Nesse texto você encontra todas as dicas de o que fazer em Luxemburgo, um dos menores e mais ricos países da Europa. Explicamos para você quais as principais atrações de Luxemburgo, desde a capital até as cidadezinhas nos arredores.
E montamos um roteiro de 1, 2 ou 3 dias para você explorar o país.
Luxemburgo é um dos países mais ricos – e caros – do mundo. Mas apesar dos preços elevados de hospedagem e alimentação, o transporte público é gratuito para todo mundo, incluindo turistas.
Também é um dos menores países da Europa e um dos únicos no continente que não saída para o mar. O Grão-Ducado – país governado por um grão-duque ao invés de um rei – fica entre a Bélgica, Alemanha e França. Luxemburgo é uma das quatro sedes da União Europeia e tem um dos maiores PIB per capita do mundo.
As línguas oficiais são luxemburguês, alemão e francês. Mas quase 50% da população é formada de imigrantes, com os portugueses liderando a lista de estrangeiros no país, então espere ouvir bastante português e ver restaurantes de comida portuguesa.
Luxemburgo tem um dos maiores salários mínimos de toda a Europa, cerca de 2400 euros. Quer saber mais curiosidades sobre o país? Veja nosso reels!
Abaixo listamos as principais atrações tanto da capital quando das cidadezinhas do país.
Aqui você encontra um roteiro completo de o que fazer em Luxemburgo com todos os pontos turísticos listados acima organizados num roteiro de 1, 2 ou 3 dias e opções para quem tem mais ou menos tempo de viagem.
Também aproveitamos para contar um pouco mais sobre a história dos país e da cidade de Luxemburgo ao longo do roteiro.
Dia 1: Roteiro no Centro da Cidade de Luxemburgo
Se você quiser dar um giro pela cidade com um guia, recomendamos esse Free Walking Tour pelo centro de Luxemburgo Ville. Outra opção legal é um tour guiado que também inclui degustação de vinhos luxemburgueses.
Comece o dia na Place d’Armes. A praça, no centro da cidade, é um ponto de encontro desde o século 17, cheia de cafés, restaurantes e eventos ao ar livre.
Não deixe de explorar também as ruas nos arredores, com suas lojas chiquetérrimas, como a Rue Philippe II (que quando fui estava toda decorada com borboletas coloridas), a Grande Rue e rue Genistre. Boutiques de luxo, as Galerias Lafayette Luxembourg, Sephora e outras grandes marcas ficam por ali.
Siga para a Chemin de la Corniche. Conhecida como “a varanda mais bonita da Europa”, com as vistas panorâmicas do vale do rio Alzette e do bairro Grund.
Esta área fazia parte das fortificações que protegiam a cidade desde a Idade Média. Luxemburgo era considerada uma das maiores fortalezas da Europa devido à sua localização estratégica e às suas defesas impressionantes.
As fortificações, iniciadas pelos condes de Luxemburgo, foram ampliadas ao longo dos séculos por várias potências europeias, incluindo franceses, alemães, austríacos e espanhóis. Esses sistemas defensivos complexos incluíam muralhas, bastiões e casamatas, tornando a cidade praticamente impenetrável.
No século 17, as fortificações foram ainda mais reforçadas pelo engenheiro militar francês Vauban, sob o comando de Luís XIV. Hoje, o Chemin de la Corniche permite que você caminhe ao longo dessas antigas muralhas, oferecendo uma visão incrível tanto da história, quanto da paisagem de Luxemburgo.
Construídas no século 17, as Casamatas eram essas redes de túneis subterrâneos foram usadas como fortificações e abrigos militares. Hoje, são um ponto turístico que conta parte da importância estratégica de Luxemburgo ao longo dos séculos.
Ao visitar as Casamatas, você explora o pouco que sobrou das defesas, incluindo parte de túneis que se estendem por cerca de 17 km. O passeio inclui antigas salas de canhões, postos de observação e passagens secretas que foram usadas para proteger a cidade. Além disso, as janelas e aberturas nas muralhas oferecem vistas do vale do Alzette e do bairro Grund.
Mesmo que você não entre na atração, dá para caminhar no alto da antiga fortaleza, aproveitando a vista dos dois lados.
Como disse antes, fortaleza de Luxemburgo foi considerada uma das mais imponentes e importantes da Europa até 1867, quando o Tratado de Londres determinou sua neutralidade e a demolição das fortificações, com o objetivo resolver as tensões territoriais e políticas em torno de Luxemburgo.
Luxemburgo era um ponto estratégico, disputado entre a Prússia e a França. Para evitar um conflito armado entre essas potências, o tratado estabeleceu a neutralidade perpétua do Grão-Ducado. Como parte do acordo, a fortaleza de Luxemburgo, deveria ser desmontada.
Aproximadamente 90% das fortificações foram destruídas, transformando Luxemburgo de uma cidade-fortaleza em uma cidade neutra e pacífica, preservando assim a estabilidade na região.
Desça até o bairro Grund. Este bairro histórico, localizado no vale do rio Alzette, é um dos mais charmosos da cidade.
Caminhe pelas ruas fofas, veja as casas coloridas e antigas e aproveite os jardins que ficam às sombras das antigas muralhas. Visite a Abadia de Neumünster, hoje um centro cultural, e Église Saint-Jean-du-Grund, uma igreja do século 18, que era parte da abadia.
Não deixe de caminha pela beira do rio, ver a Pont du Stierchen, o Jardim Ceryna, e a vista da região da Pont du Grund. Aproveite também para explorar as pequenas lojas, galerias de arte e cafés do bairro.
Suba de volta ao centro, até o Palácio Grão-Ducal. Sugiro que pegue o caminho que passa de volta pelo Chemin de la Corniche e sobre pela charmosa Rue du St Esprit.
O palácio, construído no século 16, é a residência oficial do Grão-Duque de Luxemburgo. Durante os meses de verão, visitas guiadas mostram os salões oficiais e a história da monarquia luxemburguesa.
Logo ao lado fica a grande Place Guillaume II, praça nomeada em homenagem ao rei Guilherme II dos Países Baixos.
A relação entre o Palácio e uma praça em homenagem um rei holandês vem da própria formação de Luxemburgo enquanto país. Em 1815, ao fim das guerras napoleônicas, o território de Luxemburgo foi elevado ao status de Grão-Ducado e entregue ao rei dos Países Baixos, Guilherme I. Isso significa que o líder do território tinha um título mais elevado que um duque, mas não tão alto quanto um rei.
Desde então, Luxemburgo permaneceu um Grão-Ducado e, em 1890, após a separação das coroas holandesa e luxemburguesa, tornou-se independente com uma linhagem própria de grão-duques. Hoje, o Grão-Ducado de Luxemburgo é o único grão-ducado soberano remanescente no mundo, com o Grão-Duque Henri como seu atual monarca.
Ali perto está a Catedral de Notre Dame. Construída entre 1613 e 1621 pelos Jesuítas, a catedral apresenta uma mistura de estilos gótico e renascentista.
A catedral é famosa por seus vitrais coloridos e pela cripta onde estão enterrados membros da família grão-ducal.
Termine o dia na Pont Adolphe e na Place de la Constitution. Construída entre 1900 e 1903, a ponte é um símbolo da independência luxemburguesa. Aprecie a vista noturna da cidade iluminada e do vale do rio Pétrusse, um cenário perfeito para ver o pôr-do-sol.
Seguro viagem é obrigatório para brasileiros viajando em Luxemburgo. Nós garantimos desconto de até 25% para os nossos leitores que compram pela Seguros Promo, um comparador entre as principais seguradoras do Brasil.
Dia 2: Pequenas Cidades de Luxemburgo para Visitar
Nosso roteiro pelo interior de Luxemburgo incluiu apenas duas cidades: Diekirch e Vianden. Isso porque estávamos fazendo um roteiro mais preguiçoso. Acordamos só as 9h, tomamos café da manhã tranquilos e pegamos o trem das 10h25.
Porém, se você estiver disposto a sair cedinho do hotel, dá para incluir uma terceira cidade no passeio – ou Echternach no início do dia; ou Clervaux no final. Os horários abaixo são apenas sugestões, com base nos horários de transporte público disponíveis (gratuitos).
Não deixe de consultar os horários e trajetos no site oficial antes da sua viagem, uma vez que ônibus e trens podem ser alterados a qualquer momento.
Só seria possível colocar 4 lugares no roteiro se você estiver de carro, sem depender dos horários e paradas do transporte público.
Comece seu dia cedo, pegando o ônibus 201 ou 401 para Echternach, que sai da estação Kirchberg, Gare routière Luxexpo. Recomendo o ônibus parte as 08h21 e leva 40 minutos até o Centro da Vila de Echternach.
Echternach é a cidade mais antiga de Luxemburgo. Foi fundada em 698 por um missionário anglo-saxão São Vilibrordo, que estabeleceu uma abadia beneditina. A igreja sobreviveu a guerras e invasões ao longo dos séculos, mas foi seriamente danificada durante a Batalha do Bulge na Segunda Guerra Mundial e teve que ser reconstruída.
Sugiro que você dedique de cerca 2 horas para conhecer a Abadia de Echternach e o museu (entrada: €3), caminhe pelo centro histórico da vila, incluindo a praça central, Place du Marché. Se sobrar um tempinho, de um pulinho até a beira do rio Sure, que marca a fronteira com a Alemanha.
Siga de ônibus para Diekrich: 191 ou 190, num trajeto de 56 minutos até Diekirch, Kluuster.
Se você estiver saindo da cidade de Luxemburgo, pode seguir de trem diretamente até a Gare de Diekirch e de lá caminhar até o centrinho da cidade.
Comece o passeio caminhando pelo pequeno centro histórico de Diekirch. São ruas coloridas e floridas. Na praça central da cidade, fica a estátua de um burro, que é símbolo da cidade. Ali também está um bar da cervejaria da cidade, a Brasserie de Diekirch fundada em 1871 – essa é uma boa opção para almoçar.
O nome “Diekirch” deriva do germânico “Diet-Kirch”, que significa “Igreja do Povo”. A cidade se desenvolveu em torno de uma igreja dedicada a São Lourenço, mencionada pela primeira vez em documentos do século VI. É possível visitar a Antiga Igreja (Vieille Eglise Saint Laurent).
Por fim, a principal atração da cidade é o pequeno Museu Nacional de História Militar (Musée National d’Histoire Militaire).
Toda essa região de Luxemburgo e parte da Bélgica, conhecida Ardenas, foi palco de uma das batalhas mais sangrentas da Segunda Guerra Mundial, a Batalha do Bulge, que ocorreu em dezembro de 1944 e janeiro de 1945. Foi uma das últimas grandes ofensivas alemãs na Frente Ocidental. Inclusive, recomendo a série Band of Brothers, que conta um pouco dessa história.
A região de Diekirch foi duramente atingida durante este conflito. O museu nacional conta a história da batalha e das experiências dos soldados e civis durante a Guerra. Tem uma coleção extensa de artefatos militares, veículos, uniformes, além de maquetes detalhadas com cenas das batalhas. Entrada: €5.
Se tiver tempo, vale a pena visitar o parque da cidade e ver a vista da beira do rio.
Para quem gosta da história da Segunda Guerra Mundial, também dá para fazer um passeio até o Cemitério Americano em Luxemburgo, saindo da Cidade de Luxemburgo.
O ônibus 181 chegam na Gare de Vianden em 25 minutos.
Visite o Castelo de Vianden, uma fortificação medieval bem bonita. Construído entre os séculos 11 e 14, o castelo foi um importante centro de poder durante a Idade Média. O castelo pertenceu à família de Nassau e foi palco de várias batalhas e eventos históricos.
Dá para explorar os salões, as torres e a capela, e aproveite as vistas panorâmicas do vale do rio Our. Clique aqui para comprar o ingresso com antecedência.
Nos arredores do castelo você encontra pequenas trilhas que tem vista panorâmica para a cidade e por onde passa o Teleférico da cidade.
O centro histórico de Vianden também é bem charmoso, com ruas estreitas e casas antigas, além da bela ponte de pedra sobre o rio Our.
Dá para visitar a Casa de Victor Hugo, onde o famoso escritor francês viveu durante seu exílio em 1871. A casa agora é um museu dedicado à sua vida e obras.
No fim do passeio, você pode pegar o ônibus 181 + trem de volta para Luxemburgo, saindo da parada Viangen Breck, o trajeto leva cerca de 1h15.
A outra alternativa é pegar o ônibus 182 de Vianden para Clervaux, que leva cerca de 45 minutos. A paisagem ao longo do caminho passa por com colinas e florestas.
Comece sua visita no Castelo de Clervaux. O prédio tem séculos de história, mas foi completamente reconstruído após ser destruído após a Segunda Guerra Mundial. Lá dentro, você encontra três exposições e museus.
A exposição fotográfica que é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO: “The Family of Man”, organizada por Edward Steichen para o museu MoMa em Nova York. Conta com 500 fotografias de 273 fotógrafos de 68 países, como Robert Capa e Henri Cartier-Bresson. A entrada custa 6 euros.
Já o Museu do Castelo e o Museu da Batalha tem entrada conjunta. Um conta com uma exposição de miniaturas de castelos e palácios de Luxemburgo. E o outro, conta sobre a Batalha do Bulge que também devastou Clervaux.
Além disso, você também pode visitar na cidade a beneditina Abadia de São Maurício e São Maur, que também conta com belos jardins. Por fim, não deixe de circular pelo Centro Histórico de Clervaux, sua praça central, monumentos e fontes.
No fim do dia, vá até a estação Clervaux Gare. De lá, você deve pegar o ônibus L10 até Ettelbruck + Trem até Luxembourg Gare, num trajeto de cerca de 1h30.
Dia 3: Mais Atrações para Visitar em Luxemburgo
Para o terceiro dia em Luxemburgo, temos algumas opções.
Comece o dia no Pfaffenthal Lift, elevador panorâmico conecta a parte alta da cidade com o bairro histórico de Pfaffenthal. A viagem é gratuita.
Aproveite a vista do vale do Alzette e da ponte Adolphe enquanto desce. Uma vez na parte inferior, explore as ruas tranquilas de Pfaffenthal, onde você pode ver edifícios históricos e a vida local longe da área mais turística.
Visite a área do parque Trois Glandes, onde ficam vários fortes com visitação gratuita, incluindo o Fort Obergrünewald e o Fort Niedergrünewald.
O principal deles, porém, é o Fort Thüngen, também conhecido como Musée Dräi Eechelen. Este museu gratuito está situado nas fortificações históricas de Luxemburgo e oferece uma visão da história militar e da fortificação da cidade desde a idade média.
Logo atrás dos fortes, já no bairro Kirchberg, fica o Mudam, ou Museu de Arte Moderna Grão-Duque Jean. Dedicado à arte contemporânea, o edifício em si, projetado pelo arquiteto Ieoh Ming Pei, também uma obra de arte moderna.
Nos arredores do museum está o parque Parque Drai Eechelen, que tem uma vista muito bonita do Vale do Rio Alzette nos arredores.
Circule um pouco pelo bairro Kirchberg, que é bastante moderno comparado com o restante da cidade. Por ali, você também encontra vários restaurantes para almoçar.
Antes de terminar o passeio, não deixe de conferir o prédio da Philharmonie Luxembourg, uma das principais salas de concertos da Europa, que tem uma arquitetura moderna impressionante, projetada por Christian de Portzamparc. Se tiver sorte, você pode assistir a um ensaio aberto ou fazer uma visita guiada pelo local.
Por fim, pegue um ônibus ou tram de volta ao centro de Luxemburgo, onde você pode passear pelas ruas, parques ou visitar algum dos museus para completar seu dia.
Você pode combinar mais duas ou três cidades do interior de Luxemburgo no seu último dia no país. Minhas sugestões:
O melhor lugar para se hospedar em Luxemburgo é certamente a cidade de Luxemburgo, onde você terá facilidade para se locomover para todos os outros lugares do país e encontra uma oferta variada de hotéis e hospedagem.
Leia nosso guia completo de onde ficar em Luxemburgo para ver dicas mais detalhadas de bairros e hotéis.
Abaixo listamos quatro opções de hospedagem em Luxemburgo para diferentes perfis de viajantes:
O transporte público em todo o país de Luxemburgo é gratuito. Não importa se você pegar ônibus, trem ou tram, seja dentro da cidade de Luxemburgo ou entre as cidadezinhas no interior do país, é tudo de graça.
Não precisa reservar nada com antecedência ou apresentar nada para os condutores. Basta entrar no transporte e seguir até seu destino.
E o melhor, além de ser de graça, o transporte também é bastante limpo e pontual. Você pode consultar rotas e horários de todos os meios de transporte no site Mobiliteit.
Luxemburgo conta com um aeroporto internacional, o Aeroporto Internacional de Luxemburgo-Findel, que recebe voos de todas as grandes cidades européias. Devido a alta imigração de portugueses para o país, os voos vindos de Lisboa e Porto não só são frequentes, mas também são baratos.
Além disso, você consegue se deslocar de trem, ônibus ou carro para Luxemburgo partindo dos seus países vizinhos, Alemanha, Bélgica e França.
O trem de Paris para Luxemburgo leva entre 2h a 4h horas dependendo da rota e empresa (feitos pela TGV ou SNCF. É possível achar bilhetes a partir de €25.50, mas os preços podem ser bem mais altos dependendo do horário e antecedência da compra (quando mais perto da viagem, mais caro fica). Clique aqui para pesquisar horários e preços.
Nós fizemos o trajeto entre Bruxelas e Luxemburgo. Os trens são da SNCB e tem o preço fixo de €25.50 o trecho (€51 ida e volta). As viagens levam entre 3h a 4h horas, dependendo do horário e da partida.
Você consegue ir para Luxemburgo diretamente de várias cidades alemãs, mas o trajeto mais rápido é partindo de Frankfurt, que leva de 3h40 a 4h30. Com bilhetes a partir de €19.90 pela empresa alemã DB.
Além disso, um bate-volta possível e bem legal saindo de Luxemburgo é a cidadezinha histórica de Trier, na Alemanha. O bilhete custa apenas €11.80 (ida e volta) e a viagem é de 50 minutos.
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