 10h às 21h30; domingos das 10h às 15h30. Entrada gratuita. Endereço: Praça da Liberdade, s/n, na esquina com Rua a Gonçalves Dias. Telefone: (31) 3308-4000.
Outro integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade, o CCBB BH funciona no antigo prédio da Secretaria de Segurança e Assistência Pública. Assim como nos outros espaços patrocinados pelo banco no país, o forte do CCBB são as exposições temporárias, que incluem trabalhos de grandes artistas internacionais e costumam rodar os centros culturais do país.
Horário de funcionamento: de quarta a segunda das 9h às 21 horas. Entrada gratuita. Endereço: Praça da Liberdade, 450. Telefone: (31) 3431-9400.
Projetado no final do século 20, época do nascimento de BH, esse prédio foi Secretaria do Interior, anexo da Secretaria de Estado da Educação e Centro de Referência do Professor. Hoje ali fica o Espaço do Conhecimento UFMG. Ocupando três andares do museu, a exposição Demasiado Humano trata da origem da vida e da trajetória da humanidade, com foco em áreas como astrofísica, paleontologia, genética e arqueologia. No prédio também funcionam um planetário e um terraço astronômico que tem telescópio para observação das noites belo-horizontinas.
A entrada no planetário custa R$ 6, o restante do espaço tem visitação gratuita. Funciona de terça a domingo das 10h às 17. A exceção é aos sábados, quando o espaço fecha mais tarde: às 20h. Endereço: Praça da Liberdade, 700. Telefone: (31) 3409-8350.
Inaugurado em 1897, o prédio da Secretaria de Estado da Educação foi transformado no Museu das Minas e do Metal – é o prédio rosa da Praça da Liberdade. Fala sobre a mineração e tem diversas pedras preciosas – e até uma extraterrestre, um meteorito. Boa parte do acervo veio do antigo Museu de Mineralogia Djalma Guimarães, que ficava num prédio próximo, o Rainha da Sucata. É patrocinado pela Gerdau. Detalhes e programações temporárias no site oficial.
Funciona de terça a domingo das 12h às 18h; e quintas das 12h às 22h – toda última terça do mês o museu fecha mais cedo, às 17h. A entrada é gratuita. Endereço: Praça da Liberdade, s/nº. (31) 3516-7200.
Outro espaço que faz parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade, esse ocupando o antigo Palácio dos Despachos, construído no pomar do Palácio da Liberdade quando este se tornou pequeno demais para as atividades do governo. Já recebeu dezenas de grandes exposições – vale conferir a programação aqui.
Horário de funcionamento: terça a sexta das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados das 10h às 18h. A entrada é de graça. Endereço: Praça da Liberdade, 10. Telefone: (31) 3289-8900
Em funcionamento num dos prédios mais bonitos de Belo Horizonte, o da antiga estação de trens da Central do Brasil, o Museu de Artes e Ofícios foi inaugurado em 2005. É o primeiro museu brasileiro que se dedica ao trabalho – são quase três mil peças em exibição, objetos que cobrem o tempo entre os séculos 18 e 20. O acervo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Detalhes no site oficial.
Horário de funcionamento: terças das 9h às 21h; quarta a domingos (e feriados) das 9h às 17h. Mas fique atento, porque o espaço não abre em alguns feriados. A entrada é de graça. Endereço: Praça da Estação, 600. Telefone: (31) 3248-8600.
Prédio do Museu de Artes e Ofícios
O mais importante espaço cultural da cidade. Ocupa uma área dentro do Parque Municipal, bem no centro da capital mineira. Conta com salas de teatro, concertos e cinema, mas também espaços para exposições: as galerias Alberto da Veiga Guignard, Genesco Murta, Arlinda Corrêa Lima e o Espaço Mari’Stella Tristão.
Horário de funcionamento, programação e preços no site oficial. Endereço: Avenida Afonso Pena, 1537. Telefone: (31) 3236-7400.
Mais um espaço inaugurado durante a gestão de JK na prefeitura, o Museu Abílio Barreto tinha outro nome: Museu Histórico de Belo Horizonte. Conta a história do planejamento e criação da capital mineira e também a de seus habitantes. Funciona nm casarão da Fazenda do Leitão, no Curral Del Rey, que ocupava essa área antes da fundação de BH.
Horário de funcionamento: Terças, sextas, sábados e domingos de 10h às 17h; quartas e quintas de 10h às 18:30h. A entrada é de graça. Endereço: Avenida Prudente de Morais, 202, bairro Cidade Jardim. Telefone: (31) 3277-8573.
Reúne cerca de cinco mil brinquedos de diversas épocas, do começo do século 20, passando pelos anos 1970, 80 e 90 e chegando aos dias de hoje. São bichos de pelúcia, cavalos de pau, robôs, bonecas, jogos de tabuleiro, livros e video games. Há programações especiais em finais de semana, datas importantes e durante o período de férias escolares – confira no site oficial.
Horário de Funcionamento: De segunda a sexta de 9h às 17h; sábados e feriados de 10h às 17h. Entrada: R$ 24. Endereço: Avenida Afonso Pena, 2564, Funcionários. Telefone: (31) 3146-9633.
É o primeiro museu público dedicado à moda no país. Funciona no centro da cidade, também num prédio lindíssimo (e frequentemente confundido com uma igreja): o Castelinho da Rua da Bahia, na esquina com a Avenida Augusto de Lima e em frente ao Maletta. Nesse prédio, inaugurado em 1914, funcionava a Câmara Municipal.
Horário de Funcionamento: Terça a sexta das 9h às 21h; sábados e domingos das 10h às 14h. A entrada é de graça. Fica na Rua Bahia, 1149, Centro. Telefone: (31) 3277-9248.
Foram seis anos fechado, período interrompido em 2017. Totalmente reformado, o Museu Mineiro é um dos mais novos integrantes do Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Funciona num prédio do século 19 e que é por si só uma atração. O acervo conta com três mil peças, com destaque para a arte-sacra.
Horário de funcionamento: Terças, quartas e sextas de 10h às 19h; quintas de 12h às 21h; sábados e domingos de 12h às 19h. A entrada é de graça. Endereço: Avenida, João Pinheiro, 342. Telefone: (31) 3269-1103.
Vídeos que mostram Belo Horizonte em sua infância, nas primeiras décadas do século 20. Imagens registradas e cuidadosamente guardadas que recontam a história da capital mineira e seus habitantes. E também fotografias, cartazes de cinema, discos, posters e outros objetos semelhantes. Esse é o acervo do MIS – são 90 mil itens, um dos maiores do tipo no país.
Horário de Funcionamento: abre de segunda a sexta. Toda terça o horário é de 9h às 21h; nos outros dias é de 9h às 18. A entrada é de graça. Endereço: Av. Álvares Cabral, 560 , Centro. Telefone: (31) 3277-4131
Outro espaço que funciona num casarão lindo da Rua da Bahia, no centro. Foi inaugurado em 2008 e reúne obras do pintor Inimá de Paula.
Horário de funcionamento: Terças, quartas, sextas e sábados das 10h às 18h30; quintas de 12h às 20h30; domingos e feriados de 10h às 16h30. A entrada é de graça. Endereço: Rua da Bahia, 1201, Centro. Telefone: (31) 3213-4320
Também parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade. O Centro de Arte Popular da Cemig guarda 800 peças, de pinturas rupestres a grafites de rua. Tem uma sala para exposições temporárias e quatro mostras permanentes, incluindo uma para grandes nomes da arte popular mineira.
Horário de funcionamento: Terças, quartas e sextas-feiras de 10h às 19h; quintas de 12h às 21h; sábados e domingos de 12h às 19h. Entrada franca. Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608, Bairro Lourdes. Telefone: (31) 3222-3231.
De todos os museus da Pampulha, a Casa Kubitschek é o meu favorito. Localizada na orla da Lagoa e a cerca de um quilômetro da Igrejinha de São Francisco, essa casa foi projetada por Oscar Niemeyer para o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, que usava o local como residência de final de semana – e adorava sair de barco a partir dali.
JK vendeu a casa poucos anos depois e o local seguiu como residência de outra família pelas décadas seguintes, até a Prefeitura de Belo Horizonte a transformou num museu. Além de conhecer um pouco mais da vida de JK e do projeto da Pampulha, essa é uma oportunidade de entrar numa casa (e na intimidade de uma família) dos anos 1950.
Horário de funcionamento: De terça a sábado das 10h às 17h. A entrada é de graça. Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 4188. Telefone: (31) 3277-1586.
Pequeno museu ligado ao Instituto de Ciências Biológicas e que funciona dentro do Campus Pampulha da UFMG. Com foco na morfologia e na anatomia, é parada obrigatória para excursões de escolas da capital mineira. Tem um acervo com partes anatômicas humanas, como embriões e fetos em várias etapas de desenvolvimento.
Horário de funcionamento: Terças a sextas de 8h às 12h e de 13:30 às 17h; quintas-feiras de 19h às 21h. A entrada custa R$ 5. O campus Pampulha fica na Av. Presidente Antônio Carlos, 6627. Telefone: (31) 3409-2776.
Aberto pouco antes da Copa do Mundo, o Museu Brasileiro do Futebol fica no Mineirão. Tem um espaço para literatura infanto-juvenil sobre o esporte, conta a história do futebol no mundo e também na cidade, antes e depois do estádio. A criação do Mineirão e o jornalismo esportivo são outros temas de destaque, assim como o futebol mineiro e as partidas mais memoráveis disputadas ali. Detalhes no site oficial.
Horário: Terça-feira de 9h às 20h; quarta a sexta-feira de 9h às 17h; sábados e domingos de 9h às 13h. Vale lembrar que os horários podem ser alterados em dias de jogos. A entrada custa R$ 20. Endereço: Av. Antônio Abrahão Caram, 1001. Telefone: (31) 3499-4312.
O Museu de Arte da Pampulha é o prédio mais imponente do conjunto arquitetônico projetado por Niemeyer e declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Nasceu para ser um cassino, mas como o jogo acabou sendo proibido no Brasil pouco depois da inauguração, o local foi transformado em museu. Conta com um acervo de 1600 obras de artistas brasileiros.
Funciona de terça a domingo, das 9 às 17h. A entrada é de graça. Endereço: Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585. Telefone: (31) 3277-7996.
Localizado no Bairro Santa Inês, na Região Leste de BH, o Museu de História Natural fica dentro de uma grande área verde e de Mata Atlântica, o Jardim Botânico. Conta com 150 mil itens, incluindo várias réplicas de fósseis de dinossauros. A grande atração, porém, é o Presépio do Pipiripau, que tem mais de 100 anos e é tombado pelo Iphan.
Horário de funcionamento: de quarta a domingo entre 10h e 16h. A visita ao presépio depende dos horários de sessões. Detalhes aqui. A entrada custa R$ 10. Endereço: Rua Gustavo da Silveira, 1035, Santa Inês. Telefone: (31) 3409-7600.
Um pequeno museu que funciona no bairro Ouro Preto, na Pampulha, e que garante ser o primeiro a tratar desse tema no Brasil. Fala também do papel dos judeus e cristãos-novos na colonização do país. É gerenciado pela Associação Brasileira dos Descendentes de Judeus da Inquisição.
Funciona de terça a sexta entre 9:30 e 15:30; domingos e feriados entre 10:30 e 13:30. A entrada custa R$ 10. Endereço: Rua Cândido Naves, 55, Bairro Ouro Preto. Telefone: (31) 2512-5194
Um museu que conta a história do Giramundo, um dos mais importantes grupos de teatro de bonecos da América. São seis exposições, incluindo uma sobre autômatos, mecanismos que simulam seres vivos por meio de movimentos. Vale ficar também de olho no calendário de espetáculos do Giramundo.
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, com visitas guiadas em horários marcados previamente. Convém ligar e agendar. Entrada: R$ 20. Endereço: Rua Varginha, 235, Bairro Floresta. Telefone: (31) 3446 0686.
Um pequeno museu no bairro Floresta que conta a história dos expedicionários brasileiros – os militares que participaram da Segunda Guerra Mundial. O foco está nas histórias e objetos de combatentes mineiros que foram enviados para a Itália.
Horário de Funcionamento: De segunda a sexta das 13h às 17h. Entrada franca. Endereço: Avenida Francisco Sales, 199, Bairro Floresta. Telefone: (31) 3224-9891.
Criado nos anos 1980, o Museu de Ciências Naturais da PUC preserva uma das mais importantes coleções de mamíferos fósseis do continente. O acervo de zoologia merece destaque, enquanto as primeiras escavações do pesquisador dinamarquês Peter Lund em terras mineiras também têm seu espaço.
Horário de Funcionamento: De terça a sábado das 9h às 17h – e toda quinta o museu fecha mais tarde, às 21h. A entrada custa R$ 10. Endereço: Dom José Gaspar, 290, Bairro Coração Eucarístico. Telefone: (31) 3319-4152.
Conhece outros museus de Belo Horizonte que ficaram de fora da lista? Deixe sua sugestão nos comentários!
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Muito bom. Fiquei com saudades da minha cidade. Hoje vivo em Braga, Portugal mas amo minha cidade!!!
Obrigado pelo comentário, Carla.
Abraço.