Nesse texto você vai descobrir tudo sobre Amalfi e Ravello, na Itália. Descubra o que fazer em 1 dia (ou mais) nas duas vilas mais centrais da Costa Amalfitana. Separamos ainda dicas de como chegar e como se locomover, onde ficar e um pouco da história dessa região.
Planejando sua viagem pela Costa Amalfitana? Então não deixe de ler:
Roteiro completo de viagem pela Costa Amalfitana
Guia de hospedagem na Costa Amalfitana
O que fazer em Positano em 1 dia
Guia de turismo para Salerno, Itália
O que fazer em Nápoles
Roteiro para visitar as ruínas de Pompeia
Amalfi, na Itália, é a maior vila da Costa Amalfitana. Ainda assim, tem todo o charme de uma pequena cidade, com apenas 5 mil habitantes e a possibilidade de, em meia hora, circular a pé em toda a cidade.
Já Ravello fica logo acima de Amalfi. São 350 metros acima das montanhas. Para chegar de Amalfi a Ravello, basta pegar uma estrada e seguir 6 quilômetros morro acima.
Amalfi e Ravello estão bem no centro da Costa Amalfitana, mais ou menos a mesma distância de Positano e Vietri Sul Mare, as duas vilas que limitam a costa. A distância também é semelhante para Salerno ou Sorrento, as duas cidades nas pontas do litoral amalfitano.
Quem vê hoje a pequenina e bela Amalfi talvez não tenha a dimensão que a vila colorida tomada por turistas foi uma das grandes potências marítimas italianas na Idade Média, uma das repubbliche marinare. A cidade foi fundada em 339 e a República (ou ducado) de Amalfi começou em 958, com a eleição do duque Manso I.
Amalfi foi uma das primeiras repúblicas relevantes do período. Seus navios monopolizaram o comércio do mediterrâneo com os árabes e foram os primeiros a criar uma colônia em Constantinopla e no Oriente Médio, ainda no século 10. Por todas essas razões é que Amalfi deu o nome da Costa Amalfitana. Chegou, na época, a ter 70 mil habitantes.
A partir de 1039, ficou a mercê dos poderes das repúblicas maiores, como Salerno, Nápoles e Pisa, e sofreu com saques e revoltas. Boa parte da população saiu dali. Além disso, os terremotos e o isolamento entre o mar e montanhas colaborou com o esvaziamento e empobrecimento da região.
A vizinha é Ravello, que não fica exatamente na costa, mas no alto das montanhas, 350 metros acima de Amalfi. A região começou a ser habitada por Romanos fugindo das invasões bárbaras e, mais tarde, parte da nobreza que divergia com o Duque de Amalfi mudou-se para ali. No século 11, os habitantes de Ravello tentaram se separar da República Amalfitana, mas as invasões e pilhagens também afetaram a cidade nas montanhas, cuja população fugiu em massa.
Apesar da produção de artesanato e de limoncello – um licor de limão siciliano – sem dúvida é o turismo a indústria que garante a sobrevivência dessas vilas da Costa Amalfitana. Por isso, não adianta se surpreender em como tudo ali é voltado para atrair turistas.
Digo isso porque conheci um casal, no barco entre Amalfi e Salerno, que estava muito frustrado e achando que Amalfi não era nada demais. Porém, eles fizeram algo que eu não recomendaria nem para um inimigo: programaram um bate-volta de Roma para Amalfi num dia de chuva e sequer subiram até Ravello.
Definitivamente não vale a pena fazer um passeio assim corrido: o trajeto é demorado e incomodo. A Costa Amalfitana não é um bom destino para fazer bate-voltas: apesar de ser possível ver muita coisa em um dia, dificilmente vai dar para apreciar as belezas locais numa correria.
A minha sugestão de passeio é um dia tranquilo entre Amalfi e Ravello: comece em Amalfi pela manhã, suba para Ravello no início da tarde e fique lá até o pôr-do-sol!
Aliás, se tiver tempo e curtir um tipo de turismo mais tranquilo, recomendaria ficar um dia inteiro em cada uma das vilas.
A Catedral, ou melhor, o Duomo de Amalfi é uma das principais atrações da cidade, visível logo que se chega na pracinha central, a Piazza del Duomo.
A construção é do século 10, com a torre toda revestida de azulejos coloridos. A entrada na catedral é paga, custa 3 euros e inclui a visita à Igreja, as belas criptas, o Claustro do Paraíso – uma área externa com alguns achados arqueológicos do antigo cemitério da cidade – e a Basílica do Crucifixo, com algumas das relíquias da primeira igreja construída na cidade. Eu achei que o passeio vale a pena.
A minha atividade favorita em Amalfi, porém, foi passear pelas ruas, algumas delas túneis labirínticos construídos na rocha. A principal rua da cidade é a Via Lorenzo D’Amalfi. Também vale a pena circular pela via Piazza dei Dogi. Você vai encontrar lojinhas de limoncello, de vinhos e temperos típicos da região, além de artesanato, restaurantes para todos os bolsos e gelaterias. Procure pelas fontes e presépios escondidos.
Para ter uma excelente vista da cidade, circule pela Via Lungomare dei Cavalieri. A praia também está por ali, mas, como você vai perceber, não é exatamente bonita. Se quiser aproveitar melhor o mar azul da Costa Amalfitana, talvez valha a pena fazer um passeio de barco ou alugar um para seu grupo.
Também há dois museus na cidade, o Museu della Carta, instalado num moinho de papel do século 13 com foco na produção de papel desde a Idade Média, e o Museu Arsenale, sobre o histórico marítimo da cidade.
Chegamos em Ravello sem pretensão nenhuma e nos apaixonamos completamente pela vila. A vista é de tirar o fôlego, afinal, essa era a região onde os mais ricos habitantes de Amalfi construíram suas mansões nos séculos 12 e 13.
Hoje, alguns dos jardins dessas propriedades são abertos ao público, como a Villa Rufolo e a Villa Cimbrone (ambas entradas custam 7 euros). As vistas são tão incríveis que o músico Wagner disse ter encontrado o jardim encantado que cita em sua ópera Parsifal.
Eu acabei decidindo não entrar em nenhuma dessas atrações pagas e explorar só o que as ruas e terraços de Ravello tinham para nos oferecer. Não nos arrependemos. Afinal, de quase todos os lados, a vista é linda:
Não é à toa que Wagner, Virginia Woolf e outros artistas renomados escolheram Ravello como refúgio. Ou que a cidade desde os anos 50 recebe um festival de música clássica internacional (com direito a auditório construído pelo Niemeyer). E que seja um destino de casamento de gente do mundo inteiro. Ravello de fato é musical, mágica.
As ruas são bem fofas, as lojas de artesanato têm cara e produtos com aparência bem mais autêntica do que turística (graças à produção de artesanato colorido da cidade) e a vista é impressionante.
Eu disse que Ravello é um destino de casamentos, né? Por exemplo, não conseguimos visitar a Catedral da cidade, construída em 1086, por conta de uma cerimônia de uns ingleses. Deu para conhecer, por outro lado, a Chiesa di San Giovanni del Toro, cuja entrada é gratuita, com mosaicos conservados do século 14.
Se você quer facilidade para circular pela Costa Amalfitana, principalmente se não estiver de carro, Amalfi pode ser a melhor opção de hospedagem para você. Se preferir ter as melhores vistas da Costa e um clima mais tranquilo, então escolha Ravello. Por fim, se quiser economizar, melhor se hospedar em Salerno (veja aqui dicas sobre a cidade)!
Independente de qual escolher, a dica é que você reserve com muita antecedência! São cidades muito pequenas e muito disputadas entre turistas do mundo inteiro.
Como a cidade é bem pequena, não tem muito erro em relação a localização, a não ser que você queira uma vista especial: nesse caso, busque hospedagem mais perto do Lungomare e do Duomo. Se isso não importar, dá uma olhada na lista de opções que são mais econômicas na cidade, com diárias de até 100 euros.
Saiba mais: Onde ficar na Costa Amalfitana – roteiro de cidades
Eu já disse em outros posts que, quando eu voltar para a Costa Amalfitana, quero ficar em Ravello. Apesar da cidade ser menos turística comparada com Amalfi e Positano, os preços não são mais baixos. Em Ravello tem vários palácios que foram transformados em hotéis, como a própria Villa Cimbrone, perfeitos para lua de mel: confira a lista de acomodações nesse padrão.
Claro, também há opções mais baratinhas para nós, meros mortais. Existem opções de Bed and Breakfast e casa para alugar por até 100 euros.
Importante: O Seguro de Viagem é obrigatório na Itália – sem ele você pode não passar na imigração. Veja como conseguir o seguro com cupom de desconto, por menos de 2 euros por dia!
O carro é um dos meios de transporte mais confortáveis para chegar em Amalfi e explorar a costa. Mas é preciso ter em conta que as estradas são muito estreitas e movimentadas, exigindo motoristas mais experientes.
Se você for alugar um carro para explorar a Costa Amalfitana, recomendamos que leia as nossas dicas de aluguel de carro na Itália para evitar cair nas pegadinhas típicas das estradas italianas e também conseguir descontos!
Para chegar em Amalfi a partir de Roma, a melhor opção é seguir num trem diretamente até Salerno. A viagem é de 1h30 a 2h (dependendo do tipo de trem). Pesquise aqui a melhor opção para você.
De Salerno para Amalfi você também pode fazer de ônibus SITA (50 minutos, 2,20 euros). É necessário comprar o bilhete antes de entrar no ônibus, numa Tabaccaria. Para quem prefere ir de ferry, os barcos saem do porto de Salerno, custam a partir de 9 euros. A viagem dura cerca de 30 minutos.
Se você estiver em Nápoles, consegue seguir de ônibus para Amalfi, com a SITA, mas é necessário trocar de ônibus em Salerno.
Se você não for alugar carro, consegue circular pela costa de ônibus ou barco. Amalfi é o centro de onde todos os ônibus partem e chegam. Por exemplo, quem vem de Salerno precisa trocar de ônibus em Amalfi antes de seguir para Positano.
Basicamente, os ônibus são todos da empresa SITA e custam entre 2 a 5 euros, dependendo da distância a ser percorrida. Já as ferrys podem ser compradas a partir do porto de Amalfi. As viagens custam a partir de 10 euros. chegando até 25 euros para ir para Capri.
Pesquise aqui as diferentes opções de ferry a partir de Amalfi.
Os ônibus da SITA fazem o trajeto entre Amalfi e Ravello em poucos minutos. Saem da frente do porto de Amalfi, na Piazza Flavio Gioia, e chegam na beira do túnel de Ravello.
Ravello
É preciso comprar a passagem antes de pegar o busão, numa Tabaccheria: têm várias espalhadas pela cidade. Custa €1,20 por pessoa. Na ida de Amalfi para Ravello tente ficar do lado direito do ônibus para conseguir ter uma vista melhor. Na volta, troque para o esquerdo.
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Ver Comentários
Luiza, querida!
Lua de mel de um casal jovem: Mykonos + Santorini ou Positano + Capri?
Oie Larissa,
Te respondi no instagram né?
Mas para deixar a opinião para outras pessoas: acho que um casal jovem provavelmente vai aproveitar mais na Grécia.
Temos esse texto aqui: https://www.360meridianos.com/dica/lua-de-mel-na-grecia
Ola pessoal, Sou Mariana, brasileira e moro em Positano - Costa Amalfitana, trabalho com passeios de barco privativo ou coletivo para a Ilha de Capri e Pela Costa Amalfitana, dou orientações e dicas em geral. para melhores informações por e-mail nany_mbr@hotmail.com / whatsapp +393349129013. aguardo seu contato, abcs Mariana
Espetacular!!!