Museus para visitar em Santiago do Chile (é tudo grátis!)

Como a boa capital cosmopolita que é, Santiago tem muito a oferecer aos visitantes quando o tema é cultura. São diversos museus que contam a história do país, educam em ciências e conhecimentos gerais, resgatam a obra de artistas importantes e exibem obras de arte para apreciação de apaixonados pelo tema ou leigos. E, o melhor, você pode visitar grande parte deles de graça. Isso mesmo, diversos museus chilenos não cobram nada pelo acesso às suas exposições.

É que, desde 2016, o governo do país aprovou uma medida que transforma as instituições que pertencem à “Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos (DIBAM)” em espaços de acesso gratuito. Desde então, os museus públicos pertencentes a esse órgão e que estão distribuídos por diversas regiões do país passaram a oferecer entrada franca para moradores e turistas. Alguns museus que não fazem parte do DIBAM também adotaram a medida para integrar o grupo de atrações 0800. Veja agora uma seleção com alguns desses museus gratuitos para visitar em Santiago do Chile.

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Museu da Memória e dos Direitos Humanos

Calle Matucana, 501 (Metro Quinta Normal)

Se você tiver tempo para visitar apenas um museu em Santiago, vá ao Museu da Memória e dos Direitos Humanos.  Entre as décadas de 1970 e 1990, o Chile viveu uma ditadura militar comandada pelo General Augusto Pinochet. Foram 17 anos de torturas, prisões, exílios e execuções de um regime que é considerado o mais sangrento entre os que se instauraram na América do Sul na segunda metade do século 20.

Para recuperar essa memória, foi criado em 2010 o Museo de la Memoria y los Derechos Humanos. A coleção reúne objetos, documentos, fotografias, vídeos e arquivos multimídia que juntos contam a história daquela época, na tentativa de dignificar as famílias das vítimas e estimular uma reflexão sobre os acontecimentos.

Mas mais que impedir que as violações aos direitos humanos cometidos no Chile de Pinochet caiam no esquecimento, o museu extrapola as fronteiras e procura dar visibilidade a outros casos de atentados contra os direitos humanos no mundo inteiro, em especial nos países vizinhos que enfrentaram situações parecidas em anos de ditadura militar, como o Brasil.

Entrada Gratuita. Abre de terça a domingo, das 10h às 18h.

Se você se interessa pelo tema, leia nosso roteiro pelos passeios e atrações que contam a história da ditadura chilena em Santiago.

Museu Histórico Nacional

Plaza de Armas de Santiago 951 (Metro Plaza de Armas).

Localizado bem na Plaza de Armas, no coração de Santiago, o Museu Histórico Nacional traça uma narrativa da história Chilena desde as civilizações pré-colombianas até o ano de 1973, quando ocorreu o golpe militar que colocou o General Augusto Pinochet no poder. Em 15 salas, repletas de objetos arqueológicos, obras de arte, antiguidades, fotografias e documentos, o acervo passa pelos povos que habitavam o local antes da chegada do Império Inca, pela conquista espanhola, a independência e os anos de Salvador Allende. As salas que correspondem ao período Inca são um prato cheio de informação e história para quem tem curiosidade sobre as civilizações pré-hispânicas.

Entrada gratuita. De terça a domingo, das 10h às 18h.

Museu Violeta Parra

Calle Vicuña Mackenna 37, Santiago

Violeta Parra é considerada uma das maiores compositoras e cantoras chilenas por seu trabalho de resgatar as canções e melodias tradicionais, cantadas por camponeses no Chile rural, e despertar o interesse das elites santiaguinas e do mundo para essa arte. O Museu Violeta Parra pretende resgatar a vida e obra da cantora e também seu trabalho como artista plástica. A exposição reúne 23 trabalhos em óleo e papel marchê, bordados feitos por Violeta, objetos pessoais, entrevistas e fotografias.

Entrada gratuita. Abre de terça a sexta, das 9h30 às 18h. Finais de semana, das 11h às 18h.

Leita também: Violeta Parra e as belas canções de um Chile esquecido

Palácio e Centro Cultural de la Moneda

Avenida Libertador Bernardo O Higgins, Santiago

Hoje sede do governo chileno, o Palácio de la Moneda tem esse nome porque ali já funcionou uma fábrica de moedas. O prédio foi o palco do golpe militar de 1973 que deu início à ditadura de Pinochet e da morte de Salvador Allende, o presidente socialista que foi deposto pelos militares. O Palácio oferece passeios guiados gratuitos pelas suas dependências. São quatro tours diários, que devem ser agendados previamente nesse site. Há também um centro cultural que funciona no subsolo do Palácio e que sempre oferece exposições gratuitas de temas diversos.

Entrada gratuita. 

Museu Nacional de Historia Natural

Museu mais visitado do Chile, o Museu Nacional de História Natural passou anos fechado por danos causados pelo terremoto de 2010, mas foi restaurado e reaberto com exposições muito mais modernas e interativas. Agora, os visitantes têm a oportunidade de acompanhar ao vivo o trabalho de taxidermia e paleontologia realizado pelos pesquisadores do museu. São 11 salas e uma biblioteca que reúnem material sobre Zoologia, Botânica, Paleontologia, Antropologia e Etnografia que, juntos, recontam a história da humanidade e da natureza.

Entrada gratuita. De terça a domingo, das 10h às 17h30.

Museu Nacional de Belas Artes

O Museu Nacional de Bellas Artes fica dentro do Palácio de Belas Artes, um edifício rodeado pelo Parque Florestal que foi construído em arquitetura neoclássica para o centenário da República Chilena, em 1910. Lá dentro, você vai encontrar grandes obras dos principais artistas chilenos. São mais de 5.000 trabalhos de pintura, escultura, fotografia, instalações, videoarte, design e arquitetura. Há ainda exposições temporárias no hall de entrada. Aos sábados e domingos, a direção do museu oferece passeios guiados gratuitos, sempre às 10h30.

Entrada gratuita. Abre de terça a domingo, das 10h às 18h45.

Museus a céu aberto

Como uma cidade que respira cultura, Santiago também soube transformar alguns de seus espaços públicos em galerias de arte ao ar livre. É o caso do Parque de las Esculturas, no bairro Providência, que, além de reunir mais de 20 obras de artistas chilenos, ainda é um ótimo local para fazer um piquenique à beira do rio ou um passeio de bicicleta. Abre todos os dias, das 10h às 19h30.

Para quem gosta de grafite, a dica é fazer uma caminhada pelo Bellavista. A região tem fama de boêmia e, além de muitos bares e vida noturna, se destaca pelos coloridos murais de arte urbana distribuídos em três quarteirões.

Fenômeno parecido ocorreu nas ruas do bairro Yungay, que além de ter se transformado em uma galeria urbana a céu aberto, ainda é conhecido por abrigar diversas atividades ligadas à arte, com centros culturais, cafés, museus e restaurantes descolados.

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Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade. Viajo o mundo contando histórias e provando cervejas locais desde 2010. Além do 360meridianos, também falo de viagens na newsletter Migraciones e no Youtube. Vem trocar uma ideia comigo no Instagram. Você encontra tudo isso e mais um pouco no meu Site Oficial.

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Natália Becattini

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