Neste texto você encontra um roteiro completo de o que fazer em Oslo em 2 ou 3 dias, com todas as dicas das principais pontos turísticos da capital da Noruega, sugestões de onde comer, onde se hospedar, como se locomover e muito mais.
Também listamos algumas ideias para quem visita Oslo por mais tempo e quer saber o que ver por lá no Inverno ou no Verão.
Não se assuste com o número de atrações nesta lista. Oslo é uma cidade pequena e plana. A grande maioria das atrações está a uma distância confortável a pé ou uma curta corrida de ônibus.
Em vez de simplesmente fazer uma listona com os principais pontos turísticos de Oslo, dividi as atrações da capital norueguesa por região, o que facilita para você montar seu roteiro.
Mas não se preocupe, porque no próximo tópico eu já deixei o roteiro pronto para quem visita Oslo por 2 ou 3 dias, e dou dicas extras para quem tem mais tempo na cidade.
Se você pretende entrar em várias das atrações pagas desta lista (todos os museus e passeios), pode ser que valha a pena comprar o Oslo Pass, que inclui não só a entrada nos principais pontos turísticos de Oslo, mas também desconto em restaurantes e passeios privados. Custa a partir de 44 euros.
Nesse tópico, você encontra um roteiro detalhado do que fazer em Oslo por 1, 2 ou 3 dias. Os passeios foram organizados por proximidade dos pontos turísticos, mas fique à vontade para trocar a ordem das atrações caso faça questão de visitar um lugar ao invés do outro.
Se você tem mais tempo, veja logo abaixo as dicas extras para viagens para Oslo no Inverno ou no Verão.
Para quem tem pouco tempo em Oslo, eu sugiro contratar algum tour que leve pelas principais atrações da cidade, como por exemplo esse passeio de bicicleta de 3 horas ou esse City tour Guiado + cruzeiro pelo fiorde.
Ainda, tem a opção de fazer um Free Walking Tour em Oslo, que você só precisa dar uma gorjeta no final para o guia, se gostar do passeio.
Dia 1 – O que visitar em Oslo no Centro
Para o primeiro dia em Oslo, concentrei todas as principais atrações da região central da cidade. Para quem só tem um dia ali, esse é o roteiro ideal.
Karl Johans Gate
Comece seu passeio em Oslo na Karl Johans Gate, a principal rua de Oslo, que vai da Estação de Trem até o Palácio Real.
O nome é em homenagem a Karl Johan, o rei que uniu Noruega e Suécia. A avenida é ladeada por prédios históricos, incluindo o Teatro Nacional e a Universidade de Oslo. Além de ser um ponto de encontro com as principais lojas da cidade reunidas ali.
Catedral de Oslo (Oslo Domkirke)
Originalmente construída em 1697, a Catedral de Oslo é bonita por dentro e por fora. Não deixe de passear pelos jardins nos fundos da igreja, antes de entrar no templo.
Com arquitetura barroca, o interior da catedral tem um altar muito bonito e diferente de madeira entalhada, e tetos pintados bem coloridos que narram passagens bíblicas.
A entrada é gratuita.
Parlamento Norueguês (Stortinget)
O Parlamento Norueguês, Storting, é um prédio 1866, bastante bonito, apesar da entrada não ser aberta a visitantes.
A praça logo em frente ao parlamento é um ponto de encontro popular e sede de eventos. Durante a minha viagem, estava rolando ali a Feira de Natal de Oslo.
Palácio Real de Oslo (Det kongelige slott)
Seguindo até o final da praça e continuando a Karl Johans Gate você chega à entrada do Palácio Real de Oslo.
Para quem não sabe, a Noruega é uma monarquia constitucional. O Palácio foi construído no início do século 18 como a residência norueguesa do rei Carlos III João da Suécia e Noruega – que tem sua estátua bem na entrada.
A família real vive no palácio até hoje. Logo, as visitas são limitadas aos meses de verão (Junho a Agosto). Porém, os grandes jardins ao entorno do palácio são abertos à visitação gratuita.
Prefeitura de Oslo (Rådhuset)
A Prefeitura de Oslo (Rådhuset), à primeira vista, parece um prédio saído de um filme distópico. É que o estilo arquitetônico do prédio é funcionalista, bem comum na Escandinávia nos anos de 1930 e o mesmo bastante usado em construções Soviéticas.
O City Hall de Oslo começou a ser construído em 1931, para comemorar o 900º aniversário de Oslo, mas só foi concluído em 1950, após uma pausa durante a Segundo Guerra.
Dentro do prédio ficam os Murais de Oslo, que retratam a história e a cultura norueguesas. O Prêmio Nobel da Paz é anualmente entregue nesse prédio.
A entrada no City Hall é gratuita, com horários entre as 9h e as 16h. Porém, também é possível fazer tours guiados que explicam melhor a história do prédio.
Fortaleza de Akershus (Akershus festning)
Datada do final do século 13, esta fortaleza foi construída pelo rei Håkon V para proteger Oslo de invasões. O rei Christian IV (1588-1648), o mesmo que deu seu nome à cidade – Cristiânia – por algum séculos, modernizou a fortaleza para o gosto de um palácio renascentista.
Com o passar dos séculos, serviu como prisão e agora abriga museus militares. Suas muralhas de pedra oferecem vistas panorâmicas da cidade e do fiorde.
A entrada é gratuita em toda a parte externa da Fortaleza, mas lá dentro ficam vários museus, incluindo um museu militar, e a visita ao palácio histórico, ambos com entrada paga.
Observatório da Ópera de Oslo (Operataket) e região
Um dos cartões-postais da cidade, a Ópera de Oslo foi inaugurada em 2008. O prédio é considerado uma joia arquitetônica, desenhado para se assemelhar a um iceberg flutuando no fiorde.
Seu terraço inclinado de mármore branco é aberto ao público, com vistas bonitas da cidade e do porto.
Também recomendo dar uma caminhada nos arredores da Ópera, onde fica um calçadão à beira-mar, com direito a saunas flutuantes, terminal de passeios de barco e bares. Destaque para o SALT Langhuset, uma enorme estrutura de bar, food trucks, shows e saunas.
Passeio de Barco pelo Fiorde de Oslo
Os fjords, ou fiordes, são uma característica icônica da paisagem norueguesa. Basicamente, tem esse nome toda entrada de mar entre altas montanhas, uma formação geográfica causada pela erosão do gelo de um antigo glaciar (massa de gelo espessa formada ao longo de várias eras).
A costa da Noruega é praticamente toda formada de fiordes e Oslo tem também um fiorde para chamar de seu, o Oslo Fjord.
Existem várias opções para fazer passeios de barco pela costa de Oslo e ver o fiorde em todo seu esplendor.
Se você for no verão, consegue usar as ferries públicas para explorar as ilhas do fiorde (falo mais disso no tópico sobre as estações do ano). Ou pode também preferir pegar um navio veleiro mais aberto e explorar a região à moda antiga.
Outra opção mais confortável é pegar um dos vários passeios de barco disponíveis. Listei abaixo passeios de barco pelo Oslo Fjord com melhores reviews e bom custo/benefício:
Sauna em Oslo
A sauna é uma parte integral da cultura nórdica, entendida como um espaço para purificação física e mental. Oslo conta várias saunas públicas, e algumas das quais flutuam no fiorde, combinando a experiência da sauna com vistas espetaculares da cidade e das águas ao redor.
É necessário reservar a experiência com antecedência. Veja aqui como comprar o ingresso para uma sauna flutuante self-service (€24)
Museus para Visitar
Tem quatro museus / centros de exposições muito legais nessa região central da cidade, o Centro Nobel da Paz, o Museu Nacional e o Museu Munch, além do prédio da Biblioteca Pública.
Porém devido ao tempo, recomendo deixar a visita deles para o terceiro dia. Falo mais sobre cada um deles nesse tópico..
Dia 2 – Museus e bairro alternativo em Oslo
Para o segundo dia, você vai visitar em Oslo alguns dos museus mais interessantes que ficam na ilha de Bygdøy, e o bairro alternativo mais animado da cidade, Grünerløkka.
Para chegar em Bygdøy, você consegue ir de ferry ou de ônibus comum da cidade.
Infelizmente, uma das principais atrações de Bygdøy é o Museu do Barco Viking, que está em processo de reconstrução – irá se tornar o Museu da Era Viking, com a abertura prevista para 2027. Parte da exposição do antigo museu está agora no pequeno Museu Histórico da Universidade de Oslo. Eu visitei o local e achei a exposição bem limitada.
Museu Folclórico da Noruega
Se tem um passeio que eu considero imperdível em Oslo, é a visita ao Museu Folclórico da Noruega. Mesmo que você torça nariz só de ouvir falar em museus, saiba que esse lugar é diferente.
Trata-se de um museu a céu aberto, com a reconstrução de 160 prédios coletados pelo rei da Noruega, de diferentes regiões e épocas, mostrando como as pessoas viviam.
Tem cabanas, fazendas histórias, prédios vikings da Idade Média e, até a reconstrução de Crisitiânia, o antigo nome de Oslo até o início do século 20. O maior destaque é a Stavkirke de Gol, uma igreja de madeira do século 13.
Museu Fram e/ou Museu Kon-Tiki
Se você estiver com tempo, ou quiser fugir do mau tempo, a ilha de Bygdøy conta com outros museus. Dois deles me parecem mais interessantes: o Museu Fram e o Museu Kon-Tiki.
O Museu Fram também é conhecido como Museu da Exploração Polar, que tem um navio inteiro para visitar. Mais especificamente, Fram, o navio polar mais forte já construído e que foi usado em expedições pelo Ártico e Antártida. Você pode entrar no navio e descobrir como era a vida dos exploradores em condições extremas.
O Museu Kon-Tiki também é focado em explorações marítimas, mas de um tipo completamente diferente. Ele conta a história das expedições de Thor Heyerdahl em jangadas de madeira, indo da Noruega a locais como a Ilha de Páscoa – sim, nesse tipo de embarcação.
Prefere algo ao ar livre? O A ilha de Bygdøy tem várias praias e parques no Oslo Fjord. Huk e Paradisbukta são praias populares com vistas bonita e águas geladas, se você for corajosa o suficiente para enfrentar o frio, mesmo no verão.
Passeio pelo Bairro Grünerløkka
Terminando o passeio em Bygdøy, pegue um ônibus de volta para o centro de Oslo. Pegando o ônibus 30, você pode descer no ponto Sofienbergparken.
Assim você chegará em Grünerløkka, o bairro hipster e artístico de Oslo, cheio de lojas independentes, brechós, galerias de arte, cafés e bares.
As duas principais ruas do bairro para explorar são a Markveien e a Thorvald Meyers Gate. Entre elas, você também encontra duas praças, onde acontecem mercados de pulgas no final de semana.
Entre as opções de comida, vale a pena experimentar os tradicionais waffles noruegueses no café descolado Haralds Vaffel.
Também não deixe de explorar um pouco da beira do rio Akerselva, com suas pequenas cascatas e pontes. Por ali, o mercado Matahallen e o centro cultural BLÅ são bem legais.
Matahallen é um mercado gastronômico que oferece uma variedade de comidas e bebidas locais e internacionais. É uma boa opção para jantar ou uma cerveja no fim da tarde.
Casinhas Coloridas das ruas Damstredet & Telthusbakken
Essas são duas ruas com casinhas coloridas históricas dos séculos 17 e 18. É um bom lugar para tirar fotos entre as construções de madeira e jardins.
Dia 3 – Parques e Bairros de Oslo
Para o terceiro dia, nossa sugestão de o que fazer em Oslo é explorar a elegância da região de Oeste, conhecer o parque de esculturas mais estranho do mundo, sentir a brisa do fjord e, quem sabe, curtir uma sauna.
Passeio pelos Bairros de Frogner e Majorstua
A região Oeste de Oslo conta com seus bairros mais elegantes, e que são, por si só, um belo passeio para quem gosta de andar por ruas de cidades estrangeiras e ver casas bonitas.
Nesses bairros você vai ver avenidas largas, prédios elegantes, mansões charmosas e prédios de embaixadas imponentes. Além de várias lojas – de marcas independentes a designers – e muitos cafés.
Parque de Esculturas Vigeland no Frogner Park
O Parque de Esculturas Vigeland é o legado de Gustav Vigeland, com mais de 200 esculturas que ele doou à cidade de Oslo (em troca de um apartamento de luxo no parque!). Nós contamos mais sobre a história do artista na nossa newsletter quinzenal. Leia aqui!
A obra mais icônica é o Monolito, uma coluna esculpida em uma única peça de granito com 121 figuras humanas entrelaçadas, alcançando quase 14 metros de altura. Mas você já deve ter visto também a escultura de um bebê raivoso ou de um homem atacado por bebês circulando pela internet.
Não tem muitas explicações sobre as esculturas – Vigeland mal as nomeava – mas a explicação geral é que elas representam a vida humana desde o nascimento até a morte, destacando temas universais de relacionamentos, amor, vida e morte.
Se você gosta muito de arte, recomendo fazer um tour com guia pelo parque. Será bem mais fácil de entender as obras dessa forma.
Museus no Frogner Park
Além de dar um passeio pelo agradável Frogner Park, também tem dois museus localizados dentro do parque, que até o final do século 19 era o terreno de uma mansão.
Museus na região central da cidade
Terminado o passeio em Frogner, é hora de voltar para a região central da cidade e explorar alguns dos museus e centros de exposição que não couberam no primeiro dia.
É possível visitar um só, ou os quatro, dependendo do seu ritmo de viagem.
Em geral, é caro comer em Oslo. A média de preços de refeições em restaurantes fica em torno de 25 a 35 euros (290 a 400 nok).
Ah, tenha em mente que bebidas na Noruega são ainda mais caras, por conta dos impostos locais. Espere pagar o equivalente a 50 reais pela opção mais barata de cerveja – e muito mais no caso de vinho ou destilados.
Quer saber mais sobre quanto custa viajar para Oslo? Veja nosso reels!
Por isso, nós acabamos indo comer nos Food Markets, que funcionam como grandes praças de alimentação descoladas, com opções de comida mais em conta, entre 12 a 18 euros (140 a 210 nok).
Abaixo listamos os lugares em que jantamos dentro dessa faixa de preço, incluíndo um restaurante japonês bem pequenininho, onde comemos salmão (espero que norueguês! haha).
Agora, se você quiser economizar na alimentação, a melhor dica é procurar os mercadinhos Narvensen ou Deli de Luca. Ali você encontra boas opções de comida econômica, leia-se sanduíches, lanchinhos, pizza e cachorro quente (tradicional!). Nós tomamos café da manhã e almoçamos nesses locais todos os dias da viagem.
O Seguro de Viagem é obrigatório para viajar para Noruega, que não faz parte da União Européia, mas é sim signatária do Tratado de Schengen, que obriga viajantes brasileiros a terem seguro.
Além disso, uma conta de hospital (ou só repor uma mala perdida) em coroas norueguesas é algo capaz de estourar qualquer orçamento.
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E o melhor? Independente da sua escolha, nossos leitores tem até 20% de desconto usando o cupom 350meridianos05 a partir desse link.
Se você tem mais dias em Oslo e quer saber quais atividades especiais pode fazer na cidade durante o inverno cinza e nevado ou o verão onde o sol praticamente não se põe, anota aí as dicas.
Como é Oslo no Inverno
O inverno em Oslo começa oficialmente em Dezembro, mas a partir de Novembro já é bem frio e começa a nevar. O sol nasce a partir das 9h / 10h e se põe por volta das 15h/16h. O clima frio assim vai durar até Março oficialmente, mas é possível que até meados de Abril os dias ainda estejam cinzas e gelados.
Eu visitei a cidade no início de Novembro e peguei temperaturas por volta de -3º. Tinha nevado na semana anterior e chegado à -8º. No alto do inverno, a média fica entre -5º e -25º.
Ah, nada de criar expectativa de ver a aurora boreal em Oslo. Para isso você precisa ir mais para o norte da Noruega, na região de Tromso.
Se você puder, recomendo que fique hospedado na região central de Oslo, o que facilitará muito a locomoção pra todos os outros pontos da cidade.
Nós ficamos hospedados no econômico (e confortável) City Box (3 estrelas, nota 8.1 – €€), uma mistura de hotel tradicional, com quartos típicos de um 3 estrelas + hostel, com uma ampla área comum e até cozinha disponível. E o melhor, as diárias a partir de 965 NOK (ou 80 euros).
Outras opções de hospedagem bem-localizada em Oslo:
Como expliquei no começo, Oslo é uma cidade bastante plana e relativamente pequena. Logo, a melhor forma de se locomover por lá é a pé ou de bicicleta.
Porém, o sistema de transporte público também é completo e fácil de usar, então seguem as dicas.
É sim uma boa ida conhecer as três capitais da Escandinávia numa mesma viagem. Eu montaria um roteiro de 10 dias com:
O dia “extra” nesse roteiro é para você considerar com o dia de chegada e partida, não um dia de passeios.
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