Onde comer em Lima: restaurante La Mar

Foi a primeira parada em solo peruano. Tínhamos desembarcado há pouco do avião e passado pelos procedimentos de imigração no Aeroporto Internacional Jorge Chávez, na região metropolitana de Lima, e já nos preparávamos para comer. E bem. Entramos na van, seguimos para o famoso distrito de Miraflores e passamos pelas portas do La Mar Cebichería, restaurante especializado em frutos do mar à moda peruana, mas que também tem filiais em Bogotá, Buenos Aires, Miami, São Francisco, Santiago e São Paulo.

Comer no La Mar legítimo tem suas vantagens, claro. Os peixes sempre frescos, a ponto do cardápio sofrer alterações de acordo com o que foi pescado naquele dia, é uma delas. O La Mar só funciona na hora do almoço, entre 12h e 17h, e está sempre cheio. Para garantir seu lugar sem necessidade de enfrentar filas, chegue cedo.

Veja também: Urban Kitchen: aula de culinária peruana em Lima

Onde ficar em Lima, no Peru

Os preços nem tão assustadores assim também são uma vantagem da matriz, que tem pratos na casa dos R$ 60. Não é barato ou uma refeição que caiba normalmente no bolso do viajante econômico, eu sei muito bem, mas também não chega a ser impagável. Encaixe no orçamento e você não vai se arrepender – poucos lugares são mais indicados para se iniciar na gastronomia peruana.

É que o La Mar é do cheff Gastón Acurio, que comanda cerca de quatro dezenas de estabelecimentos também famosíssimos mundo afora, como Astrid & Gastón, feito em parceria com a esposa, Astrid Gutsche, e que já foi apontado como um dos melhores restaurantes do mundo. Filho de uma tradicional família peruana, Gastón passou uma temporada na Europa, onde conheceu a mulher e estudou culinária.

Veja também: As delícias da culinária peruana

De volta ao Peru, ele se entregou aos ingredientes locais, estimulou o desenvolvimento da cozinha novoandiana e se tornou um embaixador dos sabores peruanos. Deu certo, a ponto do Peru ser considerado um dos destinos gastronômicos mais interessantes do mundo. Méritos da comida peruana, que é incrível por si só, mas todo mundo sabe que o Gastón teve seu papel nisso aí.

Mas voltemos a falar do La Mar. A fachada de concreto esconde um restaurante com ares informais, a começar pelos bambus do teto, pela decoração – alguns pratos vêm em barquinhos – e pelo ambiente com cara de praia. Comece a tarde com um pisco sour, a tradicional bebida do Peru, e em seguida pegue o cardápio e escolha qual ceviche combina mais com você.

Eu, que nem gosto tanto de ceviche assim, provei de tudo um pouco. O clássico foi meu preferido, mas há até pratos feito com mariscos. O La Mar oferece uma degustação de ceviche que, além do tradicional, inclui uma versão com atum e leite de tigre e outras com frutos do mar.

Meu favorito foi o polvo. E olha que eu tinha expectativas baixas, já que não sou muito fã. A textura e o sabor do polvo grelhado, porém, me conquistaram fácil. Comi um pedaço enorme e pedi para repetir. Dos oito dias que passei no Peru, o polvo do La Mar ganhou, com merecimento, o título de melhor prato.

Depois do banquete veio o Diablo, esse peixe enorme de foto abaixo. E que alimenta uma turma inteira sozinho – nosso grupo, que já estava satisfeito, não deu conta do recado. Mas, depois do polvo, o Diablo foi meu prato favorito do dia. É uma boa opção para famílias e grupos de amigos.

Decorar o endereço do La Mar é fácil. O restaurante fica na Avenida La Mar, 770, em Miraflores. Chegue cedo para evitar filas ou tente fazer uma reserva. Espere gastar entre R$ 70 e R$ 100 pelo menu completo, com bebidas.

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*O 360meridianos viajou ao Peru a convite do Submarino Viagens e da PromPerú

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

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