Casarões coloniais dividem espaço com palmeiras, natureza e o mar. Neste texto falaremos sobre o que fazer em Paraty, a encantadora cidade histórica localizada no Rio de Janeiro, mas pertinho da divisa com São Paulo. Veja os melhores roteiros pela cidade, além de dicas básicas de viagem, como onde ficar e quando viajar para lá.
De porto mais importante do país ao abandono, Paraty nasceu durante o ciclo da cana de açúcar e teve seu apogeu no ciclo do ouro, quando era a última parada da Estrada Real. Mas foi só a riqueza acabar para a cidade cair no esquecimento, até ser redescoberta pelo turismo, já no século 20.
E se hoje a cidadezinha tem muito a oferecer, temos que agradecer aos anos que passou no abando: o tempo de ostracismo ajudou a manter preservado um dos centros históricos mais charmosos do Brasil. Ruas de pedras, igrejas, casarões coloniais, tudo cercado pelas montanhas da Serra do Mar e de frente para o azul do Oceano Atlântico. E o mar também guarda seus segredos: são pelo menos 60 ilhas e cerca de 100 de praias.
Veja também: Onde ficar em Paraty, dicas de hotéis e pousadas
A altíssima temporada é durante a FLIP, a Festa Literária de Paraty, que costuma ser realizada em julho. Nessa época os hotéis aumentam os preços, a cidade lota e até os passeios ficam mais caros – lembre-se de reservar sua hospedagem com bastante antecedência.
Além disso, destacam-se no calendário da cidade os feriados religiosos, como a Páscoa e Corpus Christi, por conta das muitas festas tradicionais, algo que também é comum em outras cidades históricas. E, claro, há o verão. Eu estive em Paraty em dezembro, poucos dias antes do Réveillon, e encontrei uma cidade lotada, hotéis com diárias mais caras e tudo aquilo que é típico da alta temporada, seja de bom ou ruim. Sobre o clima, a época das chuvas vai de dezembro a abril, enquanto a seca costuma ser entre junho e setembro.
Quase todo mundo vai pela estrada e os dois aeroportos comerciais mais próximos estão em São Paulo e no Rio de Janeiro. A capital paulista está a cerca de 300 km de Paraty, enquanto o Rio está a 250 km. Eu aluguei um carro em São Paulo e fui dirigindo até Paraty, primeiro pela Dutra (BR-116), mas pegando a BR-459 um pouco depois de Aparecida. De lá, depois de alguns dias na cidade, o roteiro seguiu pelo litoral até o Rio de Janeiro, pela BR-101, passando por Angra dos Reis.
Embora você não precise estar de carro para circular pelo centro histórico de Paraty – na realidade, quase todas as vias do centro são apenas para pedestres -, o veículo ajuda muito no deslocamento para as praias que ficam mais afastadas, tanto em distritos de Paraty como em municípios vizinhos, como Angra dos Reis e Ubatuba.
Dica: Se resolver alugar um carro, não deixe de ler o texto em que explicamos como fazer isso garantindo o melhor custo/benefício. Também há ônibus diários (e em vários horários) entre Paraty e São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades da região. A viagem dura em torno de cinco horas.
A resposta é simples e só tem a mais complicada das exceções: só não fique no centro histórico se você não tiver como pagar as diárias cobradas pelos hotéis da região. Se não for o seu caso, vale investir um pouco a mais para acordar no coração de Paraty e não precisar de carro para circular pela cidade.
Nessa região, a Pousada do Sandi é uma das mais bem avaliadas, assim como a Pousada da Marquesa. O Paraty Adventure Bed & Breakfast e a Pousada Jardim dos Oliveiras são outras opções com bom custo/benefício.
Se você preferir, também pode buscar por apartamentos ou quartos inteiros pelo Airbnb.
Isso varia muito. Depende do seu estilo de viagem, da época do ano, dos restaurantes onde você escolher comer, dos passeios que pretende fazer e do hotel, pousada ou hostel em que você se hospedar. O que posso fazer é te dar o meu orçamento, num Réveillon, para te ajudar a entender a questão: fiquei numa pousada fora do centro histórico e com diárias por R$ 350 para duas pessoas. Com isso, gastei com táxi, cerca de R$ 40, toda noite, para jantar no centro histórico.
O passeio de barco custa entre R$ 60 e R$ 80. Caminhar pelo centro histórico – talvez a melhor atração de Paraty – é de graça, mas os restaurantes podem ser caros. Espere gastar entre R$ 40 e R$ 60 numa refeição num bom restaurante, mas dá para comer com bem menos e até com bem mais, assim como ocorre em qualquer cidade.
Esse é, sem dúvidas, o principal motivo da sua viagem, não é mesmo? O centro histórico de Paraty pode não ser imponente como o de Ouro Preto, mas ganha pontos por conta da proximidade com o mar, que vez por outra invade as ruas de pedra, na maré cheia. Por falar em invasões, vários fortes foram construídos ao redor de Paraty, que era uma localização estratégica para a Coroa Portuguesa.
As defesas da cidade foram pensadas de forma a proteger não só contra o ataque de outros impérios, mas também de piratas – o lendário Thomas Cavendish participou de vários saques nessa região do país. Em todo caso, as fortificações funcionaram e Paraty nunca foi invadida. Hoje é possível visitar o Forte Defensor Perpétuo, erguido a partir de 1703.
São 31 quarteirões de uma cidade planejada. Para quem tem interesse em observar de perto a arquitetura colonial, vale a pena visitar o Sobrado dos Bonecos, construído em meados do século 19, na Rua do Comércio; a Casa da Cultura, de 1754, que fica na esquina das ruas Samuel Costa e Dona Geralda; o Sobrado dos Abacaxis, que tem a fachada decorada com esculturas da fruta; e o Sobrado do Príncipe, na Rua Fresca, que pertenceu à Família Real.
Existem quatro igrejas em Paraty, todas do período colonial: a Igreja da Matriz, que é a maior, a Igreja da Santa Rita, a mais antiga, a Igreja de Nossa Senhora das Dores, feita para a aristocracia, e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, construída para os escravos.
Se você quiser conhecer um pouco mais da história de Paraty, uma opção é fazer um tour gratuito (gorjetas são bem-vindas e esperadas). O Free Walking Tour ocorre todos os dias, exceto quartas-feiras. As saídas são às 10h30 e às 17h, sempre da Praça da Matriz. Não é necessário agendar.
Se quiser algo mais especial, o Airbnb oferece uma experiência super legal na qual você conhece o centro da cidade através da história e da gastronomia, visitando os mercados da cidade e os produtores locais. Dá pra agendar por aqui.
São pelo menos 60 ilhas, número que faz do passeio de barco a outra grande atração de Paraty. Existem dois tipos. Os mais baratos são os de escuna, feitos em grupos maiores, de centenas de pessoas, com duração de cinco horas e três ou quatro paradas para banho e snorkeling. Eu fiz e recomendo – espere gastar entre R$ 60 e R$ 80, sem almoço incluído
Também há os passeios particulares. É possível alugar um barco para grupos de até 10 pessoas. Sai um pouco mais caro, mas pode valer a pena. Aqui você pode reservar o passeio privado com antecedência por a partir de R$ 130 por pessoa.
Também dá para dormir nas embarcações. Embora seja uma experiência incrível, vale dizer que há alguns anos houve casos de assaltos a turistas em iates – infelizmente esses piratas Paraty não conseguiu evitar.
Veja também:
• Passeios de escuna e lanchas em Paraty
As melhores opções estão ou nas ilhas ou na região ao redor, envolvendo pegar a estrada ou um barco. Trindade, distrito a pouco mais de 20 quilômetros do centro de Paraty, é o mais buscado por quem vai por terra, com destaque para a Praia do Cachadaço e sua piscina natural.
As praias Brava, Cepilho, Rancho, Meio e Figueiras também ficam em Trindade. A cachoeira mais famosa na região é da Pedra do Engole. Já quem não quer sair de Paraty pode conhecer as praias do Jabaquara e do Pontal, que ficam próximas ao centro histórico e atendem bem às famílias.
Como era Réveillon, optamos por seguir sentido Rio e paramos nas praias que existem entre Angra e Paraty: Praia Grande, Prainha e Praia de São Gonçalo. Todas elas ficam na beira da estrada – placas indicam os estacionamentos, que em geral são pagos.
E há, claro, as praias das ilhas, que só podem ser visitadas de barco. O Saco do Mamanguá, um local em que o mar entra no continente e que é chamado por muitos de fiorde brasileiro, é outro ponto muito visitado pelas embarcações. Dá para contratar o passeio completo com antecedência, com guia e tudo, por aqui.
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Olá Rafael, tudo bom?
Aqui é a Luana, fundadora da Free Walker, empresa que promove os Free Tours em Paraty! Muito obrigada pelo carinho e por escrever do nosso passeio!
Rafael, recentemente mudamos o nosso site e o atual link do post não está funcionando. Será que você pode atualizar com o link correto? Acredito que vai garantir uma experiência melhor para quem efetuar a leitura do post também
http://www.freewalkertours.com
Oi, Luana.
Claro, vou corrigir agora mesmo!
Abraço
Olá Rafael, tudo bom?
Aqui é a Luana, fundadora da Free Walker, empresa que promove os Free Tours em Paraty! Muito obrigada pelo carinho e por escrever do nosso passeio!
Rafael, recentemente mudamos o nosso site e o atual link do post não está funcionando. Será que você pode atualizar com o link correto? Acredito que vai garantir uma experiência melhor para quem efetuar a leitura do post também
https://www.360meridianos.com/dica/o-que-fazer-em-paraty