Onde ficar em Xangai? Maior cidade do mundo, com 24 milhões de habitantes, e a segunda maior região metropolitana do planeta, Xangai é o centro econômico da China e serve de porta de entrada para muitos turistas que passam pelo país.
Por ser gigantesca, percorrer a cidade de ponta a ponta pode levar horas, ainda mais em horário de pico. Por isso, escolher onde se hospedar em Xangai é uma das decisões mais importantes no planejamento da sua viagem.
Veja também: Pelas ruelas de um labirinto chinês – a cidade velha de Xangai
Roteiro de três dias em Xangai, na China
Xangai se espalha ao longo das margens e ilhas do Rio Huangpu, que tem 113 quilômetros de extensão e deságua no Mar da China Oriental.
Duas das principais áreas da cidade estão em margens opostas, uma de frente para a outra. The Bund, nome que significa algo como “aterro” ou “dique”, é uma das áreas mais antigas. Do outro lado do rio fica Pudong, nome que significa “margem leste”.
The Bund
Eu fiquei no The Bund e acho que essa é a melhor região para se hospedar em Xangai. Em primeiro lugar, porque é uma região lindíssima, com prédios em estilo europeu, marcas da colonização e forte presença ocidental em Xangai, se misturando com construções, letreiros e pontos turísticos totalmente chineses.
Além disso, é do The Bund que é possível ter a melhor vista de Xangai, que é a de Pudong. Como o Skyline de Xangai é o mais bonito da China (e um dos mais belos do mundo), garantir a melhor vista é certamente uma boa decisão.
É também no The Bund que começa a Nanjing Road, que em português você pode chamar de Rua de Nanquim, muito prazer. Essa é a principal rua comercial de Xangai e uma espécie de Times Square da China, sempre movimentada, dia e noite, e o coração da cidade.
Procure por um hotel no começo dessa via e perto da estação de metrô Nanjing East Road. Ficar ali significa que o transporte do aeroporto até esse ponto é facílimo e feito rapidamente, numa combinação entre o maglev, o trem de alta velocidade, e o metrô.
Em termos de localização você não poderia escolher lugar melhor em Xangai, mas tenha em mente que isso tem um preço, ainda mais se o hotel tiver uma vista legal.
Veja mais opções de hospedagem no The Bund
Pudong vista a partir do The Bund
Principal praça, sede do governo e onde fica o museu mais importante de Xangai. Essa é a Praça do Povo, que está no lado sul da Nanjing Road, a pouco mais de dois quilômetros do The Bund.
Essa região concentra muitos dos hotéis de Xangai, incluindo mais opções econômicas do que as que você encontra na frente do rio.
Há várias estações de metrô por perto e dá para ir a pé até o The Bund, caminhando pela Nanjing Road, que em vários trechos é uma rua só para pedestres. A Cidade Velha e a French Concession também não estão longe.
A guerra do ópio levou aos tratados desiguais, que permitiram que partes do território que hoje é Xangai fossem colonizadas e governadas por potências ocidentais – eram as concessões estrangeiras.
Delas, nenhuma é mais charmosa que a French Concession, que foi território da França por quase 100 anos, até a Segunda Guerra Mundial.
Situada entre a Praça do Povo e a Cidade Velha, essa região é hoje uma das mais bonitas de Xangai: tem prédios em estilo colonial, ruas arborizadas e boulevards. Algumas áreas da French Concession estão repletas de bares e boates, que ocupam antigos casarões coloniais.
Essa é a região para quem prefere ficar numa pousada do que num hotel; para quem prefere ruas charmosas do que a muvuca da metrópole.
Cruze o rio e você estará em Pudong, a região onde estão os arranha-céus mais famosos da cidade e na ponta oposta ao The Bund.
O crescimento de Pudong é impressionante e se deu principalmente a partir da década de 1990, quando Xangai ocupou de vez seu lugar como uma das capitais do mundo.
Como essa é uma área enorme e que engloba toda a margem leste do Rio Huangpu, da ponta oposta ao The Bund ao aeroporto, confira bem a localização antes de reservar seu hotel. Quando mais perto das torres, melhor.
Veja mais opções de hospedagem em Pudong
Pudong
Passei meu último dia na China em Pequim, de onde peguei um trem para Xangai. É que meu voo de volta ao Brasil sairia de lá, do Aeroporto Internacional de Pudong, que está a 40 quilômetros do coração da cidade e a 60 da Hongqiao, a principal estação de trens de Xangai.
Como o voo era na manhã seguinte, optamos por passar essa última noite perto do aeroporto, no Shanghai Deco Hotel, que tem transfer gratuito, custo/benefício muito bom e está a menos de 10 minutos do aeroporto. É uma boa opção caso você tenha um voo cedo no dia seguinte. Diárias a 60 dólares.
Tenha em mente que as tarifas mais econômicas dos estabelecimentos, mesmo os de luxo, não costumam incluir café da manhã. Você até poderia pagar um pouco a mais por isso e acrescentar o serviço na reserva, mas acho que essa é uma boa desculpa para sair mais cedo do hotel e testar as muitas opções de café da manhã da cidade. Vai ficar mais barato, inclusive.
Lembre-se que os preços mostrados podem não incluir impostos e são feitos com base numa cotação informal e do dia da pesquisa, estimada pelo Booking. Para não ter erro, veja os valores em yuans, que é a moeda em que você pagará, e verifique o que está e o que não está incluso no valor.
Não se esqueça de ter anotados o nome e o endereço do seu hotel em chinês. O Booking tem essas informações na reserva (basta imprimir) e você também pode pedir um cartão de visitas com esses dados, na hora do check-in.
Isso vai ser fundamental caso você se perca, tenha que pedir informações ou pegar um táxi. Parece óbvio, mas não custa dizer: muitas vezes os hotéis têm dois nomes, um chinês e um mais ocidental. Taxistas e mesmo moradores tendem a só conhecer o nome chinês.
O seguro viagem não é obrigatório para passar pela imigração, mas é altamente recomendado. Imagina se você tiver um problema de saúde enquanto estiver em Xangai e precisar de um hospital?
A parte boa é que o seguro não é caro e não ocupa de forma significativa seu orçamento de viagem. Sobre isso, leia o texto com dicas de seguro viagem para a Ásia.
Lugano, na Suíça, parece um pedaço da Itália. Com um centro histórico compacto, ruas movimentadas…
A Holafly é confiável? Neste texto, vou analisar o serviço da startup espanhola que oferece…
Este texto é o guia definitivo com os documentos para viajar para os Estados Unidos,…
Este texto é um guia com todos os documentos necessários para viajar para a Europa…
Se você está planejando uma viagem para Minas, não cometa o erro de transformar Belo…
Cuba era um sonho pra mim há muitos anos, mas, por se tratar de uma…
Ver Comentários
Oi Rafael,
Estou planejando a sonhada viagem para a China no final do ano e estou maratonando teus posts.
Queria te perguntar uma coisa: você usou dinheiro vivo/cash na China ou tudo tá meio no digital e/ou cartão?
Prefiro o velho e bom dinheiro em papel...
Obrigada por dividir tuas vivências de forma fácil e super explicada!