O que fazer em Bariloche em 4 dias: roteiro de viagem completo

Nesse texto, você descobre o que fazer em Bariloche em 4 dias ou mais. Nosso roteiro de viagem completo incluí todas as dicas de viagem que você precisa para conhecer o principal destino de neve da Argentina no inverno ou no verão.

Clique no Índice de Conteúdo para ir a parte do texto que te interessa

Bariloche: qual a melhor época para visitar

Bariloche é a porta de entrada para a Patagônia e rodeada de paisagens cinematográficas. Ou seja, não importa a época do ano que você vai, irá sempre conseguir aproveitar muito a viagem.

Inverno em Bariloche

Quem quer conhecer a temporada de neve em Bariloche deve se programar para viajar no meio do ano.

Em geral, a temporada de esqui na Argentina começa na segunda metade de junho e pode se estender até outubro, mas isso varia a cada ano. O pico da estação é no mês de julho.

Verão em Bariloche

Apesar da fascinação que a neve nos causa, se você não é praticante de esportes de inverno, acredito que visitar Bariloche no verão seja mais vantajoso.

Com as temperaturas mais altas, é mais agradável conhecer as paisagens da região, fazer trilhas ou apenas contemplar a vista ao ar livre, sem perigo de ficar tremendo ou com as mãos congeladas sempre que for tirar uma foto.

Como chegar em Bariloche, Argentina

Onde fica Bariloche?

San Carlos de Bariloche fica na Argentina, numa província chamada Río Negro, que fica na região da Cordilheira dos Andes, bem perto da fronteira com o Chile.

Bariloche está a quase 1600 km de distância de Buenos Aires e 1200 km de Mendonza.

Voos para Bariloche

A forma mais rápida e com melhor custo/benefício para chegar a Bariloche é de avião. Dá para achar passagens a partir de R$1800, com todas as taxas incluídas, saindo de São Paulo e sempre com escala em Buenos Aires.

Se você já estiver na capital argentina, as passagens devem sair em torno de R$1300, também com taxas.

Bariloche de ônibus

Há possibilidade de ir de ônibus desde Buenos Aires. As empresas que fazem a rota são: Crucero del Norte, El Valle, Vía Tac, todas saindo do terminal de rodiviário do Retiro. O percurso dura entre 20 e 22 horas e sai por cerca de 1500 pesos (mais ou menos R$100) cada perna.

Como sair do aeroporto de Bariloche para o centro da cidade

A maneira mais prática – e mais cara – é pegando um táxi na saída do aeroporto. Os valores são combinados com o taxista antes da corrida e são um pouco salgados (entre 15 e 20 dólares), mas pode ser a única opção de quem chega na cidade carregado de equipamento de esqui.

É possível contratar o serviço nos balcões do aeroporto ou direto com o motorista e fazer o pagamento em reais ou dólares caso você ainda não tenha pesos.

Os mais econômicos podem optar pelo ônibus que para na porta do aeroporto e deixa no terminal de ônibus de Bariloche. Mas atenção: é preciso ter moedas ou o cartão SUBE, o mesmo usado no transporte público de Buenos Aires.

Dicas de Hospedagem em Bariloche

Bariloche tem uma ampla gama de hotéis para todos os gostos e bolsos. A opção mais popular e também a mais prática é ficar nas proximidades do centro cívico da cidade, onde você tem fácil acesso a restaurantes, bares, mercados, transporte público e agências de viagem.

Para mais informações sobre as opções de hospedagem e a melhor localização para seu hotel, leia o post completo sobre onde ficar em Bariloche.

Hotéis no centro cívico:

A opção mais romântica e aconchegante é hospedar-se em um chalê ao longo do lago Nahuel Huapi.

Encontre hotéis em Bariloche

O que fazer em Bariloche: roteiro de 4 dias

Considero quatro dias o mínimo necessário para dar conta de tudo o que fazer em Bariloche.

Esse tempo te permite uma experiência geral na cidade, mas, se for possível, considere ficar mais, por cerca de uma semana. Assim é possível ver tudo com calma e aproveitar melhor os passeios.

Para ajudar no planejamento, montei um roteiro básico, baseado na minha estadia na cidade.

Se você tiver menos dias, faça os passeios dos dias 2 e 3 desse roteiro. Se tiver mais tempo, temos uma lista de pontos turísticos de Bariloche e arredores logo abaixo.

Clique aqui pra reservar seus passeios e transfers com antecedência.

Dia 1: Centrinho da Cidade

Dia de deslocamento é sempre tumultuado e, por isso, eu sempre deixo os passeios mais tranquilos para os dias de chegada a um destino. Até porque, além das horas perdidas no aeroporto e transporte, dependendo do tempo que você viajou, vai estar cansado.

O que fazer em Bariloche: o simpático centrinho da cidade

Aproveite o dia 1 em Bariloche para:

  • Conhecer o centro cívico de Bariloche
  • Caminhar nas margens do lago,
  • Conhecer as famosas lojas de chocolate – em especial a Mamuska e a Rapa Nui –
  • Visitar a feira de artesanato local.

Aproveite também para passar no centro de informação ao turista para tirar suas duvidas, conseguir um panfleto com os horários dos ônibus e pedir sugestões para a sua viagem. E, ainda, alugue suas roupas de neve, se for o caso.

Se você chegar cedo, também pode aproveitar para fazer o Circuito Chico nesse dia, já que o passeio dura apenas três horas.

Dia 2: Circuito Chico e Cerro Otto

O Circuito Chico é a introdução básica a região de Bariloche e, por isso, é aconselhável que seja o primeiro passeio da sua lista. Com ele você vai conhecer alguns importantes – e incríveis – mirantes da região e subir de teleférico ao Cerro Campanário, que, na minha humilde opinião, tem a melhor vista das redondezas.

O que fazer em Bariloche: vista do Circuito Chico

O passeio pode ser contratado em qualquer agência local ou com o seu hotel, mas também pode ser feito de carro, por conta própria. Como é um tour de cerca de três horas, sobra tempo no dia para ser combinado com outro passeio, como uma visita ao Cerro Otto. Reserve seu passeio com antecedência!

Saiba Mais:

Dia 3: Cerro Catedral ou San Martin de Los Andes

No inverno, esse é o dia para se divertir na neve, tomar aulas de esqui e levar alguns tombos no Cerro Catedral, a principal estação de esqui da região. Mesmo quem não esquia pode optar por outras atividades na neve. Programe-se para ficar um dia inteiro ali.

Aqui dá para reservar o aluguel dos equipamentos, traslado e aulas de esqui com antecedência e sem complicação.


Se você for no verão, eu indicaria fazer o passeio dos Sete Lagos, que vai até San Martin de los Andes e percorre 352 km pelos parques nacionais Nahuel Huapi e Lanín, com direito a vistas patagônicas espetaculares.

Saiba Mais:

Dia 4: Lago Nahuel Huapi

No último dia, você pode escolher um passeio de barco pelo lago Nahuel Huapi. A opção mais comum é a visita à Isla Victoria e ao bosque de Arrayanes, mas há outros tours disponíveis.

Caso você não tenha feito ainda e precise escolher, esse também é um bom dia para fazer o bate-volta a San Martin de Los Andes, via rota dos Sete Lagos – pessoalmente, eu acho esse passeio muito mais interessante que a Isla Victoria, mas isso vai de cada um decidir.

Saiba Mais: Passeio de barco à Isla Victoria e Bosque de Arrayanes, em Bariloche

O que fazer em Bariloche: Bosque Arrayanes

O que fazer em Bariloche em 5, 6 ou 7 dias

  • Day trip à El Bolson: uma cidadezinha rodeada de montanhas, onde se produz muita cerveja artesanal e alimentos orgânicos. Você pode fazer uma das várias trilhas da região ou simplesmente relaxar na simpática feirinha local. Mas estou te dizendo: esse lugar é mágico. Leia mais sobre o que fazer em El Bolsón.
  • Outros passeios de barco: Além da Isla Victoria, há outros passeios de barco para fazer em Bariloche, com destaque ao que leva ao Lago Blest, um passeio que é a primeira parte do cruzeiro que vai até o Chile.
  • Chá da tarde no Hotel Llao Llao: Para os finos ou quem tem curiosidade de conhecer o famoso hotel de madeira, vale reservar um chá da tarde no Hotel Llao Llao. Não é barato (cerca de R$100), mas é a única chance de entrar no hotel sem estar hospedado aí. Pode valer a pena pelo valor histórico da construção.
  • Day trip a Villa La Angostura: O tour até San Martin de los Andes já para am Villa La Angostura por alguns minutos, mas se você tem mais tempo, pode ser legal explorar essa simpática cidadezinha com calma e comer em algum de seus cafés e restaurantes. Você reservar esse passeio com antecedência.
  • Circuito Grande: Uma rota panorâmica que inclui cinco lagos, Villa La Angostura e Villa Traful e o Bosque de Arrayanes.
  • Cerro Tronador: É o mirante mais alto da região, a 90km da cidade e 3.478 metros de altura, mas precisa ser feito quando não há neve.

Preço da viagem para Bariloche

Inflacionado pelos dólares e euros que circulam na cidade tão frequentemente quanto o peso, Bariloche não é um destino barato, como costuma acontecer com os grandes destinos turísticos em qualquer país.

Espere gastar entre 400 a 700 reais, por dia, contando com alimentação, hospedagem, passeios e tudo mais o que fazer em Bariloche.

Para uma descrição detalhada dos gastos, leia o post completo de Quanto Custa Viajar para Bariloche.

Seguro de Viagem Obrigatório para a Argentina

Contratar um seguro de viagem é essencial, ainda que seja para países tão próximos quanto a Argentina e o Uruguai. Por mais que seja perto de casa, o melhor é viajar protegido para não sofrer com os imprevistos.

A boa notícia é que é possível contratar um bom seguro de viagem gastando cerca de 20 reais por dia. Para isso, recomendamos utilizar um buscador como o do Seguros Promo, que compara as principais seguradoras e garante que você encontre o melhor custo-benefício, de acordo com suas necessidade.

Além disso, leitores do blog tem direito a um cupom de desconto exclusivo: 360MERIDIANOS05. Veja algumas das ofertas abaixo e escolha o seu:

Seguro Viagem:
América do Sul
MTA 15 Am. Latina +Telemedicina Albert Einstein
Assistência médica USD 15.000
Bagagem extraviada USD 400 (SUPLEMENTAR)
*Valor referente a 7 dias de viagem.
ITA 20 Am. Latina +Telemedicina Albert Einstein
Assistência médica USD 20.000
Bagagem extraviada USD 1.250
*Valor referente a 7 dias de viagem.
Affinity 35 Latam +Covid19
Assistência médica USD 35.000
Bagagem extraviada USD 1.200 (COMPLEMENTAR)
*Valor referente a 7 dias de viagem.

Como se locomover em Bariloche

O sistema de transporte público de Bariloche é bom e atende os principais pontos turísticos da região. Eu praticamente só utilizei os coletivos durante a minha viagem e peguei táxi apenas uma vez, para ir ao aeroporto no dia da partida, porque meu voo saia muito cedo – caso contrário, teria ido de ônibus.

Se você vai se hospedar no centro, pode pegar praticamente todas as linhas no terminal de ônibus da Calle Moreno. Dá até mesmo para chegar a estação de esqui via transporte público e essa é a escolha de muitos dos esquiadores que encaram o ônibus com equipamento de esqui sem problemas.

Os passeios turísticos contratados com agência em geral já incluem transporte em vans, que param na porta do seu hotel em horários combinados e te deixam ali também na volta.

Os remises, transportes em carro privado, tipo táxi, podem ser contratados em diversas agências no centro, mas são a alternativa mais cara. É possível contratar um remis para fazer seu próprio tour privado, combinando um preço para o dia inteiro.

Para mais independência, considere alugar um carro. Só leve em conta a dificuldade de dirigir quando as estradas ficam cobertas de neve ou gelo.

Se você quiser optar por isso, sugerimos que você pesquise e reserve antes numa comparadora de locadoras, a fim de garantir o melhor custo/benefício. Para isso, indicamos a Rentcars, parceira do blog que oferece descontos e vantagens no aluguel.

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Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade. Viajo o mundo contando histórias e provando cervejas locais desde 2010. Além do 360meridianos, também falo de viagens na newsletter Migraciones e no Youtube. Vem trocar uma ideia comigo no Instagram. Você encontra tudo isso e mais um pouco no meu Site Oficial.

Ver Comentários

  • Você já conheceu Santiago-Chile? Estou em duvida em onde ir em agosto... no geral acha que qual vale mais a pena?? Entre paisagens, atividades na neve, vida noturna etc... ((seria uma viagem romântica))

    • Conheço Santiago sim. Tudo depende do que você quer... Para viagens românticas acho Bariloche mais legal porque tem um clima mais bucólico haha

      Abraços!

  • Oi Natália!
    Estou em dúvida entre ir para Bariloche pelo dia 15 de junho ou em início de setembro. Qual a melhor época para que ainda tenha neve.
    Obrigado

  • Olá Natalia, pretendo ir dia 6 de novembro para Bariloche, agora não haverá neve e vi que a temperatura oscilará entre 17/19 e 2 Cº, mesmo assim é frio, ou dá pra andar com alça nos dias de sol? Aconselha sempre ter agasalhos nos passeios?

    • Paula, eu acho bem frio hahah. Sim, leve agasalho! Talvez ao meio dia faça um pouco mais de calor, mas melhor prevenir, né? :)

    • Não tenho nenhum nome para indicar, Érica. Normalmente pegava o que me aparecia pela frente. É tranquilo.

  • Olá Natália!

    Primeiro parabéns pelo blog.Vou pra bariloche em julho e estou com algumas dúvidas;o cartão sube para utilizar nos ônibus tem como ser adquirido já no aeroporto? E sabe se as casas de câmbio no centro ficam abertas até tarde? Pois vou chegar na cidade por volta das 18hrs,talvez terei que trocar pesos no próprio aeroporto de Bariloche ou no Brasil mesmo (cotação ruim)

    • Rangell, não sei dizer se vendem no aeroporto, mas dá para pagar o ônibus com moedas de peso também. As casas de câmbio ficam abertas até mais tarde, mas com o fim do câmbio paralelo você já pode trocar pelo menos um pouco de pesos no Brasil também porque a diferença não vai ser tanta mais.

      Abraços

  • Oi Natália!
    Tenho duas dúvidas sobre Bariloche.
    1. Você chegou a ver como são os mercados da cidade? Penso em fazer meu jantar/lanche noturno para economiza.
    2. No post sobre custos da viagem você colou um valor de entrada no Cerro Catedral que não encontrei no tarifário deles (peatón, $ 215). Esse ingresso dá direito só entrar ou tem alguma atividade (tubing, trenós) que você pode fazer?

    Beijos e muito obrigada.

    • Olá N.!

      1. Sim, é uma opção válida e econômica
      2. Peatón é o passe de pedestre. Para participar de atividades é preciso alugar os equipamentos ou pagar a parte.

      Abaços!

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Publicado por
Natália Becattini

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