Passeios com elefantes na Tailândia: o que você precisa saber

Os passeios com elefantes na Tailândia fazem parte dos check-list de viagem de muitas pessoas que, ansiosas por ficar cara a cara com um dos animais mais simpáticos e amados do mundo, acabam por embarcar em excursões sem saber todas as questões éticas por trás de uma aparentemente simples atividade turística.

Porém, basta um olhar mais crítico para o tema para percebermos porque, na verdade, esses passeios causam mais mal que bem. Para satisfazer nossos caprichos de turistas, os elefantes passam por um treinamento que envolve tortura física e psicológica, são afastados de seus grupos ainda bebês e espancados regularmente. Veja agora algumas das razões pelas quais você não deve andar de elefante na Tailândia e algumas alternativas para ver de perto os bichinhos de forma ética.

Leia também: 
Dicas para planejar uma viagem para a Tailândia
Turismo com animais: como decidir o que é ético?

Passeios com elefantes e o turismo predatório na Tailândia

Na minha primeira visita à Tailândia, lá em 2012, saí do país com uma impressão não lá muito boa. Sabia que um monte de gente morria de amores e prometi que iria voltar para uma segunda chance. Voltei duas vezes. Com mais experiência como viajante, mais consciência sobre os limites do turismo ético e mais informação prévia e planejamento.

Nessas duas oportunidades, tive vivências completamente diferentes da primeira. Mas, no fundo, eu ainda acho que o país é um exemplo dos mais nítidos do que a exploração do turismo de massa, sem planejamento e políticas públicas apropriadas, pode fazer com um lugar.

Parece que as coisas perdem um pouco da autenticidade para virarem pega-gringo, como é o caso do famoso Mercado Flutuante. Ou que a exploração não respeita nenhum limite da ética e da sustentabilidade, como as boates de Phuket que são, na verdade, fachada para prostituição de adolescentes, e algumas atrações ao redor de Chiang Mai.

Quando chegamos em Chiang Mai, lá naquela primeira viagem, fomos logo procurar o que a cidade nos oferecia e fechamos um tour de um dia que incluía uma visita às mulheres-girafa, passeio de elefante e rafting. Super legal. Foi um dia muito divertido. Até a gente voltar para o Brasil e descobrir que não deveríamos ter feito o passeio.

Nós já contamos aqui sobre as condições horríveis em que vivem as Kayan, as famosas mulheres-girafa, mas nunca relatamos outra parte questionável desse tour, o passeio de elefante. Nós, assim como milhares de outros turistas, subimos nas costas desses simpáticos paquidermes sem ter conhecimento das práticas cruéis às quais eles são submetidos durante o treinamento.

Elefante asiático: um animal em vias de extinção

Um dos maiores animais terrestres do mundo, o elefante asiático é, desde 1986, classificado como uma espécie em risco de extinção, uma vez que a população mundial caiu em 50% entre as últimas três gerações. Entre os motivos desse declínio, estão a caça e a destruição de seu habitat. De acordo com a ONG World Animal Foundation, um elefante é assassinado a cada 15 minutos.

A expectativa de vida de um elefante selvagem é de até 75 anos. Em cativeiro, eles vivem muito menos e não se reproduzem com a mesma frequência que os animais em liberdade.

Na Tailândia, estima-se que hoje existam cerca de 2000 elefantes selvagens no país. Um número extremamente baixo se considerarmos que, no início do século 20, a população ultrapassava os 100 mil. A maior parte dos animais existentes ali vive em cativeiro: são certa de 3500, sendo que 75% deles nasceram livres e foram capturados ainda bebês.

Muitos animais também têm sido contrabandeados do Myanmar. A estimativa é que um número entre 50 e 100 filhotes são levados do país vizinho para a Tailândia todos os anos, tudo para suprir a demanda turística.

Parte importante da história e da cultura tailandesa, no passado os elefantes eram utilizados como força de guerra, meio de transporte e animais de carga, auxiliando na construção de templos e abertura de florestas. De acordo com a legislação do país, esse tipo de atividade não é mais permitida, mas nada foi dito ainda a respeito do uso dos animas no turismo e no entretenimento.

Os maus-tratos envolvendo os passeios com elefantes na Tailândia

Com aquele tamanho, dá pra imaginar que o bicho não ia deixar qualquer um montar nele assim, na boa. Para que isso seja possível, eles precisam passar por um treinamento, ainda bebês. Esse treinamento é torturante. Os filhotes são afastados de suas mães e, muitas vezes, obrigados a conviver sem a companhia de outros de sua espécie, uma prática cruel por si só, já que o grupo familiar é muito importante para os elefantes.

Para destruírem os instintos e a natureza dos bichos, os treinadores batem com porretes e objetos perfurantes sem piedade durante dias a fio. Além disso, eles são privados de comida e sono por um bom tempo. Um elefante “treinado” custa até 20.000 libras no mercado negro. No vídeo abaixo, você pode ver como é o processo. Mas não aperte o play se tiver o coração sensível. As cenas são fortes.

nesse link, você lê uma entrevista com o fotógrafo Brent Lewin, que ganhou um prêmio com uma foto desse momento de tortura.

As agressões continuam durante toda a vida do elefante, embora não tão frequentes quanto no treinamento. Muitos deles vivem a vida inteira em condições insalubres, passando os dias acorrentados ou confinados em gaiolas onde mal podem se mover, sem alimentação suficiente ou tratamentos veterinários adequados, além de serem submetidos a jornadas de trabalho extenuantes.

O simples fato de carregar humanos no lombo várias vezes por dia, por exemplo, pode causar sérios problemas de coluna aos animais, que obviamente não foram feitos para esse tipo de tarefa.

A prática é uma das responsáveis pelo vertiginoso declínio da população de elefantes na Tailândia e um dos motivos pelos quais o elefante asiático é hoje considerado uma espécie em risco de extinção. Embora os passeios sejam muito populares na Tailândia, as práticas cruéis aplicadas nos treinamentos se repetem em outros países da Ásia, como o Nepal e a Índia.

Santuários de Elefantes na Tailândia: onde ver elefantes de forma ética

Sim, foi ingenuidade nossa. Afinal, era meio óbvio que coisas assim acontecessem, mas a verdade é que não pensamos nisso na hora e, naquele momento, nenhum de nós tínhamos informação o suficiente para questionar o passeio. Como não posso voltar no tempo e desfazer o que fiz, decidi que minha forma de retratação seria informar o máximo de pessoas possíveis sobre a verdade por trás dos passeios com elefantes na Tailândia. 

Grupos e ONGs se dedicam a resgatar animais submetidos a condições de maus-tratos em todo o país. Como não podem ser reinseridos de forma imediata na natureza, esses animais são enviados para Santuários de Elefantes, onde eles passam a viver em liberdade, ganham a companhia de outros elefantes e passam a receber alimentação e tratamentos adequados.

Para serem considerados éticos, os passeios com elefantes na Tailândia devem garantir que os animais vivam em liberdade, formem grupos com outros elefantes, recebam comida e tratamento adequado, não sejam montados e não participem de espetáculos.

Nem todos os parques que se dizem santuários são realmente éticos, por isso é preciso tomar precauções: prefira visitar instituições que tenham o trabalho reconhecido internacionalmente, pesquise a respeito da instituição antes de fechar o passeio e desconfie de qualquer uso pouco natural para os animais: espetáculos, passeios e outras atividades do tipo estão fora de questão.

Se você quer muito ficar perto desses gigantes e apoiar o trabalho desses santuários sérios, aqui estão algumas opções éticas:

Elephant Nature Park, Chiang Mai

O Elephant Nature Park foi um dos primeiros santuários de elefantes no país e, ainda hoje, desempenha um importante papel na preservação dos animais, que vivem soltos em uma área de aproximadamente 100 hectares. Durante o passeio, os visitantes recebem explicações sobre a vida dos elefantes, as atividades desempenhadas pelo parque e tem a oportunidade de interagir com eles dando banho e comida.

As excursões ao Elephant Nature Park custam a partir de US$80 e incluem almoço. Você pode reservar o passeio ao Elephant Nature Park, com guia e traslado, através deste link.

Lanna Kingdom Sanctuary, Chiang Mai

Outro santuário localizado em Chiang Mai, o Lanna Kingdom Sanctuary é outra opção ética para aprender e interagir com os elefantes. Os visitantes tem a oportunidade de participar do tratamento dos bichos, dando banhos de lama, de rio e entregando comida nas trombas.

Você pode reservar o passeio ao Lana Kingdom Sanctuary, com guia e traslado, através deste link. Há opções de passeios de dia inteirou ou de meio dia, ambos incluem almoço.

Boon Lotts Elephant Sanctuary, Sukhothai

Fica a uma hora do aeroporto de Sukhothai e se dedica a criar um ambiente saudável e natural para os elefantes tailandeses. Atualmente abrigam 12 elefantes resgatados e situações extremamente cruéis. Essa é uma boa alternativa pra quem busca uma experiência imersiva: devido a sua localização, é preciso passar a noite no local. O Parque conta com uma vila para receber os visitantes. Informações sobre o passeio no site oficial.

Wildlife Friends Foundation, Phetchaburi

Abriga não apenas elefantes, mas outros animais resgatados de situações cruéis, como ursos, macacos, tartarugas e até cachorros. O objetivo é cuidar dos animais e, quando possível, reinserí-los na vida selvagem. Os visitantes podem caminhar pelo parque e observar os animais. Mais informações no site oficial.

Inscreva-se na nossa newsletter

5/5 - (1 voto)
Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade. Viajo o mundo contando histórias e provando cervejas locais desde 2010. Além do 360meridianos, também falo de viagens na newsletter Migraciones e no Youtube. Vem trocar uma ideia comigo no Instagram. Você encontra tudo isso e mais um pouco no meu Site Oficial.

Ver Comentários

  • Só acho engraçado todo estardalhaço sobre os elefantes mas NINGUÉM liga pros cavalos! É bem claro que cavalos aguentam bem menos peso, afinal, são bem mais leves, aguentam no máximo 15% de seu peso e pesam em média 500kg, ou seja só aguentam 75kg e acima de 12 minutos seguidos já começa a machuca-lo...e todos sabem o tratamento para domestica-lo, mas todo mundo vai pra fazenda montar em um e acha bonito (Isso quando não montam 2 pessoas de uma vez e saem por ai), já viu o que o Freio causa no cavalo? E as ferraduras então?! Mas agora Elefantes não podem? Revolta Seletiva? Ou é só pra seguir essa modinha de criticar turistas que montam em elefantes para parecer um cult turista-eco?

    • Inclusive, a posição oficial desse blog é que não apoiamos nenhuma atração turística envolvendo animais. Temos que parar de achar que porque alguém não tentou resolver todos os problemas do mundo em um único post, qualquer questionamento é inválido. Os passeios com elefantes não se tornam mais aceitáveis porque os cavalos passam por problemas parecidos. Ambos são condenáveis.

    • Douglas, acho que muita gente liga pros cavalos, sim. Não sei de onde vc tirou essa ideia. Inclusive aqui já criticamos passeios com carroças em diversas ocasiões.

    • No fantástico mundo do Bob poderia até dar certo, parar de fazer ''turismo'' com elefantes e então eles seriam soltos e se reproduziriam aos milhões novamente cantando Imagine, mas isso não ocorreria no mundo real! Vocês acham mesmo que estes bichos, que necessitam de muito espaço e muitaaa comida, teriam vez no Sudeste asiático, que está em acelerada expansão econômica? Eles teriam uma população 10x inferior ao atual, fora que muitos iriam parar é em zoológicos (Aposto que é muito melhor carregar pessoas no meio da selva e tomar banho no rio mesmo com chibatadas do que ficar em uma jaula de concreto 24hr/d 7d/semana! Olhem um video de um elefante de qualquer zoologico e depois olhem um video destes passeios de elefante na Tailândia e me diga qual você preferia ser)...fala sério

      • Sim, e por isso vamos continuar sequestrando e torturando os filhotes para que eles aceitem ser montados e os turistas possam seguir postando fotos no Instagram?

      • Um cavalo de 500kg carregar um pessoa de 70kg é igual uma pessoa de 70kg carregar algo de 9kg nas costas! Um elefante asiático de 5.5 toneladas carregar uma pessoa de 70kg é igual uma pessoa de 70kg carregar algo de 890 gramas!! Ambos são ruins, claro, mas fala sério ahahha

        • Parece aquelas pessoas que se revoltam com chineses comendo cachorro mas não param de comer uma boa bisteca, mesmo sabendo que porcos são tão inteligentes e empáticos (inclusive com humanos) quanto um cachorro...

  • É infelizmente eu fiz esse passeio e não recomendo os animais são torturados e não tem segurança nenhuma os turistas ficam soltos na cadeira que é amarrada com uma corda ou corrente.

    • Patrícia, o importante é que você, como eu, aprendeu com a experiência e não vai mais repetir. É muito triste o tratamento que dão aos animais...

      Abraços

  • Post muito interessante, adorei a iniciativa de voces para conscientizar os turistas a nao fazer esse passeio. Parabéns!

  • Olá. Me ajudou muito seu post pois estava vendo muita gente defendendo. Quando fomos a Buenos Aires não visitamos o Zoológico de Lujan. Estamos indo essa semana para Tailândia e com seu relato também não vou fazer o passeio com elefantes.

    Obrigada!

  • Amei o post Natalia. Eu sou apaixonado pelos animais desde que nasci. E por isso gosto de estar perto deles. Então sempre enfrento um dilema ao decidir ir ou não em atrações como essa. Já fui em muitos zoológicos pelo mundo e sempre fico com uma dor na consciência depois. Mas estou criando mais consciência com o passar do tempo e conseguindo enviar muitas situações. Em Buenos Aires consegui convencer a Tassia a não visitar o Zoológico de Lujan, pois li muitos posts como o seu relato dos elefantes, expondo o sofrimento dos animais que vivem lá.
    Parabéns pelo belo trabalho que vocês estão fazendo, conscientizando as pessoas em relação ao turismo sustentável.

    • Kiko, fico feliz que tenha gostado do post e que tenha essa consciência sobre as atrações turísticas envolvendo animais. Aos poucos chegamos lá :)

      Abraços

  • Eu li o post e achei interessante. No entanto é obvio que quem vai la, imagina que ele não são domésticados com festinhas e carinho. É para turistas sim, mas também é uma oportunidade de ver e passear com os elefantes, algo unico. Quem acha piada e quer experimentar vai, quem pensa no sofrimento dos animais não vai é simples. A Tailândia vive do turismo e é um pais em desenvolvimento, há que ter isso em consideração.

    • Na verdade não é tão simples, Bruno. Porque se esse tipo de passeio continua em breve não vão haver mais elefantes para que quem "acha piada" possa ir lá e ver. Acho que a gente tem que pensar nas consequências das nossas escolhas sempre. Me parece muito egoísta querer ter essa experiência sem pensar na crueldade que passa cada animal e na própria sobrevivência da espécie a longo prazo. Nem tudo vale a pena para ter uma foto e postar no facebook. O objetivo desse post é conscientizar as pessoas e felizmente tenho conseguido com a maioria dos que passam aqui.

      Abraços

      • Mas isso vai acontecer mais tarde ou mais cedo. Tens razão no que dizes e concordo mas vivemos numa sociedade estupida e egoista que anda a matar animais em safaris destruir selvas e natureza. E a minoria não consegue vencer a maioria de estupidos e interesses economicos. Por isso mesmo se um punhado de pessoas não faz esse tour um monte de pessoas irá fazê lo é a triste realidade da vida.
        No entanto é bem exprimir se e parabéns pelo post.
        Abraço

        • Lamentável que vc pense assim. Ter em mente esse raciocínio e desistir da vida, é se acostumar com com tudo e aceitar o que for. É o caso do bode russo. Só que isso aconteceu com pessoas e se estas não se revoltassem nada mudaria. Mas mudou!!!

  • Olá Pessoal,
    Mesmo sendo um post antigo continua a conscientizar sobre exploração animal.
    Fiquei feliz de ter pesquisado sobre isso ANTES de ir para lá, pois estava na dúvida já que vi pessoas dizendo que há um só tratador por toda vida de um elefante, que da banho e comida e cuidam bem deles e que um depende do outro para sobreviver: o animal para ter cuidados e o cuidador para ter renda.
    Após pouca pesquisa sobre como é para os animais, torna-se impossivel concordar em apoiar tamanha crueldade, nem consegui ver os videos de tão tristes e impactantes que são.
    Graças a tecnologia cada dia mais acessível, espero que as pessoas se conscienteizem e que essas praticas sejam cada vez mais raras ao redor do mundo.

    • Rubiana, fico feliz que o post ainda sirva para conscientizar as pessoas sobre esse tema!

      Abraços e aproveite sua viagem!

  • Olá! Estou indo para a Tailândia em novembro deste ano. Sobre a experiência com os elefantes, vocês recomendam o Patara Elephant Farm, em Chiang Mai?

    • Oi Natalia

      Vi este post um pouco tarde hehe, estive na Tailandia ano passado e fui ao Patara Elephant Farm! Pesquisei muitooooooo sobre os passeios com elefantes e foi o unico que senti que poderia confiar , nao queria nenhum com cadeiras nos animais, nem eles fazem malabares ou coisas grotescas! No Patara você vira cuidador do elefante por um dia, coloca a roupa que os cuidadores usam e interage com eles, da comida, banho, brinca, e anda neles mas no pêlo mesmo!
      Lá é uma fazenda que resgata elefantes destes outros lugares que maltratam!
      Espero que tenha conseguido ir!

      • Olá Paula, estive na Tailândia novamente em fevereiro, mas não fui a nenhuma dessas fazendas de resgate. :)

        Obrigada por comentar!

  • é um país rico em cultura e paisagens, mas esta questão com elefantes é realmente muito triste. eu sou bem radical, pra mim turismo+animais selvagens= exploração.

Compartilhar
Publicado por
Natália Becattini

Posts Recentes

O que fazer em Túnis, Tunísia: roteiro de 2, 3 ou 4 dias

Túnis foi um acidente de percurso pra mim, mas foi uma boa surpresa. Eu precisava…

18 horas atrás

Viagem de carro na Toscana, Itália: como alugar o veículo

Poucas regiões do mundo combinam tanto com uma viagem de carro como a Toscana. Habitada…

1 mês atrás

Kashan, Irã: o que fazer e onde ficar na cidade do deserto

Kashan foi uma das cidades que mais me surpreendeu no Irã. Pequena, charmosa e repleta…

1 mês atrás

O Que Fazer em Füssen, Alemanha: 1 ou 2 dias na Vila dos Castelos

Fussen é um bate-volta comum para quem visita Munique e uma parada estratégica para quem…

2 meses atrás

O que fazer em Washington DC em 1 ou 2 dias

Se você gosta de história e curte cidades com muitas atrações de graça, você vai…

2 meses atrás

Qeshm e Hormuz: as fantásticas ilhas do golfo pérsico no Irã

Alguns lugares que a gente visita parecem nem pertencer a esse planeta. Foi bem assim…

2 meses atrás