O que fazer em Malta: Roteiro de 3, 5 ou 7 dias

Neste texto, você descobre o que fazer em Malta em 3, 5 ou 7 dias, num roteiro bem organizado com as atrações turísticas das principais cidades na ilha, como Valletta, Mdina, Gozo e muito mais.

Explicamos para você as diferenças de temporada em Malta, como se locomover por lá, dicas de hospedagem, sugestões de tours e restaurantes.

Os 13 Principais Pontos Turísticos e Cidades de Malta

  • Valletta
  • Sliema e St. Julian’s
  • Mdina e Rabat
  • Dingli Cliffs
  • Três Cidades: Senglea, Birgu e Cospicua
  • Marsaxlokk e St. Peter Pool
  • Ilha de Comino e Blue Lagoon
  • Ilha de Gozo
  • Mellieħa e praias
  • Vila do Popeye
  • Hagar Qim e Mnajdra, templos megalíticos
  • Blue Grotto (Gruta Azul)
  • St. Paul’s Bay
Vista dos Jardins de Valletta

Ilha de Malta: Onde Fica no Mapa?

A Ilha de Malta fica localizada no Mar Mediterrâneo, próxima da Sicília e da Tunísia. Recebe voos das principais cidades europeias.

Quantos dias preciso para conhecer Malta?

Você consegue ver as principais atrações e cidades de Malta em 3 dias inteiros (sem contar os dias de viagem). Porém, será um pouco corrido e algumas coisas terão que ficar de fora do roteiro.

Com 5 a 7 dias o roteiro fica mais completo, incluindo todas as principais cidades de Malta e também as ilhas nos arredores, de Gozo e Comino. Fique mais tempo se você gosta de fazer viagens sem pressa.

O que fazer em Malta no Inverno

Eu fui a Malta no inverno. Isso significa que algumas atrações de mar e praia estavam inacessíveis. Por exemplo, não fizemos nenhum passeio de barco, por que todos estavam ancorados devido às condições climáticas. E estava frio para aproveitar a praia.

Disso isso, o inverno em Malta é bastante ameno. Chove um pouco mais que o normal e as temperaturas são um pouco mais frias (de 13º a 18º). Mas nada que atrapalhe a sua viagem.

Se você vai a Malta no Inverno, não vejo necessidade de ficar mais do que 3 ou 4 dias. Concentre seu roteiro nas cidades e esteja preparado para não conseguir fazer nada que envolva o mar, incluindo visitar Gozo e Comino.

Vista do Belvedere de Birgu em Malta, no Inverno

O que fazer em Malta no Verão

Ao pensar seu roteiro pelas cidades, considere também o tempo para relaxar nas praias e passeios que envolvem água. E lembre-se que pode ficar muito quente entre julho e agosto (27º a 35º).

No verão, vale mais a pena considerar alugar um carro para otimizar sua viagem e dar tempo de fazer mais coisas e visitar mais praias e paisagens que o transporte público não alcança.

Certamente, você terá bastante para ver e fazer em Malta de 5 a 7 dias.

O Que Fazer em Malta em 3, 5 ou 7 dias

Abaixo, você encontra sugestões de como montar seu roteiro em Malta por quantidade de dias. Esse é um roteiro sem muita correria, que é possível fazer até por quem não vai alugar carro em Malta.

Roteiro de 3 dias em Malta

  • Dia 1: Valetta, Sliema e St Julien
  • Dia 2: Mdina e Rabat (e Dingli Cliffs)
  • Dia 3 – opção 1: Três Cidades (e Marsaxlokk + St. Peter’s Pool)
  • Dia 3 – opção 2: Ilhas de Comino e Gozo

Roteiro de 5 dias em Malta

  • Dia 1: Valetta, Sliema e St Julien
  • Dia 2: Mdina e Rabat (+ Dingli Cliffs)
  • Dia 3: Três Cidades (e Marsaxlokk + St. Peter’s Pool)
  • Dia 4: Ilhas de Comino e Gozo
  • Dia 5 – opção 1: Templos Megaliticos e a Gruta Azul + St. Paul’s Bay
  • Dia 5 – opção 2: Mellieħa – Praias e Vila do Popeye

Roteiro de 7 dias em Malta

  • Dia 1: Valetta, Sliema e St Julien
  • Dia 2: Mdina e Rabat (+ Dingli Cliffs)
  • Dia 3: Três Cidades
  • Dia 4: Marsaxlokk + St. Peter’s Pool
  • Dia 5: Templos Megalíticos e a Gruta Azul + St. Paul’s Bay
  • Dia 6: Ilha de Gozo (pernoite)
  • Dia 7: Comino e Mellieħa

Abaixo você encontra um Guia de Viagem em Malta, com o que fazer, como chegar, onde comer em cada uma das atrações e cidades de Malta.

Seguro Viagem Obrigatório em Malta

Como Malta faz parte do Espaço de Schengen, o seguro viagem é obrigatório para quem vai para lá, seja para turismo, seja para intercâmbio. Para garantir um bom custo-benefício, recomendamos que você compare entre diferentes seguradoras e encontre o melhor seguro para sua viagem e seu bolso.

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O que fazer em Valletta

Valletta, a capital de Malta, merece um dia inteiro do seu roteiro. A cidade é lindíssima e tem bastante coisa para ver e fazer. Entre as principais atrações de Valetta, estão:

  • Portões da Cidade
  • Republic Street
  • Catedral de São João
  • St. George’s Square
  • Grandmaster Palace
  • Valletta Food Market
  • Museu Nacional de Arqueologia
  • Ruelas do Centro
  • Jardins Upper Barrakka
  • Waterfront de Valletta

Abaixo, explicamos mais sobre cada atração num roteiro de o que fazer em Valletta em 1 dia.

Republic St. em Valeta

Valetta foi construída pelos Cavaleiros Hospitaleiros da Ordem de São João (aqueles que tinham como símbolo uma cruz, hoje chamada Cruz de Malta) no século 16. Foi planejada após o Grande Cerco de Malta, onde um contingente pequeno de Hospitaleiros venceu uma força impressionante otomana.

O nome da cidade foi uma homenagem ao Grão Mestre (nome dado ao comandante da ordem) que resistiu ao cerco. Logo, em 1517, Valletta tornou-se a sede da ordem e capital do país.

Roteiro em Valletta

Se você quiser entender mais sobre a história e otimizar a sua visita, recomendamos fazer um tour guiado pela cidade por €18.

Portões da Cidade

A entrada em Valetta começa pelos Portões da Cidade (Bieb il-Belt). Misturam uma parte histórica, com da fortaleza militar construída século 16. Ao longo dos séculos, Malta também foi colônia francesa e inglesa, e o forte mudou de forma.

A parte moderna, que você vê quando entra, é de 1964, da época das comemorações da Independência de Malta.

Republic Street & Catedral de São João

Passando pelos portões, você chega na Republic Street, a principal rua de Valetta, cheia de lojas, cafés e pontos turísticos.

Por ali, você vai ver a várias igrejas: Santa Bárbara, São Francisco de Assis e a principal delas, a Catedral de São João.

Construída no século 16, tem interior barroco todo dourado e várias obras de arte, incluindo a decapitação de São João Batista por Caravaggio. A entrada custa €15.

St. George’s Square & Grand Master’s Palace

Não deixe de passar também pela St. George’s Square, onde fica o Palácio do Presidente, também conhecido como Palácio do Grão Mestre, dada a história original. Partes do palácio são abertas à visitação, incluindo as salas do trono, e os salões de estado. A entrada custa €12.

Bateu uma fome? Vire na Old Theatre St e siga até o Is-Suq Tal-Belt, ou Valletta Food Market. Uma ótima opção para almoço.

Museu Nacional de Arqueologia

Entre os museus que você pode visitar, também na Republic St., ficam o Museu Nacional de Arqueologia, que tem vários artefatos – desde a pré-história até a época dos Cavaleiros de São João.

E também a Casa Rocca Piccola: Visite esta casa nobre do século 16 para ter uma visão da vida aristocrática em Malta.

Ruelas do Centro

Passe o início da tarde explorando as ruelas do centro de Valeta e os prédios com as suas mil janelas coloridas.

Ruas e becos em Valletta

Algumas ruas são particularmente charmosas, como as ruas que cortam a St. Paul Street, com escadarias com vista para o mar. E as ruas Strait St. e Archbishop St. que são bem estreitas e coloridas.

Uma dica legal para jantar nessa região é a Pizzaria San Paolo Naufrago, que fica toda decorada com bandeirinhas e tem mesas ao longo da escadaria. Fica na St. Lucia’s Street.

Jardins Upper Barrakka

Quando tiver perto do pôr do sol, siga para os Jardins Upper Barrakka. Dali, você tem vistas panorâmicas do Grand Harbour e das Três Cidades.

Para quem gosta de pompas militares, todos os dias, ao meio-dia, ocorre um disparo de canhão. Custa €6 para adultos e é possível combinar o bilhete com o Museu da Guerra.

Vista dos Jardins Upper Barrakka e canhões em Valletta, Malta

Waterfront de Valletta

Para finalizar sua tarde e início da noite, passeie pelo Waterfront de Valletta. A região à beira do mar foi restaurada recentemente e conta com edifícios coloridos com muitos restaurantes e bares.

Quando a noite já tiver caído, vale a pena circular pelo centro e ver as ruas iluminadas da cidade, sem tanta gente em volta.

O que fazer em Sliema & St. Julien

Sliema e St Julien são duas cidades tão próximas da capital, que poderiam consideradas bairros residenciais ou comerciais fora centro.

Nenhuma das duas tem grandes atrações turísticas, mas ambas costumam servir de base de hospedagem em Malta, ou local para curtir a noite, com muitas opções de bares, restaurantes e boates.

Sliema é mais agradável para um passeio. Tem vibes de um antigo balneário. Se você estiver hospedado por lá, sugiro que comece o dia um pouco mais cedo, passeie pela Promenade e de lá pegue a ferry até Valetta. Esse passeio de barco é bem barato (€2) e garante uma vista linda.

Ferry de Sliema para Valletta

Caso contrário, sugiro que faça o caminho oposto e siga de ferry para Sliema no fim do dia, perto do pôr do sol. Passeie pela orla de Sliema, escolha um restaurante para jantar e depois siga para St. Julien, região que tem vida noturna bastante animada.

St. Julien é mais cheia de jovens, principalmente em Paceville. Para além disso, confesso que não achei a região charmosa. Eu me hospedei por ali, no Vivaldi Hotel (4 estrelas, nota 8 – €) e não rendeu muitos passeios. O hotel em si é bom e tem um preço ótimo.

Vista do Terraco do Hotel em St. Julien’s, Malta

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Mdina e Rabat: o que visitar

A cidade silenciosa, Mdina é uma antiga fortificação que foi fundada pelos fenícios no século 8 a.C. Depois, serviu de fortaleza e sede do governo dos diversos povos que dominaram a ilha: romanos, bizantinos e árabes.

Em 1530, quando Malta foi dominada pelos Cavaleiros da Ordem de São João, Mdina deixou de ser a capital e foi perdendo sua importância política e social. Mas isso também preservou a pequena cidade murada, que serviu de cenário para a primeira temporada de Game of Thrones.

Já Rabat é a cidade ao lado, que cresceu fora da muralha. Também é charmosa e pequena. É famosa porque, no ano 60 d.C, São Paulo, o apóstolo, teria sofrido um naufrágio na região e vivido por três meses nas Catacumbas de Rabat, que hoje levam o nome de Catacumbas de São Paulo.

Sugiro que você divida o dia entre Mdina & Rabat e o pôr do sol nos Dingli Cliffs. Se der, não deixe de retornar a cidade fortificada depois do pôr do sol.

Se você quiser facilitar a locomoção do seu dia, pode fazer um tour que inclui Mdina e os Dingli Cliffs no mesmo dia, com todo o transporte e guia.

Manhã em Mdina

Comece seu dia cedo em Mdina, a antiga capital de Malta. A cidadezinha conta com vários palácios, ruas lindas, igrejas e muralhas no entorno. O passeio é mesmo caminhar por lá sem pressa.

Portão de Entrada em Mdina

Algumas sugestões de passeios:

  • Caminhar pelas ruas medievais de Mdina
  • Passar pelos grandiosos portões de entrada da fortaleza, incluindo o Mdina Gate e o Greeks Gate
  • Ver a vista do alto das muralhas de Mdina
  • Visitar a Catedral de São Paulo
  • Encontrar os cenários de Game of Thrones
  • Visitar algum dos Palácios-Museus
  • Passear de carruagem

Se você quer caminhar por Mdina e entender melhor a rica história da cidade, vale a pena contratar um tour. Esse passeio guiado te leva pelas principais atrações e custa €15.

Outra alternativa é fazer um free walking tour, que é grátis, mas você precisa dar uma gorjeta ao guia no final.

Rua estreita medieval em Mdina, Malta

Meio-Dia em Rabat

Para chegar em Rabat, basta atravessar uma avenida. A cidade é agradável e tranquila, e tem ruas bonitas e uma praça central animada. Faça caminhadas sem pressa pela cidade.

Ruela de Rabat em Malta

Rabat também é melhor para almoçar, porque tem bem mais opções de restaurantes que Mdina. Você pode ir a um restaurante tradicional maltês ou buscar uma opção mais contemporâneo.

Temos duas dicas de onde comer:

O Yana’s (55 Triq Santu Wistin, Rabat) é um restaurante pequeno e muito bom, que serve ravioli fresco e outros pratos mais modernos com bons preços. Tem um terraço excelente para comer em dias de sol.

E o Ta’ Doni (73 Triq San Pawl, Rabat) é um café perto da praça central, que serve pratos no almoço e janta. Nós experimentamos o sanduíche tradicional de Malta, e estava muito gostoso. Mas também tem opções de massa, saladas e refeições completas.

Depois do almoço, se for do seu interesse, vale a pena visitar as Grutas de São Paulo e as Catacumbas, um complexo de túneis subterrâneos usados para enterros nos primeiros séculos do cristianismo, e onde supostamente São Paulo viveu por 3 meses.

Fim de Tarde nos Dingli Cliffs

Para terminar o dia, o passeio é para ver o pôr do sol dos Dingli Cliffs, localizados a uma curta distância de Rabat. As falésias são os pontos mais altos de Malta, oferecendo uma vista espetacular do mar aberto e da ilha.

Como chegar nos Dingle Cliffs:

  • De carro: cerca de 4.5 km até as falésias. Você pode deixar o carro no estacionamento público “Parking Dingli Cliffs” (localização no mapa)
  • O ônibus 201 (direção Ajruport) sai do ponto “Rabat 2” e te deixa em “Maddalena” (de frente ao ponto panorâmico) em 16 minutos.

O que fazer nas Três Cidades, Malta (+ Marsaloxx)

Sugiro que você dedique um dia para explorar as Três Cidades: Vittoriosa (Birgu), Cospicua (Bormla) e Senglea (Isla).

Birgu também é chamada de Vittoriosa por conta daquele cerco dos otomanos que mencionei mais acima. Têm origens pré-históricas e foi fundada pelos fenícios, tal como Mdina.

As outras duas cidades fortificadas foram construídas após a chegada dos Cavaleiros de São João, que fizeram dali sua sede, até a construção de Valletta.

Logo, as Três Cidades eram fortalezas e, mesmo depois, com o domínio francês e inglês, também serviram de bases de apoio militar e marítimo. Por isso mesmo, foram muito bombardeadas durante a Segunda Guerra Mundial e tiveram que ser completamente reconstruídas nos anos 1960.

Se você tiver pouco tempo, pode fazer esse tour de 4 horas que inclui transporte, passeio de barco e visita guiada às Três Cidades. Custa €35 euros.

Outra opção é um passeio guiado saindo de ferry Valletta, que foca mais em Birgu (que tem mais coisas para fazer) e custa só €15.

Também sugerimos um passeio extra para Marsaloxx. Fica a seu critério se prefere incluir no início ou no final do dia.

Cospicua (Bormla)

  • Comece seu dia em Cospicua. Você pode chegar lá de ônibus, carro ou, pegando a ferry de Valletta.
  • Por ali, a única atração notável é o Bormla Waterfront, uma região muito bonita, com uma parte do canal no meio e várias pontes e praças.
  • Também dá para visitar a Igreja de Santa Teresa
Eu no Bormla Waterfront

Uma dica de almoço bom e barato nessa região é a peixaria Le Poisson. Trata-se de uma pequena portinha que vende diversas opções de peixe fresco. Você escolhe o que quer, eles fazem para você na hora. Apenas take-away.

Nós compramos e levamos para almoçar nos jardins do Bormla Waterfront. Muito bom e mais barato que que todos os restaurantes que pesquisamos para comer peixe.

Vittoriosa (Birgu)

Caminhando um pouco, você chega a Vittoriosa. Essa é a maior, mais bonita e mais interessante das Três Cidades e certamente merece mais tempo.

Já de cara fica um grande forte do século 18, onde funciona o Malta at War Museum. O espaço conta a história do Blitz de Malta, entre 1940 e 1943.

Independente se você for visitar ou não o museu, depois siga pelo Gate Provance, passando por séculos de história da antiga entrada fortificada da cidade.

Caminhar pelas ruelas nessa região de Birgu foi um dos meus passeios favoritos em Malta. Tem muitas casas com janelas e portas coloridas e becos instagramáveis. Algumas referências de nomes de ruas:

  • Il – Kunsill Popolari
  • Il-Palazz Ta’ L-Isqof
  • Majjistral
  • Tramuntana

Continuando seguindo na direção oeste, você chega em alguns pontos panorâmicos (belvederes) com vista de Valletta, Kalkara e o mar.

Do outro lado, fica a praça central de Vittoriosa (Pjazza tal-Belt à Vittoriosa), que tem várias opções de cafés e restaurantes. Dali, você pode visitar a igreja de St. Lawrence’s Catholic Church.

Para completar o passeio em Birgu, continue descendo até a beira mar, onde você encontra:

  • Museu Marítimo: Se tiver interesse, faça uma parada no Museu Marítimo, que fica num antigo arsenal dos Cavaleiros de São João.
  • Passeio pela Waterfront de Vittoriosa: A marina é muito bonita, com vista para Cospicua. Tem iates enormes e bares legais.
  • Fort St. Angelo: Forte histórico na ponta de Vittoriosa. Ele foi crucial na defesa de Malta durante o Grande Cerco de 1565. Oferece vistas fantásticas do porto e de Valletta.
Waterfront de Vittoriosa

Senglea (Isla)

Senglea (ou Isla) é a menor das Três Cidades. O melhor jeito de chegar lá é pegando um barco tradicional, o dgħajsa, para cruzar o canal entre a marina de Birgu até Isla. Outra opção é seguir de ônibus.

Uma vez em Senglea, faça um passeio pela bela marina, onde você a vista de Vittoriosa. De lá, caminhe até a ponta da península para visitar o Gardjola Gardens, jardins com esculturas do artista de mesmo nome. De lá, você tem vistas lindas de Valletta.

Passeio a Marsaxlokk e St. Peter’s Pool

Siga de carro ou ônibus para Marsaxlokk. Você também pode inverter seu roteiro e começar o dia por lá, e depois seguir para as Três Cidades. Foi o que eu fiz!

Marsaxlokk é uma vila de pescadores no sudeste de Malta, famosa por seu mercado de peixe e os barcos coloridos de pesca tradicionais conhecidos como “luzzus”.

Não tem muita coisa para fazer ali, além de passear pela orla e fotografar os barcos, ou fazer umas comprinhas no mercado local. Se visitar no domingo, o pequeno mercado aumenta muito em escala.

Após aproveitar uma horinha em Marsaxlokk, a sugestão é fazer um passeio pelos arredores, até a St. Peter’s Pool, uma piscina natural com águas cristalinas e as formações rochosas ao redor.

Os arredores, conhecidos como Península Delimara, contam com algumas trilhas bem bonitas, sendo um passeio bom tanto no verão quando no inverno.

Para chegar lá, o ideal é ir de carro. Não há opção de transporte público! Porém, dá para ir a pé – são só 2.5 km – mas fica o alerta que não é um caminho bonito até você chegar na costa.

O Que Fazer em Gozo e Comino

Comino e Gozo são a duas ilhas menores do arquipélago maltês, famosas pelas suas paisagens e águas azuis. Vale a pena começar o dia cedo para aproveitar bem.

Como viajei para Malta no inverno, não visitei essa região. Mas uma dica interessante que li em muitos lugares é fazer uma pernoite em Gozo se você for ficar mais tempo em Malta. Assim você consegue explorar a ilha com calma, e com menos movimento dos turistas que só passam o dia.

Como chegar nas Ilhas de Gozo e Comino?

A ferry direto para Gozo parte do porto de Cirkewwa, Malta (Gozo Ferry Boat Terminal) até Mgarr em Gozo. Sai a cada 45 minutos, incluindo a noite, mas é bem menos frequente no inverno. A passagem para adultos custa €4.65 (ida e volta). Para chegar em Cirkewwa você consegue ir de ônibus das principais cidades de Malta.

Também há um serviço de ferry direto de Valeta para Gozo, cujo preço varia de acordo com a estação, em média de €10 a €30 ida e volta.

A ferry que inclui parada em Comino, para depois seguir para Malta custa €12 ida e volta.

A maioria dos passeios para Comino, Blue Grotto e Gozo parte das principais áreas turísticas de Malta, como Sliema, St. Paul’s Bay, e Buġibba, por volta das 8h ou 9h da manhã. Comprando o passeio, você consegue otimizar seu dia e não precisa se preocupar com horários de ferries ou chegada e partida do porto.

Selecionamos os tours com melhores reviews, que custam a partir de €25 por pessoa, com todos os transportes incluídos:
De Buggiba: Comino, Blue Lagoon e Gozo – Cruzeiro de barco em 2 ilhas
De Buggiba: Excursão às Ilhas Gozo e Comino, Lagoa Azul e Seacaves
De Sliema: Cruzeiro de um dia por Gozo, Comino e a Lagoa Azul

Primeira Parada: Comino e Lagoa Azul (Blue Grotto)

A Lagoa Azul de Comino é famosa por suas águas turquesas bem clarinhas. Dá para nadar, fazer snorkel ou apenas aproveitar o cenário bebendo bons drinks.

Em Comino também dá para visitar a Crystal Lagoon (apenas nos meses de verão) e as cavernas marítimas – é preciso contratar um passeio de barco a parte se você for por conta própria (em geral os tours já tem incluído).

Não deixe de separar um tempinho para fazer uma caminhada pela ilha de Comino, que é pequena e praticamente desabitada. Ali você encontra algumas trilhas tranquilas com vista para o Mediterrâneo.

Segunda Parada: Ilha de Gozo

Siga de barco para Gozo. Uma vez lá, você terá algumas atrações para conhecer:

Victoria

Victoria, também conhecida como Rabat, é a capital não-oficial de Gozo. Bem no centro da cidade encontra-se uma antiga fortaleza, que é a principal atração da cidade.

A Citadela, que fica bem no alto de uma colina, oferece vistas panorâmicas para a ilha. Como você já deve imaginar, foi construída pelos Cavaleiros da Ordem de São João em 1599. Lá dentro você encontra vários museus e a Catedral de Santa Maria.

Não deixe de caminhar também pela cidade velha, com suas ruelas e becos, que ficam nos arredores da cidadela. Além disso, subida até a cidadela também é um passeio ótimo. A rua principal (Triq ir-Repubblika, tal como em Valletta), é bem charmosa, com várias lojas, palacetes, jardins e praças.

Outras atrações em Gozo

  • Templos de Ġgantija: um dos sítios arqueológicos mais importantes de Malta, datados de cerca de 3600 a 3200 a.C.
  • Baía de Dwejra: essa baía é lar do antigo local da Azure Window e do Inland Sea, um lago de água salgada conectado ao mar por uma abertura natural. A Azure Window despencou em 2017, mas a paisagem ainda é bem bonita.
  • Wied il-Mielaħ: uma espécie de substituta da Azure Window, devido a sua formação rochosa em forma de janela.
  • Baías e Praias: existem várias baías de água azul e águas cristalinas em Gozo. Escolha uma e aproveite!
Snorkeling em Gozo

No final da tarde, prepare-se para a viagem de volta a Ilha de Malta. Se você foi com um tour, a maioria deles retorna por volta das 16h ou 17h.

Hospedagem em Gozo

Se você passar a noite em Gozo, conseguirá aproveitar a ilha menos cheia de turistas que vão embora no fim do dia. A cidadela de Victoria fica bonita e tranquila com as luzes noturnas. E o melhor, os hotéis e pousadas em Gozo são bem mais em conta.

O que fazer em Mellieħa e a Vila do Popeye

Muita gente se pergunta onde fica a cidade do Popeye em Malta. A resposta é: em Mellieħa, no Norte da Ilha. Toda essa região também conta com as melhores praias de areia da ilha, boas opções de trilhas e algumas outras atrações históricas.

Visita a Popeye Village

A Vila do Popeye fica na Anchor Bay, a alguns minutos de distância do centro de Mellieħa. Este parque temático foi construído como o cenário para o filme musical de Popeye, de 1980.

A entrada para a Vila do Popeye custa €16 e vale a pena comprar com antecedência pela internet para evitar filas e garantir o acesso a entrada prioritária.

Na Popeye Village você encontra casinhas de madeira coloridas como numa vila de verdade, com personagens do filme passeando. E também tem várias atividades interativas, cinema e shows ao vivo que acontecem durante o dia.

O Popeye Village também conta com um parque aquático, com piscinas e praias abertas ao público já incluída no ingresso nos meses de verão.

Praias de Mellieħa

Essa região é famosa em Malta por suas praias. Listamos algumas das melhores:

  • Mellieħa Bay (Ghadira): longa faixa de areia com guarda-sóis, restaurantes e águas tranquilas.
  • Golden Bay: também conta com uma boa faixa de areia, mas é cercada de falésias, o que forma uma paisagem bem bonita.
  • Ras Il Wahx: praia de pedras, acessível apenas após uma trilha de nível médio.
  • Imġiebaħ Bay: praia numa reserva natural, para quem quer bastante tranquilidade. Não tem estrutura turística. Tem um pouco de faixa de areia e um pouco de pedras.
Golden Bay

Atrações Históricas de Mellieħa

  • Santuário de Nossa Senhora de Mellieħa: igreja de pedra construída no alto de uma colina.
  • Air Raid Shelter: Próximo ao santuário ficam os túneis escavados na rocha que eram os abrigos antiaéreos da Segunda Guerra Mundial.
  • Red Tower (Torre Vermelha): também conhecida como St. Agatha’s Tower, parece um cenário de Game of Thrones.

Passeio para a Blue Grotto e Templos Megalíticos (+ St. Paul’s Bay)

Para completar esse guia do que fazer em Malta, aqui está um passeio bastante popular na ilha, que concentra atrações históricas e belezas naturais da costa sul de Malta: as falésias de Wied iz-Zurrieq e a Gruta Azul (Blue Grotto). E os Templos Megalíticos de Ħaġar Qim e Mnajdra.

Os lugares estão próximos uns dos outros, facilitando combinar todos em um passeio só, seja por conta própria, seja num tour contratado. Por exemplo, um passeio com boas reviews e que já incluí todos os traslados e entradas nas atrações custa a partir de €32. O que é bem em conta, considerando o preço dos passeios individuais + transporte.

Wied iz-Zurrieq e Gruta Azul

Comece o dia cedo em Wied iz-Zurrieq. Esta área é o ponto de partida para os passeios de barco até a Gruta Azul. O mar geralmente é mais calmo pela manhã, o que é ideal para o passeio de barco.

Não deixe de fazer uma caminhada e aproveitar a vista da região, principalmente o Blue Wall and Grotto Viewpoint.

Depois, pegue um dos barcos que levam até a Gruta Azul. O bilhete custa em torno de €8. O passeio dura de 20 a 30 minutos, e entram nas cavernas marinhas, com o sol refletindo nas paredes da caverna e no azul do mar, criando os efeitos luminosos que são nome ao local.

Após o passeio, você pode fazer um piquenique na região.

Templos de Ħaġar Qim

Os templos ficam a uma curta distância de Wied iz-Zurrieq (1.5km). Dá para fazer o caminho a pé e aproveitar as vistas. Inclusive, toda essa região conta com trilhas bonitas.

Mas também tem uma opção de ônibus ou estrutura de estacionamento para quem vai de carro.

A entrada no Parque Arqueológico, que inclui os templos de Ħaġar Qim e de Mnajdra, custa €10 para adultos (com descontos para idosos, estudantes e crianças).

Antes de conhecer os templos, vá ao Centro de Visitantes. Assim, você vai entender melhor sobre a história dos templos e da vida pré-histórica em Malta, por meio de uma exposição interativa.

Hagar Qim, que data de aproximadamente 3600-3200 a.C., é um dos mais antigos complexos de templos de pedra livres no mundo, destacando-se por sua construção sofisticada e o uso de enormes megalitos.

Saiba mais: A pré-história e os monumentos megalíticos

Templos Mnajdra

O templo seguinte, Mnajdra, fica a apenas 500 metros de Ħaġar Qim, numa caminhada de 15 minutos muito bonita.

Mnajdra é um complexo de três templos neolíticos que datam de cerca de 3600 a 2500 a.C.

Esse sítio arqueológico provavelmente tinha funções relacionadas à astronomia. A entrada principal do templo inferior está alinhada com o equinócio da primavera e do outono, fazendo com que a luz do sol crie uma iluminação especial durante esses eventos.

St. Paul’s Bay

St. Paul’s Bay era uma vila de pescadores bem antiga, que perdeu um pouco a atmosfera tranquila com o turismo. Tem esse nome por conta do suposto naufrágio de São Paulo, quando viajava de Caesarea para Roma.

O que fazer por lá:

  • Caminhar na orla de St. Paul’s Bay: a promenade é cheia de barcos coloridos e tem vista bem bonita.
  • Torre Wignacourt: torre do século 17 construída como parte das fortificações costeiras de Malta.
  • Igreja de St. Paul’s Shipwreck: dedicada ao naufrágio de São Paulo.
  • Praias: A maioria das praias na região é de pedras. Procure por Xemxija (reserva natural), Bajja tax-Xama (pequena faixa de areia), Bajja ta’ l-Għażżenin (estrutura turística), Fekruna Beach (acessível após caminhada entre as falésias).

Onde se Hospedar em Malta

Escolher qual cidade se hospedar em Malta vai depender de alguns fatores. Por exemplo, se você, como eu, não for alugar um carro, recomendo fortemente que fique hospedado em Valletta.

É que qualquer ônibus que você pegar por ali sempre para em Valletta entre uma cidade e outra. Com isso, se você não estiver hospedado em Valletta, vai ter que acrescentar cerca de 1h para chegar no hotel – os ônibus param bastante e fazem trajetos mais longos, às vezes tem engarrafamento.

A hospedagem em Valletta é um pouco mais cara, mas além do charme da cidade, é a melhor opção em termos de ganho de tempo.

Dicas de hotéis em Valletta:

Orla da Marina de St. Julian’s

Como se locomover em Malta

Malta é um país inteiro numa ilha. Com isso, todas as atrações são mais ou menos próximas. Abaixo, explico como funciona o transporte público e o aluguel de carro.

Transporte Público

Malta tem um sistema de ônibus que cobre a ilha toda e funciona em diversos horários. De fato, tem ônibus para todos os lados, o único problema é que é um pouco lento e várias linhas fazem baldeação em Valeta.

O bilhete unitário custa de €2.50 a €3, dependendo do serviço. O bilhete dura por duas horas e pode ser comprado direto com o motorista ou usando cartão contactless.

Também dá para comprar um pacote de 24h por €6 ou um de 4 dias por €21. Ambos pacotes incluem todos os ônibus, inclusive os serviços expressos e noturnos.

Para quem pretende ir a Gozo, a melhor opção é o pacote de 6 dias de viagem ilimitada, que inclui não só todas as rotas de ônibus em Malta, como também as de Gozo. E a Ferry entre as ilhas!

Aluguel de Carro

Depois de ter a experiência com viajar em Malta de transporte público, eu alugaria um carro numa próxima viagem. Não é absolutamente necessário, mas você ganha tempo de viagem e consegue acessar praias e passeios mais remotos.

Espere pagar entre €15 a €30 euros na diária, dependendo da época do ano. Recomendo que você faça a comparação entre diferentes locadoras na Rentcars – assim você pode garantir valores abaixo dos oferecidos no balcão.

Claro, tem os custos extras. Seguro, combustível, estacionamento (essencial pegar um hotel que tenha onde estacionar). A boa notícia é que não tem pedágio por lá. Leia esse texto para mais dicas sobre como alugar carro na Europa e não cair em pegadinhas.

Ah, importante lembrar: em Malta dirige-se na mão inglesa.

Tours e passeios

A opção que fica entre o aluguel de carro e o transporte público é contratar tours e passeios que te levem a lugares específicos e te deixem de volta no seu hotel.

Ao longo do texto, indicamos passeios para vários lugares. Lembre-se, quanto mais cidades e atrações você quiser ver no mesmo dia, melhor é contratar um tour que faça as atividades.

Táxis e ubers

Malta tem táxis e ubers disponíveis amplamente. Foi o que utilizamos para ir do aeroporto para nosso hotel.

Roteiro Sicília e Malta

Dada a proximidade, você consegue montar um roteiro de viagem entre Malta e a Sicília de 7 a 15 dias. Veja abaixo as dicas de viagem para Itália e Sicília:

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Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

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Luiza Antunes

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