Em dúvida sobre o que fazer em Olinda? Neste post, preparamos um roteiro de um dia na cidade histórica pernambucana, em um bate-volta super fácil de Recife.
Você vai conferir também dicas de onde comer em Olinda, onde ficar por lá e como aproveitar o carnaval na cidade.
Olinda encanta até pelo nome. É só eu imaginar um pernambucano recitando o nome da cidade com aquele sotaque cantado. A cidade histórica a beira-mar foi fundada em 1535 pelos portugueses, incendiada duas vezes pelos holandeses e por anos disputou com Recife o título de capital de Pernambuco.
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O centro histórico de Olinda é Patrimônio Mundial pela UNESCO. A cidade fica tão próxima a Recife que basta percorrer sete quilômetros para ir de uma a outra. A forma mais fácil é com carro ou de táxi/uber.
Para usar o transporte público, basta pegar as as linhas 42 e 910. Você pode consultar os horários dos ônibus no site da Grande Recife.
Outra opção bem prática e confortável é contratar um transfer privado com motorista (a partir de 130 reais) ou um city tour por Recife e Olinda (a partir de 90 reais, com almoço). Outro passeio para quem tem pouco tempo é essa excursão guiada por Olinda e o Instituto Ricardo Brennand (a partir de 200 reais).
Eu recomendo, aliás, evitar dirigir em Olinda. Apesar do calor e das assustadoras ladeiras, transitar de carro pelas ruas do centro histórico é um verdadeiro sufoco, ainda mais se você for nos meses de janeiro, fevereiro e março, quando os ensaios de carnaval tomam todas as esquinas.
Como acontece em muitas cidades históricas por aí, a atração mais legal de Olinda, acredito eu, é Olinda em si: andar ladeira abaixo e ladeira acima, ver e fotografar as casas coloridas, entrar nos ateliês de arte, sentar-se num bar e tomar uma ao som do frevo.
Curti especialmente as ruas Prudente de Morais, São Bento e do Amparo, que concentram alguns dos principais estabelecimentos da cidade.
Como o centro histórico não é muito grande, é possível visitar quase tudo em apenas um dia. Comece a percorrendo as ruas coloridas em busca dos pontos de referência da cidade.
Ao todo, são 19 igrejas e capelas em Olinda. As que visitei, a Igreja do Carmo e o Mosteiro de São Bento, eram bem mais bonitas por fora do que por dentro.
Os anos não foram exatamente gentis e o processo de restauração dessas obras dos séculos 16 e 17 não conseguiu manter bem as características originais.
Já a Igreja da Sé fica num dos pontos mais altos da cidade e dali se vê boa parte de Olinda, o mar azul e parte de Recife.
Para uma vista ainda mais ampla, basta subir o Elevador Panorâmico e Mirante da Caixa d’Água.
Ali no Alto da Sé também ficam várias barraquinhas de comidas típicas e um mercado de artesanato.
À noite, as tradicionais tapioqueiras de Olinda montam suas barracas de tapioca de sabores diversos e recheios generosos. O prato é tão tradicional na cidade que ganhou o título de patrimônio imaterial do município.
Há dois mercados na cidade, o Mercado Eufrásio Barbosa (Av. Joaquim Nabuco, s/n), construído no local de uma antiga fábrica, com espaço para exposições e apresentações folclóricas.
E o Mercado da Ribeira (Rua Bernardo Vieira de Melo, s/n), construído no final do século 17, típico do Brasil colonial. Há um grande pátio, diversas lojinhas e oficinas de arte em volta.
Se sobrar tempo, há quatro museus em Olinda, com exibições artísticas e históricas da cidade:
Abaixo, listamos restaurantes tradicionais, boteco e comida de rua, ou seja, tem opções de onde comer em Olinda para todos os perfis. Se estiver só fazendo um bate-volta de Recife, também temos dicas de restaurantes por lá.
Se você quiser dicas de onde beber por lá, veja aqui todas as dicas de bares em Olinda.
O tradicional Oficina do Sabor é considerado um dos melhores restaurantes do estado é frequentado pelas personalidades locais. O ambiente é lindo, os preços são um pouco salgados, uma média de R$ 90 por prato (que dá para dividir para duas ou três pessoas).
Comemos a abóbora (jerimum) recheada e uma caldeirada de peixes e camarões. É um excelente restaurante, mas se você estiver com um orçamento apertado, não é a melhor das opções.
De sobremesa, não deixe de pedir a famosa Cartola, feita de banana, queijo, manteiga, canela e açúcar.
Localizado dentro do centro de fomento à economia criativa Casa Criatura (R. do Amparo, 83 – Amparo, Olinda), o Boteco Lagostinho serve pratos diversos da culinária pernambucana, com destaque para os frutos do mar – o nome lagostinho não é à toa!
O ambiente é agradável e o local tem opções veganas.
Em meio à feira de artesanato do Alto da Sé, as tradicionais tapioqueiras de Olinda servem seus lanches quentinhos e muito bem recheados todos os dias, sempre no finzinho da tarde.
A mais tradicional é a recheada com coco, mas há recheios diversos, doces e salgados.
Localizada dentro de uma bonita casa histórica no bairro do Carmo, a pizzaria Donna Massa é especializada em massas finas e crocantes, além de opções de saladas e pastas.
Os sabores vão da tradicional marguerita a outros mais incrementados, com salmão defumado e cream cheese. (R. de São Bento, 274 – Carmo)
O carnaval de Olinda é um dos mais famosos do Brasil e, ao contrário do de Salvador, é bem mais democrático, com muitas atrações gratuitas e movimentação pelas ladeiras estreitas da cidade.
Mas como uma semana é pouco tempo de festa, os ensaios de carnaval e blocos pré e pós carnaval rolam com bastante frequência, a partir de janeiro.
Temos um guia completo sobre como aproveitar o carnaval de Olinda e Recife, escrito por uma legítima pernambucana. Se você tem interesse em conhecer a festa, não deixe de ler!
Ainda, há o site oficial do carnaval na cidade e um site que atualiza a programação de carnaval para o próximo ano.
Depois de ler sobre o que fazer em Olinda, talvez você decida ficar mais tempo na cidade, seja para o Carnaval, seja só para aproveitar com calma o charme dessa cidade colorida.
Se você quiser um guia de hospedagem mais detalhado, leis os posts onde ficar no Recife e também Onde ficar em Olinda, que têm todas as dicas para as duas cidades.
Mas listo agora para vocês também algumas boas ideias de hotéis em Olinda para todos os bolsos:
Olinda é considerada uma das cidades mais antigas do Brasil, tendo sido fundada em 1535 e tombada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Entre os século 16 e 17, era a cidade mais rica do Brasil colônia, até que a invasão holandesa em 1630, fez com que a cidade fosse incendiada, em prol da preferência dos holandeses por Recife.
Após a invasão, Olinda ainda se manteve como a capital de Pernambuco, mas sem a mesma importância de outrora, até 1827.
Com toda essa história, Olinda manteve o traçado urbano colonial e vários prédios em estilo barroco, apesar de boa parte ter sido destruída no incêndio. Na visão de um turista, Olinda cumpre bem o imaginário que propõe: uma cidade com casarões e casinhas coloridas históricas, ladeiras, muito frevo e maracatu.
Por outro, um lado não tão charmoso: nem tudo está bem restaurado, algumas partes da cidade são bem sujas e mal cuidadas.
Tenha isso em conta para não sofrer com expectativas irreais. Olinda é linda, mas pode decepcionar se você busca uma cidade cenográfica. Sabendo o que vai encontrar, até mesmo sua bagunça é encantadora.
De fato, poderia haver mais cuidado com o patrimônio histórico, mas vi mais charme e autenticidade do que descaso. A impressão que eu tive é que vale a pena fazer bem mais que um bate-volta até lá, para aproveitar melhor o carnaval, musicalidade e a cultura local.
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Amei Olinda, mas o que realmente levarei desta cidade é a tapioca da vovó! Inesquecível!!!!
Não deixem de experimentar, fica quase em frente a igreja no alto da sé.
Preço super justo, lugar agradável e a tapioca inesquecível.
Quero voltar com certeza.
que delícia! Fiquei com vontade
muito bom, essa cidade é linda.