Quito é uma das queridinhas das capitais latino-americanas. Talvez seja por seu belo e preservado centro histórico, o maior do continente, que a deixa com cara de cidadezinha do interior. Mas há muito mais o que fazer em Quito do que se perder pelas ruelas do centro.
A cidade fica em um vale bem no meio da Cordilheira dos Andes e é cercada de vulcões, lagoas a mais de 3000 metros de altura e belezas naturais.
Antes da gente listar as principais atrações de Quito e o que fazer por lá, há algumas coisas que você deve saber sobre sua viagem para o Equador.
A primeira é que a moeda oficial ali é o Dólar Americano. Mesmo que isso signifique uma cotação desfavorável para nós, não faz do Equador um país caro, já que o custo de vida lá é bem baixo.
E a segunda é: tenha cuidado redobrado ao circular por lugares tumultuados, como o centro e rodoviárias, já que batedores de carteira em Quito não são coisa rara. Roubaram um celular meu em um ônibus e, ao relatar a situação, descobri que eu estava longe de ser a única turista a ser surrupiada por ali.
Por fim, Lembre-se que a cidade está 2850 metros acima do nível do mar, o que quer dizer que você vai precisar de uma aclimatação nos primeiros dias e pode se sentir mal por causa da altitude.
Faça passeios mais leves até se acostumar, não exagere na comida nem no álcool nos primeiros dias e, se puder, tome um chazinho de coca para dar aquela ajuda pros seus pulmões.
Essas são as principais atrações para ver em Quito:
O colorido centro histórico de Quito é o maior das Américas e também um dos mais bem conservados. São 3,75 km², mais de 130 prédios tombados como Patrimônio da Humanidade e 5.000 casas e lojinhas que dão o charme para a região.
Entre eles, se destacam-se:
Não deixe de passar também pelo Mercado Central (Av. Pichincha perto da Esmeraldas) para comer a tradicional Cuervina com papas, um peixe muito consumido no país.
Já a região de La Ronda é onde se concentram os bares, restaurantes e lojas de artesanato que funcionam dentro de belos casarões coloniais nos limites do centro histórico.
A principal construção do centro histórico é, sem dúvidas, a Igreja da Companhia de Jesus. Concluída em 1765, após 160 anos de construção, esta igreja é imponente e chama a atenção de longe!
O interior é um espetáculo à parte, todo decorado com folha de ouro, talha em madeira e uma série de murais.
A quantidade de ouro usada é tão impressionante que cobre aproximadamente 4.000 metros quadrados de superfície interior! Isso faz dela uma das igrejas mais opulentas das Américas.
A Igreja e Convento de San Francisco estão entre as construções mais importantes de Quito. Também situada no Centro Histórico da cidade, é considerada um Patrimônio Mundial pela UNESCO, e está entre os complexos religiosos mais antigos da América do Sul! Para você ter uma ideia, sua construção começou apenas algumas semanas após a fundação espanhola da cidade, em 1534.
De estilo predominantemente barroco espanhol, mas mesclado com influências mouriscas e detalhes indígenas, o lugar é um retrato da confluência de culturas que caracteriza o Equador.
Para que nada disso passe despercebido, eu recomendo fortemente que você faça um tour guiado. Na fachada, por exemplo, ha várias exemplos de mistura de ícones católicos com motivos indígenas que você pode perder se não souber exatamente o que procurar.
O morro do Panecillo fica 3000 metros acima do nível do mar e é o principal mirante natural de Quito. Recebe esse nome por sua forma arredondada, que se assemelha a um pão.
No topo, uma escultura de uma virgem de 30 metros de altura, toda feita em alumínio, parece abençoar a cidade a seus pés. Para chegar lá, suba a Calle García Moreno a partir do Centro Histórico ou pegue um táxi. O valor da corrida gira em torno de $5.
O TelefériQo de Quito leva os visitantes ao topo do Cruz Loma, situado ao lado do vulcão Pichincha. A subida é de cerca de 4.050 metros acima do nível do mar e oferece uma das vistas mais espetaculares da cidade e das cordilheiras dos Andes.
Lá em cima, além de apreciar a vista, você pode fazer:
Dicas Importantes:
A residência do artista Oswaldo Guyasamín, um dos mais importantes pintores equatorianos, foi transformada em um museu que guarda suas obras, assim como a sua coleção pessoal de objetos e cerâmicas de povos pré-colombianos.
No mesmo terreno fica a Capilla del Hombre, um projeto idealizado por Guayasamín como uma homenagem à humanidade, um memorial aos povos nativos da América Latina e uma forma de assinalar a esperança por um futuro melhor.
Tours guiados em inglês, espanhol e francês estão incluídos no valor do ingresso. A entrada para ambas as atrações sai a $8. Fica na Calle Calvache E18-94 com Chávez. Site oficial.
As ruas do bairro mais boêmio de Quito se enchem de moradores locais e turistas todas as noites, em especial nos bares que ficam ao redor da Praça Foch.
Não deixe de aproveitar uma noitada – ou apenas sair para jantar por esses lados – para conhecer a verdadeira atmosfera de uma Quito mais jovem e badalada.
A rica culinária equatoriana tem lá suas iguarias. E um dos melhores lugares para os de paladar aventureiro é o Parque de las Tripas, como é popularmente conhecido o Parque Navarro.
Todos os dias, a partir das 17h, o lugar se enche de barraquinhas de comida com apenas uma especialidade: miúdos. É intestino frito para um lado e rim para o outro. Um ótimo lugar para conhecer a tradição gastronômica popular do país.
O Parque Navarro fica em uma vizinhança considerada das mais legais e o epicentro cultural da cidade. La Floresta é um ponto de encontro artístico e gastronômico em Quito.
Ali você vai encontrar restaurantes estilo farm-to-table, mercados de produtos orgânicos, como o Mercado Agroecológico La Floresta, muita arte de rua e ateliês de arte. Tudo isso em meio a um forte clima comunitário, que ainda preserva o senso de sustentabilidade e as tradições artesanais equatorianas.
Como ele está próximo ao centro e das vizinhanças boêmia de Guápulo e La Mariscal, é um local de fácil acesso, bastante movimento onde vale a pena se perder por uma tarde.
O Museu da Cidade de Quito fica no histórico Hospital San Juan de Dios, no Centro Histórico de Quito, um edifícios hospitalares mais antigos da América do Sul. O lugar funcionou como um hospital até 1974. Hoje, o local se dedica a fornecer aos visitantes um entendimento sobre a evolução urbana, social e cultural de Quito através dos séculos.
As exposições são repletas de artefatos arqueológicos, documentos históricos, fotografias, e reconstruções que ilustram a vida cotidiana desde os tempos pré-colombianos até o período moderno.
O Parque Itchimbía é um dos espaços verdes mais importantes de Quito. Localizado no centro, oferece vistas panorâmicas bem legais da área urbana e, pasmem, também dos Andes, o que dá um toque todo especial à paisagem.
Além do parque, o lugar também abriga o Centro Cultural Itchimbía, que está alojado em um impressionante edifício de metal e vidro que já serviu como mercado. Ali há exposições de arte, concertos, festivais e conferências.
O Museu Nacional do Equador, conhecido também como “MuNa,” se dedica a preservar e exibir a rica complexidade histórica, cultural e natural do Equador por meio de artefatos antigos e obras de arte contemporâneas.
Ele fica no edifício da Casa de la Cultura Ecuatoriana, no centro de Quito e foi fundado em 1901. Há diversas exposições ali, com destaque para a de Arqueologia, Etnografia e História Colonial.
Abre de de terça a domingo.
Grande parte das atrações mais famosas de Quito fica, na verdade, fora dos limites da cidade. Confira algumas delas.
O parque que marca a latitude 0, local onde passa a linha do Equador, fica a 40 minutos de carro do centro da cidade. Além de ter o gostinho de cruzar de um hemisfério a outro, ali você também pode aprender mais sobre a cultura e história equatorianas e sobre os povos originários do país.
Para chegar, é preciso pegar o BTS Central Norte na estação La Marín e descer em Ofelia, que é a última parada. O trajeto dura cerca de 50 minutos e custa $0,25.
De lá, pegue os ônibus que saem próximos a uma placa indicando “Mitad del Mundo”, mas pergunte antes ao cobrador se aquele veículo deixa, de fato, no parque, pois os letreiros são meio confusos. A viagem dura mais meia hora e custa 0,15 centavos. A entrada do parque custa a partir de $ 3,50.
Leia mais sobre o Parque da Metade do Mundo.
A duas horas da capital, o Parque Nacional do Vulcão Cotopaxi tem 33 mil hectares e 80 vulcões em sua área, entre eles o Cotopaxi, um dos maiores vulcões ativos do mundo. Agências em Quito fazem o passeio até lá por algo em torno de $70, refeições inclusas.
Também dá para chegar por conta própria pegando o ônibus para Latacunga (é preciso avisar ao motorista onde você pretende ir). Nesse caso, recomenda-se contratar um guia local na entrada.
Localizada a 100 km de Quito, a pequena cidade de Otavalo possui o maior e mais famoso mercado indígena do mundo. Ali é possível comprar o genuíno artesanato otavaleño, povo com grande habilidade para produzir material têxtil e para o comércio.
Os preços são muito convidativos e a variedade e a beleza das peças impressiona. Não é à toa que muita gente faz esse bate-volta só para ir às compras. O mercado funciona diariamente, mas o melhor dia é sábado, quando não apenas a praça central da cidade, mas também as ruas ao redor, se enchem de vendedores. Os ônibus para Otavalo saem do Terminal Norte de Quito várias vezes por dia e custam $2,70.
Leia mais sobre O que fazer Otavalo.
Essa brilhante lagoa vulcânica está a 3.880 metros de altitude e se formou dentro da cratera de um vulcão extinto há oitocentos anos. Para chegar por conta própria, o melhor é alugar um carro ou contratar uma agência em Quito.
Dá para chegar de transporte público, mas é preciso fazer duas baldeações. A caminhada desde a entrada é de apenas dez minutos.
Pichincha é uma província batizada em homenagem ao vulcão Pichincha, que tem as encostas ocidentais na cidade de Quito. É ele o responsável por aquele um pano de fundo dramático da cidade. Ao mesmo tempo em que proporciona uma possibilidade de turismo de aventura pertinho da capital.
O vulcão Pichincha é dividido principalmente em dois picos: o Rucu Pichincha (o ancião) e o Guagua Pichincha (o jovem). O Rucu Pichincha é mais acessível e popular entre os turistas devido ao teleférico (TelefériQo) que transporta visitantes até sua base, facilitando caminhadas até o cume para vistas espetaculares de Quito e da cratera.
O Guagua Pichincha é mais ativo e sua última erupção ocorreu em 1999, espalhando cinzas sobre Quito e reforçando a necessidade de monitoramento contínuo. Apesar de sua atividade, também é um destino popular para caminhadas e explorações geológicas, oferecendo uma visão única do poder dinâmico da Terra.
Use a sugestão de programação abaixo na sua viagem!
Manhã:
Almoço: Saboreie pratos típicos equatorianos em um dos muitos cafés históricos ao redor da praça.
Tarde:
Jantar: Probe um jantar equatoriano nos restaurantes da área do Centro Histórico.
Dia 1:
Dia 2:
Dia 3:
Dia 4:
Dia 5:
Dia 6:
Dia 7:
A maior parte da oferta de hospedagem de Quito está dividida entre o Centro Histórico e a zona boêmia de La Mariscal.
No Centro Histórico, você estará perto das principais atrações e contará com boas opções de transporte público. Já em La Mariscal é onde a festa acontece e também onde estão alguns dos melhores restaurantes da cidade.
É uma região mais arborizada e moderna, longe da confusão do centro. Veja aqui nosso guia de bairros de onde ficar em Quito.
Veja alguns dos melhores hotéis que encontramos por ali:
Não se esqueça de contratar um seguro de viagem para sua estadia para o Equador. Embora o país não exija mais a contratação de um seguro para a imigração (a lei que exigia foi revogada), viajar sem um pode te dar uma dor de cabeça danada!
O seguro te protege contra acidentes e doenças e evita gastar uma grana não planejada. Além disso, ele também cobre eventuais imprevistos na viagem, como cancelamento de voos e perda de bagagem.
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Quito é conhecida por seu artesanato indígena, incluindo tapetes e têxteis, joias de tagua, conhecidas como “marfim vegetal”, e os mundialmente famosos Chapéus Panamá, tecidos à mão com a palha do palmeira toquilla.
Além disso, Quito oferece chocolates orgânicos artesanais, destacando-se na produção de cacau de alta qualidade, e café robusto e aromático das regiões andinas. Para os interessados em cultura musical, a cidade também dispõe de instrumentos tradicionais como o charango e flautas de pan.
Você também pode levar para casa suéteres, cachecóis e outros acessórios feitos da macia lã de alpaca, ideal para o clima frio das altitudes andinas.
Lembre-se que, ao fazer compras, especialmente em mercados de rua, a negociação é uma prática comum e aceita; portanto, não hesite em barganhar para conseguir um bom preço.
Compre em lojas especializadas para garantir a autenticidade e qualidade, principalmente ao adquirir café, chocolate, e chapéus Panamá, apoiando assim a economia local e levando para casa um verdadeiro pedaço da cultura equatoriana.
É fácil se locomover em Quito utilizando o sistema de transporte público da cidade. Só fique atento a pickpockets em horários de pico.
Há um Trolebús que é uma das espinhas dorsais do transporte público de Quito. Ele opera em faixas exclusivas, é rápido e eficiente para evitar o congestionamento que, aliás, é muito comum nas ruas da cidade. Ele conecta o norte ao sul, passando pelo centro histórico e outros pontos importantes.
Já o metrô é uma adição relativamente nova. Tem apenas uma linha que liga a cidade de norte a sul e foi finalizada e 2023.
Táxis estão amplamente disponíveis e são relativamente baratos. Também dá para usar Uber, se você preferir.
Quito é caracterizada por um clima de montanha tropical que mantém as temperaturas agradáveis ao longo do ano, com médias diárias oscilando entre 10°C e 22°C.
A cidade apresenta duas estações climáticas principais: a estação seca e a estação chuvosa. A estação seca, que vai de junho a setembro, é considerada a melhor época para visitar Quito.
Por outro lado, a estação chuvosa, de outubro a maio, traz chuvas mais frequentes e uma cobertura de nuvens mais densa, especialmente durante as tardes e noites. No entanto, as manhãs ainda costumam ser claras, permitindo atividades turísticas antes que as chuvas comecem.
Eventos como a Festa de Quito em dezembro, a Semana Santa em março ou abril, o Carnaval com suas tradicionais guerras de água em fevereiro ou março, e o Dia dos Mortos em novembro também são ótimos momentos para estar na cidade e experimentar a cultura equatoriana em seu ápice, com música, danças folclóricas, e comidas típicas.
O ideal é passar ao menos três dias na cidade para conhecer o básico do local. No entanto, esse tempo pode ser curto para explorar as atrações nos arredores, como os vulcões e Otavalo.
Por isso, planeje-se para ficar em cinco e sete dias em Quito. Com esse tempo, você verá tudo que a capital do Equador tem a oferecer e poderá fazer algumas viagens de bate-volta que são essenciais em qualquer roteiro.
As principais atrações incluem o Centro Histórico de Quito, o TelefériQo, a Mitad del Mundo, o Museu Nacional do Equador, e a Capilla del Hombre. Não deixe de explorar as igrejas coloniais como a Igreja da Companhia de Jesus e o Convento de San Francisco.
Quito oferece várias atividades ao ar livre, incluindo caminhadas no Vulcão Pichincha, passeios de bicicleta no Parque Metropolitano, e exploração dos parques naturais ao redor como o Cotopaxi e o Pululahua.
Sim, Quito é rica em cultura e arte. Visite os museus como o Museu Guayasamín e o Museu da Cidade, assista a uma apresentação no Teatro Sucre, e explore as galerias de arte espalhadas pela cidade.
A culinária local pode ser melhor experimentada nos mercados tradicionais, como o Mercado Central e La Floresta. Pratos que você deve experimentar incluem locro de papas, empanadas de viento, e ceviche de camarão.
Quito é geralmente segura para turistas, mas como em qualquer grande cidade, é recomendável tomar precauções básicas de segurança, como evitar áreas isoladas à noite, manter pertences pessoais seguros e usar apenas táxis registrados ou serviços de transporte por aplicativo.
A melhor época para visitar Quito é durante a estação seca, de junho a setembro, quando o clima é mais claro e seco, ideal para explorar tanto a cidade quanto as áreas naturais circundantes.
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Oi!
Lindo o artigo de vocês! A gente não teve a sorte de visitar Cuenca ou Guayaquil, mas conhecemos Quito e amamos a cidade! Cada canto dela e tudo que tem pra fazer perto também!!!!
A gente tb adorou Otavalo e algumas montanhas que fizemos ao redor de Quito, como o Illiniza Norte e o Cotopaxi!
A gente tb tem alguns artigos do Equador no nosso site:
feriascontadas.com/dest/equador/
Grande abraço!
Olá Gabriela! Obrigada por contribuir com sua experiência! Quito é encantadora, não é mesmo?
Um abraço!
Gostaria de saber se tem alguma agência de turismo para indicar para os passeios nos arredores de Quito. Viajarei no Natal sozinha e ficarei em La Mariscal.
Olá Jussara, como viajamos de forma independente na maioria das vezes, não tenho nenhuma agência para te indicar. :/
Espero que você encontre e tenha uma ótima viagem.
Abraços