Esse negócio de vulcão pode até ser assustador, mas sem dúvida também é fascinante. Foi por isso que eu elegi Rotorua como meu lugar preferido na Nova Zelândia. Quando me disseram que lá eu veria gêiseres e tomaria banho em águas termais, fiquei bem animada. A cidade não deixa nada a desejar para quem tem curiosidade de conhecer de perto esse tipo de fenômeno e ainda oferece outros programas para quem não tem tanto interesse nisso quanto eu.
Eleita seis vezes como a mais bonita da Nova Zelândia, Rotorua fica às margens do Lago de mesmo nome (foto abaixo) e tem outros lagos ao redor. Está localizada no meio na zona vulcânica Taupo e isso fica bem claro quando você começa a se aproximar da cidade e sente um cheirinho de enxofre (que se parece com ovo podre), mas com o tempo você acaba se acostumando. E para todos os lados existem áreas com fumaça saindo do chão, as chamadas de fumarolas.
Para começar a explorar essa região, existem alguns parques especiais em áreas geotermais: Whakarewarewa, com o maior gêiser do país; Hell’s Gate, maior cachoeira quente do hemisfério sul; Waimangu, a mais recente área geotermal do mundo; The Hidden Valley, somente acessível por barcos exclusivos. E, por fim, Waiotapu, que foi o que visitamos.
O Waiotapu é o mais colorido dos parques termais da região. Ársenico, enxofre e até mesmo ouro e prata criam cenários incríveis, como um lago completamente verde, piscinas azuis-turquesa e alaranjadas, além de montes de lama borbulhante e crateras enfumaçadas.
Foi por lá também que vi o primeiro gêiser da minha vida. O Lady Knox foi descoberto no começo do século 20, por um grupo de prisioneiros que lavavam roupa no local e deixaram sabão cair na cratera e ela explodiu. Imagina o susto! Depois de criado o parque, os cientistas bolaram um plano bem espertinho para garantir que o gêiser entre em erupção todos os dias no mesmo horário, às 10h15: eles jogam sabão dentro da cratera todos os dias às 10h.
Depois desse passeio, uma das grandes atrações de Rotorua é conhecer os banhos em águas termais, onde você pode entrar naquela piscina de água natural quentinha e relaxar. Eles resfriam a água, então você não corre o risco de queimaduras, não se preocupe. Existem cerca de 20 opções de banhos termais na cidade e nos arredores. O mais famoso é o Polinesian Spa, que, além das piscinas, oferece tratamentos estéticos, massagens, banhos de lama e outros tratamentos.
Como nós somos mais modestos, escolhemos outra opção muito boa, porém mais em conta: o Waikite Valley Thermal Pools. Não temos nenhuma foto da gente curtindo esse momento, porque ninguém teve coragem de sair da água quente para ficar no frio e aguentar vento de cerca de zero graus para tirar a foto. Foi mal aí.
E se você já está se perguntando se a gente foi à Nova Zelândia e não viu nenhum Kiwi, a resposta é: vimos sim, em Rotorua. Para quem não sabe, o Kiwi é o animal símbolo do país, um bicho no meio da evolução entre ave e mamífero e que hoje em dia está em risco de extinção. O nome Kiwi é porque o bichinho realmente se parece com a fruta.
Lá no Rainbow Springs Nature Park tem um viveiro de Kiwis, além de ser um parque grande com outros bichos e plantas nativas. O ingresso comprado durante o dia é válido para o retorno durante a noite, quando os Kiwis não estão dormindo e podem ser observados (mas não fotografados).
Fora isso, andar pela cidade já é um passeio e tanto, principalmente na região do Government Gardens, que são jardins lindos, com traços coloniais e da cultura maori. Ali também fica o museu da cidade.
Para quem curte programação de graça, é possível apreciar as florestas, rios e lagos em volta – dá para curtir a vista incrível e fazer caminhada, piquenique e rafting. E aproveitando o cenário bucólico ao redor, também tem passeios para visitar fazendas. A The Agrodome é a mais famosa dessas atrações.
Rotorua tem cerca de 50 mil habitantes e fica a três horas de Auckland, na Ilha Norte. Para chegar lá, o mais recomendável é alugar um carro. Primeiro que a paisagem é linda, digna de cenário de filme. Segundo que o carro vai ser uma mão na roda para fazer a maioria dos passeios.
A oferta de ônibus internos é pequena, então quem vai sem carro precisa pagar caro por táxis ou vans. Mas também dá para ir de ônibus (sempre recomendam o tal do Naked Bus) e até de avião. Rotorua tem um pequeno aeroporto que opera voos da Air New Zealand, saindo de Auckland, Wellington e Christchurch.
Nós ficamos hospedados no hostel Crash Palace (1271, Hinemaru Street) e recomendamos o local. O hostel tinha sido reformado recentemente, é superorganizado e limpo, tem várias dicas para os visitantes e, para completar, tem um ofurô de águas termais. Além disso, foi uma das diárias mais baratas que achamos por lá (cerca de US$15). Você também pode checar todas as opções de hotéis e hostels na cidade no Booking.com.
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muuito bom o seu post. Parabens!informações completas e claras!
Oi Debora,
Nós passamos duas noites (três dias), em Rotorua. Acredito que é tempo suficiente para conhecer as atrações da cidade sem pressa!
bjs
Obg Luiza!
Oi Luiza!
Adorei o post! Quantos dias vocês ficaram lá? Estou em dúvida quantos dias separar para Rotorua!