5 cidades próximas de Belo Horizonte para conhecer
O que fazer em Belo Horizonte? Não faltam pontos turísticos, museus, parques, mercados, praças, passeios, coisas legais e restaurantes para você conhecer na capital mineira – atrações que rendem de um final de semana a uma semana inteira na cidade.
BH é uma das poucas capitais brasileiras com um Patrimônio Mundial da Unesco para chamar de seu, o Conjunto Moderno da Pampulha.
Além disso, não podemos nos esquecer da riqueza que há ao redor da cidade. Perto de Belo Horizonte estão o Museu Inhotim, Ouro Preto, Mariana, Congonhas, o Santuário do Caraça e a Serra do Cipó, só para citar algumas das atrações.
Este texto é um guia completo sobre o que fazer em Belo Horizonte. E feito por quem conhece muito bem a região, afinal nascemos, crescemos e vivemos em BH.
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Fique de três, quatro ou cinco dias em Belo Horizonte para aproveitar a cidade com calma e fazer um bate-volta para Inhotim.
Na hora de organizar o roteiro, muita gente prefere passar os dias úteis em BH, reservando o final de semana para Inhotim. Isso é um erro: BH é mais interessante nos finais de semana, quando ocorrem feiras, shows e passeios culturais.
Por outro lado, Inhotim fica mais vazio – e agradável – de terça à sexta.
Se você vem a turismo, os bairros mais recomendados para hospedagem são Savassi, Funcionários e Lourdes, região centro-sul de BH – veja aqui os melhores hotéis nessa região.
- Recomendamos o Hotel Holiday Inn, de onde saem vans diárias para o Inhotim.
- Vivenzo Savassi e Ibis BH Savassi, são outras opções com localização excelente – e mais baratos!
- O Hostel Savassi é a alternativa econômica/mochileira mais próxima.
- Se preferir ficar na Pampulha, o Bristol Pampulha Liel vira e mexe recebe times de futebol.
Quer mais dicas? Então veja o nosso guia completo com dicas de Onde ficar em Belo Horizonte nos melhores bairros.
Belo Horizonte é uma cidade planejada – foi construída e inaugurada em 1897, alguns anos depois da Proclamação da República. Teve um projeto urbanístico moderno que foi pensado para receber até 200 mil habitantes.
Pouca gente pra hoje, muita gente pra época. E um número para mostrar que o crescimento da cidade há muito deixou para trás o imaginado pelo urbanista Aarão Reis.
Toda a área urbana planejada fica dentro da Avenida do Contorno, que abraça a região central da cidade. A maior parte das atrações listadas a seguir está nessa parte de BH. Além disso, vale conhecer também o Conjunto Moderno da Pampulha, a cerca de 10 km da Avenida do Contorno, e os parques, praças e mirantes da Serra do Curral.
E há, claro, atrações e pontos turísticos de Belo Horizonte isolados e espalhados por outras regiões. Se você tiver três dias, separe as atrações por região: um dia para a Pampulha e os outros dois para atrações dentro da Contorno e ou na Serra do Curral.
A lista de atrações abaixo não está por ordem de importância ou dos pontos turísticos imperdíveis de BH, mas para ter sentido geográfico e facilitar seu deslocamento.
Para mim, essa é a Praça mais linda do Brasil. E com distância para a segunda colocada.
A Praça da Liberdade foi planejada com a construção de BH e era um dos pontos mais altos da cidade na época em que a capital era concentrada dentro da Avenida do Contorno.
Ali ficavam o Palácio do Governo e das Secretarias de Estado, todos em estilo arquitetônico neoclássico. Os jardins, no centro, têm traçado inspirado nos Jardins de Versailes, com palmeiras imperiais, coreto e bastante simetria.
Nas décadas de 1950 e 1960, Oscar Niemeyer modernizou a paisagem com a construção do Edifício Niemeyer, um prédio residencial com linhas curvas que inspirou o paulista Copan, e a Biblioteca Pública.
A praça passou por uma revitalização há alguns anos. As secretarias de governo foram para a Cidade Administrativa (um complexo moderno e espelhado desenhado por Niemeyer, que você pode ver no caminho para o Aeroporto de Confins).
Com isso, os prédios da praça viraram museus, formando o Circuito Cultural da Praça da Liberdade.
Todos os itens listados até o número 9, que é o Museu Mineiro, fazem parte desse circuito. Ou seja, você pode combiná-los com sua passagem pela Praça, conforme seu interesse pelos atrativos.
Quando ir: a qualquer hora do dia, mas perto do pôr do sol a praça é tomada pela algazarra das maritacas e tudo fica ainda mais bonito.
Preço: de graça.
Indicado para: qualquer situação. Essa é uma atração imperdível da cidade!
Dos fantasmas que perambulam por BH à religiosidade do povo mineiro: tem de tudo no Memorial Minas Vale, que é um espaço interativo. As vilas e os escritores mineiros também são homenageados pelo espaço, que antes era a Secretaria da Fazenda.
Quando ir: De terça à domingo, com funcionamento noturno às quintas e fechamento mais cedo aos domingos. Detalhes aqui.
Preço: de graça.
Indicado para: se você gosta de museus, quer conhecer mais a história da cidade ou mesmo num dia de chuva. É um dos melhores museus de BH.
Veja também:
23 museus para visitar em Belo Horizonte
Conheça o Memorial Minas Gerais Vale
Não é sem motivo que esse estado se chama Minas Gerais. Do ciclo do ouro aos diversos tipos de pedras que formam nosso solo, o Museu das Minas e do Metal é outra atração cultural importante da Praça da Liberdade, especialmente para crianças.
A experiência inclui descer (virtualmente, claro) numa antiga mina de ouro e tocar num meteorito.
Quando ir: de segunda à sábado, com funcionamento noturno às quintas. Detalhes aqui.
Preço: de graça.
Indicado para: se você gosta de museus, quer conhecer mais sobre os diversos minerais ou mesmo num dia de chuva. É um dos melhores museus de BH.
Um dos mais importantes espaços culturais do Brasil, o CCBB de Belo Horizonte fica num prédio lindo e onde antes era a Secretaria de Segurança.
Embora tenha exposições permanentes, o destaque por ali são as temporárias – por isso fique de olho no calendário para ver a programação do CCBB BH. E isso vale também para o teatro, que vira e mexe recebe peças interessantes.
Quando ir: de quarta à segunda, das 10h às 22h. Detalhes aqui.
Preço: de graça.
Indicado para: Dependendo da exposição que estiver rolando, o CCBB entra pra listinha de atrações indispensáveis da cidade.
O antigo anexo da Secretaria de Educação se transformou no Espaço do Conhecimento da UFMG. A principal exposição trata da origem da vida e da trajetória da humanidade, com foco em áreas como astrofísica, paleontologia, genética e arqueologia.
No prédio também funcionam um planetário e um terraço astronômico que tem telescópio para observação noturna.
Quando ir: de terça a domingo. Detalhes aqui.
Preço: de graça; já a visita ao planetário custa R$ 6.
Indicado para: quem gosta de museus, tem tempo de sobra no roteiro, num dia de chuva ou atividade à noite (consulte a programação). Também vale para quem viaja com crianças.
Projetado para ser a moradia e local de trabalho dos governadores, o Palácio da Liberdade ainda tem funções cerimoniais, mas o governador não despacha mais dali.
O Palácio é aberto ao público nos finais de semana, quando ocorrem visitas guiadas pelos jardins e também no interior do prédio.
Quando ir: visitas só nos finais de semana.
Preço: de graça, mas é preciso agendar online.
Indicado para: o Palácio é muito bonito e merece a visita, que dura cerca de uma hora.
Funciona num prédio histórico e que já foi sede do Senado Mineiro, na Avenida João Pinheiro e pertinho da Praça da Liberdade.
O acervo conta com três mil peças, com destaque para a arte-sacra ou que contam a história de Minas e de Belo Horizonte. Por ali está também o quadro A Má Notícia, que faz parte da coleção de lendas urbanas de BH.
Quando ir: de terça a domingo. Detalhes aqui.
Preço: de graça.
Indicado para: se você gosta de museus, tem tempo de sobra no roteiro, num dia de chuva ou se é de BH, mas nunca visitou o espaço.
Quer fazer um passeio realmente diferente por Belo Horizonte, não importa se você vai só visitar a cidade ou mora nela?
Eu organizo um passeio cultural chamado Páginas Viradas. Ao longo de três horas, percorremos uma BH que não existe mais, usando como fonte de informação os livros de Carlos Drummond, Pedro Nava, Fernando Sabino e companhia.
É uma viagem no tempo cheia de histórias incríveis e já esquecidas, sempre comparando a paisagem atual com fotografias antigas.
A Páginas Viradas, que já se chamou Boemia e Literatura nos anos 1920, foi até reportagem no G1, no jornal O Tempo, no Bom dia Minas e na Itatiaia.
Costuma ocorrer todo domingo e passa pela Igreja da Boa Viagem, Praça da Liberdade, Basílica de Lourdes, rua da Bahia, Avenida Afonso Pena, Viaduto Santa Tereza e rua Sapucaí.
– Quer participar de um grupo ou agendar um passeio exclusivo? Me chama no Whatsapp para saber as datas disponíveis.
Quando ir: aos domingos de manhã, mas verifique disponibilidade para outras datas.
Preço: R$ 80.
Indicado para: quem gosta de história e literatura e quer conhecer mais sobre BH.
A Praça do Papa tem como nome oficial Praça Israel Pinheiro. Porém, em 1980, quando o Papa João Paulo II visitou a cidade e celebrou uma missa no local, ele disse: “Que belo horizonte!”. Desde então o nome da praça mudou.
O Papa estava certo, a vista dali é incrível, já que a praça fica no alto da cidade.
Quando ir: a qualquer hora, mas de preferência perto do pôr do sol.
Preço: de graça.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre e com vista.
Leia também:
Mirante do Mangabeiras: a melhor vista de BH
Parque da Serra do Curral: passeio de natureza em Belo Horizonte
Carlos Drummond de Andrade, que morou cerca de 15 anos por aqui, chamava BH de “cidade coleção de pores do sol”. E um dos melhores locais para contemplar tanto horizonte é, sem dúvidas, o Mirante do Mangabeiras.
Espaço conhecido do belo-horizontino há décadas, nos últimos anos o mirante foi reformado. Ganhou um deck de madeira e mais segurança.
Quando ir: funciona todos os dias, das 9h às 18h, mas de preferência vá perto da hora do pôr do sol.
Preço: de graça.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre e com vista. Se o dia estiver bonito, esse é um passeio imperdível em BH.
Também nos arredores da Praça do Papa fica o Parque das Mangabeiras, ao pé da Serra do Curral.
O parque tem 2,8 milhões de metros quadrados, muita área verde e várias nascentes de córregos. Ele foi projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx.
Quando ir: de terça a domingo, das 8h às 17h.
Preço: de graça.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre; quem viaja com crianças.
Criado em 2002 e inaugurado quase uma década depois, o Parque da Serra do Curral tem 400 mil metros quadrados.
Além de um bom lugar para fazer um piquenique, principalmente na praça logo depois da portaria 1, o parque conta com trilhas de diferentes níveis de dificuldade, muita vida animal (125 espécies de aves foram identificadas ali) e 10 mirantes que permitem vistas incríveis da região.
As trilhas são curtas – espere gastar em torno de 40 minutos.
Quando ir: de terça a domingo, das 8h às 16h.
Preço: de graça.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre e com vista. Se o dia estiver bonito e você gostar de fazer trilhas curtas no meio da natureza, então esse é um passeio imperdível em BH.
Dá para ir para a Savassi a pé, partindo da Praça da Liberdade. Essa é uma das regiões mais movimentadas de BH e ali ficam vários bares, boates, lojas, restaurantes. E também muitos dos hotéis da cidade.
Leia também: Melhores bares de Belo Horizonte: 18 segredos da capital dos botecos
Há alguns anos, os governantes fecharam os quarteirões em volta da Praça da Savassi, que não é exatamente uma praça e sim um cruzamento das Avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo.
Eu aconselho você a passar por ali de noite, ou no fim da tarde, e se juntar aos belo-horizontinos num bar na região.
Anote alguns endereços que não podem faltar:
Quando ir: à noite.
Preço: o que você comprar ou comer por lá.
Indicado para: Provar a gastronomia e a boemia de BH.
Além das dicas noturnas, aqui você encontra um guia de café da manhã, brunch, padarias e cafeterias em BH, várias delas na Savassi.
A Pampulha é uma região enorme de Belo Horizonte e que, até mesmo por estar um pouco mais distante dos outros pontos turísticos, merece um dia inteiro do seu roteiro.
A começar pela Lagoa da Pampulha, uma lagoa artificial que tem 18 quilômetros de orla – dá para andar de bicicleta, triciclo, correr e tentar avistar os jacarés ou as muitas aves que habitam a região.
Ao seu redor, o antigo prefeito Juscelino Kubitschek encomendou de Oscar Niemeyer, nos anos 1940, um complexo arquitetônico que hoje é um Patrimônio Histórico da Humanidade segundo a Unesco.
São a Igreja de São Francisco de Assis (ou Igrejinha da Pampulha), o Museu de Arte da Pampulha – que na época da inauguração era um cassino, desativado em 1946 -, o Iate Clube e a Casa do Baile, que fica numa ilhota e hoje recebe o Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design.
A Igreja da Pampulha é de visita obrigatória, então não deixe de entrar. A Casa do Baile fica ainda mais linda ao pôr do sol, enquanto o Museu de Arte da Pampulha é, infelizmente, um espaço subaproveitado – alô, prefeitura, também falta um café na Casa do Baile, hein!
Não deixe de ler o texto sobre o Complexo Arquitetônico da Pampulha. Ali você encontra informações sobre os prédios e um roteiro completo pela região, que pode ser feito de carro ou alugando uma bicicleta.
Dica: comece a visita pela Igreja da Pampulha e de lá caminhe (ou vá de bike) até a Casa Kubitschek, que já foi residência do JK e hoje é um museu pequeno, mas bem interessante. Logo em frente fica um mirante com vista linda e onde JK costumava ancorar um barquinho.
Os mais esportistas vão topar o desafio de pedalar os 18 km da orla.
Quando ir: qualquer dia e horário
Preço: de graça; espere gastar entre R$ 10 e R$ 20 se resolver alugar uma bicicleta (recomendamos!).
Indicado para: Todo mundo. A Pampulha é um Patrimônio da Humanidade e este é um passeio imperdível de BH.
O que ver na Pampulha: Igrejinha, Casa do Baile, Casa Kubitschek, mirantes e o Mineirão, claro, que de tão grande merece o tópico a seguir.
Leia também:
6 ótimos restaurantes na Pampulha
Como é a visita à Casa Kubitschek
Na Pampulha também ficam o Mineirão e o Mineirinho, os dois principais complexos esportivos de Minas Gerais e que também recebem eventos culturais.
Após a reforma para a Copa, passou a funcionar no Mineirão o Museu Brasileiro do Futebol. Não perca a oportunidade de conhecer o templo do futebol mineiro e campo do 7×1.
Além do Museu do Futebol, uma tirolesa funciona dentro do Mineirão, para a alegria de muita gente.
Já o Mineirinho, apesar de ser o maior ginásio coberto do país, é outro espaço subaproveitado. Há projetos para devolver vida ao local, que hoje cheira a abandono.
Quando ir: Importante lembrar que museu e tirolesa não funcionam se tiver jogo ou show no estádio. Por isso, confira a programação no site oficial.
Preço: entre R$ 25 e R$ 50 para o ingresso no museu e visita guiada; tirolesa a partir de R$ 70. E você sempre pode tentar acompanhar um jogo de futebol no Mineirão.
Indicado para: Quem ama futebol.
Outra experiência que organizamos. Na Nostálgicos FC, também mergulhamos na história de BH e passamos por importantes pontos turísticos da cidade, como o Parque Municipal e o Mercado Central.
A Nostálgicos FC inclui paradas em três dos bares mais tradicionais de Belo Horizonte. Comemos petiscos mineiros que foram campeões do Festival Comida di Buteco e bebemos vários estilos de cervejas locais, da cervejaria Brüder
Nesse passeio, o pano de fundo para contar a história de BH é o surgimento do futebol na cidade, em 1904. É um programa ótimo para quem ama futebol, para quem só vê de vez em quando ou até quem nem se importa com o esporte, mas gosta de histórias curiosas.
Os grupos da Nostálgicos FC têm apenas 12 pessoas. Em geral, metade é fanática pelo esporte e a outra metade vai mesmo pela comida, pelas risadas e para conhecer BH de um jeito muito diferente.
– Quer participar de um grupo ou agendar um passeio exclusivo? Me chama no Whatsapp para conversar sobre as datas disponíveis.
Quando ir: aos sábados, entre 10h30 e 15h.
Preço: R$ 130, com seis tipos de cervejas especiais e vários petiscos campeões do Comida di Buteco já inclusos no valor.
Indicado para: quem gosta de futebol, boas histórias e cerveja – ou simplesmente quem quer fazer um passeio muito legal em BH!
Você encontra de tudo no Mercado Central: artesanato, moda, frutas, queijos, cachaças, doces, bares e até animais – o setor que vende bichos vivos é polêmico e vira e mexe há movimentos que tentam tirá-lo dali.
O mais legal é que o Mercado Central não é um lugar “para turista ver”. Os belo-horizontinos de fato vão lá fazer compras e comer bem – o que significa que os preços não são inflados.
Vale a pena ir de manhã para tomar café coado com pão de queijo (anote aí: Comercial Sabiá) ou no almoço/tarde para provar quitutes vencedores do Festival Comida di Buteco e beber um cerveja em pé, no balcão, como manda o figurino.
Ahh, antes que eu me esqueça, o petisco típico do mercado é fígado com jiló.
Temos um post inteirinho dedicado ao Mercado Central, com dicas de quais lojas ver e o que vale a pena comprar por lá.
Quando ir: todos os dias, mas note que o mercado não funciona à noite e nem nas tardes de domingo ou de feriados.
Preço: o que você comprar ou comer por lá.
Indicado para: Todo mundo. Esse é um passeio imperdível de BH.
Era uma vez uma garagem de bondes que virou mercado. Apelidado de Novo, para contrastar com o velho Mercado Central, o espaço nunca engrenou.
O Mercado Novo chegou em 2018 como toda coisa velha: sujo, pouco frequentado e como um grande espaço ocioso do centro da cidade.
Até que uma cervejaria, a Viela, se mudou pra lá, apostando no endereço. O que aconteceu então foi extraordinário: o Mercado Novo renasceu dos escombros, com dezenas de bares, restaurantes, cafés e lojas dos mais diversos tipos.
Como o espaço ficou fechado e parado no tempo, a decoração do lugar – de todas as lojas, diga-se – remete a décadas passadas.
Não é só meu bairrismo falando, juro: não há nada no Brasil igual ao Mercado Novo de Belo Horizonte.
Dica importante: o primeiro andar do Mercado Novo tem uma série de lojas de legumes, produtos gerais e botecões com cara de centro. Esse não é seu destino! Para ir ao Mercado Novo mesmo você precisa subir a rampa e procurar os andares superiores.
Quando ir: as lojas têm horários diversos e funcionam todos os dias, mas vá à noite ou em finais de semana pra entender realmente o que é o Mercado Novo.
Preço: o que você comer.
Indicado para: qualquer pessoa. Esse é um passeio imperdível de Belo Horizonte. Pode ser combinado com o Mercado Central, que fica a cinco minutinhos de caminhada.
Veja também: Mercado Novo de BH – como a cidade ressignificou um velho espaço
Um passeio gastronômico pelas regiões de Minas e que mostra como um Estado pode ser vários ao mesmo tempo.
Esta experiência foca em comida ancestral, de origem, ingredientes típicos, enfim: a alma mineira traduzida em um roteiro culinário por dentro do Mercado Central e do Mercado Novo.
O passeio inclui degustações de pão de queijo recheado, broa com queijo, biscoitos tradicionais, compotas doces, bolinho de feijão, queijos curados, limonada, licores, vinho mineiro, café. Inclui também uma lembrança bem legal de Minas.
– Quer participar de um grupo ou agendar um passeio exclusivo? Me chama no Whatsapp para conversar sobre as datas disponíveis.
Quando ir: aos sábados, entre 9h e 12h.
Preço: R$ 120
Indicado para: Quem quer mergulhar na gastronomia mineira e conhecer mais a história dos Mercados da cidade.
Principal área verde do centro de Belo Horizonte, o Parque Municipal fica na Avenida Afonso Pena, de frente para a prefeitura e ao lado do Palácio das Artes.
São 180 mil metros quadrados de vegetação, mas o parque já chegou a ser quatro vezes maior.
Tem lagos (com possibilidade passeio de canoa), um parque de diversões, pistas de caminhada e muito verde.
Quando ir: qualquer dia da semana, de 8h às 17h, mas pode ser uma boa ideia combinar a visita com a Feira Hippie, que só ocorre aos domingos.
Preço: de graça, mas atualmente é preciso agendar online.
Indicado para: quem gosta de passeios ao ar livre.
O Palácio das Artes é um complexo cultural de Belo Horizonte que fica no centro da cidade, na Avenida Afonso Pena.
Ali tem teatro, cinema, shows, concertos e exposições temporárias e permanentes. Se você estiver com visita agendada para BH, confira a programação do Palácio, porque grandes são as chances de alguma coisa legal estar em cartaz.
Quando ir: de terça a domingo.
Preço: verifique a programação.
Indicado para: se você gosta de museus, tem tempo de sobra no roteiro, num dia de chuva ou dependendo da atração.
Uma feira de rua enorme, onde você encontra de tudo o que imaginar: arte, moda, decoração, bijuterias, comidas e muito mais.
Ocorre aos domingos, quando parte da Avenida Afonso Pena é fechada para receber os feirantes.
Quando ir: domingo, das 7h às 14h.
Preço: Só o que você comprar.
Indicado para: quem gosta de feiras desse tipo.
Prédio mais icônico de BH, o Acaiaca fica ao lado do Parque Municipal e de frente para a Igreja de São José, que também é linda.
O terraço do prédio, que por anos ficou abandonado, passou por uma revitalização e tem recebido atrativos diversos. Um deles é a experiência Terraço Acaiaca, que ocorre em dias específicos e envolve tomar um aperitivo na hora do pôr do sol.
Quando ir: consulte a programação.
Preço: R$ 80.
Indicado para: Quem curte passeios com vista e mirantes urbanos.
A partir da Praça Sete, que é o hipercentro de BH e fica na Avenida Afonso Pena, desça três quarteirões da Avenida Amazonas e você chegará à Praça da Estação.
Lá fica um prédio bonito e antigo, de 1922, que abrigava a estação de trem, que ainda funciona – essa também é uma das estações do metrô.
Dentro do prédio funciona o Museu de Artes e Ofícios, que tem uma coleção focada no trabalho.
Durante o verão, vale verificar se não está rolando a Praia da Estação, um movimento que ocupa o espaço e transforma as fontes em banho de mar.
Quando ir: de terça a sábado, combinando com o horário de funcionamento do museu.
Preço: de graça.
Indicado para: O Museu de Artes e Ofícios é um dos melhores da cidade. A praça é bonita e, se você der a sorte de estar rolando a Praia da Estação, pode ser um programa bem interessante.
Importante: Evite a Praça tarde da noite, exceto em dias de shows e eventos ali.
Funciona de terça a domingo. Confira os valores e horários de funcionamento do museu.
A rua Sapucaí é uma das mais antigas de Belo Horizonte. Localizada atrás da Praça da Estação, a região foi a primeira favela da cidade, ocupada pelos operários que construíram a capital, mas não encontram lugar dentro dela.
Abandonada, por anos a Sapucaí foi um lugar onde pouca gente ousava passar. Só que a rua, justamente por ter um largo em frente, tem uma das vistas mais bonitas do Belo Horizonte.
A rua foi redescoberta na década de 2010. Hoje, está repleta de restaurantes, bares e fica lotada noite sim, outra também. As pinturas do Cura, festival que enche de arte os prédios do centro, tornaram o visual ainda melhor.
Quando ir: do almoço ao jantar, mas com destaque para o happy hour do pôr do sol.
Preço: Só o que você comprar.
Indicado para: todo mundo. Comer e beber num restaurante da Sapucaí, na hora do pôr do sol, é hoje um passeio imperdível de BH.
Veja também: Rua Sapucaí, em BH: restaurantes, mirante urbano e história
Os lugares listados até aqui não esgotam as atrações de Belo Horizonte. Quem já visitou BH em outras ocasiões ou vive na cidade tem mais alternativas de lazer e turismo. Por exemplo:
O Instituto Inhotim é um centro de arte contemporânea que fica perto de Belo Horizonte e atrai cerca de 350 mil turistas por ano – quase o mesmo número de visitantes que passam por Ouro Preto.
Mas, além da arte, o Museu Inhotim também é parque: seus jardins são tão incríveis que já valem a visita. E a arte está não apenas nas galerias, mas também espalhada pelos jardins.
Localizado em Brumadinho, o Inhotim fica a 60 quilômetros de Belo Horizonte.
Veja todas as nossas dicas sobre o Inhotim:
• Museu Inhotim: como visitar, dicas, horários e ingressos
• Inhotim, Ouro Preto e Belo Horizonte: Roteiro de 4 dias
• Como chegar em Inhotim: ônibus, carro e van
• Onde ficar em Inhotim: dicas de hotéis
Além do Inhotim, outras atrações que funcionam muito bem no esquema bate-volta a partir de BH são as cidades históricas de Sabará e Congonhas e também o Santuário da Serra da Piedade.
O metrô de BH é bem limitado. Com isso, existem três jeitos de se locomover em Belo Horizonte: a pé, de ônibus ou de carro/táxi/aplicativo
Você pode alugar um carro. Essa opção é a melhor caso você também pretenda conhecer os arredores.
Se decidir alugar um veículo, sugerimos que você pesquise e reserve antes numa comparadora de locadoras, a fim de garantir o melhor custo/benefício. Para isso, indicamos a Rentcars, parceira do blog que oferece descontos e vantagens no aluguel.
Quem chega no Aeroporto de Confins tem a opção de pegar um uber até a cidade, que custa em média 80 reais para a região da Savassi e 50 para a Pampulha.
Também dá para pegar o ônibus executivo chamado Conexão Aeroporto, que custa 36 reais e te deixa no Bairro de Lourdes, perto do Centro, em 50 minutos.
BH ainda tem outros museus, centros culturais e vários festivais de dança, teatro, música e gastronomia ao longo do ano.
Alguns dos destaques anuais são o festival Sensacional, em fevereiro, o Breve, em Maio e o Sarará, em agosto, todos com shows de grandes artistas nacionais. O Festival MECAInhotim e o Planeta Brasil também atraem turistas para BH.
Entre julho e setembro ocorre a Virada Cultural de BH, quando as ruas do centro se enchem de palcos com programação por três dias.
Já o Cura, Circuito de Arte Urbana, promove mesas de debates, feiras de arte, festas e ações especiais sempre dialogando com a arte urbana e a cultura de rua.
E, claro, não poderíamos deixar de falar do Carnaval de BH, um dos maiores do país (e sem dúvidas um dos mais divertidos também). A cidade respira carnaval o ano inteiro, mas é em janeiro e fevereiro que podemos ver os blocos na rua.
Veja aqui o guia completo de como participar do carnaval de BH.
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Eu fui fazer turismo em BH e aprovei! Até contei sobre isso aqui: https://farofadecevada.blogspot.com.br/2014/01/fazendo-as-malas-belo-horizonte-parte-1.html
A passagem Rio x BH é tão barata que eu recomendo para qualquer carioca tirar uns 3 dias e explorar a cidade!
Verdade Renata, a passagem é baratinha e vale a pena conhecer BH