Com pouco mais de dois mil habitantes, Purmamarca, na Argentina, tinha tudo para ser uma vila andina como outra qualquer – o que, vamos concordar, já significa muito. Mas Purmamarca é mais. É na cidade que fica o Cerro de los Siete Colores, ou o morro das sete cores, em bom português.
O lugar é frequentemente parte de roteiros de viagens de carro na América do Sul ou pelo norte do país graças a sua atmosfera pitoresca e relaxante, marcada pelo morro colorido que emerge sobre as casinhas.
Neste post você vai saber mais sobre o que fazer em Purmamarca, como chegar, onde ficar por lá, encontrar opções de passeios e atrações e muito mais. Vamos lá?
Purmamarca fica no norte da Argentina, na província de Jujuy, a 65 quilômetros da capital San Salvador de Jujuy e a 22 quilômetros de Tilcara. Uma vila pequena de casinhas simples, de adobe, é parte da Quebrada de Purmamarca e, muitas vezes, também considerada parte da Quebrada do Humahuaca.
Os tons terrosos que colorem a vila são completados pelo Cerro de los Siete Colores, um morro que se ergue sobre o lugarejo e chama a atenção pelas diferentes camadas de cores.
Esse é o principal atrativo da vila e um dos cartões postais mais famosos do norte da argentina.
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Essas são as principais atrações para ver em Purmamarca:
As cores mostram a idade do morro, que tem cerca de 70 milhões de anos. São restos de sedimentos de rios, lagos e mares, tudo remexido e colocado para fora da terra por conta de movimentos tectônicos.
O amanhecer é mágico no Cerro de los Siete Colores. As primeiras luzes do dia realçam as cores da montanha, oferecendo um espetáculo visual inesquecível.
As fotos que tiramos falharam em mostrar toda a beleza e colorido do local, principalmente porque não foram tiradas nos dois momentos mais bonitos do dia – o nascer e o pôr do sol. Mesmo assim, já deixam claro que esse é um lugar que merece ser visitado.
O resultado é um dos cartões-postais mais famosos do norte da Argentina, um lugar que gente de todo país sonha em um dia conhecer. O Cerro de los Siete Colores é também a parada mais interessante da Quebrada do Humahuaca, que reúne ainda mais montanhas coloridas, vilas andinas e ruínas pré-incas.
A melhor vista da cidade e da montanha colorida é a do alto de um morro particular de frente para o Cerro de los Siete Colores. Para entrar é necessário pagar, mas é pouca coisa, embora o valor mude constantemente devido à inflação na Argentina. Foi de lá que tiramos muitas das fotos que ilustram este post.
Dica esperta: Purmamarca possui um clima de montanha, o que significa que pode ser bastante frio pela manhã e à noite, mesmo no verão. Certifique-se de vestir-se em camadas para estar confortável durante sua visita.
Já pensou em visitar essa região em uma trilha noturna? Dizem que dá até mesmo para ver a Via Lactea! Você pode reservar esse passeio por aqui.
E não há melhor maneira de apreciar o Cerro de los Siete Colores do que caminhar ao redor dele. Tem uma trilha conhecida como Paseo de los Colorados que oferece vistas maravilhosas da montanha e da paisagem circundante. A trilha é de baixa dificuldade e leva aproximadamente 1 hora para ser completada.
A trilha é bem sinalizada, começando no norte da vila, e você pode pedir direções locais se não tiver certeza por onde começar.
Recomenda-se andar devagar por causa da altitude e levar algumas balinhas de coca na mochila. A melhor hora para o passeio é pela manhã, quando o dia ainda está bem fresco e a luz garante fotos belíssimas.
Purmamarca tem meia dúzia de ruas e uma praça central, onde fica uma igreja da época da colonização espanhola. Na praça da igreja, ocorre uma feira de artesanato permanente, que vende produtos andinos para as centenas de turistas que todos os dias desembarcam por ali.
Ali é possível comprar tecido com bordados típicos, itens de decoração, bonecos, chaveiros, mochilas e roupas. Tudo feito de forma artesanal pelos moradores dali.
Tradição herdada do povo Mapuche com pitadas de influência espanholas, a palavra peña vem de peñalolén, expressão que significa “reunião entre irmãos”. Hoje, é o nome usado para as apresentações musicais típicas dessa região da Argentina, que sempre contam com muita festa, comida e bebida. Leia mais sobre as peñas argentinas aqui.
É possível assistir uma peña em diversas cidades do norte e até mesmo em Buenos Aires. Em Purmamarca, há duas opções recomendadas:
Construída no século 17, a Igreja de Santa Rosa de Lima é um exemplo da arquitetura colonial espanhola, com influências indígenas locais. Sua construção de adobe, uma técnica tradicional que utiliza tijolos de barro e palha, é bastante simples e charmosa, e se integra muito bem com a paisagem natural de Purmamarca.
O interior da igreja é modesto, mas acolhedor, com ícones religiosos e obras de arte que datam de várias épocas, refletindo a rica história cultural da região.
A Igreja fica centro de Purmamarca, facilmente acessível a pé a partir de qualquer ponto da vila.
Embora fique fora de Purmamarca, há alguns quilômetros dali, essa é uma das principais atrações do norte da Argentina e pode ser visitada a partir de Purmamarca.
Esse vasto deserto de sal forma uma das maiores planícies salgadas do mundo. Elas ficam a cerca de 200 km de San Salvador de Jujuy e cerca de 260 km de Salta.
A forma mais comum de chegar é de carro ou através de excursões organizadas que partem dessas cidades. Dá pra contratar uma saindo de Purmamarca por aqui.
A viagem oferece paisagens inacreditáveis, especialmente ao cruzar a Cuesta de Lipán, um caminho montanhoso que alcança altitudes superiores a 4.000 metros acima do nível do mar antes de descer às salinas.
As Salinas Grandes podem ser visitadas durante todo o ano, mas as condições climáticas variam. O período de maio a novembro, que corresponde aos meses de outono e inverno, é ideal, pois o clima é mais seco e há menos nuvens, o que permite apreciar melhor a vastidão do salar.
No verão, de dezembro a março, as chuvas são mais frequentes, mas as poças de água criam um efeito de espelho único, proporcionando oportunidades fotográficas espetaculares.
Ah, a gastronomia de Purmamarca! Uma verdadeira viagem de sabores que reflete a rica cultura da região de Jujuy, na Argentina.
Aqui, a cozinha tradicional andina encontra influências espanholas, indígenas e até mesmo de imigrantes de outras partes do mundo, criando um paladar único que dificilmente deixa de agradar!
Salta está a 2h30 de Purmamarca e há ônibus locais da linha La Quiaca – Salta que passam na entrada do povoado, o que significa ter que andar cerca de três quilômetros até o centrinho. Uma melhor opção é pegando um ônibus de Salta para Jujuy e, de lá, para Purmamarca.
Para quem quer mais comodidade, uma boa ideia é alugar um carro em Salta ou Jujuy e seguir pela estrada. A vantagem é não ficar dependente dos horários dos ônibus ou das programações das agências. Para isso, nós indicamos o buscador RentCars, que busca entre as principais locadores e te ajudam a encontrar os melhores preços e condições de aluguel.
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Diversas excursões – em grupos grandes ou pequenos – de agências de Salta incluem Purmamarca como uma parada em roteiros que incluem outras atrações do norte da Argentina. Essa é outra maneira prática de chegar até lá e ainda ver outros lugares legais no mesmo dia – na minha, passamos também pelas Salinas Grandes e San Antonio de Los Cobres.
Essa é a principal opção dos turistas na região e dá para contratar direto no guichê do seu hotel ou dando uma voltinha pelo centro de Salta. No entanto, é recomendável já garantir o seu passeio com antecedência para não ter preocupações durante a sua viagem.
Como Purmammarca é a última parada do roteiro, a estratégia que utilizamos foi a de combinar com o guia que não retornaríamos para Salta. Utilizamos Purmamarca como ponto de partida para explorar outros lugares da Quebrada do Humahuaca. Essa é uma boa alternativa se você achar que a região merece mais do seu tempo.
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A maioria dos turistas passa apenas algumas horas na cidade (ou até menos tempo). Isso é o suficiente para caminhar pela cidade, comprar artesanato nas feirinhas e observar o Cerro de los Siete Colores. Contudo, sobra muito pouco espaço para curtir a atmosfera local.
Isso é um tremendo erro. A viagem pela Quebrada do Humahuaca é muito interessante e rende pelo menos uns três dias (eu fiquei uma semana).
O ideal é passar pelo menos uma noite em Purmamarca, de modo a curtir o nascer e pôr do sol por lá. Depois, siga para Tilcara, uma vila um pouco maior e com estrutura melhor, não muito longe dali.
Se você tiver tempo, vale a pena passar pelo menos uma noite em Purmamarca para ver o nascer e o por do sol na cidade e ter tempo de curtir a atmosfera da cidade. O lugar é bem pequeno e, por isso, não há muitas opções de hotéis e pousadas por ali. Algumas das acomodações recomendadas são:
Contratar um seguro de viagem não é obrigatório na Argentina, mas não recomendamos que você viaje sem um.
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Ver Comentários
Acabamos de voltar de nossa viagem.Foram 34 dias de carro. Somos de Jaraguá do Sul_ SC.Passamos por Pulmanarca realmente encantadora. Viagem tranquila...Argentina, Chile, Peru, voltamos pelo Acre. Recomendo.
Deve ter sido uma viagem incrível, Margit.
Abraço.
Estou me programando para ir a Salta e Ourmamarca no carnaval de 2018 pela Terramundi. Iremos em dois casais e mais meu filho de 33 anos. Estou preocupada com a altitude, é tranquilo? Não encontro comentarios sobre isso.
Não chega a ser tão alto, Viviane. Salta são uns 1200 metros só. Purmamarca é um pouco mais, mas acho que é tranquilo. O que acontece é passar por alguns lugares realmente altos durante os passeios.
https://www.360meridianos.com/dica/mal-de-altitude-como-lidar
Em todo caso, veja esse texto:
Abraço.
dormi em purmamarca a caminho de Paso de jama onde desceria para o Atacama de moto lamentei nao subir a Montanha de setecores for absoluta faltade tempo apesar de estar viajando
É um lugar bem especial mesmo, Pedro.
Abraço.
Oi...Tudo bem...Parabéns pelas informaçoes, encantador este Purmamarca, nunca tinha ouvido falar...e olha que conheço uma boa parte da Argentina...
Moro em SP e gostaria muito de conhecer Purmamarca...Vou me programar para ir ainda este ano..Amei..Vc tem informaçoes de Turismo...Para ir de carro saindo de SP.
Atenciosamente
Mary
Oi, Mary. Obrigado.
De carro não sei, infelizmente. Eu fui de ônibus, partindo de Buenos Aires. Fui para Salta e de lá peguei o passeio para essa parte, que está no estado de Jujuy.
Abraço.
Oii Rafael, muito grata pelo retorno...
Vou me programar...Amar para ir em Julho de 2017...Sabe o clima nesta época...gostaria de ir no inverno amo frioo Bju :)
Eu fui em setembro e estava bem tranquilo o clima. Dá uma olhada aqui: https://pt.climate-data.org/location/1917/
Passei próximo semana passada à Caminho de San Pedro de Atacama, fiquei encantado com a beleza do lugar, está na minha lista de prioridades para este ano ainda.
Parabéns, excelente site.
Vale a pena, Sávio.
Abraço e obrigado.
Oi!!! Pretendo ir pra Salta em janeiro, a partir do dia 15, eu ia sem reservar hospedagem, você acha que seria um erro... Tem problema não reservar?
Problema nenhum, a não ser em feriados e festas importantes na cidade. Já viajei muito assim. Por outro lado, tende a ficar mais barato se você reservar antes.
Abraço.
Boa noite Rafael.
Gostei de suas dicas.
Estou programando uma viagem para Salta e suas redondezas, para 26/dez a 05/jan/2017.
Iremos com 2 carros, 8 pessoas.
Nesse caso dos passeios, o que você me recomenda, fazer os passeios com uma agência de turismo, ou ir mesmo com nossos carros? è fácil encontrar hotéis pelo caminho também?
Forte abraço, agradeço a colaboração?
Sildomar
Dá para ir com os carros de vocês mesmo, Sildomar. Eu reservaria os hotéis antes, pela internet, só pra garantir.
Abraço.
Hola Rafael,queria dejarte aqui una dica, pues el marketing, a veces, puede resultar egoísta al elegir darle protagonismo y visibilidad a lugares como Purmamarca, Jujuy, Argentina por su Cerro de los Siete Colores, pero dejar relegada otra hermosura como la Sierra del Hornacal, a tan sólo 24, 5 kilómetros de la ciudad de Humahuaca (aproximadamente 40 minutos en auto).
Para llegar hasta allí, se puede contratar una excursión desde el puente que pasa sobre el río Grande de Humahuaca ($300 la caminoneta – viajan 4 personas cómodas – precio marzo 2014) donde lo llevan con una camioneta 4X4 hasta una meseta a 4.300 msnm desde donde se ve toda la Sierra del Hornacal, también conocido como el Cerro de los 14 Colores (aunque el ojo afilado dice que se pueden observar hasta 33 tonalidad).
Se recomienda ir por la tarde, ya que los colores se intensifican con el sol de frente. También es conveniente llevar abrigo, aún en verano, ya que debido a la altura, siempre hace frío.
Se trata de una vista imponente e irreproducible; uno de esos inexplicables fenómenos que la naturaleza tardó millones de años en perfeccionar y por eso cautiva a cada visitante. queria dar una sugestion a futuros viajeros a Jujuy y decirles que de Puerto Iguazu a Salta, hay vuelos directos, de Salata a jujuy de omnibus, es ideal para disfrutar el paisaje.
Não conhecia esse lugar, Claudia. Obrigado pela sugestão. Parece muito bonito. Certamente ajudará outros viajantes.
Abraço.
Purmamarca é umas das cidades mais encantadoras que já conheci.
Afora as belezas naturais, que por si só já valem a ida, a cidade tem uma aura que a diferencia de qualquer outra cidade que conheci. O fato de ser pequena e cheia de turistas, passa a impressão de ser uma cidade do mundo. Como se não tivesse um localização precisa, mas fosse apenas um ponto de encontro de viajantes e mochileiros.
A praça da cidade reúne habitantes e mochileiros que vendem suas coisas e fazem apresentações para continuar a viagem.
Devem existir outras Purmamarcas pelo mundo. Agora sempre que viajo dou preferências para pequenas cidades turísticas.
Vinícius, a gente tem até um nome pra lugares como o que você descreveu: mochilistão.
Dá uma olhada nesse texto aqui:
https://www.360meridianos.com/2013/05/de-volta-ao-mochilistao.html
Abraço. :)