Night Safari: o zoológico noturno de Cingapura

*Este texto foi escrito com base numa experiência que vivemos em 2012. Desde então, percebemos o mal que esse tipo de atração turística faz para os animais. Por isso, não incentivamos que ninguém faça programas turísticos assim. Entendemos que muitas vezes entramos em passeios e atrações que não deveríamos por falta de informação ou reflexão prévia. Que esse relato sirva para mostrar que mudar de opinião é possível e necessário. Como aprendemos ao longo da vida, infelizmente algumas vezes de forma tardia, nem todo turismo vale a pena

Eu posso não ter credibilidade nenhuma para falar de animais, afinal, tenho medo até de poodles. Sem exagero. Mas, apesar disso, se tem uma atração que eu gostei muito e recomendo é o Night Safari  de Cingapura– ou Safári Noturno.

A experiência não podia ser mais interessante: andar por um zoológico que só abre à noite e que não deixa os animais em jaulas convencionais – alguns, aliás, não ficam em jaula nenhuma. A iluminação é bem precária, lembrando uma noite de lua cheia. A paisagem é de uma floresta tropical de verdade. E você, visitante, anda em trilhas de onde dá para ver os animais ou pode pegar um trenzinho para circular pelo ambiente. E para completar: é seguro! Nenhum tigre faminto vai correr atrás de você!

Inaugurado em 1994, o Night Safari é o primeiro zoológico com essa proposta no mundo. São 40 hectares de floresta, adjacentes ao Zoológico de Cingapura, onde moram cerca de 2500 animais de diversas regiões do planeta. Repare no mapa que você recebe na visita:

Existem duas formas combinadas de se conhecer o parque. Você pode ir a pé, seguindo as quatro trilhas propostas por eles – que são divididas de acordo com o tipo de animais que você vai encontrar. Para cada trilha são necessários de 20 a 30 minutos de caminhada. Dá vontade de colar a cara nos vidros para encontrar os bichos (como a gente fez com o leopardo e o tigre), que às vezes estão dormindo, às vezes estão só escondidos, ou muitas vezes estão lá vivendo a vida deles. Já de trem, você encara uma jornada de 40 minutos e percorre todos os cantos do zoológico, incluindo alguns que não podem ser feitos a pé. Nessa trilha alguns animais, como antílopes e búfalos, ficam soltos e passam ao seu lado. Até daria para tocá-los, se não fosse proibido e perigoso.

É possível pegar o trem não só na estação inicial, mas também em diferentes pontos do safari. Isso permite aos visitantes descerem e subirem onde quiserem. Essa, aliás, é uma boa estratégia para fugir das filas enormes que se formam na estação inicial. A própria administração do Zoológico sugere que o visitante faça as trilhas a pé primeiro, para depois pegar o trem.

Além dessas visitas aos bichinhos, também é possível assistir a dois shows: a Thumbuakar Performance, que são danças com fogo e tambores, às 18h45, 20h, 21h e 22h e o Creatures of the Night Show, muito popular e que completa a experiência do parque, com apresentações de alguns animais e interações com a plateia. Este ocorre às 19h30, 20h30, 21h30 e 22h30.

Ah, só uma dica final: não espere conseguir fotografar os bichos de forma satisfatória (desculpem as fotos sem tanta qualidade nesse post), porque o uso de flash é terminantemente proibido. O motivo é a proteção dos animais e dos visitantes. Um turista chinês foi atacado por um gato selvagem (durante o show), porque desconsiderou os avisos de não usar flash e irritou o animal.

Como chegar

O Night Safari fica na Mandai Lake Road, 80. É um pouco afastado do centro da cidade, mas ônibus (ligados ao metrô) e táxis chegam até o local. Só vale ficar atento ao horário que o transporte público para de funcionar, em geral entre 23h30 e meia noite.

Horário

De 19h30 à meia noite. Chegue cedo ou você corre o risco de não conseguir ver tudo.

Preço

SG$32 dólares para adultos e SG$21 para crianças. O ingresso inclui o passeio de trem. Vale a pena conferir no site oficial, porque existem promoções e preços combinados do Safari com outros parques em Cingapura.

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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