Planejar um roteiro em Nova York é como montar um quebra-cabeças. É preciso encaixar as inúmeras atrações da cidade no tempo da viagem, sem sofrer muito com as pecinhas que vão, inevitavelmente, ficar de fora. É virtualmente impossível fazer tudo o que se quer em três, quatro ou cinco dias em Nova York. Para isso, serão necessárias muitas idas à cidade. E, ainda assim, é possível ela nunca se esgote.
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Por isso, a principal recomendação aqui é: vá com calma. Aproveitar uma cidade como Nova York tem muito a ver com vivê-la, e você dificilmente vai conseguir fazer isso se estiver correndo de um lado para o outro tentando cumprir um check-list de atrações. Tenha tempo para sentar-se por um minuto na escadaria do MET ou para descansar num dos bancos do Central Park. São nesses momentos que você vai conseguir captar toda a magia de estar em Nova York.
Como estamos falando de uma cidade gigantesca, convém também organizar as atrações por região, para economizar tempo de deslocamento e sola de sapato. Por isso, dividimos as atrações nesse guia pela proximidade. Você pode utilizá-lo para montar seu roteiro de cada dia de viagem. E não deixe de conferir o Time Out New York para ficar por dentro da agenda cultural da cidade durante a sua visita.
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Parte do que os moradores locais adoram chamar de Uptown – ou seja, a porção mais ao norte da ilha e que vai até a 59th st. -, os bairros de Upper East e Upper West Side são aquilo que a gente imagina de Manhattan: arranha-céus poderosos, lojas de grife e muito luxo, glamour e riqueza por onde quer que você olhe.
Regiões nobres e com o metro quadrado que deve valer mais que meu rim, ali estão algumas das principais atrações da cidade, como o Metropolitan Museum, carinhosamente apelidado de MET, o Central Park e o Museu de História Natural. O Upper East Side é o mais granfino dos bairros, com muitos hotéis, lojas e restaurantes luxuosos. Do outro lado do Central Park fica o Upper West Side, o irmão rebelde, mais liberal e moderninho.
Dica: Dependendo de como você se organizar, dá para combinar parte das atrações da Uptown e Mid Town num único dia e gastando um bocado das canelas (sem incluir os museus).
Quem nunca sonhou em dar uma voltinha no Central Park, sentar-se num dos bancos, quem sabe para comer um bagel enquanto pensa na vida? O Central Park está no imaginário de milhares de pessoas do mundo inteiro e, talvez por isso, seja um dos parques urbanos mais visitados do planeta. Gigantesco, esse oásis verde em Manhattan tem 3,41 quilômetros quadrados e se estende da 110th st. à 59th st., já na divisa com a Midtown. Passear por ali e se perder por entre as árvores já é um programa e tanto, mas há atrações que vale a pena ter em vista quando você for caminhar por ali.
Um desses locais é o Strawberry Fields (West Side entre 71st e 74th Streets), um memorial construído em uma área que John Lennon frequentava. Artistas de rua costumam se apresentar por ali e incluem muitas músicas dos Beatles no repertório, portanto a trilha sonora é garantida.
Outra região muito bonita é o The Mall, um caminho arborizado que começa na altura da 66th e segue até a 72nd st. A passagem foi desenhada para os tradicionais passeios de carruagem, mas como esse tipo de atividade é cruel e brega pra caramba (pobres cavalos), hoje ele é muito usado para caminhadas românticas e ponto de encontro entre os novaiorquinos. As belas árvores que enfeitam o caminho são da espécie Olmo Americano, bastante raras nos dias de hoje.
Dica: conheça o parque de bicicleta! Há várias lojas de aluguel na região e os preços são bem em conta.
O parque também costuma receber diversos shows e eventos culturais. Consulte o site oficial para conferir a agenda durante a sua viagem.
Localizado dentro do Central Park, esse gigantesco museu tem um acervo que reconta cerca de 5.000 anos de história da arte. Não preciso nem dizer que é impossível ver tudo em um dia só, não é mesmo? Mas, olha, a visita vale muito a pena. Na impossibilidade de ver tudo, reserve pelo menos uma tarde inteira por aqui, casando, quem sabe, com um relaxante passeio no parque. E quem é aficionado com arte não precisa se preocupar: a entrada do MET dá direito a visitar o museu por três dias consecutivos.
Além do acervo impressionante, a fachada do MET por si só é um dos cartões-portais de Nova York e suas escadarias, um ponto de encontro para os moradores locais
Na bilheteria, peça um mapa aos recepcionistas para preparar sua visita. As salas do MET são organizadas por temas, então fica fácil ir direto na que te interessa mais. Se você busca as estrelinhas douradas do museu, procure as galerias de arte asiática (206); a ala de esculturas gregas e romanas (162); a galeria 826, que reúne obras de artistas impressionistas europeus, incluindo vários quadros do Van Gogh; e a reconstrução do templo egípcio de Dendur (131).
Dica: O terceiro andar do MET é um bar que funciona entre maio e outubro. O lugar é perfeito para fechar a visita com uns bons drinks e vista para o Central Park.
Entradas: Até 2018, não havia entrada fixa no MET, apenas uma contribuição voluntária, porém uma drástica redução nas doações fez com que o museu fixasse a entrada em US$25 (estudantes: US$17). Além disso, agora é preciso comprar os bilhetes antecipadamente no site oficial.
O Metropolitan Museum of Art oferece visitas guiadas sem custo adicional e em português. Elas costumam acontecer às segundas, terças, quintas e sextas, ao meio-dia, porém convém perguntar na bilheteria, uma vez que esses horários estão sujeitos a alteração. Para participar, basta apresentar um bilhete válido e dar as caras na entrada das galerias egípcias pontualmente no horário marcado.
Além disso, há também a opção de visitar o museu completamente vazio com um tour guiado. É o EmptyMET Tour, que recebe um pequeno grupo em horários em que o estabelecimento está fechado. O preço, no entanto, é salgado: entre US$165 e US$195.
Funcionamento: Abre diariamente, das 10h até às 17h30. Às sextas e sábados funciona até mas tarde, às 21h. Mas, se você viaja no fim do ano, atenção! O MET só fecha as portas em três feriados: thanksgiving; 25 de dezembro e 1 de janeiro.
Metrô: Estação 86 St Lexington Av nas linhas verde
, e . Ou a 86 Street, nas linhas amarela eO Guggenheim é um daqueles museus em que o próprio edifício já é uma das principais obras de arte. Primeiro museu construído pela Fundação Salomon R. Guggenheim, é considerado uma das obras de arquitetura mais importantes do século 20 por seu grande salão em espiral. O acervo também não deixa a desejar, com peças doadas pelo próprio Guggenheim, além de Picasso, Chagal, Van Gogh, Kandinsky, Mondrian, Edouard Manet e Robert Mapplethorpe.
O Museu Guggenheim oferece visitas guiadas em inglês todos os dias, das 11h às 13h. O museu também fornece audioguias sem custo adicional e em diversos idiomas.
Endereço: 89th st. com 5th Avenue, a 500 metros do MET
Metrô: 86th Street, linhas 4, 5 e 6
Visita: das 10h às 17:45. Aos sábados vai até mais tarde, às 19h30.
Fecha às quintas-feiras, no thanksgiving e nos dias 24 e 25 de dezembro.
A entrada custa US$25. Estudantes: US$18.
Considerado um dos melhores museus de ciências do mundo desde sua fundação, em 1869, o Museu Americano de História Natural conta a história da Terra e da humanidade por meio dos 35 milhões de objetos que compõem seu acervo – e essa é apenas a maior coleção de história natural já reunida. Entre os destaques está a famosa sala dos dinossauros (você deve se lembrar dela do filme Uma Noite no Museu), na qual estão expostos fósseis e réplicas de esqueletos em tamanho real. Não deixe de passar também pela galeria de biodiversidade e pela sala dos meteoritos.
Dica: O Museu de História Natural é para gente de todas as idades, mas é um programa e tanto se você visita Nova York com crianças.
Endereço: Central Park West & 79th St, a 900 metros do MET, do outro lado do parque.
Metrô: Estação 81st St. Museum of Natural History, linhas B e C.
Visita: Todos os dias das 10h às 17h45 . A entrada custa US$23.
Considerado o principal complexo de artes performáticas dos Estados Unidos, o Lincoln Center abriga, entre outras instituições, a Metropolitan Opera House, a New York City Opera, o Ballet, a Orquestra Filarmônica de Nova York, a New York Philarmonic, e a renomada Julliard School for Performing Arts.
O Lincoln Center oferece passeios guiados que percorrem os edifícios para contar a história do complexo, incluindo os bastidores que receberam Luciano Pavarotti e Mikhail Baryshnikov. Durante o percurso, você terá a oportunidade de ver uma palinha dos ensaios e audições que acontecem ali todos os dias.
Os tours saem do David Rubenstein Atrium e custam US$25. Para participar é preciso agendar o passeio online. Se quiser a experiência completa, não deixe de garantir suas entradas para um dos espetáculos em cartaz durante a sua visita. Para saber o que está rolando, consulte a agenda no site oficial.
Endereço: entre a 66th Street, Columbus Avenue, 62nd Street e Amsterdam Avenue, Upper West Side.
Já imaginou acordar todas as manhãs com vista para o Central Park, quadra de tênis, pé direito de mais de quatro metros, escadarias de mármore e, de quebra, ser vizinho da Yoko Ono? Esse luxo é pra os pouquíssimos que podem pagar por um apartamento no Edifício Dakota, um dos endereços mais caros e famosos de Nova York.
O lugar virou ponto de peregrinação para os turistas e beatlemaníacos depois que John Lennon foi assassinado bem ali em frente. O casal vivia no último andar do Dakota desde 1973 e, na noite de 8 de dezembro de 1980, um fã obcecado atingiu Lennon com quatro tiros, quando o músico entrava em casa. Yoko ainda mantém o apartamento.
O edifício é residencial e somente pessoas autorizadas podem entrar. Como a localização é conveniente, no entanto, bem na 72th st. com Central Park West, vale a pena passar por ali para tirar uma foto da fachada, se você estiver por perto.
A Midtown começa quando termina o Central Park, na 59th st., e vai até 34th st. É considerada a parte mais importante da cidade, o centro econômico onde estão concentrados grande parte dos arranha-céus que abrigam as sedes das empresas mais importantes do mundo. Estima-se que cerca de três milhões de pessoas trabalhem por ali todos os dias. Midtown Manhattan também reúne alguns dos pontos turísticos mais famosos, como o Empire State, Rockefeller Center, Broadway e Times Square.
Localizado na ponta sul do Central Park, na interseção da 8th Avenue, Broadway, Central Park South e Central Park West, o Columbus Circle é o ponto zero de Nova York, a partir do qual todas as distâncias da cidade são medidas. A praça em formato circular conta com uma estátua em homenagem a Cristóvão Colombo, mas a grande atração ali é para quem curte compras: o The Shops At Columbus Circle, que fica dentro do Times Warner Center (um dos prédios ao redor da praça), é repleto de lojas renomadas e restaurantes para todos os bolsos.
Metrô: 59th Street – Columbus Circle (Linhas A, B, C, D, 1 e N, Q, R)
O nome é Museum of Modern Art, mas ele é carinhosamente apelidado de MoMA. Espalhadas por seus seis andares estão obras de artistas como Jackson Pollock, Cézanne, Matisse, Van Gogh, Gauguin, Klimt, Rodin e Modigliani. São mais de 150 mil trabalhos, entre pinturas, esculturas e fotografias, algumas delas verdadeiras obras-primas, como a “Noite Estrelada”, de Van Gogh; “A persistência da memória”, de Dalí; e “As senhoras de Avignon”, de Picasso. Não deixe de conferir as galerias de arquitetura e design, um dos destaques da exposição.
Funcionamento: Abre todos os dias, de segunda a quinta, das 10h30 às 17h30. Às sextas vai até as 20h.
Entradas: Adultos pagam US$ 25. A entrada é gratuita para menores de 16 anos, custa US$ 18 para maiores de 65 anos e US$ 14 para estudantes. Grátis entre as 16h e 20h de sexta-feira.
O Rockefeller Center é um enorme complexo de 19 prédios comerciais e lojas que formam um shopping a céu aberto, além de restaurantes e diversas opções de entretenimento. Construído pela família Rockefeller no começo da década de 1930, pouco depois da queda da bolsa de Nova York, acabou se tornando um símbolo do processo de reconstrução econômica e de progresso para a cidade.
Por ali, vale a pena conferir os jardins com a bela estátua de bronze do titã Atlas; os Channel Gardens e a estátua dourada de Prometheus. A partir de novembro também dá para ver a gigantesca árvore de natal que já é marca registrada do complexo. Outra atração muito concorrida é o tour pelos estúdios da NBC, que leva os turistas pelos bastidores de programas como o Saturday Night Life.
O Top of the Rock, atração mais famosa do complexo, fica entre os andares 67 e 70 do G.E. Building. Lá de cima você terá uma vista 360˚ da cidade. Programe a visita para as manhãs de céu claro ou para o pôr do sol. A entrada custa US$41,37. Há também um ingresso chamado Sun and Stars, que permite visitar o Top of the Rock duas vezes ao dia, pela manhã e à noite, por US$56. Essas e outras entradas estão à venda no site oficial.
Dica: Entre outubro e abril o pátio do Rockefeller Center se transforma em uma enorme pista de patinação no gelo que pode receber até 150 pessoas de uma só vez. As entradas para a sessão de 1h30 custam entre US$25 e US$33, mais o aluguel dos patins, que saem por US$12,50. A pista funciona entre 8h30 e meia-noite.
Endereço: 45 Rockefeller Plaza, New York
Metrô: 47th-50th Sts – Rockefeller Center Station, linhas B, D, F e V.
Quem assistiu ao filme “Quero Ser Grande” vai se lembrar da cena em que o personagem vivido por Tom Hanks dança sobre um piano gigante em uma loja de brinquedos. O que nem todo mundo sabe é que a loja do filme é real e existe em Nova York até hoje. A FAO Schweetz parece mesmo saída de uma ficção – é repleta de brinquedos originais e guloseimas coloridas que fazem qualquer um voltar à infância por alguns instantes.
A visita tem um gostinho nostálgico, em especial para quem cresceu nos anos 1980 e 1990, já que há referências dessa época por todos os lados. A unidade clássica, na qual o filme foi gravado, fechou em 2015. Mas, para a alegria das crianças pequenas e nem tão pequenas assim, uma nova filial foi inaugurada dentro do complexo Rockefeller para o natal de 2018. E o piano gigante ainda está lá!
Endereço: 30 Rockefeller Plaza
Funcionamento: Segunda a sábado, das 9h às 22h – Domingo das 11h às 22h
A construção em estilo neogótico contrasta bastante com o modernoso e espelhado dos arranha-céus que se erguem ao redor, mas no bom sentido: a St. Patricks Cathedral é um marco histórico de Nova York e um dos principais cartões-postais da cidade. Com capacidade para até 2000 pessoas, a igreja tem o interior tão rico quanto o exterior: Destaque para os dois órgãos gigantescos, compostos por 3.920 e 5.918 tubos, e para a réplica da escultura de La Pietà, três vezes maior que a original de Michelangelo, que está no Vaticano. Lá dentro não é permitido tirar fotos.
Endereço: Quinta Avenida, entre as ruas 50 e 51, em frente ao Rockefeller Center
Metrô: Estação 5th Avenue – 53RD St, linhas E e M ou estação 47-50th St-Rockefeller Ctr, linhas B, D, F e M. 4, 5, 6, 7 e S.
Funcionamento: diariamente das 6h30 às 20h45. A entrada é gratuita. Todos os dias às 10h há uma visita guiada e também gratuita (mas lembre-se de dar uma gorjeta ao guia).
A New York Public Library fica em um prédio imponente que guarda uma das mais importantes bibliotecas do mundo, com mais de 20 milhões de livros. Você pode entrar e explorar as áreas de livre acesso sem pagar nada por isso. Perca-se nos corredores e na infinidade de salas, cada uma mais linda que a outra.
Depois me conta se você não teve a impressão que estava em Hogwarts! Só lembre-se de respeitar o silêncio absoluto que reina por ali: a biblioteca é muito frequentada por estudantes em busca de um lugar tranquilo. No primeiro piso, dê uma olhada nas lojinhas que vendem livros, cadernos, mapas, brinquedos e várias coisas legais para quem é amante das letras.
Localização: 476, 5th Avenue. A 800 metros da St. Patrick’s Cathedral e atrás do Byrant Park.
Funcionamento: Às terças e quartas, abre das 10h às 20h. Às segundas, quintas, sextas e sábados, das 10h às 18h. Já aos domingos o horário de funcionamento é das 13h às 17h.
Outro cantinho de Nova York que os cinéfilos de plantão vão reconhecer imediatamente é o Grand Central Terminal. Cenário de inúmeros filmes, o lugar é também uma das principais obras de arquitetura da cidade. Inaugurado em 1871, o terminal marcou a modernização do país ao substituir a antiga Grand Central Station e aposentar os trens a vapor. A parte mais icônica é o Vanderbilt Hall, um saguão de mais de 1.100m2 e lindamente decorado. Estima-se que mais de 100.000 passageiros circulem pelo Grand Central Terminal todos os dias, sem contar os milhares de turistas que aparecem por ali só para bater fotos.
Endereço: 15 Vanderbilt Avenue, a 500 metros da Biblioteca Pública de Nova York
Metrô: Grand Central Terminal, linhas 4, 5, 6, 7 e S.
Se você faz questão de uma peça específica – em especial as mais disputadas -, vale a pena garantir o ingresso com antecedência. O site da Broadway mostra tudo o que está em cartaz e te leva para a página de vendas de cada espetáculo. Se seu inglês não é lá essas coisas, a dica é optar por histórias (e músicas) já conhecidas, como O Rei Leão, Alladin, Frozen e Mamma Mia.
Quem tiver com o espírito aberto e quiser economizar uns trocados, pode tentar a sorte nos quiosques da TKTS, que vendem ingressos com desconto para peças do dia (veja mais no link abaixo). Aí é na sorte: não dá para saber o que vai ter disponível lá na data que você quer. A bilheteria abre às 15h e é bom chegar cedo para ter mais chances de conseguir bons lugares.
Dica: Veja aqui mais sobre como conseguir ingressos baratos para os espetáculos da Broadway
Localização: Entre a 50th st. e 41st st., a 600 metros do MoMA
Dica de restaurante: Próxima à Broadway e da Times Square fica uma região repleta de restaurantes, bares e lojas diferentonas conhecida como Hell’s Kitchen (entre a 34th st. e 59th st., e entre a 8ª Avenida e o Rio Hudson). Por ali dá pra provar culinária autêntica de diversas partes do mundo, além de opções bastante americanas. Minha dica é programar um brunch tipicamente novaiorquino no 44&X (622, 10th Ave).
O brunch no 44&X saiu por US$27 por pessoa
Famosa pelos letreiros luminosos e pela poluição visual estranhamente bela, a Times Square recebe quase 40 milhões de turistas por ano. Estima-se que, a cada minuto, mais de 100 línguas diferentes são faladas simultaneamente apenas nesse pedacinho de rua. Sim, rua. Porque, apesar do nome, de praça o lugar não tem nada: a Times Square é um cruzamento de 12 vias que foi modificado para atender o grande fluxo de pedestres.
O lugar ficou conhecido dessa forma no século 20, depois que o New York Times mudou sua sede pra lá. Foi só depois disso que o cruzamento começou a se tornar um cantinho especial de Nova York, muito utilizado como cenário de filmes, fotografias e obras de artistas locais. Nos anos 1980, passou por um período de forte degradação, mas uma grande revitalização na década seguinte atraiu diversas empresas e lojas internacionais para lá, dando à Times a cara que ela tem hoje. Se você for viajar no fim do ano, não deixe de conferir a tradicional contagem regressiva do Ano-Novo em Nova York.
Dica: Atores fantasiados de personagens da cultura pop tiram fotos com os turistas por uma gorjeta entre US$2 e US$5. Caso algum deles seja inconveniente ou agressivo, não hesite em chamar um policial.
Localização: Na junção da Broadway com a Sétima Avenida, entre a 42nd Street e a 47th Street, próximo a alguns dos principais teatros da Broadway, como o Minskoff.
Embora não seja tão grande e famoso quanto o Central Park, o Madson Square Park é uma parada excelente para a hora do almoço. Além da possibilidade de estender uma canga na grama e fazer um piquenique, opção muito comum entre os novaiorquinos, há uma filial do Eataly logo em frente e outra do Shake Shack bem no meio do parque. Os sanduíches deles, inclusive o vegetariano, são uma delícia, mas o milk shake de manteiga de amendoim ocupa um lugar especial no meu coração.
Uma opção ótima para matar a fome no começo da noite, no entanto, é a Mad. Sq. Eats., que vende comidas de diferentes partes do mundo e dos principais restaurantes de Manhattan durante a primavera e o outono. Não fica exatamente no parque, mas próximo a ele, na 24th e 25th Streets. Já no verão, o lugar vira palco para o Madson Square Music. O Madson Sq. Park recebe outros eventos gastronômicos e culturais ao longo do ano, confira a programação no site oficial.
Localização: Madison Avenue, entre as ruas 23th e 26th.
O Empire State Building é tanto um dos cartões-postais quanto uma das vistas mais famosas da cidade. Foi o edifício mais alto do mundo por quarenta anos, entre as décadas de 1930 e 1970, quando foram inauguradas as Torres Gêmeas do World Trade Center. Com os atentados de 2001, voltou a ser o prédio mais alto de Nova York, perdendo o posto novamente com a inauguração do One World Trade Center, em 2012. Mas se tem uma coisa que o Empire State não perdeu foi espaço no imaginário mundial: é um marco histórico nacional do Estados Unidos; um dos principais cartões-postais da cidade e uma das atrações mais visitadas por turistas. Durante a visita, não deixe de reparar no lobby em mármore preservado exatamente como no momento da inauguração, em 1931.
Quem quiser evitar as filas, que podem durar horas, deve se programar para visitar o prédio de manhã, entre as 8h e 10h, ou após as 22h. É possível comprar o ingresso online, no site oficial. Contudo, você receberá um voucher que precisa ser trocado pelo ingresso na bilheteria. Embora no momento da compra seja preciso informar a hora da visita, não há agendamento e com o bilhete é possível visitar prédio a qualquer momento.
Na hora da compra, será preciso escolher se você vai subir até o main deck, no 86º andar (US$40) ou até o top deck, no 102º (por US$20 adicionais). Vá pelo 86º: além de ser mais barato e estar incluído nos passes turísticos, o mirante já é alto o suficiente para garantir uma vista incrível da cidade. Além disso, o deque de observação é aberto, protegido por grades, enquanto o do 102º é cercado por vidro. Só isso já garante que as fotos serão melhores.
Dica: Às quintas-feiras e aos sábados de verão, o Empire State Building recebe apresentações de música ao vivo entre 21h30 e meia-noite.
Não é permitido entrar no Empire State com materiais cortantes, mochilas grandes, líquidos inflamáveis ou perfumes, bebidas, garrafas e copos, isqueiros e outros materiais que possam ser considerados perigosos pelo controle de segurança. Não há guarda-volumes no local, por isso o melhor é deixar esses itens no hotel.
Endereço: 5ª Avenida, entre as ruas 33 e 34.
Metrô: 34th Street/Penn Station (linhas 1, 2, 3, A, C e E) ou 34th St – Avenue of the Americas (linhas B, D, F, N, Q e R).
Funcionamento: diariamente, das 08h às 02h.
O High Line é mais ou menos o que seria o minhocão de São Paulo se ele fosse transformado em um parque. Construído onde antes passava uma linha de trem desativada, esse parque suspenso passa por mais de 10 quarteirões e 2,33 quilômetros: vai da 34th st. até a Gansevoort Street, já na Lower Manhattan, entre as 12th e 10th avenidas.
O percurso é marcado por painéis de arte urbana e vistas inusitadas de Nova York. Sem falar que, em alguns pontos, a passarela fica bem colada aos prédios, o que dá a sensação de caminhar pelo topo da cidade. Em outros, a vegetação é tão abundante que esconde a metrópole ao redor. Há quiosques de comidas no caminho.
Localização: Há vários pontos de acesso para o High Line. Entrando por uma das pontas dá para fazer o trajeto inteiro. A entrada da 34th st. fica próxima à estação 34th Street-Hudson Yards (Linha 7) ou da Penn Station. Já a da Gansevoort St. é próxima à estação 14th St x 8th Ave. (servida pelas linhas A, C, E ou L).
Outra possibilidade, para quem não quer caminhar tudo, é visitar o parque logo após o Chelsea Market. Há uma entrada na 16th st., ali pertinho. De lá não é um trecho muito longo até a saída da Gansevoort St., e você pode seguir para as atrações da Lower Manhattan.
Funcionamento: O parque abre diariamente das 7h às 23h.
Até a década de 1950 o lugar que hoje abriga um dos mercados mais charmosos e descolados de Nova York era uma fábrica de biscoitos que produzia, entre outros, os mundialmente famosos Oreos. Hoje, o galpão com cara industrial abriga o Chelsea Market, mercado gourmet com restaurantes, lojas e decoração vintage.
É cheio de opções para o almoço, que vão de comida indiana, tailandesa, vegetariana, natureba, sanduíches, doces e frutos do mar. Entre os restaurantes mais badalados do lugar estão o Friedman’s Lunch e a doceria Eleni’s. Mas você ainda pode optar pelos crepes da Bar Suzette, os noodles da Chelsea Thai ou a massa da Giovanni Rana Pastificio & Cucina, só para dar um exemplo. Quem quiser algo mais prático, rápido e econômico pode apostar nas deliciosas pizzas da Amy’s Breads. Há ainda um bar de vinhos e lojas de decoração e presentes.
Endereço: 75, 9th Ave
Metrô: Estação 14th Street/8th Avenue (Linhas A, C, E ou L)
Funcionamento: O Chelsea Market funciona de segunda a sábado, das 7h às 21h, e aos domingos, das 8h às 19h.
Mais conhecida pelos moradores locais como “Downtown”, Lower Manhattan é a região mais ao sul da ilha, formada por pequenos bairros bastante pitorescos, que vão te dar uma imagem completamente diferente da glamorosa região superior da Big Apple. É ali que ficam algumas das famosas vizinhanças étnicas da cidade, como Chinatown e Little Italy, além dos charmosos Greewich Village e Tribeca, que se estende às margens do rio Hudson, e do distrito comercial Wall Street.
Como chegar em Lower Manhattan: De metrô, pelas linhas 1,2 e 3 até a estação Christopher St. De trem, pelas linhas A, C e E até a estação Chamber.
Quem não acompanhou a série Friends nunca vai entender por que tanta gente se empenha em chegar à esquina da Bedford Street com Grove só para tirar uma foto da fachada de um apartamento. Mas pra quem se sente amigo pessoal de Mônica, Chandler, Rachel, Joey, Phoebe e Ross é difícil não se emocionar ao ficar cara a cara com o apartamento mais querido de Manhattan. Uma curiosidade é que o lugar foi usado apenas para as cenas externas, já que a série foi quase inteiramente filmada nos estúdios de Los Angeles.
Aproveite que você já está por ali para explorar o resto do charmoso bairro de Greenwich Village, berço do Movimento do Orgulho Gay de Nova York e famoso pelas lojas de roupas, decoração e design, além de uma excelente cena gastronômica, no passado frequentada por artistas e escritores como Jimi Hendrix, Bob Dylan, e Edgar Allan Poe.
Dica de restaurante: E, já que estamos em um tour televisivo, ali pertinho fica a filial da Magnolia Bakery do Greenwich Village (401, Bleecker Street), uma loja de doces e cupcakes famosa por ter aparecido na série Sex and the City. Mas a grande estrela da casa não é a Carrie Bradshaw, e sim o banana pudding divino deles. Destaque também para a torta de manteiga de amendoim. Se você é de compras, pode aproveitar para dar uma olhada nas lojas da Bleecker Street antes de seguir para o próximo destino.
Metrô: Estação Christopher St, (Linha 1). De lá, é só caminhar dois quarteirões pela Grove St. em direção ao rio Hudson.
Vir caminhando por Lower Manhattan e dar de cara com o Chinatown deve ser uma experiência muito parecida com encontrar uma brecha no espaço-tempo e ser teletransportado. Repleta de letreiros de neon com caracteres ilegíveis (para nós, claro), o bairro chinês de Nova York é o maior reduto de imigrantes dessa parte do mundo no ocidente.
O local tem aquele quê de caos adorável como só as metrópoles asiáticas sabem fazer, e ali é possível encontrar de tudo: de produtos de origem duvidosa a lojas de arte e artesanato, galerias e muitos, muitos restaurantes chineses e de outras partes da Ásia. Esse também é um bom lugar para encher a mala de lembrancinhas de viagem, já que os preços praticados ali são inferiores aos do resto da cidade.
Quem tiver interesse em conhecer um pouco mais sobre a história da imigração chinesa nos Estados Unidos pode dar uma passada no Museum of Chinese in America (MOCA) (215 Centre St, $12), que mostra um pouco da cultura desse povo nas Américas e como eles se estabeleceram ali. A entrada é gratuita nas primeiras quinta-feiras de cada mês e o museu fecha sempre às segundas. Outro local que vale a pena ver é Mahayana Buddhist Temple (133 Canal St), o maior templo budista da cidade e um dos maiores do país, de grande importância religiosa para a população que mora ali.
Dica de restaurante: O famoso 456 Shanghai Cuisine (69 Mott St., A) surpreende pelo preço baixo e qualidade. Já a sorveteria Ice Cream Factory (65 Bayard St.) é a melhor parada para uma sobremesa – o lugar serve sabores incomuns ao paladar brasileiro, com ingredientes típicos da Ásia.
Ao lado da Chinatown fica a Little Italy, bairro que abrigou, durante décadas, os imigrantes e descendentes de italianos em Nova York. Graças à expansão da Chinatown e ao deslocamento dos habitantes originais para outras áreas da cidade, a Little Italy tem perdido um pouco de sua autenticidade e ficado cada vez menor. Estima-se que apenas 10% da população que hoje vive ali seja de fato de origem italiana, mas no coração do bairro, no entanto, ainda é possível ver a clara influência dos nonos e nonas, em especial entre as ruas Grand e Mulberry Street.
A principal atração local é escolher uma entre as várias cantinas tradicionais que resistem ali e se preparar para uma deliciosa refeição italiana. Quem quiser bater um pouco de perna também pode passear pelos mercados locais e levar para casa produtos típicos da Itália, como embutidos e massas frescas.
Metrô: Descer em qualquer uma das estações: Canal St, Grand St, Spring St ou Bowery
Maior símbolo do poder econômico da Bolsa de Nova York, o touro de Wall Street é uma das atrações gratuitas mais visitadas da cidade. Obra do artista Arturo di Modica, fica bem ali pertinho do distrito financeiro, no Bowling Green Park. Reza a lenda urbana que, se você esfregar o chifre, o focinho ou os testículos da escultura, atrairá sorte e prosperidade para a sua vida.
Em frente ao touro, a estátua de uma menina destemida – na minha opinião, muito mais interessante -, ainda está por ali e, de acordo com as autoridades de Nova York, vai ficar por um bom tempo. A escultura da garotinha com as mãos na cintura, em uma pose desafiante, é uma critica ao ambiente majoritariamente masculino do mundo das finanças e uma homenagem à liderança e resistência feminina no mercado de trabalho, apesar de todos os percalços. A imagem foi colocada ali em celebração ao Dia Internacional da Mulher de 2017, mas já conquistou o coração dos moradores locais e turistas do mundo inteiro.
Metrô: Estação Bowling Green (Linhas Verde 4 e 5)
Bem no local onde ficavam as torres gêmeas está o Marco Zero, um memorial a todos os que morreram nos ataques ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001. São cerca de 3.000 nomes gravados em placas de bronze nos dois espelhos d’agua que formam o memorial. A visita é gratuita, porém há um Museu do 11 de Setembro, nas dependências do memorial, cuja entrada custa 24 dólares. Há uma visita guiada oficial que percorre tanto o memorial quanto o museu, em um passeio de 1h30.
Metrô: Linhas A, C, J, Z, 2, 3, 4 ou 5 para a Fulton Street ou a linha R para a Cortlandt Street
No topo do arranha-céu construído no marco zero das Torres Gêmeas, hoje o mais alto do ocidente, fica um observatório desde onde se tem uma das melhores vistas de Manhattan. O One World Trade Center tem 540 metros de altura e fica bem ao lado do memorial. Além do mirante, que fica no 102˚ andar, há também um centro interativo que conta com painéis com depoimentos das pessoas que trabalharam na obra. A entrada custa 32 dólares. Há um restaurante no local, para quem quiser almoçar com vista para Nova York.
Endereço: 285 Fulton Street. Aberto diariamente das 9h às 20h (a bilheteria fecha às 19h15). No site oficial é possível comprar as entradas antecipadamente.
Localizado no extremo sul da Ilha, o Battery Park fica de cara para a baía de Nova York e com uma bela vista para ela, a famosa, única, estrela absoluta… Estátua da Liberdade. É dali que saem as balsas para a Liberty Island, a ilha onde fica a estátua. Por isso, se você pretende fazer esse passeio, o Battery Park é parada obrigatória na sua viagem. Os ingressos são vendidos dentro do parque, na Castle Clinton.
Quem preferir economizar os obamas (desculpem, ainda não superei) pode simplesmente relaxar em um dos bancos do parque e aproveitar a vista, que é lindíssima ao pôr do sol. Há também vários monumentos espalhados pelo parque, entre eles o The Sphere, um famoso globo metálico que antes ficava na praça do WTC.
Quem não fizer questão de ver a Estátua da Liberdade de pertinho pode pegar a balsa gratuita que cruza para Staten Island e que, na ida e na volta, passa em frente à estátua. A balsa sai do Whitehall Terminal, em Lower Manhattan, pertinho do memorial do World Trade Center e da Wall Street. Leia mais sobre como ver a Estátua da Liberdade de graça.
Manhattan termina onde começa o Brooklyn. E é essa ponte, cartão-postal absoluto, que faz a ligação entre as duas partes da cidade. Construída entre 1869 e 1883, foi a primeira ponte de aço suspensa do mundo. A graça aqui é cruzá-la a pé e parar para tirar fotos no meio dela, com a bela estrutura e o rio lá embaixo. Do outro lado, já no Brooklyn, há ótimos lugares para fotografá-la em panorama (veja logo mais).A travessia tem extensão total de dois quilômetros.
Uma boa ideia é deixar para fazer esse passeio no dia que você for visitar o Brooklyn, porque, chegando do outro lado, tem um monte de atrações legais por perto e você ainda consegue se programar para fazer a travessia de manhã cedo, quando o local está, em geral, mais tranquilo. Para cruzá-la, saindo de Manhattan, vá a estação Brooklyn Bridge City Hall (linhas 4,5 ou 6), que fica em um parque quase em frente. De lá é só seguir as placas. É tudo muito bem sinalizado por ali.
Se você tiver pique, considere alugar uma bicicleta para a travessia. No final, você ainda pode dar um rolê pelo Brooklyn Bridge Park, que tem uma das vistas panorâmicas mais bonitas da ilha. Há uma loja de aluguel de bikes ali pertinho.
O que visitar em Nova York: Brooklyn
Cruze a ponte e você não está mais em Manhattan. Seja bem-vindo ao Brooklyn! No passado um reduto de violência urbana que concedeu a ele uma má fama, desde os anos 1990 a região passou por um processo de revitalização e gentrificação que a transformou no bairro favorito dos jovens, artistas e hipsters de Nova York. Espere encontrar por ali um ambiente mais descolado, criativo e com mais cara de vida comum que em Manhattan, sem deixar de lado a efervescência cultural e gastronômica que é a cara da cidade.
Brooklyn Bridge Park
Localizado logo abaixo da Brooklyn Bridge e às margens do East River, esse parque de 85 hectares esconde trilhas, colinas e jardins tão tranquilos que fazem com que a gente se esqueça de que está em uma das maiores cidades do mundo. Isso quando, é claro, o skyline de Manhattan não rouba a cena com uma das melhores vistas panorâmicas da ilha, incluindo a ponte, o One World Trade Center e a Estátua da Liberdade.
É no Brooklyn Bridge Park que fica o Jane’s Carroussel, um carrossel vintage ainda em funcionamento que orna que é uma maravilha nas fotos com vista para Manhattan. Sente-se na grama, tome um pouco de sol enquanto lê um livro, faça um piquenique. Ou, se você seguiu o meu conselho e alugou uma bicicleta para cruzar a Brooklyn Bridge, siga pela ciclovia Greenway, que interliga o Pier 1 ao Pier 6, uma das melhores formas de conhecer o parque.
Dica de restaurante: Quando estiver no Pier 6, dê uma passada na Fornino, uma pizzaria famosa na região por ter uma bela vista da ilha. Outro lugar badalado para comer por ali é o Luke’s Lobster (11 Water St), que serve os tradicionais sanduíches de lagosta.
Metrô: York Station (Linha F)
Colado na Brooklyn Bridge e englobando o Brooklyn Bridge Park está uma pequena região conhecida como D.U.M.B.O., acrônimo para a expressão “Down Under Manhattan Bridge Overpass”. No passado um bairro industrial utilizado para o desembarque das balsas, o lugar preserva aquele jeitão meio quadrado das fábricas, muitas delas transformadas em lofts espaçosos após a desindustrialização da cidade, na década de 1970.
Esses espaços atraíram jovens artistas em busca de um lugar barato para viver e um estúdio para trabalhar, o que impulsionou a transformação da área, hoje repleta de galerias de arte e, em um movimento mais recente, de startups de tecnologia.
Um dos lugares mais famosos da região é a Washington St. É dali que se tem a clássica vista da ponte do Brooklyn entre prédios, tão explorada no cinema e séries de TV. Para conhecer os artistas locais, dê uma passadinha no Dumbo Arts Center (111 Front Street).
O Brooklyn também tem seu calçadão. O Brooklyn Heights Promenade é uma passarela elevada com vistas incríveis para… adivinha? Ela mesma, a maravilhosa Manhattan. Mas não é só isso: o passeio passa também por quarteirões repletos de casas histórias típicas do Brooklyn, daquele estilinho que a gente está acostumado a ver nos filmes, sabe?
O lugar começou a ficar famoso na década de 1980, quando foi usado como locação de filmes como Annie Hall e o Feitiço da Lua. Ainda hoje é uma excelente pedida para uma caminhada tranquila (e, se você tiver sorte, romântica), por Nova York.
Dica de restaurante: Saindo dali, passe no Junior’s (386 Flatbush Ave Ext), confeitaria que está a 1500 metros do Promenade. Pode não parecer tão perto, mas garanto que a caminhada vale a pena: o restaurante tem a fama de ter o melhor cheesecake da cidade.
Se a gente pesquisar direitinho, talvez descubra que os hipsters vieram todos de Williamsburg. Repleto de arte de rua, galerias, bares e cafés moderninhos, a região é a que mais preserva o espírito alternativo em Nova York, apesar de ter perdido muito dessa atmosfera nos último anos.
No passado, nenhuma loja de rede poderia abrir uma unidade em Williamsburg, mas hoje a gente já vê Starbucks aparecendo aqui e ali. O bairro, no entanto, ainda é cheio de bares, cafés e restaurantes únicos, boutiques e galerias de arte. Para ver o que resta da Williamsburg autêntica, caminhe na região entre as ruas 6th e 11th. É ali que você vai ver alguns dos enormes painéis de arte urbana que, entre outras coisas, fazem a fama do bairro.
Uma das paradas mais famosas por ali é a Brooklyn Brewery (79 N 11th St.), uma cervejaria artesanal que já se tornou um marco no bairro. O lugar oferece tours guiados gratuitos aos finais de semana. Os passeios saem de hora em hora, entre 13h e 17h aos sábados e 13h e 16h aos domingos, e duram 30 minutos. Nas noites de sexta, a cervejaria se transforma em um bar. Se quiser fazer o passeio durante a semana, é preciso reservar antes.
Como chegar: Linha L do metrô ou de barco, pegando o East River Ferry no Pier 11, perto da Wall Street, ou entre as 34th e 35th st.
Atrações, comidinhas, roupas e decoração vintage, artesanato… A Brooklyn Flea é o maior e mais descolado mercado de pulgas da cidade e ainda um dos melhores lugares para conseguir peças únicas, estilosas e barganhas imperdíveis.
Coladinha nele fica também uma feirinha gastronômica pra foodie nenhum botar defeito. A Smorgasburg foca em experiências culinárias, em especial as que valorizam sabores exóticos e produção orgânica. Por entre as diversas barraquinhas em frente ao East River, com uma vista escandalosa de Manhattan, você faz viagens culinárias a diversos cantos do mundo.
Leia também: Smorgasburg, a feirinha gastronômica do Booklyn.
Local: A feira muda muito de endereço, mas o mais comum é que ocorra no Williamsburg Flea (em East River State Park), Fort Greene Flea (em Fort Greene, na Avenida Lafayette) ou no D.U.M.B.O., perto da Brooklyn Bridge. Para saber a localização exata no momento da sua viagem, consulte o site oficial.
Funcionamento: A feira ocorre às sextas, sábados e domingos, das 11h às 18h, de abril a novembro. Nos meses de inverno, é transferida para pavilhões cobertos.
Se você quer dicas de quais os melhores bairros para ficar na cidade, incluindo opções fora do centro e mais econômicas, dê uma lida no nosso guia de hospedagem em NYC.
A equipe do 360meridianos já ficou no HI NYC Hostel, no Upper West Side, e no Dharma Home Suites, em Nova Jersey. Você pode pesquisar essas e outras opções que caibam no seu orçamento no mapa abaixo:
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Ver Comentários
Gostaria de visitar, estatua ds liberdade ( barco) Museu de historia natural, torre Rockfeler, um show na broadway,
Olá Eloy! Esse roteiro é muito bom! Faça uma boa viagem :)
Gostaria de agradecer pelas ótimas dicas, especialmente pelo cheesecake do Junior´s que é divino. A sua amiga realmente tem razão!!!
Ainda sonho com esse cheesecake! :)
Fantástico! Ficamos 4 dias z fizemos o mesmo roteiro (não exatamente nessa ordem). Comemos comidas de rua como: Hello Guys, kebab muito bom..... também tomamos café da manhã no IHOP.... um espetáculo. Enfim, NY tem que ser explorada mais vezes.... loucos pra voltar...
Ei Lisiane, que legal que o roteiro deu certo pra você! NY é incrível!
Abraços
Ei Natália!
Eu e o marido viajamos por EUA e pegamos muitas dicas aqui do 360, então vim agradecer pelo trabalho de vocês!
Usamos seu roteiro como base para montar o nosso em NY e foi sensacional, deu tempo de visitar tudo o que queríamos!
Adorei o Chelsea Market! Assim como você sou apaixonada por mercados!
Fomos ao Brooklyn Heights Promenade de dia e de noite e nos dois horários a vista é espetacular!
Também pegamos as dicas de Orlando!
Obrigada a todos vocês!
Sugiro que quando forem ao EUA novamente incluam Chicago, achamos a cidade maravilhosa e arrisco dizer que até gostamos mais do que NY!
Beijos!
Ei Rafaela, fico muito feliz quando alguém vem dizer que usou nossas dicas e amou! Obrigada por comentar e dar esse feedback pra gente! E Chicago já está na lista.
Abraços! =)
Adorei esse post!!
Como sempre quando vou fazer pesquisas sobre meu próximo destino a primeira coisa que faço é entrar aqui no 360! E que sorte a minha, um roteiro de 4 dias (exatamente o que eu vou poder passear e ainda com a maioria dos lugares que quero visitar! :P). Agora vou ler todos os outros posts de NY ;)
PS: acho que alguns países do sul da África deveriam entrar no roteiro de vocês logo, me sinto perdida quando não tem dicas de vocês sobre algum lugar hehehe :P
Ei Yama, que legal que o roteiro caiu como uma luva, hein? Espero que você goste!
Quais países da África você queria? Temos um bom conteúdo sobre a África do Sul.
Abraços!
Qual hotel vcs ficaram? adorei o roteiro!! eu estou indo em agosto pra ficar 4 dias e vou usar muito dele... afinal, quero me basear no seu roteiro no hotel que eu ficarei!!
Ei Isabelle, eu fiquei em um hotel em Nova Jersey. Falo sobre ele aqui: https://www.360meridianos.com/dica/vale-pena-ficar-em-nova-jersey e aqui: https://www.360meridianos.com/dica/dharma-home-suites-apartamentos-manhattan
Aqui eu dou outras dicas de hotéis mais em conta: https://www.360meridianos.com/dica/dicas-de-hoteis-baratos-em-nova-york
Abraços!
Eu sou fã de toda a equipe desse blog, e quando fico uns dias sem visitar, vejo que tem tanta coisa nova que fico horas lendo todos os posts! Vou a Nova Iorque no mês que vem, e fiquei muito animado para conhecer o Chelsea Market que não estava no meu roteiro.
O jeito informal e gostoso que escrevem torna a leitura muito agradável, e fico imaginando as cenas conforme leio os posts. Estou a muito tempo pensando e pensando em tirar um ano sabático, mas tenho medo e acho muito complicado documentação, vistos e comprar passagens (muito complicado pra minha cabeça rsrs) mas sempre que venho aqui re-leio as postagens de volta ao mundo e me animo. Vocês poderiam fazer umas excursões para os leitores viajarem junto com vocês rsrsrs
Abraço a todos
Ei Gabriel,
Fique feliz com o seu comentário =). Espero que você goste do Chelsea Market. Planejar um ano sabático é mais complicadinho mesmo, mas com calma dá pra entender tudo. haha e quem sabe um dia a gente não monta a agência 360?
Abraços!
Uau, roteiro perfeito Natália! Amo demais NYC, seu post me deixou com vontade de voltar correndo pra lá, rs.
Beijo
Imagina quando eu escrevi o post? Minha vontade era pegar um avião na hora! NYC é incrível!
Abraços!