Persépolis é certamente um dos pontos altos de qualquer viagem para o Irã. Essas ruínas fazem a história ganhar vida e nos mostram toda a grandeza de um dos maiores impérios da antiguidade, a Pérsia. Mas o que nem todo mundo sabe é dá pra incluir uma visita a Pasárgada no mesmo passeio!
Isso mesmo, esse é o seu momento de brilhar fazendo piadinhas com o verso de Manuel Bandeira, “vou-me embora pra Pasárgada!”
Mas o importante é que esses sítios arqueológicos são algumas das principais atrações de Shiraz, no Irã, são tão ricos em história antiga que podem ser comparados ao Foro Romano e à Acrópole de Atenas.
Então, se você gosta de se sentir como um explorador desbravando civilizações antigas, como eu, está no lugar certo! Vamos lá?
As ruínas de Persépolis e Pasárgada estão localizadas na província de Fars, no Irã, e são dois dos sítios arqueológicos mais importantes do antigo Império Persa.
Persépolis está a cerca de 60 km de Shiraz e foi construída em uma planície, ao pé da montanha Rahmat.
Já Pasárgada está a 137 km de Shiraz e a 87 km de Persépolis, em uma região de colinas. Por causa da proximidade de ambas, a maior parte das pessoas escolhe visitá-las no mesmo dia, em um bate-volta a partir de Shiraz.
Essa localização foi cuidadosamente escolhida pelos antigos para refletir a majestade e o poder do Império Aquemênida, uma dinastia persa fundada por Ciro, o Grande, no século 6 a.C e que se consolidou como um dos maiores e mais poderosos impérios da Idade Antiga.
Essa também já é a configuração dos passeios oferecidos por agências em Shiraz, que incluem uma parada no Necrotério de Naqsh-e Rostam, outro sítio arqueológico localizado do ladinho de Persépolis (são apenas 12 km da entrada das ruínas da cidade).
Você pode reservar o seu por aqui. Ele custa apenas 30 euros e é oferecido pela 1stQuest, uma agência online especializada em Irã e Oriente Médio. Essa é uma boa maneira de reservar sua viagem com antecedência, uma vez que, por causa dos embargos, não são todos as empresas que podem operar no país.
Esse lugar é conhecido por ter tumbas reais e relevos esculpidos na face de um penhasco rochoso, uma coisa assim meio Petra, sabe?
Essas ruínas também são da era persa e abrigam as tumbas de quatro reis aquemênidas: Dario I, Xerxes I, Artaxerxes I e Dario II.
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O Metropolitan Museum de Nova York e o British Museum, em Londres, abrigam coleções originais de Persépolis. São peças de grande valor histórico e cultural que foram saqueadas de seus locais originais para serem exibidas em grandes salas do mundo.
Hoje em dia, muitos países exigem o retorno de seus patrimônios históricos mas as potências que os detém argumentam que o objetivo deles é ampliar o acesso ao público. No entanto, o que se vê é uma exibição de superioridade econômica que se ampara em práticas imperialistas dos séculos passados.
Antes de sair de Shiraz, planeje sua rota e horários para o bate-volta a Parépolis e Pasárgada.
Se for contratar um motorista, tente fazer isso no dia anterior e combinar o horário de partida. Você também pode reservar uma excursão guiada que cuide de todos os detalhes logísticos para você.
Leve água, lanches, protetor solar e um chapéu, pois a área pode ser bastante quente, especialmente durante os meses de verão.
O ideal é sair cedo de Shiraz, por volta das 7h da manhã, para chegar a Persépolis em aproximadamente uma hora. Assim você otimiza o tempo e evita as horas de sol mais forte.
Depois de Persépolis, vá para o Necrotério de Necrotério de Naqsh-e Rostam. Os passeios guiados já incluem uma parada ali, mas se você estiver com um motorista, lembre-se de incluir esse sítio arqueológico na negociação também.
Planeje-se para passar a manhã nessa região. Na hora do almoço, você pode comer nos arredores do sítio ou levar um sanduíche com você. Não há grandes restaurantes por ali, mas dá para encontrar quiosques e pequenos comércios.
Depois do almoço, siga para Pasárgada, a cerca de uma hora de carro de Persépolis. Retorne para Shiraz no fim da tarde. A viagem de volta deve durar entre 1h30 e 2h.
Pegue um ônibus ou minivan no terminal rodoviário Karandish em Shiraz para Marvdasht. O trajeto dura cerca de 1 hora. De Marvdasht, pegue um táxi até Persépolis. São apenas 10 km dali, então a viagem não deve sair muito cara.
Escolhendo ir dessa forma, via ficar meio engessado para conseguir visitar os outros sítios arqueológicos no mesmo dia, por isso, não recomendo.
Você pode alugar um carro e dirigir pela estrada 65 até Persépolis. A viagem deve durar cerca de 1h e o trajeto tem 60 km. Há estacionamento disponível próximo à entrada de Persépolis.
No entanto, é preciso alertar que o trânsito no Irã é meio maluco e não sei se é todo mundo que vai ficar à vontade de dirigir por lá.
Uma outra possibilidade é contratando um táxi em Shiraz para uma viagem de ida e volta. Você já pode combinar com ele um valor cheio para o dia e também acrescentar paradas nos demais sítios arqueológicos.
Esse foi o caminho que eu escolhi. No entanto, não acho que valeu a pena. A viagem saiu 30 dólares e, pagando um pouco mais, eu poderia ter feito o passeio com um guia. E, se tratando de ruínas, ter alguém que conhece a história faz toda a diferença.
Há inúmeras agências locais que oferecem passeios guiados a Persépolis, Pasárgada e o Necrotério no mesmo dia, com pick up no seu hotel e retorno no fim do dia. Elas custam 30 euros e você pode reservar a sua com antecedência com essa agência online especializada no Irã.
Eu usei os serviços deles na minha viagem e tudo correu muito bem!
Persépolis foi a capital cerimonial do Império Aquemênida. Ela era usada para sediar eventos importantes, como o Nowruz, o ano novo persa.
Fundada por Dario I em 518 a.C., a ideia era criar uma cidade que representasse toda a grandiosidade e sofisticação da Pérsia. E ele conseguiu, diga-se de passagem!
Persépolis era tão megalomaniaca e bela que ainda hoje suas ruínas impressionam por sua grandeza. Então você pode imaginar o impacto que causou na época, né? Todos que chegavam ali acabavam falando de sua riqueza, do poder daquele império e da sofisticada organização administrativa da época.
Dario I, também conhecido como Dario, o Grande, escolheu a localização de Persépolis em uma planície ao pé da montanha Rahmat. A escolha do local foi estratégica, pois oferecia uma posição defensiva forte e uma conexão com a capital anterior, Pasárgada.
Ele era o pai de Xerxes I, aquele imperador representado por Rodrigo Santoro no filme 300, que retrata a guerra entre Esparta e a Pérsia. Não sei se você se lembra, mas no filme ele é mostrado como um deus-rei exótico e imponente, adornado com joias e ouro e ostentando um poder quase sobrenatural.
Essa representação é obviamente um exagero estético, mas dá pra gente ter uma ideia do lugar de poder que esse império ocupava na geopolítica da antiguidade.
A glória de Persépolis se estendeu até a invasão de Alexandre, o Grande, em 330 a.C, quando ele saqueou e incendiou a cidade. Esse foi um ato de vingança pelos danos causados pelos persas à Acrópole de Atenas durante essa treta que envolveu gregos e persianos (desculpem, não resisti ao trocadilho).
Embora o incêndio tenha destruído grande parte da cidade, as ruínas ainda estão impressionantemente preservadas. Elas foram redescobertas por exploradores europeus no século 17, mas foi só na primeira metade do século 20 que os trabalhos de escavação arqueológica começaram.
E ainda bem, porque hoje elas continuam a ser uma testemunha de toda o gigantismo desse império.
Entre as estruturas mais importantes que você deve notar durante sua visita a Persépolis estão:
Persépolis está aberta ao público todos os dias do ano, com horários de funcionamento que variam de acordo com a estação:
É sempre uma boa ideia verificar os horários atualizados antes de sua visita, pois podem ocorrer mudanças em feriados ou eventos especiais.
Já os ingressos para entrar em Persépolis podem ser adquiridos na entrada do sítio arqueológico. Até a última atualização desse post, a entrada custava 500,000 Rials ou aproximadamente $12 na última atualização desse post. Alguns passeios guiados podem incluir o custo dos ingressos no preço total do pacote.
Naqsh-e Rostam está a 12 quilômetros ao noroeste de Persépolis e também consta no hall de sítios arqueológicos mais importantes da antiga Pérsia. Ele é famoso por abrigar as tumbas de vários reis aquemênidas alguns relevos da era sassânida, que ocorre séculos mais tarde.
As tumbas esculpidas ali são conhecidas como “tumbas de cruz” devido ao formato de suas fachadas. Cada uma delas ostenta uma fachada intrincadamente decorada com relevos que simbolizam o poder e a autoridade dos reis.
Além dessas, o local também preserva uma série de relevos do período sassânida que retratam cenas de batalhas e conquistas.
Localizado a cerca de 130 quilômetros ao norte de Shiraz e a 87 km de Persépolis, Pasárgada foi a primeira capital do Império Aquemênida. Por isso mesmo, ela simboliza o início dessa dinastia e é reconhecida por sua arquitetura e planejamento urbano bastante avançado para a época.
Pasárgada significa “Campo dos Persas” ou “Jardim de Ciro”. A cidade foi projetada para ser não apenas uma capital administrativa, mas também um centro cultural e um símbolo do poder e da inovação aquemênida.
Na minha opinião, as ruínas de Pasárgada não são tão impressionantes quanto as de Persépolis e não estão tão bem preservadas. No entanto, como são sítios arqueológicos muito próximos, não há motivo para ir ver uma não ver outra.
Além do mais, os passeios se complementam entre si, dando uma visão mais abrangente da história persa. Justamente por serem ruínas bem com cara de ruína mesmo, acho que um guia aqui pode ajudar muito na relevância da visita.
Pasárgada está aberta ao público todos os dias do ano, mas os horários de funcionamento podem variar conforme a estação:
É sempre aconselhável verificar os horários atualizados antes de sua visita, pois podem ocorrer alterações em feriados ou devido a eventos especiais.
Já os ingressos para entrar em Pasárgada podem ser adquiridos na entrada do sítio arqueológico e custam 500,000 Rials. Se você estiver participando de um tour guiado, o custo do ingresso pode estar incluído no preço total do pacote.
A vida no Irã antigo, ou na antiga Pérsia, especialmente durante os períodos aquemênida e sassânida, era rica em cultura, religião e inovações. Aqui estão algumas curiosidades sobre esse grande Império:
As ruínas de Persépolis e Pasárgada estão localizadas na província de Fars, no Irã. Persépolis fica a cerca de 60 km de Shiraz, enquanto Pasárgada está a 137 km de Shiraz e a 87 km de Persépolis.
A melhor época para visitar é durante a primavera (março a maio) e o outono (setembro a novembro), quando o clima é mais ameno e agradável. O verão pode ser extremamente quente, e o inverno pode ser frio, mas ainda adequado para visitas.
Primavera e Verão (março a setembro): Das 8h às 18h.
Outono e Inverno (outubro a fevereiro): Das 8h às 17h.
500.000 Rials cada uma.
Sim, é possível. Muitas pessoas fazem um bate-volta de Shiraz, começando cedo pela manhã para maximizar o tempo. A proximidade entre os sítios e a eficiência do transporte facilitam a visita a ambos no mesmo dia.
• Transporte Público: Pegue um ônibus ou minivan no terminal rodoviário Karandish em Shiraz para Marvdasht, e depois um táxi para Persépolis.
• Transporte Privado: Alugar um carro ou contratar um táxi/motorista particular são opções convenientes. Também há muitas excursões guiadas que incluem transporte.
Naqsh-e Rostam está a 12 km de Persépolis e abriga as tumbas de vários reis aquemênidas, além de relevos do período sassânida. O sítio está aberto das 8h às 17h e a entrada custa aproximadamente 500,000 Rials para turistas estrangeiros.
Leve água, lanches, protetor solar e chapéu, use roupas confortáveis e adequadas.
Calçados confortáveis são importantes para caminhar nos terrenos irregulares.
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