O que fazer em San Andrés: dicas do caribe colombiano

Sol quase o ano inteiro e um dos destinos que mais tem chamado a atenção a atenção dos brasileiros. Quer saber o que fazer em San Andrés, Colômbia? Esse post é pra você!

Conhecida como a terra do Mar de Sete Cores, San Andrés tem uma ilha principal, com 26 km de extensão, que dá pra percorrer em 30 minutos de carro, no máximo. Além da ilha de San Andrés, fazem parte do arquipélago as ilhas de Providência e Santa Catalina.

Há quem diga que Cristóvão Colombo foi o primeiro a avistar o arquipélago, em 1502, mas não há como comprovar essa história. Estrategicamente posicionada, ela era ponto de refúgio para piratas que contrabandeavam nos mares caribenhos.

Geograficamente, a ilha de San Andrés está mais perto da Nicarágua do que da Colômbia continental, o que tem gerado uma discussão entre os dois países sobre quem, de fato, é o responsável pelo território. Tanta mistura é possível ver nos moradores da ilha e até mesmo no idioma falado por ali. Apesar da língua oficial ser o espanhol, é bem comum escutar os nativos conversando em “creole”, uma língua que mistura o inglês arcaico e palavras de origem africana.

Com cerca de 80 mil habitantes, a cidade não é lá muito bonita, mas o mar caribenho compensa todo o resto – e com sobra. Local ideal pra quem gosta de mergulho, o mar é maravilhoso e apresenta tons únicos de azul.

Conheça um pouco mais a Colômbia

Como chegar em San Andrés

Não há voos diretos para lá saindo do Brasil, muito provavelmente você terá que fazer uma conexão em Bogotá.

Outra opção é fazer a dobradinha Cartagena / San Andrés, em um voo de 1h30. Essa rota é a preferida das pessoas, porque dá para conhecer dois destinos incríveis em uma tacada só.

Quer conhecer mais sobre a queridinha da Colômbia? Esse texto aqui vai te ajudar a programar a sua viagem pra Cartagena da Índias.

Como se locomover em San Andrés

Como a ilha é pequena, são poucos os horários de ônibus e você vai precisar se organizar com antecedência.

Pra quem gosta de juntar a praticidade com um pouco de diversão, pode usar um “chiva”, que é um ônibus aberto, ou o trenzinho. Ambos os transportes percorrem a ilha no estilo hop-on hop-off, em um passeio de 4h de duração.

Eles custam aproximadamente 50 mil pesos colombianos e têm saídas diárias. A única coisa que você precisa ficar atento é: se quiser conhecer San Andrés com eles, você vai precisar ser rápido, pois as paradas são bem curtinhas.

Na minha opinião, a melhor opção para conhecer a ilha é alugando um meio de transporte, seja ele scooter, mule ou os famosos carrinhos de golfe. Os preços variam de acordo com o meio escolhido.

O mais barato, é claro, é a scooter, que é ideal se você estiver viajando em família. O mule é um buggy grande. É a opção mais segura e mais moderna, logo, a mais cara também. Sai por volta de 260.000 pesos colombianos a diária, para duas pessoas.

Quer reservar um mule? Dá uma olhada aqui.

Pra quem gosta de fazer os passeios de forma mais tradicional, a pedida é alugar um carrinho de golfe e aproveitar cada cantinho da ilha.

Os valores variam a partir de 230.000 mil pesos em um carro com 2 lugares, até 380.000 em um veículo para 6 pessoas.

O que vale a pena ficar de olho é: esse não é o meio de transporte mais rápido, mas é, com certeza, um dos mais divertidos. Para reservar um carrinho de golfe, é só entrar neste link.

Documentos obrigatórios para entrar em San Andrés

Todos viajantes internacionais deverão realizar o registro na aplicação online, que pode ser acessado pelo site do governo colombiano Check-Mig, a partir de 72h antes do voo.

Também é preciso apresentar o comprovante internacional da vacina contra a febre amarela, o comprovante de pagamento da “tarjeta de turismo” e a passagem de ida e volta.

O que é a tarjeta de Turismo para San Andrés?

O governo colombiano tem restrições com quantidade de moradores e turistas em San Andrés. Para controlar o acesso, há uma tarjeta de turismo, que é uma taxa que você paga ainda no aeroporto, antes do embarque para a ilha, no valor de COP 105.000. Pra quem quiser se adiantar, pode fazer o pedido direto no site do governo.

Crianças com menos de 7 anos não necessitam do documento e nem quem for ficar menos de 24h por lá.

IMPORTANTE: A Colômbia não oferece sistema público de saúde, portanto, recomenda-se a contratação de seguro de saúde durante a estadia no país, independentemente do motivo da viagem.

No site da embaixada do Brasil na Colômbia você também encontra todas essas informações.

Conheça mais sobre a Colômbia

Seguro de viagem é obrigatório em San Andrés?

Apesar de não ser obrigatório para entrar em San Andrés, é sempre recomendado ter um seguro de viagem.

Afinal, a Colômbia não tem serviço público de saúde, portanto, caso precise de algum atendimento médico, é sempre bom ter um seguro à mão. Sem contar que um bom seguro de viagem também inclui cobertura para problemas de viagem, como cancelamentos de voos ou perda de bagagem.

Não arrisque a sua viagem para San Andrés sem um seguro. Adquira o seu agora mesmo através desse link ou das ofertas abaixo e viaje com a tranquilidade de saber que você está protegido!

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O que fazer em San Andrés, Colômbia

Visitar o paraíso caribenho requer tempo pra aproveitar as atrações, dinheiro e muito protetor solar!

  • Johnny Cay – é o passeio mais procurado na ilha. Quando eu fui, fiz um passeio que parava nessa ilhota, passava parte da manhã, agendava o almoço e depois seguia para o Aquário no começo da tarde. Lá, você vai encontrar uma boa estrutura com bebidas, restaurantes, cadeiras na praia e um visual deslumbrante, além de dar de cara com iguanas e o lagarto azul, os moradores mais famosos da ilhota. Fica o alerta: além do preço do passeio, você precisa pagar uma taxa de 8.000 COPs pra ficar nela.
  • Rocky Cay– é a praia mais famosa da maior ilha do arquipélogo. Se tiver hospedado no lado Norte, é bom que você tenha um meio de transporte pra chegar lá e não depender de taxi. É um local ideal pra quem quer relaxar e passar um dia na praia. É uma experiência mais próxima do que a gente está acostumado aqui no Brasil, com quiosques e a possibilidade de ficar o dia inteiro na praia, bebendo e comendo. Há espreguiçadeiras nos quiosques da praia.
  • Ilha do aquário – não, não é uma parada em um aquário. Na verdade, é um grande aquário natural, onde você vai encontrar peixes, corais e piscinas naturais. A ilha é bem pequena, o que acaba gerando um grande trânsito de barcos e até mesmo superlotação. Há a possibilidade de alugar armários para guardar os pertences e quiosques para comer e beber uma cerveja gelada. Você pode reservar um passeio somente pra lá ou contratar um passeio que te leve para a Johnny Cay pela manhã e a tarde no Aquário.

Mais passeios em San Andrés

  • La Piscinita – é daquelas atrações que a gente não dá mito por ela, mas que vai te surpreender. Quando tiver fazendo o tour de rodar a ilha, pare um tempinho. É um ótimo local pra quem busca mergulho, seja ele de snorkel ou de cilindro. Ótima oportunidade pra ver peixinhos coloridos.
  • Mergulho de escafandro – conhecido como “Aquonauta” essa é uma boa opção pra quem não consegue fazer o mergulho de cilindro, mas quer ter um gostinho da experiência. O escafandro é aquele capacete de mergulhador, que te permite respirar em uma profundidade maior. Nesse passeio, além de poder entrar em contato com a vida marinha, dá pra tirar a famosa foto com a estátua de Poseidon, que fica a uma profundidade de 8 metros, na Baía de Cove.
  • Bate e volta para Providência – tem uns dias sobrando no cronograma? Que tal visitar essa ilha que fica a 72 km de San Andrés? Declarada pela UNESCO como Reserva Natural da Biosfera, essa ilha é menos badalada, mas não menos bonita. Pensando em colocar no roteiro? Então não deixe de visitar Cayo Cangrejo, Almond Bay, Mazanillo e, se der, fazer um mergulho de cilindro. Pra quem vai por mar, a viagem dura em média 3h30 com preço a partir de $220.000 COPs. Quem quiser, dá pra comprar as passagens de ferry por aqui. Se preferir, tem voos regulares entre as duas ilhas, com duração de 35 minutos.
  • Mergulho de cilindro – sempre teve vontade, mas nunca sobrou dinheiro pra fazer o batismo no mergulho? San Andrés é uma ótima opção, além de uma das mais bonitas e baratas pra ter a primeira experiência. São vários pontos de margulho na ilha e alguns não precisa nem de um grande deslocamento de barco.
  • Parasailing – passeio que você vai em um paraglider, a 100 metros de altura e sendo puxado por um barco. O passeio custa por volta de 155.000 COPs. O voo dura cerca de 15 minutos e dá pra ver os vários tons de azul do caribe colombiano do alto. O passeio depende do clima, ventos e outros fatores climáticos.
  • Vida noturna – além dos restaurantes, bares de drinks como o Banzai e o Big Mamma, dá pra ter um jantar em um barco pirata e curtir uma balada ao som de muito reggaeton, pra poder aproveitar a noite colombiana em algumas das principais boates da ilha: a Coco Loco ou a Extasy, que fica no hotel Sol Caribe.

Quer outras dicas de destinos na Colômbia? Roteiros de viagem pela Colômbia: dicas para 7, 15 e 20 dias

Onde comer em San Andrés

Eu sou uma pessoa que AMA PRAIA, mas não sou muito fã de frutos do mar e já até contei essa história aqui no blog. Então, toda vez que eu eu preciso encarar uma cidade praiana é uma saga pra saber o que comer e em San Andrés não foi diferente.

Por ser uma ilha e estar bem afastada do continente, a culinária local é bem derivada do que o mar tem a oferecer. São muitos restaurantes exaltando o que o mar tem de melhor para oferecer e poucas as opções pra quem não curte muito a ideia.

Carne de boi é um item não muito presente nos pratos, mas também não quer dizer que seja impossível achar um local com carne ou frango no menu, por exemplo. No centro comercial você vai encontrar restaurantes, pizzarias e trailers de hamburguer que podem salvar o dia!

Um dos locais que mais gostamos de almoçar na nossa viagem pra lá foi no restaurante da COOPESBI, a Cooperativa de Pescadores Artesanais de San Andrés. Além de um restaurante com uma vista incrível da praia, a comida era saborosa, o preço era justo e bem localizado, na beira-mar, perto do aeroporto.

Gosta da culinária colombiana? Se liga nessas 9 comidas típicas de lá.

Onde ficar em San Andrés, Colômbia

A área mais procurada é a chamada “North End”, que fica pro lado do aeroporto e de frente para a ilha Johnny Cay. É ali que estarão os principais hotéis, restaurantes, vida noturna e de onde saem os passeios de barco.

Para quem busca fugir um pouco do agito, a pedida é ir pros lados de San Luis, onde se encontra uma das praias mais bonitas da região, a Rocky Cay. Tente evitar as regiões mais isoladas e com praias de pedras, como o caso das costas oeste e sul.

Para mais informações, leia nosso guia completo de onde ficar em San Andrés.

Hotel em San Luis, San Andrés

POSADA ESTRELLA DE MAR SAN LUIS – Casa inteira a 500 metros da Praia de San Luis, acomoda até 6 pessoas. Essa acomodação que tem vista para o mar, conta com ar-condicionado, 2 quartos, sala de estar, cozinha totalmente equipada com geladeira e chaleira, e 1 banheiro com chuveiro. Diárias a partir de US$ 56 o casal.

Hotel em North End, San Andrés

Azure Lofts & Pool – Fiquei hospedada nesse hotel que fica perto do aeroporto (dá pra ver a pista) e na área mais movimentada da ilha. Ele tem uma pequena cozinha, um supermercado a poucos metros de distância e uma piscina de frente pro mar. Vale a pena dar uma olhada. Diárias a partir de US$ 110.

Dreamer Beach Club – a 200 metros da Praia Spratt Bight. Hospedagem com café da manhã continental, americano ou vegetariano e restaurante que serve pratos da culinária italiana, mediterrânea e peruana. Para entretenimento, bilhar, tênis de mesa e dardos. Se quiser comodidade, dá pra alugar bicicletas e conhecer a ilha tranquilamente. Diárias a partir de US$ 136.

Resorts All inclusive em San Andrés

Hotel El Dorado – com piscina, restaurante, casa noturna e café da manhã, essa acomodação fica a 300 metros da praia e tem como ponto alto espetáculos noturnos que são realizados regularmente. Importante saber que os resorts em San Andrés não são no padrão brasileiro, sendo mais modestos e não tão luxuosos. Diárias a US$ 397 o casal.

Sol Caribe Campo All Inclusive – a apenas 15 minutos de carro do centro de San Andrés, o hotel tem restauntes com pratos italianos, bebidas e petiscos nos quatro bares. Diária a partir de US$274 o casal.

Hotéis bons e baratos em San Andrés

In Di House of Reggae Boutique – a 3,2 km de North End, essa acomodação que fica de frente pra praia tem café da manhã, jardim, terraço, restaurante e bar e é muito bem avaliada pelos hóspedes. Diárias a partir de US$ 116.

Hostal Marlyn – avaliado como FANTÁSTICO, essa acomodação fica em Sarie Bay, a 15 minutos a pé do centro da cidade e conta com chuveiro com água quente, que é um diferencial a ser levado em conta quando procurar por acomodação em San Andrés. US$ 53 o casal.

O que não pode deixar de fazer em San Andrés?

O carro-chefe da ilha é o mergulho nas águas caribenhas. Além dele, pode colocar aí no seu roteiro uma visita às as ilhas cayos e ao aquário, uma volta por toda a ilha, além, é claro, de gastar um tempinho na praia e nas lojinhas do centro.

Quantos dias é ideal para ficar em San Andrés?

No mínimo 4 dias. Nesse período você vai conseguir visitar os principais pontos turísticos e ainda aproveitar um dia pra descansar. Mas se quiser fazer um bate e volta a Providência e fazer as coisas com mais tempo, planeje-se a ficar por lá por 1 semana.

Qual a melhor época do ano para ir a San Andrés?

A ilha é visitável o ano todo, como boa parte do caribe, e está fora da rota de furações. Com temperatura média na casa dos 27ºC o ano todo, não vai faltar calor por lá. Agora, se você quiser pegar o período sem chuvas, a dica é ir entre janeiro e abril. Os meses entre junho a novembro são os que têm a maior precipitação de chuvas, mas que não quer dizer que vá chover todo o tempo.

O que saber sobre San Andrés

Água doce na ilha é item de luxo. Por não ter nascentes de água, ela é super valorizada pelos moradores, que economizam a água da chuva como podem. Uma forma que o turismo encontrou de sobreviver por lá foi a desalinização da água do mar, que serve principalmente para abastecer restaurantes e hotéis.

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Fernanda Pádua

Tenho BH como meu ponto de partida e o meu porto seguro. Entrei pela primeira vez em um estádio de futebol aos 10 anos e ali descobri que queria ser jornalista. 20 anos depois, me tornei repórter esportiva e viajante nas horas vagas. Fiz intercâmbio na Irlanda em 2016/2017, pra estudar inglês. Tenho um objetivo de visitar todos os estados brasileiros e metade dos países do mundo e já percorri boa parte do trajeto, mas várias histórias e paisagens legais ainda estão por vir.

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Fernanda Pádua

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