Porta de entrada para uma das regiões mais incríveis da Itália, Palermo tem um grande centro histórico, vida noturna e várias praias em seus arredores. A cidade é uma Itália diferente, com forte presença imigrante e clima mediterrâneo. Este texto é um guia completo do que fazer em Palermo, na Sicília.
Palermo tem muita história para contar. Fundada pelos fenícios, habitada pelos gregos, a cidade foi parte do Império Romano e depois do Bizantino. Palermo foi conquistada pelos árabes e reconquistada anos depois, quando começou o domínio normando.
Alguns dos principais pontos turísticos de Palermo, na Sicília:
Viajando pela Itália? Veja também:
Fundada em 1185, durante o período normando, a Catedral de Palermo incorpora influências arquitetônicas árabes, bizantinas e góticas. Segundo a tradição, o atual templo ocupa o mesmo lugar em que estava uma igreja cristã do século VI d.C. Durante a dominação islâmica, em 830 d.C., a antiga igreja foi transformada em mesquita. O atual templo foi construído após a reconquista.
Além de visitar o interior do templo, é possível subir ao terraço da Catedral, uma das melhores opções para ver Palermo do alto.
O Palácio dos Normandos é um dos mais antigos palácios reais da Europa – a primeira construção tem quase mil anos! Atualmente, o prédio é a sede do poder legislativo da Sicília. O grande destaque é a decoração de cada uma das dezenas de salas, com mosaicos que mostram as mais variadas cenas. Não deixe de visitar também a Capela Palatina, outro lugar conhecido por seus mosaicos e que é uma mistura das artes italiana, bizantina e árabe.
Outros pontos altos são os mercados de rua, como o Mercato Ballarò e o Mercato della Vucciria, um dos mercados de peixe mais famosos da Sicília.
Em Palermo está um um dos Jardins Botânicos mais antigos da Europa, por ali chamado de Orto Botanico, em bom italiano. E vale destacar também o Museu Arqueológico Regional Antonio Salinas, que abriga uma coleção de artefatos arqueológicos.
Para quem busca experiências diferentes, tem uma caminhada pelo centro histórico de Palermo que inclui comida de rua e visita aos mercados.
Outras duas opções interessantes são o passeio que promove um mergulho nas comidas típicas de Palermo ou até uma aula de culinária siciliana e que inclui pizza e gelato.
Não deixe de visitar o Teatro Massimo, que é o maior teatro de ópera da Itália. Foi construído em 1864 e tem arquitetura neoclássica – o prédio foi cenário para o filme Poderoso Chefão 3. Nesse link você encontra um tour guiado pelo prédio.
Mas meu passeio favorito mesmo foi caminhar pelas ruelas do centro histórico. A Via Maqueda e a Via Vittorio Emanuele são as ruas principais. É no cruzamento das duas que fica o Quattro Canti, uma espécie de praça em que as quatro fachadas dos prédios são decoradas em estilo barroco. Espelhadas, elas representam as quatro estações do ano, os quatro santos padroeiros de Palermo, os quatro reis da Sicília e os quatro rios dessa região italiana.
O Quattro Canti é o coração de Palermo e ao longo das Via Maqueda e Vittorio Emanuele estão várias lojas, restaurantes e bares – à noite, é nessa região que a cidade acontece e que Palermo mostra sua cara mais interessante. Também por ali está a Fontana Pretoria, criada em 1555 e que também é conhecida como Fonte da Vergonha.
Com arquitetura renascentista, a Fontana Pretoria tem várias estátuas de mármore de deuses, deusas, ninfas e figuras mitológicas. Dizem que o apelido (Fonte da Vergonha) nasceu porque a população local criticava à nudez das estátuas.
Quer conhecer o centro de Palermo com um guia local? Aqui você encontra um Passeio guiado GRATUITO . Outra opção, essa noturna, é fazer um passeio pelo centro para provar comidas típicas e conhecer os sabores da Sicília.
Por fim, há passeios pelo centro de Palermo em que você pode mergulhar história da máfia siciliana ou até conhecer Palermo de bicicleta.
Parta desse ponto e perambule pelas ruelas, algumas destinadas somente para o trânsito de pedestres, para descobrir outras belezas da cidade, como a Igreja de Sant’Ignazio all’Olivella e a Chiesa di Santa Maria dell’Ammiraglio (La Martorana), construída em 1143 e que tem mosaicos lindíssimos – esse é outro Patrimônio Mundial da Unesco.
A quatro quilômetros do Quattro Canti fica outra igreja: a Paróquia Santa Maria della Pace, onde estão as Catacombe dei Cappuccini, um complexo de catacumbas subterrâneas que data do século XVI e onde há centenas de corpos mumificados em exibição. Atenção: esse não é um passeio para todo mundo.
Outro ponto da região é a Catedral de Monreale e o Claustro dos Beneditinos, que ficam a 10 km do centro histórico de Palermo, numa cidade vizinha. O templo foi construído no século XII, durante o período normando, sob o reinado do Rei Guilherme II da Sicília.
Já o Claustro dos Beneditinos é do século XIII e apresenta arcos, colunas e capitéis ricamente esculpidos. Nesse link é possível contratar um serviço de transfer para Monreale.
Se circular pela Sicília exige um carro, chegar em Palermo é fácil.
O Aeroporto Internacional Falcone-Borsellino de Palermo (PMO) é o principal da região. Ele recebe voos de várias cidades europeias. E não apenas capitais – eu voei a partir de Estrasburgo, na França.
Após chegar ao aeroporto, você pode pegar um táxi (corridas custam em torno de 50 euros), um ônibus da Viação Prestia e Comandè (saídas a cada 30 minutos; 7 euros) ou um trem para o centro de Palermo. A estação Punta Raisi atende o aeroporto e leva até a Palermo Centrale.
Também dá para contratar um transfer de ônibus. Nesse link há opções por 6 euros.
Outra opção é alugar um carro já no aeroporto, que está a 30 km do centro da cidade.
Sim, é possível chegar em Palermo de trem. A estação Palermo Centrale recebe trens de Roma, Nápoles e Milão, entre outras cidades. A viagem, no entanto, é longa: pode chegar a 12 horas. Comprando com antecedência, espere gastar 60 euros numa viagem a partir de Roma e sem troca de trem.
Sobre isso, veja o texto sobre como viajar de trem na Europa.
Se você estiver vindo de outra ilha da Sicília ou de locais na Itália continental como Gênova, Cagliari e Livorno, é possível pegar uma balsa para Palermo.
Mondello é uma das praias mais famosas. Tem areia fina, águas cristalinas e uma orla cercada por restaurantes e bares.
Pertinho de Mondello, Addaura é uma praia de formações rochosas e águas azul-turquesa. Costuma ser muito buscada para snorkeling.
Uma vila de pescadores com praias tranquilas. É uma área menos turística a 15 quilômetros do centro de Palermo.
Uma ilha ligada ao continente por uma faixa estreita de terra. Tem seis mil habitantes e está a 20 km do centro de Palermo.
Uma das praias mais bonitas da Sicília. Mistura centro histórico – incluindo Patrimônios Mundiais da Unesco – com uma praia de águas calmas. Está a 70 km de Palermo e pode ser encaixada no roteiro para o interior da Sicília – no nosso caso, foi a parada no caminho para Agrigento.
Se quiser conhecer a cidade de forma mais completa, fique de dois a três dias em Palermo. Só que a maioria dos turistas vai com o tempo da viagem para a Sicília contado – e o interior da ilha, vale dizer, é bem mais interessante que a capital.
Por isso, muita gente acaba ficando em Palermo apenas no dia de chegada e no dia de partida da Sicília. Foi o que fizemos. Não deu para ver todas as atrações da cidade, mas não me arrependo.
O verão, que vai de junho a agosto, é a alta temporada. Prepare-se para ruas mais cheias e calor intenso – se for viajar nessa época, faça suas reservas com antecedência.
De setembro a novembro o calor diminui e as multidões também, mas os dias vão ficando mais curtos – e frios – com o chegar do fim do ano. Outra época agradável é a primavera, que vai de março a maio.
O inverno não chega a ser gelado como em outras partes da Europa, mas a chuva pode atrapalhar a viagem. Por outro lado, o valor das diárias de hotéis cai bastante.
Alugar um carro na Sicília é a melhor forma de organizar sua viagem pela ilha, mas a verdade é que o veículo atrapalha sua vida em Palermo.
O trânsito é caótico, vagas de estacionamento são raras e ainda há a famosa ZTL – o trânsito no centro histórico só é permitido para moradores, o que gera multas altíssimas.
Se estiver de carro e resolver ficar dentro da ZTL, lembre-se de pedir para seu hotel cadastrar a placa do veículo no sistema do governo. Espere gastar 20 euros por dia com estacionamento.
Por conta disso, muita gente prefere alugar o veículo quando sai de Palermo e segue para o interior da Sicília. No meu caso isso não funcionou e optei por ficar com o carro em Palermo mesmo. Apesar do perrengue com o trânsito, deu tudo certo.
Se resolver alugar um veículo, veja nosso guia completo de como dirigir na Itália, com dicas práticas da legislação italiana para motoristas.
Quer facilitar sua locomoção? Uma opção é reservar lugar num daqueles ônibus turísticos.
O seguro de viagem é obrigatório em dezenas de países da Europa, inclusive na Itália, e pode ser exigido na hora da imigração. Clique e saiba aqui como conseguir o melhor seguro viagem, com cupom de desconto de até 20%, pagando com PIX/boleto e usando o cupom 360meridianos.
Além disso, é importante em qualquer viagem. Veja como conseguir o melhor seguro para a Itália e entenda a diferença para o seguro do INSS.
Poucas regiões do mundo combinam tanto com uma viagem de carro como a Toscana. Habitada…
Kashan foi uma das cidades que mais me surpreendeu no Irã. Pequena, charmosa e repleta…
Fussen é um bate-volta comum para quem visita Munique e uma parada estratégica para quem…
Se você gosta de história e curte cidades com muitas atrações de graça, você vai…
Alguns lugares que a gente visita parecem nem pertencer a esse planeta. Foi bem assim…
O que fazer em Hong Kong? A metrópole asiática é um daqueles umbigos do mundo…