Nápoles, na Itália, não tem o que podemos chamar de uma boa fama. Dizem que é feia, suja e caótica. Mas também é vibrante, histórica e uma paraíso da gastronomia.
A capital da região da Campânia merece entrar no seu roteiro de viagem e neste texto te explico o porquê, com várias dicas de o que fazer em Nápoles, com um roteiro de 1 a 3 dias de viagem, incluindo os principais pontos turísticos, bons restaurantes, como chegar lá, como ir de Nápoles para Pompeia e Costa Amalfitana e muito mais!
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1. O centro histórico de Nápoles é Patrimônio da Humanidade, tombado pela UNESCO. Isso porque é um dos maiores centros históricos do mundo, com 448 igrejas monumentais. Além disso, mantém o traçado urbano autêntico, com evidências do passado Greco-Romano e das transformações medievais.
Nápoles é considerada uma das mais antigas cidades continuamente habitadas do mundo, com as colônias gregas estabelecidas no segundo milênio antes de Cristo. O nome Nápoles (Napoli, em Italiano), vem do grego Neapolis, e significa cidade nova. A cidade foi fundada oficialmente no século 6 a.C. Nessa época, o Império Grego na região do Mar Mediterrâneo era conhecido como Magna Grécia (você pode ver parte dessas ruínas hoje em Paestum, nos arredores de Nápoles). Depois, acabou tornando-se colônia romana.
Centro Histórico de Nápoles. Foto: Enzo Abramo,Pixabay
2. O vulcão Vesúvio é parte importante da paisagem de Nápoles: está a cerca de 15 quilômetros de distância do centro da cidade. As memórias de sua explosão, na antiguidade, estão nos arredores da cidade, em Pompeia e Herculano, além do próprio Museu Arqueológico em Nápoles.
O que muita gente finge esquecer é que o Vesúvio ainda é um vulcão ativo e um dos mais perigosos do mundo, por estar numa região muito populosa, com mais de três milhões de habitantes. A última explosão vulcânica ocorreu em 1944 e, desde então, o gigante se mantém adormecido.
3. Apesar de todo mundo saber italiano, é o dialeto de Nápoles, conhecido como Napolitano, a língua mais falada nas ruas. O napolitano é praticamente inteligível para o resto do país, mas é bastante popular na Campania. Apesar de não ser considerado oficial, é um idioma muito rico em expressões, com fortes influências do espanhol e francês.
4. Nápoles conquistou muitos amantes da literatura graças à quadrilogia Napolitana, série de livros da autora com pseudônimo Elena Ferrante, que narra a vida de duas amigas num bairro pobre de Nápoles, chamado Rione Luzzatti, a partir do início dos anos 1950. Os livros fizeram tanto sucesso que viraram série na HBO, “A Amiga Genial”, onde os atores só falam napolitano. Inclusive, hoje em dia é possível achar tours que levam para o bairro e outros cenários por onde passam Lina e Lenu.
5. A máfia napolitana, chamada de Camorra, não existe só na ficção. A organização criminosa é antiga, provavelmente surgindo no século 17 e se mantendo até hoje como um dos maiores grupos de crime organizado no mundo, com uma centena de famílias operacionais. É citada nos livros de Ferrante, mas não é a mesma organização de Dom Corleone (essa é a máfia da Sicília). Os negócios da máfia, no entanto, não afetam em nada a vida dos turistas.
Nápoles e o Vesuvio. Foto: Juan Cap, Flicker
Acho bem triste que muita gente acabe acreditando nessa má fama de Nápoles e não dê chances para a cidade: faz um bate-volta de Roma e só inclui Pompeia no roteiro. Um pecado! Eu fiquei três dias lá – com um dia reservado para as ruínas do Vesúvio. Gostaria de ter ficado mais tempo para conhecer melhor a cidade e seus incríveis arredores.
Independente da minha percepção, no roteiro abaixo você encontra dicas de o que fazer em Nápoles em 1, 2 ou 3 dias Dessa forma, se organiza de acordo com a sua viagem!
Nápoles no Inverno, Outono, Verão e Primavera
Nápoles tem clima mediterrâneo, o que significa que as temperaturas não são tão frias como em outros pontos do país.
No inverno em Nápoles, que vai de dezembro a março, a temperatura fica numa média de 10 graus. Essa também é a época que mais chove. Mas é tudo, obviamente, uma questão de sorte.
Pompeia em Janeiro
Eu fui em janeiro, mês mais frio, e não peguei chuva nenhum dia. Só recomendo evitar essa época se o se plano for conhecer também a Costa Amalfitana e a Ilha de Capri: muita coisa estará fechada, como serviços de ferries, restaurantes e hotéis.
Já no verão, de junho a setembro, a temperatura costuma ficar acima dos 25 graus durante o dia. É bastante calor, especialmente no mês de agosto – o ápice da alta temporada, onde os italianos tiram férias nas praias.
Como é comum na Europa, a melhor época para visitar acaba sendo a primavera (abril a junho) e o início do outono (setembro e outubro). Nesses períodos de meia estação não faz nem muito frio, nem muito calor, e as paisagens ficam mais bonitas e coloridas.
Qualquer pesquisa na internet vai te contar que a terceira maior cidade da Itália teve sérios desafios com a criminalidade no passado e também tem algumas crises com o lixo. Esse problemas existem ainda, mas numa escala beeem menor. Entenda: Nápoles é uma cidade caótica. E também vibrante, rica em história, cultura e comida boa. É grande e complexa, como São Paulo, por exemplo.
Sobre a sujeira napolitana: sim, Nápoles é mais suja que outras cidades italianas, muitos prédios são feios e descascando por fora, muitos fios de luz expostos, roupas estendidas no varal. Alguns becos são escuros e assustadores. Mas também não se resume a isso. Há bairros elegantes, avenidas largas e prédios históricos bem cuidados.
Foto: Imagem de greissdesign, Pixabay
Cuidados que você deve ter em Nápoles
Eu particularmente não achei Nápoles perigosa. Em termos de comparação: é bem mais tranquila que qualquer capital brasileira. O maior risco é ser furtada.
Logo, minha dica de segurança mais certeira é ter o mesmo tipo de cautela que você teria na sua cidade, ou seja, não dar bandeira com objetos de valor ou entrar por ruelas desertas depois do pôr do sol. Alguns outras dicas de segurança em Nápoles:
A principal estação de trem é a Napoli Centrale – Piazza Garibaldi. Dali, chegam e partem trens para os principais destinos na Itália. De ou para Roma, é possível fazer a viagem de trem rápido (FrecciaRossa ou Italo) em 1h10. Os trens interregionais, mais lentos, levam cerca de 3h.
A tarifa cheia do bilhete de trem rápido é de 20 euros. Mas se você comprar as passagens com cerca três meses de antecedência, consegue pagar bem mais barato: a partir de 9 euros pela tarifa econômica, que sai mais barata que o trem regional (cerca de 10 euros).
Há diversas linhas de ônibus nacionais e internacionais que chegam e partem de Nápoles, em geral na Praça Garibaldi ou Praça Município.
Por exemplo, a Flixbus, Buscenter e Marino Bus fazem o trajeto entre Nápoles e Roma a partir de 9 euros. A viagem dura entre 2h30 a 3h. O ônibus é a única forma de alcançar alguns pontos do Sul da Itália onde não chegam trens, como por exemplo a cidade de Matera.
Ruela no centro histórico de Nápoles. Foto: J. Mario Franco, Flicker
Não recomendo dirigir dentro de Nápoles: o trânsito é verdadeiramente caótico e encontrar um estacionamento não é tarefa fácil. Se seu plano é uma roadtrip pela Itália, então o ideal é deixar o carro num estacionamento fora da cidade ou no hotel e usar o transporte público enquanto estiver por lá.
De Roma a Nápoles há uma autoestrada chamada A1 e a viagem leva menos de 2 horas.
Saiba mais sobre como alugar carro na Itália mais barato e evitar pegadinhas e multas.
Nápoles conta com um aeroporto internacional, o aeroporto Capodichino (NAP). O avião é a forma mais rápida e barata para chegar em Nápoles se você vem do norte da Itália, como Milão. E também se virá de outros cantos da Europa, como Paris ou Madrid – as lowcosts como EasyJet e Ryanair voam para lá.
Do aeroporto de Nápoles para o centro há um ônibus chamado Alibus, que custa 5 euros e te deixa na Estação Garibaldi, na Praça Município ou no principal porto de ferries.
Os barcos, ou ferries, são a forma de ir de Nápoles para várias ilhas na Costa, como Capri ou Ischia. Também são uma forma de chegar a Costa Amalfitana, como Positano ou Amalfi.
É muito simples ir de Nápoles às ruínas de Pompeia: se você quer saber tudo sobre a visita, não deixe de ler o guia completo.
É preciso pegar um trem da linha Circumvesuviana, cujo ticket você compra na estação mesmo e custa €1,50 para 90 minutos ou €4,50 para o dia inteiro. Você pega o trem na estação Napoli Centrali e desce em Pompeii Scavi Villa Misteri (para Pompeia) ou Ercolano Scavi (para Herculano).
Se você pretende ir de Nápoles para a Costa Amalfitana, o ideal é que vá de trem para Sorrento (linha Circumvesuviana, 1h10, €3,10) ou Salerno (linha Metropolitana ou Reggionale, 45 min ou 1h30, €4,70). Dessas cidades, você segue de ônibus SITA ou ferry para Positano e Amalfi. Esse bilhetes podem ser comprados diretamente na estação.
Positano, na Costa Amalfitana
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Guia de hospedagem na Costa Amalfitana
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Guia de turismo para Salerno, Itália
Ah, mais uma dica: muita gente não sabe, mas a partir de Nápoles também dá para visitar as incríveis ruínas e templos gregos em Paestum. O sítio arqueológico com seus enormes e bem preservados templos fica a cerca de 1 hora de trem regional.
Em toda região do Centro Histórico, incluindo Chiaia e Plebiscito, se deslocar a pé é a melhor ideia. Mas saiba que Nápoles conta também com um bom sistema de transporte público. São três linhas de metrô, ônibus, funiculares, além de três linhas de trem regionais (Circumvesuviana, Circumfegrea e Cumana), para circular pelos arredores.
A estações de metrô são novas e modernas. E a estação “Toledo”, na região da Piazza Plebiscito, foi considerada pela BBC como a estação mais bonita do mundo.
Para turistas que circulam dentro dos limites de Nápoles as três opções de bilhetes que valem a pena são o bilhete comum, que custa €1,50 e pode ser usado por 90 minutos depois de validado; o bilhete diário, no valor de €4,50 – dura só até meia-noite do dia que foi validado; e o semanal, que custa €15,80.
Importante dizer que para ir para Pompeia você precisará comprar outro bilhete, lá na estação da Circumvesiana, que também custa €1,50.
Via Toledo, em Napoles
Há duas versões de um passe que te garante a entrada nos principais pontos turísticos de Nápoles e transporte ilimitado.
O Naples Pass é válido por três dias, somente dentro de Nápoles, e inclui três entradas em atrações da cidade, e desconto de 50% nas entradas seguintes. Também garante todos os meios de transporte público dentro do município. O Naples Pass custa 21 euros e vale a pena se você pretende entrar em pelo menos duas atrações, uma delas sendo o Museu Arqueológico. Compre aqui.
O Campania Artecard inclui as mesmas atrações dentro de Nápoles, mas também abrange toda a região Campanha: as entradas em Pompeia, Herculano e todo o sistema de transporte regional. Entretanto, o ArteCard só inclui duas entradas gratuitas. As atrações seguintes têm desconto de 50%. Apenas não inclui a SITA bus, que faz o transporte para a Costa Amalfitana.
O ArteCard custa 32 euros e faz ainda mais sentido: só as duas atrações mais importantes (Museu Arqueológico e Ruínas de Pompeia) são mais caras do que o valor do passe. Isso sem contar que, nesse caso, a inclusão dos transportes ilimitados faz mais diferença. Compre aqui.
Roteiro de 1 dia em Nápoles
Se você só tiver um dia em Nápoles, minha sugestão é que visite o Museu Arqueológico e explore as atrações do Centro Histórico. É possível que você tenha que deixar algumas igrejas e as catacumbas para outro dia.
É no Museu Arqueológico de Nápoles que estão boa parte dos afrescos e objetos recuperados de Pompeia e Herculano, além de uma coleção enorme e fantástica de arte e história de lugares como Egito e Roma antiga.
Essa era a atração que eu mais queria ver na cidade. E foi exatamente a que eu não pude ir por por falta de planejamento, porque o museu fecha nas terças-feiras.
Fica a dica: o museu abre de segunda a domingo, das 9h às 19h30. A entrada custa 18 euros. Há entrada gratuita no primeiro domingo do mês e em outras datas específicas. Saiba mais no site oficial do Museu Arqueológico Nacional. É possível evitar a fila da bilheteria comprando com antecedência pela internet.
As ruelas do Centro Histórico de Nápoles são um verdadeiro labirinto: estreitas, cheias de gente e um ótimo passeio para quem quer conhecer uma Itália bagunçada e adorável. Por ali existem quase 500 igrejas com obras de arte que não perdem em nada para as de Roma. Alguns exemplos:
O Duomo de Nápoles, principal igreja da cidade, é daquelas gigantescas. Dedicada ao patrono da cidade, São Genaro, é famosa pela celebração do Milagre de São Genaro, quando, no dia 19 de Setembro, o sangue do santo milagrosamente se liquefaz. Dizem que nos anos em que o milagre não ocorre, Nápoles terá um ano ruim. Abaixo da catedral ficam escavações de ruínas romanas e ao lado um museu do Tesouro da Igreja.
O Mosteiro de Santa Chiara é um complexo de museus que inclui uma igreja, área arqueológica, coleção de presépios de 1700 e um famoso pátio coberto de azulejos coloridos.
Mosteiro de Santa Chiara. Foto: Luis Angel Espinosa, LC, Flicker
Na Capela Sansevero ficam mais de 30 obras de arte. As mais famosas são três esculturas em mármore em que as figuras estão cobertas por um véu (também esculpido na pedra) tão realista que parece dar vida às peças.
A Igreja Gesú Nuovo é uma igreja jesuíta de fachada curiosa, porque foi edificada num antigo palácio. Logo, é cheia de mármore, ouro e afrescos detalhados.
Na Capela Pio Monte della Misericordia fica uma obra de Caravaggio, chamada Sete Atos de Misericórdia.
Dentre as ruas em que você não deveria deixar de circular está a Spaccanapoli, uma via muito estreita que divide o centro e que é a cara de Nápoles. Mas não adianta pesquisar esse nome no Google Maps. O nome oficial é Via Benedetto Croce, que começa na Piazza Gesù Nuovo. Outra rua famosa no centro histórico é a Via San Gregorio Armeno, conhecida pelas lojinhas de presépios.
Foto: J. Mario Franco, Flicker
A Piazza Dante (foto acima), nomeada em homenagem ao poeta, é onde fica a Porta Alba, um dos antigos portões de entrada da cidade medieval, inaugurado no século 17. No mais, aproveite para andar sem rumo, explorar ruas e praças. E comer pizza, gelatto e tudo mais que seu estômago aguentar.
Você também pode fazer um passeio guiado pelo centro histórico de Nápoles. Veja abaixo algumas opções:
Roteiro de 2 dias em Nápoles
Para quem tem dois dias em Nápoles, no segundo, explore a região mais nobre do Centro Histórico: a Via Toledo, Bairro Espanhol, Praça do Plebiscito e o bairro Chiaia. Siga pela rota dos três castelos, que vai te levar também para as belas vistas do Lungomare, e termine o dia subindo o funicular para ver o pôr do sol de Vomero.
Comece o passeio na Estação Toledo, considerada a estação de metrô mais bonita do mundo pela BBC, projetada pelo arquiteto espanhol Oscar Tusquetes.
Suba para o Quartieri Spagnoli, ou Bairro Espanhol, uma região bastante típica de Nápoles, construída no século 16, para hospedar tropas militares espanholas. Hoje a área conta com ruas estreitas e prédios com sacadas cheias de roupas penduradas. Ali você encontra algumas igrejas e restaurantes típicos.
Bairro Espanhol. Foto: J. Mario Franco, Flicker
Depois de circular um pouco pela confusão, desça para a Via Toledo, uma rua que leva do Centro Histórico até a praça do Plebiscito. É uma via comercial bem famosa, com lojas grandes, de preços variados. No final dela fica a Galeria Umberto I, que lembra um pouco a Vittorio Emanuele, em Milão. É uma grande passagem chique, com teto de vidro e ferro, construída no final do século 19.
Foto: J. Mario Franco, Flicker
Na Praça do Plebiscito está uma igreja enorme, chamada Basilica di San Francesco di Paola, que lembra o formato do Panteão de Roma por dentro, mas foi fundada em 1816.
A praça abriga, ainda, o Palazzo Reale, um palácio de 1600 que foi residência dos reis da região e hoje é um museu. Pode ser visitado de quinta a terça (fecha na quarta), incluindo ou não os jardins. E por ali você encontra também o Castelo Novo, do qual falaremos no próximo tópico.
Seguindo o passeio por Chiaia, dê uma circulada pelas ruas acima da Praça, que são cheias de restaurantes charmosos e bares animados. Inclusive, é por ali que está a Pizzaria Brandi, que criou a pizza marguerita.
Por fim, siga pela Via Chiaia, uma rua pedonal chique que termina na Piazza dei Martiri, lugares citados no Livro A Amiga Genial. De lá, você consegue seguir a pé para o Castelo do Ovo.
Em Nápoles existem alguns castelos medievais. O Castel Nuovo fica ali nos arredores da Piazza del Plebiscito, é o maior e mais bonito deles. Foi construído em 1279 e por um tempo serviu de residência da realeza, até que foi transformado em fortaleza. Hoje funciona um museu lá dentro.
Já o Castel dell’Ovo, o mais antigo de Nápoles, fica numa ilhota no mar Tirreno. O nome engraçado do castelo vem de uma lenda: o poeta Virgílio escondeu ali um ovo mágico que segura a fortaleza. Caso o ovo quebre, não só o castelo entraria em colapso, mas também uma série de catástrofes aconteceria em Nápoles.
Apesar do castelo por dentro não ter muitos atrativos, fica numa região à beira-mar incrível, chamada Lungomare Caracciolo, um ótimo lugar para passear, tomar um café ou comer alguma coisa. Ó:
Por fim, o Castel Sant’Elmo fica no alto de uma colina, na região de Vomero. Uma das formas de chegar lá é de funicular. Sant’Elmo também foi transformado em museu e dali se tem belas vistas de Nápoles.
Aproveitando que você está em Vomero, se der tempo, visite a Certosa de San Martino, um antigo monastério, também transformado em Museu de História da Cidade, que fica ao lado do Castelo Sant’Elmo. O prédio foi inaugurado em 1368 e abandonado no século 19.
Tem três dias para Nápoles? Então nesse dia extra você pode aproveitar para conhecer as galerias subterrâneas da cidade, visitar as catacumbas de San Gennaro, ver algumas das igrejas do Centro Histórico que não tenham entrado no primeiro dia, além do Museo Nazionale di Capodimonte.
– Napole Sotterranea, uma série de galerias subterrâneas históricas. Existe mais de um tour por esses túneis subterrâneos: Tunel Borbônico, Napole Sotterranea e La Napole Sotterranea
Galeria Borbonica. Foto: Associazione Culturale Borbonica Sotterranea – CC BY-SA 4.0
– As catacumbas de Nápoles (San Gennaro e San Gaudioso): cemitérios subterrâneos esculpidos em rocha, muito antigas.Tem afrescos do século 9 e 10 e tumbas macabras feitas com ossos.
– Museo Nazionale di Capodimonte: um museu que fica num palácio da Dinastia Bourbon e conta com uma seleção impressionante de pinturas e esculturas de artistas como Rafael, Tiziano, Bruegel il Vecchio, El Greco e Caravaggio.
– Você também pode fazer um bate volta para o Palácio Real de Caserta,
Há alguns endereços muito famosos quando o assunto é pizza napolitana. Experimentamos e aprovamos os dois mais importantes:
Foto: ElfQrin (Valerio Capello) – CC BY-SA 3.0
No texto com a história da pizza marguerita, contamos sobre a Brandi, pizzaria que afirma ter inventado o sabor, em 1889, em homenagem a uma rainha. Eles também servem outros sabores, como 4 Queijos e Prosciutto. A pizza marguerita custa €3,50 para take away ou 9 euros para comer lá no espaço.
A Brandi fica próxima à praça do Plebiscito, na Salita S. Anna di Palazzo, 1/2.
Outra pizzaria famosíssima em Nápoles, daquelas com fila de horas de espera na porta, é a L’Antica Pizzeria Da Michele. Ela apareceu no filme Comer, Rezar e Amar. Fica bem próxima à estação de trem, na Via Cesare Sersale, 1, podendo ser uma parada para quem só está de passagem por Nápoles.
Na Pizzaria da Michele, serve-se apenas dois sabores: a marguerita tradicional ou a marinara (que é a pizza sem queijo). O valor é de €3,50. Se você não quiser ficar na fila esperando, peça a pizza take away.
Temos um texto completo indicando os melhores bairros para se hospedar em Nápoles.
Eu fiquei hospedada na região de Chiaia, um bairro nobre. Escolhemos um apartamento pertinho da Praça do Plebiscito, chamado Albachiara, onde cabiam 4 pessoas. O studio tem uma vista incrível da cidade (foto abaixo), é todo novinho, vale muito a pena.
Segue aqui também uma lista de hotéis, hostels e outros tipos de acomodação muito bem avaliados e localizados para a sua estadia em Nápoles:
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Ver Comentários
Oi Luiza
Estarei em Nápoles em junho/19 por 3 dias. Gostaria de saber se é viável fazer um bate e volta passando porAmalfi até Positano de carro.
Estarei em Nápoles em outubro (marido, filho e eu). Vamos nos hospedar pelo Airbnb, mas como não conheço nada por lá, ainda, gostaria de uma dica para ficar num bairro bom e próximo de tudo. Serão poucos dias (4 no máximo) e vamos para San Giovanni Rotondo depois. Desde já agradeço a atenção!
Oi Rose,
Dá uma olhada nessas dicas de quais regiões são as melhores para se hospedar:https://www.360meridianos.com/dica/onde-ficar-em-napoles-italia-melhores-bairros
Ola Luisa tudo bom? Eu vou a napoles em marco e gostaria de visitar pompeia e o vesuvio.Acha que um dia para essas duas coisas chegar? E poderei ir por conta propria sem excursao?obrigada.
Oi Marina,
Sim, dá para visitar em um dia e por conta própria. E o melhor, temos um post dizendo exatamente como: https://www.360meridianos.com/dica/visita-as-ruinas-de-pompeia-italia-e-arredores
Olá Luiza.
Estarei conhecendo o sul da Itália em Julho/18. Estou na dúvida se eu começo a partir de Napoli ou a partir de Palermo. Pois, parto do Rio de Janeiro. Mas depois do sul da Itália devo ir para a Espanha, então fiquei na dúvida em qual fica mais fácil para ir até a Epanha. Não tenho mais interesse em ir para a Roma, pois já fui duas vezes.
Qual a sua dica?
Muito grata.
Oi Alteia,
Veja de qual das duas cidades você consegue voos mais baratos para a Espanha, visto que tanto Nápoles quanto Palermo tem aeroporto.
Se você é brasileiro não vá à Pizzeria Trianon. Fomos muito mal atendidos e o garçom tratou nosso filho mal. Levantamos e fomos embora na hora e o dono foi sarcástico e disse: "Thank you very much! Bye bye." Por isso o local estava vazio. Fomos à Pizzeria D'angeli e tivemos um excelente atendimento.
Olá Luiza, Adorei as suas dicas, mas gostaria de saber se por ventura conhece um restaurante que se chama D´Angelo, no alto do morro em Napoli. Estive lá a muito tempo e adorei, gostaria de saber se ainda existe.
Grata
Não conheci Regina!
Olá Luiza
Estarei em Nápoles 7 horas no mês de agosto a realizar um cruzeiro.
Gostaria de saber qual é o0 melhor roteiro para se fazer a pé, saindo do porto de cruzeiros.
Obrigado
João
Olá! Elucidativo o post, gostei bastante. Minha dúvida é se vale a pena visitar Napoles em dezembro, bem como se vale a esticada a Capri e Sorrento, já q estaremos no inverno.
Oi Elise,
Se não estiver chovendo, acredito que vale a pena sim.
Oi, Luiza!
Vou fazer um bate e volta Roma-Capri e ficarei cerca de 2 horas em Napoles (de 18 às 20h). Gostaria de comer uma pizza legítima "Napoletana". Entre o porto e a estação Central, onde você me aconselha a parar? Estarei com mais 5 pessoas.
Obrigada
Oi Telma,
Dá uma olhada nesse post https://www.360meridianos.com/dica/pizza-napoletana-onde-comer
Não conheço Nápoles, desejo muito conhecer em breve. Muito estimulada agora, depois da leitura da série napolitana de Elena Ferrante(quatro volumes de muito talento p criar e contar histórias emocionantes).