5 roteiros de mochilão pelo Brasil: o seu guia definitivo

Peru, Bolívia e Chile. Portugal, Espanha, Itália e França. Quando fazemos as malas e vamos ao exterior, é comum organizarmos viagens que passam por vários destinos nas mesmas férias. Que tal fazer a mesma coisa, mas em terras verde e amarelas? Neste texto você vai encontrar um passo a passo de como organizar um mochilão pelo Brasil.

Listamos cinco sugestões de roteiros, viagens que podem ser feitas em 15 ou 20 dias (cada uma). Na maioria delas, a melhor saída é comprar uma passagem de múltiplos destinos. Ou seja, você chega de avião por uma cidade, percorre um bom trecho por terra e pega o avião de volta em outra cidade, que é a parada final da aventura.

Veja também: Como comprar uma passagem para múltiplos destinos

Gramado

Veja aqui como alugar um carro com o melhor custo/benefício

Rota das Emoções

Quais cidades visitar?

  • Fortaleza (Ceará)
  • Jericoacoara (Ceará)
  • Delta do Parnaíba (Piauí)
  • Lençóis Maranhenses (Maranhão)
  • São Luís (Maranhão)

Como montar o roteiro

Jericoacoara, Delta do Parnaíba e os Lençóis Maranhenses numa tacada só. E de quebra você ainda conhece Fortaleza e São Luís, as cidades para e de onde você deve comprar suas passagens de múltiplos destinos.

A ordem dos fatores não importa. Para exemplificar, vamos dizer que sua passagem de ida seja para Fortaleza e a de volta seja a partir de São Luís. O percurso que você deve fazer é esse aí, no mapa abaixo – são cerca de mil quilômetros percorridos em três estados brasileiros. Esse roteiro tem até um nome garboso: Rota das Emoções.

Fique dois ou três dias em Fortaleza (reserve um dia para o Beach Park, se esse tipo de programa te interessar). Depois, siga para Jeri, onde você pode ficar por quatro dias. São 300 km de estrada. As formas mais práticas de ir são de 4 x 4 (mais caro) ou de ônibus + pau de arara (mais barato). Aqui você encontra uma lista de todas as empresas que oferecem o serviço de transfer de 4 x 4. Espere gastar entre R$ 150 e R$ 180 pelo trecho.

Se escolher a segunda alternativa, você irá de busão até Jijoca, numa viagem de seis horas, e de lá pegará o pau de arara para Jeri. A Fretcar oferece o serviço, que vai te custar em torno de R$ 90.

Você também pode ir dirigindo, mas prepare-se para pegar um trecho de estrada de areia, por isso esteja com o veículo apropriado. Como o começo e o final dessa viagem são separados por quase 1000 km, só compensa ir de carro se for próprio – alugar um veículo vale apenas quando você consegue pegá-lo e devolvê-lo na mesma cidade.

Jericoacoara 

Depois de passar um tempo em Jeri (quatro, cinco ou quantos dias você quiser), é hora de continuar viagem. A alternativa mais confortável é contratar um pacote de agência, o que você pode fazer ao chegar em Jeri. O custo, no entanto, é alto: em torno de R$1.400 para quatro pessoas. O pacote vai até Barreirinhas, nos Lençóis Maranhenses, mas antes tem parada no Delta do Parnaíba, no Piauí.

Há uma forma econômica de chegar ao Delta, mas envolve fazer baldeação: vá até Camocim, numa viagem que dura cerca de 2h e tem saídas diárias, em veículos 4 x 4, a partir de Jeri. Você pode agendar no seu hotel. De lá, pegue um ônibus até o Delta. A empresa Expresso Guanabara faz o trajeto (R$ 24).

Fique dois ou três dias no Delta e siga para Barreirinhas, porta de entrada dos Lençóis Maranhenses. Se você contratou o pacote da Rota das Emoções, esse perrengue estará resolvido para todo o trecho Jeri – Lençóis. Se preferir economizar, o caminho envolve outra baldeação, dessa vez em Paulino Neves. A viagem dura 3h30 e é feita pela Viação Coimbra. De lá, pegue um 4 x 4 para Barreirinhas, numa viagem de 2h30. Cada perna sai por cerca de R$ 35. Como de costume, a melhor forma de organizar tudo isso é conversando na recepção do seu hotel ou procurando agências da própria cidade.

Lençóis Maranhenses

Chegou em Barreirinhas? Fique quatro ou cinco dias, pelo menos. Assim você terá tempo de sobra para conhecer os Lençóis Maranhenses. De lá, siga para São Luís, num trajeto que dura entre quatro e seis horas e pode ser feito de van ou de ônibus. A CN Turismo faz o trecho de van e te deixa no seu hotel em São Luís, tudo por R$ 80. A Viação Cisne Branco tem quatro saídas diárias, com paradas no meio do caminho. A passagem custa R$ 60 e você desembarca na rodoviária de São Luís.

Pronto! Passe o restante do seu tempo na capital do Maranhão e de lá pegue seu voo de volta para casa.

Quanto tempo? 15 dias

Dicas de hotéis ao longo do roteiro

Não deixe de ler: Como Chegar aos Lençóis Maranhenses
Onde ficar em Barreirinhas
Como viajar pelo Brasil gastando pouco

Rota do Pão de Queijo: cidades mineiras

Quais cidades visitar?

  • Belo Horizonte
  • Ouro Preto
  • Mariana
  • Congonhas
  • Tiradentes
  • São João del-Rei
  • Inhotim/Brumadinho

Ok, eu sei que o mochilão anterior, a não ser que seja feito num pacote fechado para o trecho entre Jeri e Lençóis, é complexo. Por isso, a próxima opção é bem mais simples. E sua melhor alternativa, principalmente se você não estiver viajando sozinho, é alugar um carro. Caso resolva fazer isso, veja o texto em que damos dicas práticas para reservar o carro e garantir o melhor custo/benefício.

Nesse roteiro você não precisa comprar uma passagem para múltiplos destinos – compre a ida e a volta para Belo Horizonte. Você vai percorrer cerca de 600 km e retornar para a capital mineira.

Se optar por alugar um carro, então você tem duas alternativas: fazer isso assim que descer do avião, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Essa escolha facilita seu deslocamento até o centro de Belo Horizonte, mas o carro pode não ser tão útil enquanto você estiver na capital. Se sua viagem for num fim de semana, ótimo, você não terá problemas de trânsito ou dificuldade para conseguir vagas de estacionamento.

Se a viagem for durante a semana, pode ser melhor ir para BH de Uber/99/Cabify (R$ 70 a R$ 85 até o centro) ou no ônibus do Conexão Aeroporto (entre R$ 13,50 e R$ 30, dependendo do tipo do veículo). Conheça BH a pé e de transporte público e alugue um carro quando for para o interior. Fique pelo menos dois ou três dias na cidade.

De BH, siga para Ouro Preto, que está a 100 km da capital mineira. Para isso, pegue a BR 040, sentido Rio de Janeiro. Siga na rodovia até o trevo do Alphaville, a cerca de 20 km de Belo Horizonte. Neste ponto, entre sentido Ouro Preto, seguindo pela BR 356. Fique pelo menos duas noites da cidade, que pode servir de base para conhecer também Mariana, primeira capital de Minas, e Lavras Novas, um charmoso distrito de Ouro Preto.

Ouro Preto

Não está de carro? A Viação Pássaro Verde faz o trajeto BH – Ouro Preto. A viagem dura pouco mais de duas horas e custa R$ 35. Os ônibus saem de hora em hora, do Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, no centro da cidade. Use o transporte urbano de Ouro Preto para visitar Mariana e Lavras Novas.

Mariana

Cerca de 60 km, via MG 129, separam Ouro Preto de Congonhas, cidade histórica onde estão os profetas de Aleijadinho. Você pode ir embora no mesmo dia, depois de conhecer os profetas e outras atrações da cidade, ou pode passar uma noite por lá. De ônibus, esse trecho envolve uma baldeação: você precisa ir até Ouro Branco e de lá seguir para Congonhas.

Congonhas, MG 

De Congonhas, siga para São João del Rei, num percurso de 110 km. Não está de carro? A notícia boa é que os ônibus que fazem o trajeto BH – São João del Rei, da Viação Sandra, param em Congonhas. A notícia ruim é que eles podem chegar na cidade lotados. Por isso, reserve com antecedência.

Você pode ficar uma noite em São João e depois correr para Tiradentes, uma cidade minúscula, mas simpática. As duas cidades são praticamente irmãs: apenas 16 km de distância. Há ônibus frequentes entre as duas e o táxi sai baratinho, mas também é possível fazer o trajeto de Maria Fumaça. E isso, claro, custa mais caro, afinal é um passeio turístico.

Depois de duas ou três noites em Tiradentes, volte sentido BH. Quem está de carro não precisa entrar na capital. Você pode seguir até a Serra da Moeda e de lá chegar em Inhotim por um caminho alternativo (e bem mais bonito). Para isso, você segue sentido BH até a saída para o Retiro do Chalé, já na BR 040 e quase chegando na capital (coloque no GPS). Há pousadas interessantes por ali e a vista do Restaurante Horizontes é linda.

Siga para Inhotim. A dica é pernoitar numa das pousadas que surgiram mais ou menos ao redor do museu, em Brumadinho ou Casa Branca, e só depois regressar para Belo Horizonte. Quem está de ônibus deve voltar de Tiradentes para Belo Horizonte e da rodoviária da capital pegar o ônibus que vai para Inhotim.

Curtiu? Esse roteiro é bom até para quem, como eu, vive em Belo Horizonte. 🙂

Quanto tempo ficar? 12 dias

Dicas de hotéis ao longo do roteiro

Não deixe de ler: Mariana, bate-volta a partir de Ouro Preto
Onde ficar em Ouro Preto
Como chegar e sair do Aeroporto de Confins
13 cidades históricas mineiras que você precisa conhecer

Rota Sul do país

Quais cidades visitar?

  • Porto Alegre
  • Gramado e Canela
  • Blumenau
  • Florianópolis
  • Balneário Camboriú

Eu não fiz esse roteiro, mas estive várias vezes nessas regiões em viagens separadas e tenho certeza que funciona: a ideia é conhecer o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Compre uma passagem de múltiplos destinos, com chegada em Porto Alegre e volta por Florianópolis (ou o contrário). Por isso, só tem sentido alugar carro para trechos específicos – rodar pela Serra Gaúcha, por exemplo – mas para a viagem inteira o melhor acaba sendo ir de ônibus ou, claro, de carro próprio.

Chegue em Porto Alegre e fique duas ou três noites por lá. A Cidade Velha e o Bairro Moinhos de Vento têm boas opções de hospedagem. Depois de conhecer as belezas de Poa, siga para Gramado. Há vários ônibus por dia, tanto a partir da rodoviária quanto a partir do aeroporto. A passagem custa R$ 56. Detalhes aqui.

Porto Alegre

Fique mais duas ou três noites em Gramado e aproveite para conhecer também Canela, cidade vizinha que é cheia de atrações, como o Parque do Caracol e a Catedral de Pedra. Ônibus urbanos ligam as duas cidades, que estão coladas entre si.

Nessa região você tem também a chance de esquiar. É que em Gramado fica o Snowland, primeiro parque de neve indoor das Américas. Se estiver viajando no fim do ano, não deixe de verificar a programação do Natal Luz, festa que anualmente mexe com a cidade.

Outra opção é de Gramado ir para Bento Gonçalves, cidade que serve de entrada para o belíssimo Vale dos Vinhedos – a região mais importante para a produção de vinhos no Brasil. São 111 km de estrada – várias agências de turismo de Gramado oferecem tranfers, que acabam sendo a forma mais prática de seguir viagem.

Gramado

Tudo visto? Hora de seguir para Balneário Camboriú. Há ônibus diários entre Gramado e a cidade catarinense. A empresa que faz o trecho é a ViaSul. Os ônibus saem de Gramado toda noite (entre 20h e 21h, confirme o horário no site) e a passagem custa R$ 135. Detalhes aqui.

Balneário Camboriú

Fique quatro ou mais noites em Balneário Camboriú, com tempo para aproveitar as praias da cidade. Você pode se hospedar na Praia Central ou nas pousadas ao longo da Rodovia Interpraias. Vale lembrar que Balneário tem noite agitada, várias atrações e lota na alta temporada.

A partir de Balneário você pode conhecer outra cidade catarinense: Blumenau, que teve forte colonização alemã. É lá que ocorre, todos os anos, a edição da Oktoberfest no Brasil. A viagem entre as duas cidades demora 1h30, pela Viação Catarinense, e custa R$ 29. É possível fazer um bate-volta ou pernoitar em Blumenau. Outra possibilidade é passar um dia no Beto Carrero World, que fica a 40 km de Balneário.

Agora é hora de seguir para Florianópolis, onde você fica até o fim da sua viagem. A Viação Catarinense também faz o trecho. A viagem dura 1h20 e a passagem custa cerca de R$ 36, variando de acordo com o tipo do ônibus. E Floripa, nem preciso fazer esforço para te convencer disso, será outro ponto alto da viagem.

Florianópolis

Quanto tempo? 12 dias

Dicas de hotéis ao longo do roteiro

Leia também: O que fazer num final de semana em Florianópolis
Onde ficar em Florianópolis
Onde ficar em Balneário Camboriú
O que fazer em Balneário Camboriú
Onde ficar em Gramado
O que fazer em Porto Alegre
Onde ficar em Porto Alegre

Rota Bahia e Espírito Santo

Quais cidades visitar?

  • Vitória e Vila Velha
  • Guarapari
  • Conceição da Barra e Dunas de Itaúnas
  • Porto Seguro, Arraial d’Ajuda, Trancoso e Caraíva
  • Itacaré
  • Salvador

Você poderá conhecer algumas das praias mais famosas da Bahia, mas também terá condições de desvendar um estado muito bonito, mas pouco conhecido pelo brasileiro: o Espírito Santo.

Esse roteiro passa por Vitória, Guarapari, Conceição da Barra, Dunas de Itaúnas, Porto Seguro, Itacaré e Salvador, incluindo muitas cidades ao redor das que acabei de listar que funcionam como bases. Por exemplo, de Porto Seguro é possível visitar Arraial d’Ajuda, Trancoso e Caraíva.

Este é o maior roteiro do texto. Nem tanto em distância, são 1400 km, mas em número de lugares que você pode visitar. Eu fiz essa viagem em um mês. Como muitos dos lugares visitados são praias, a duração total varia de acordo com o tempo que você quer ficar – e relaxar – em cada lugar.

Compre uma passagem de múltiplos destinos com chegada em Vitória, no Espírito Santo, e volta por Salvador, na Bahia (ou o contrário).  Fique pelo menos duas noites em Vitória, aproveitando para conhecer Vila Velha e testemunhar a belíssima vista do Convento da Penha.

Vitória vista a partir do Convento da Penha

Outra opção é ficar mais tempo em Vitória e aproveitar a oportunidade para fazer viagens de bate-volta por atrações ao redor da capital. Por exemplo, a Igreja dos Reis Magos e a Praia de Maguinhos, que ficam em Serra, a 35 km de Vitória.

A Serra Capixaba é outra possibilidade ao redor de Vitória, assim como Guarapari, o maior balneário do estado. Guarapari vale uma parada estratégica de dois ou mais dias, principalmente se você não estiver na alta temporada, quando a cidade fica muito cheia e caótica. O blog Rotas Capixabas tem um texto bem interessante sobre o estado. Nele, você conhece cinco sugestões de roteiros de bate-volta a partir de Vitória.

Igreja dos Reis Magos

Por conta da grande quantidade de atrações ao redor de Vitória, é interessante alugar um carro para essa parte da viagem. Isso te dará liberdade para conhecer tudo com calma. Se dirigir não for uma opção, ainda é possível ir de ônibus.  Por exemplo, a viagem entre Vitória e Guarapari é feita pela Viação Alvorada. Há saídas durante todo o dia e o percurso dura 1h20. Também há ônibus urbanos para Manguinhos, enquanto a Viação Águia Branca faz viagens que param na Pedra Azul, cartão-postal da Serra Capixaba, em Domingos Martins.

É justamente a Viação Águia Branca que faz o trecho Vitória – Conceição da Barra, no norte do Espírito Santo. São 4h30 de viagem, com passagens custando R$ 73 no ônibus convencional.

Conceição da Barra tem praias de águas mornas e merece uns dois dias de viagem, mas a grande atração por ali é Dunas de Itaúnas, um dos lugares mais especiais que já conheci nesse Brasil. É uma vila que décadas atrás foi soterrada por dunas e teve que se mudar de lugar. Além de praias lindas, destaque para a noite da região, que é conhecida por conta do seu forró. Veículos da viação Mar Aberto fazem o percurso entre as duas cidades diariamente. A viagem dura 50 minutos.

Dunas de Itaúnas

Depois de dois dias em Itaúnas, seguimos para Porto Seguro. Mas não foi uma viagem fácil. Para isso foi preciso voltar para Conceição da Barra e de lá pegar um ônibus para São Mateus (também com a Viação Águia Branca (45 min/ R$ 9), outro balneário simpático e que merece ao menos o pernoite. Por ali, a grande atração é uma Ilha chamada Guriri, que tem praias bonitas e uma sede do Projeto Tamar.

O trajeto entre São Mateus e Porto Seguro também é feito pela Viação Águia Branca (7h20 / R$ 83 a R$95) e tem duas saídas diárias. Pronto! Você está na Costa do Descobrimento.

Assim como em Vitória, em Porto Seguro pode compensar alugar um carro. Acho que é até bem mais importante do que na capital capixaba. É que isso facilita sua vida para conhecer cidades e distritos ao redor, como Santa Cruz e Cabrália, Arraial d’Ajuda, Trancoso, Praia do Espelho e Caraíva.

Se resolver alugar o veículo, veja nossas dicas de como garantir o melhor custo/benefício.

Também é possível conhecer muitos desses lugares usando transporte público, principalmente Arraial, em que basta pegar a balsa, e Santa Cruz, que pode ser visitada tranquilamente sem carro.

Porto Seguro

Próxima parada: Itacaré. A viagem é com a Viação Rota (7h45 / R$ 89). Destino de turismo de aventura, praias lindas e uma vila simpática, tudo isso faz de Itacaré um lugar especial. Ficamos três noites por lá, relato que você lê aqui. De Itacaré seguimos para a última parada do roteiro, que foi Salvador. Para isso, a melhor maneira é pegar um ônibus até Bom Despacho e de lá pegar a ferry para a capital baiana. Esse trecho pode ser feito com a Viação Cidade do Sol (5h10 / R$ 49,90). A tarifa da ferry para Salvador varia entre R$ 5 e R$ 6,70, de acordo com o dia da semana (preço por passageiro sem veículo).

Algumas agências de viagem de Itacaré oferecem o transporte até Salvador, mas essa é uma opção mais cara.

Quanto tempo? 20 dias

Dicas de hotéis ao longo do roteiro

Leia também: Onde ficar em Salvador
Conceição da Barra, praias no norte do Espírito Santo
Onde ficar em Vitória, no Espírito Santo
Turismo e praia em Itacaré, na Bahia
Porto Seguro: guia de viagem, dicas e praias
As melhores praias de Salvador

5ª sugestão de mochilão pelo Brasil: monte seu roteiro

O Brasil oferece centenas de possibilidades de roteiros como esses que mostrei. Por exemplo, é muito fácil juntar as cidades e praias mais desejadas do nordeste numa mesma viagem. Também dá para fazer um mochilão pela Amazônia, inclusive com trechos de viagem de barco.

Dá até para montar um supermochilão, com saída de Porto Alegre e fim no norte do país, tudo isso sem carro – basta ligar os pontos dos roteiros anteriores. Porto Alegre está pertinho de Gramado, que está próxima de Balneário, que está perto de Floripa, que não está longe de Curitiba, que está a uma viagem de busão de São Paulo. E a capital paulista está perto do Rio. E das praias cariocas para BH é um pulo: pronto você entrou no roteiro de cidades mineiras e dele pode emendar com o roteiro pelo Espírito Santo e Vitória.

Jeito tem. Não digo que fica baratinho e pode ter certeza que essa é uma viagem com potencial de durar meses. O objetivo deste texto foi só mostrar que sim, é possível. E criar uma reflexão: se nós, viajantes, estamos acostumados a encarar aventuras assim em outros países, o que nos impede de fazer o mesmo no Brasil?

Resposta simples: nada. Assim como na Europa, uma cidade leva imediatamente até outra (Londres – Amsterdam – Bruxelas – Paris…). Uma cidade grande e interessante e com várias atrações ao redor está a apenas uma viagem de ônibus de você.  Por mais que a falta de um sistema de transporte ferroviário atrapalhe a locomoção, viajar pelo Brasil é possível e nem tão complicado assim. Basta planejamento.

E você? Já mochilou pelo Brasil? Deixe dicas de roteiros nos comentários.

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Confira aqui 5 roteiros de viagem pelo sul do Brasil: dicas para suas férias

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

Ver Comentários

  • Olá a todos!!

    Estava aqui a fazer uma pesquisa sobre São Paulo e o vosso blog apareceu, estou a adorar, tenho seguido fielmente!!!
    Eu sou Portuguesa (já devem ter reparado), mas tou na Índia (Tamil Nadu, numa vila minuscula!!) e vou para São Paulo 3 meses. Então tenho 2 perguntas:
    1. Preciso de um quarto em sao paulo, perto dos hospitais, num bom bairro, alguma ideia?
    2. Antes de chegar a sao paulo tenho 2 semanas de ferias, vi as propostas de roteiro, gostei..mas tou indecisa... somos um casal que gosta de aventura, praia e campo, comer bem e gastar pouco.. sugestões?

    • Oi, Bianca.

      Seria perto do Hospital das Clínicas? Se for, Pinheiros é uma boa opção. Morei lá por um ano.

      Olha, o litoral de São Paulo é interessante. Vocês também podem ir para o litoral do Rio, incluindo aí Paraty, que é uma cidade histórica de frente pro mar.

      E tem Minas Gerais, Bahia, o sul. Sim, são muitas opções. haha

      Abraço.

  • Vocês são ótimos! acompanho o blog há uns 8 meses, e me fantasio todos os dias fazendo o mesmo, e morro de inveja de vocês!
    Sou Engª Agrônoma no interior do Mato Grosso, e tudo é muito distante da minha realidade diária, porém em férias sempre é possível! Estou indo na próxima semana para RJ, BA e ficarei em hostels, e utilizei todas as dicas que vocês deram!
    Só acho que rotas devem ter um roteiro pelo Pantanal Matogrosensse, e nossas chapadas! É tudo maravilhoso!!!

    Beijos beijos!

    • Olá!
      Esse post está animal mesmo, mas também senti falta de um roteiro sobre o Mato Grosso, principalmente pelas chapadas. Era justamente isso que estava procurando quando encontrei esse blog, que por sinal é excelente. Se você tiver Daniela,algo sobre o centro-oeste poderia compartilhar? Meu e-mail é marina.chaves4@gmail.com.

      Obrigada :)

    • Obrigado, Daniela. :)

      E ó: o Mato Grosso só ficou de fora porque eu mesmo não fui aí ainda, então é complicado dar essas dicas. Mas resolverei isso no ano que vem.

      Abraço.

  • Adorei o post! Já estou de olho em duas sugestões do texto! Ah, adorei mais ainda em ver meu ES como sugestão! Até compartilhei no face do blog! Abraço!

  • Mais um belo texto Rafa, parabéns!!

    E ele veio de encontro ao que eu estou planejando, quero fazer um mochilão pelo sul/sudeste do Brasil, já defini o meu roteiro que a princípio será este: saindo de porto alegre, passando por Imbituba, Floripa, Curitiba, SP, Paraty, Rio, Ouro Preto e terminando em BH... Por que não mochilar por terras tupiniquins?? Abraços

      • Pode deixar Rafa, vamos sim terminar em BH e será uma honra poder conhecer vocês.

        Depois de ir para a cidade do cabo com as dicas de vocês agora vou mochilar pelo Brasil... Ainda estamos em fase de planejamento, por ora, eu e minha noiva, definimos este roteiro, agora vamos juntar a grana e organizar o restante das coisas para tirar esta ideia do papel, e claro sempre atento as dicas de vocês :)

        Valeu!!

  • Em 2011 passei três semanas entre Minas, BSB e São Paulo. A parte de Minas foi exatamente a que foi sugerida neste post. Tudo começou porque eu queria assistir ao show do U2 em São Paulo e terminou sendo uma das melhores viagens que já fiz.

  • Que blog legal!
    Parabéns pelo aniversário e muitos anos de vida prá gente curtir as viagens que ainda surgirão!
    Obrigada pelas dicas valiosas!Abraços .
    Telma

  • Que belo post, muchachada! Que vontade de fazer todos eles.
    Sugiro um roteiro tb pela RIO SANTOS, saindo de qualquer cidade e indo parando nas cidades do caminho como Ubatuba. São Sebastião e Parati.

    • Obrigado, Túlio.

      Já fiz uma parte desse roteiro que você sugeriu, no ano passado. Curti bastante.

      Abraço.

  • Que beleza de post, Rafael! É tão fácil falar que viajar pelo Brasil é caro sem se abrir a formas de viagem mais econômicas que a gente acha o máximo de fazer no exterior.
    Parabéns pela iniciativa! E obrigado pela menção ao Rotas! ;-)

    • Pois é, Tiago. Eu viajei várias vezes pelo Brasil este ano. Tirando Noronha, nenhuma viagem foi cara. Bastou planejamento.

      O problema é que a gente se planeja para ir ao exterior, mas quer comprar uma passagem para viajar pelo Brasil no feriado (e de última hora). E reclama que está caro. Assim não funciona, né?

      Outra coisa envolve a aviação: nos últimos 10, 15 anos o brasileiro passou a viajar mais de avião. Ótimo. Mas muitos destinos estão a uma viagem de ônibus da gente. Se faríamos essa viagem lá fora, por que não fazer aqui?

      P.S: esse post do Rotas é fantástico.

      Abraço.

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Rafael Sette Câmara

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