O Oceanário de Lisboa e Pavilhão do Conhecimento

Em 1998 Lisboa foi a sede da última Exposição Mundial do Século 20. A Expo 98 comemorava os 500 anos dos Descobrimentos Portugueses, mas também tinha como objetivo apresentar Lisboa como uma cidade moderna e voltada para o futuro. Tanto que uma área da cidade foi completamente remodelada, num enorme projeto de requalificação de uma zona industrial à beira do Rio Tejo, no norte da cidade. Foi aí que nasceu o Parque das Nações.

Junto com ele, também vieram alguns pontos turísticos modernos, ligados ao conceito da Expo: “Os oceanos: um património para o futuro”. Foi dentro desse conceito que foram construídas as duas atrações que dão título a esse post: o Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários do mundo, e o Pavilhão do Conhecimento, um Museu de Ciências.

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Além desses, claro, houve outras grandes construções, como a Estação do Oriente, que não só vai ser a forma que você vai usar para chegar de metrô ao Parque das Nações, como também é uma estação de trem e rodoviária gigantesca. Tem também um teleférico que se estende por 1000 metros; o Pavilhão Atlântico, que é uma das principais áreas de shows de Lisboa, a MEO Arena; a Ponte Vasco da Gama e outros pavilhões que já mudaram de dono e de usos ao longo dos anos e da crise.

Agora que já contextualizei um pouco a região, bora falar de como é o passeio ao Oceanário e o Pavilhão do Conhecimento? Eu fiz os dois passeios no mesmo dia, um dia de muita chuva, e posso dizer que, apesar deles serem um pouco caros, valem bem a pena, mesmo que só tiverem adultos no seu grupo (meu caso). Melhor ainda, se o passeio envolver crianças, que certamente vão ficar fascinadas com a coisa toda. Não há mais um ingresso combinado entre os dois, infelizmente. 

O Oceanário de Lisboa

Foto: David Sim – CC BY 2.0

O Oceanário de Lisboa tem um enorme aquário central que acompanha toda sua visita, que é feita com a temática de quatro habitats diferentes, com diferenças de temperatura da água, iluminação solar, salinificação, etc. Apesar de não parecer para o público, o aquário central também  é dividido em quatro, por janelas de acrílico, o que dá a sensação de que todos os animais se movimentam juntos, sem divisões, como seria nos mares e oceanos. Ali circulam diferentes espécies de tubarões, raias, e outras dezenas de peixes.

Daí, os outros habitats são o Atlântico Norte, que representa uma faixa que se estende desde a Islândia até aos Açores; o Antártico, área onde ficam os pinguins! – além de outros peixes e aves; o Pacífico Temperado, área do bichinho mais fofo do Oceanário, a lontra marinha; e, por fim, o Índico Tropical, a parte mais colorida do passeio, com vários peixinhos diferentes. Além disso, no piso inferior do prédio existem mais de 20 aquários separados de espécies.

Foto: gcardinal – CC BY 2.0

No total são quase 500 espécies e cerca de 8000 animais. Para manter todos eles vivendo bem e saudáveis existe uma equipe enorme de biólogos, geólogos, arquitetos, engenheiros… A água, por exemplo, é preparada pelo próprio oceanário, com a adição de sal marinho, garantindo que o ambiente fique livre de contaminações.

No final do passeio eles passam um vídeo contando mais sobre a construção, manutenção do Oceanário e os cuidados com os animais. Foi esse vídeo que respondeu a minha maior dúvida enquanto eu passeava pelo local: como eles garantiam que os tubarões não saiam comendo os outros peixes ou mergulhadores que fazem a limpeza do aquário central? haha, legítima a minha dúvida, não é mesmo?

Enfim, saiba que os tubarões são bem menos vorazes do que eu pensava: eles só precisam ser alimentados duas vezes por semana! Eles recebem a comida com ajuda de uma vara e comem peixes pouco gordurosos. Os maiores comilões do Oceanário são as lontras marinhas, que têm que fazer lanches 5 vezes por dia!

Ah, Oceanário de Lisboa foi construído com o objetivo de ser um espaço para promover a educação e preservação dos oceanos do planeta. Eles ganharam várias certificações de qualidade e prêmios, financiam instituições e pesquisas sobre animais marinhos e qualidade das águas e desenvolvem campanhas de sensibilização.

Eles também promovem exposições temporárias. Para informações sobre horário de abertura e preços, consulte o site oficial.

O Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva

Foto: Leon – CC BY 2.0

O Pavilhão do Conhecimento fica exatamente do lado do Oceanário, o que o torna um passeio ideal para o mesmo dia. Ali funciona um museu de ciências com exposições temporárias e permanentes, num esquema que é divertido para caramba, mesmo para adultos e/ou quem não gosta muito de ciências. Claro, a área com atividades para crianças é enorme.

Quando eu estive lá estava rolando a Exposição Loucamente, que explora questões de saúde mental como fobias, doenças, sensações, emoções  e memórias. Veja no site oficial as informações práticas.

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

Ver Comentários

  • Boa noite, gostaria de saber como comprar o combo familia para o Pavilhao do conhecimento pelo site pelo jeito nao tem essa opção.

  • Estou adorando suas dicas. Irei para Portugal em setembro e ficarei em Lisboa dois dias. Gostaria de saber em quanto tempo consigo ir ao oceanário, ao museu e andar de teleférico. Claro que uma estimativa, pois pretendo andar de bondinho e outras coisas que você sugeriu.
    Obrigada

    • Oi Bety,

      Não sei bem, depende do seu nível de interesse em cada uma das atrações. Um diria que uma tarde inteira seria necessária

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Luiza Antunes

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