As ruínas romanas de Conímbriga, Portugal

Acho o Império Romano fascinante. Minha alma de Indiana Jones adora andar por ruínas e imaginar que há mais de dois mil anos aquelas pedras eram casas, comércio e prédios importantes do governo.

Visitei Conímbriga, em Portugal, com minha colega de casa, que é grega e não estava achando muita graça naquelas construções, que para ela nem eram velhas o suficiente. Já para mim, ver um mosaico construído no primeiro século da nossa era em quase perfeito estado de conservação é motivo de euforia.

Conímbriga era uma cidade grande na época da dominação romana na Península Ibérica. Porém, não era a maior nem a mais importante. Mas hoje em dia, é uma das que tem sua área e construções mais bem conservadas. Tanto que é parte do Museu Monográfico de Conímbriga, que fica no município de Condeixa-a-velha, a cerca de 16 km de Coimbra.

A região já era uma vila desde o século 9 a.C., habitada por povos Lusitanos, de origem Celta. Na segunda metade do século 1 a.C., a vila, que ficava na via entre Olisipo (Lisboa) e Bracara Augusta (Braga), foi ocupada pelos romanos, numa época de guerras e ocupações na região.

No século 1 d.C, época do imperador Cesar Augusto (o herdeiro de Júlio César), Conímbriga cresceu bastante: foi construído um Fórum (foto abaixo) e termas públicas na cidade. Em seu auge, chegou a ter mais de 10 mil habitantes.

A estrutura urbana que foi escavada revela três conjuntos de termas – ou banhos públicos. Há o aqueduto, várias casas, um anfiteatro, o Fórum e outros prédios. No total, trata-se de um conjunto de 32 construções. Além, claro, de uma grande muralha, construída no final do século 4, já na época do declínio do Império Romano, para reforçar a antiga muralha dos tempos de Augusto.

Essa muralha, feita às pressas, não conseguiu conter as invasões bárbaras. Em 465 e 468, os Suevos capturaram e saquearam Conímbriga e, com isso, os habitantes abandonaram suas casas e fugiram para a Aemínium, também conhecida como o lugar onde hoje eu moro: Coimbra.

Além da visita às ruínas, o Museu Monográfico de Conímbriga também conserva elementos de como era a vida na época do Império Romano. A coleção tem quatro salas, que mostram objetos encontrados durante as escavações, além de maquetes e mapas sobre a história local.

Planeje sua visita a Conímbriga

O ingresso para as ruínas e o museu custa €4,50. O lugar está aberto todos os dias, de 10h às 19h. Mais informações no site oficial. O passeio leva de 1 a 2 horas, dependendo do seu ânimo.

É possível chegar lá de carro ou usando transporte público. Quem vai de carro tem acesso pela IC3. No local há um grande estacionamento. Há dois ônibus diários de Coimbra para Condeixa-a-Velha que param em Conímbriga. A empresa que faz o transporte é a Transdev. Já para Condeixa-a-Nova há ônibus a cada meia hora. De lá é possível caminhar (são 2,5 km) até o Museu ou pegar um táxi.

Se você quiser economizar no aluguel de carro, nós recomendamos que faça a comparação na Rentcars, maior site do mercado, que compara os preços em dezenas de locadoras e está presente em mais de 60 países. A Rentcars é parceira do 360, então reservando por aqui você ainda ajuda o blog (e a gente agradece).

É interessante incluir Conímbriga num roteiro de dois dias em Coimbra. Eu já contei outras coisas que você pode fazer na cidade nesse post.

 Vai viajar? O Seguro de Viagem é obrigatório em dezenas de países da Europa e pode ser exigido na hora da imigração. Além disso, é importante em qualquer viagem. Veja como conseguir o seguro com o melhor custo/benefício e garanta promoções.

Inscreva-se na nossa newsletter

Avalie este post
Luiza Antunes

Luiza Antunes é jornalista e escritora de viagens. É autora de mais de 800 artigos e reportagens sobre Viagem e Turismo. Estudou sobre Turismo Sustentável num Mestrado em Inovação Social em Portugal Atualmente mora na Inglaterra, quando não está viajando. Já teve casa nos Estados Unidos, Índia, Portugal e Alemanha, e já visitou mais de 50 países pelo mundo afora. Siga minhas viagens em @afluiza no Instagram.

Ver Comentários

Compartilhar
Publicado por
Luiza Antunes

Posts Recentes

O que fazer em Túnis, Tunísia: roteiro de 2, 3 ou 4 dias

Túnis foi um acidente de percurso pra mim, mas foi uma boa surpresa. Eu precisava…

3 horas atrás

Viagem de carro na Toscana, Itália: como alugar o veículo

Poucas regiões do mundo combinam tanto com uma viagem de carro como a Toscana. Habitada…

1 mês atrás

Kashan, Irã: o que fazer e onde ficar na cidade do deserto

Kashan foi uma das cidades que mais me surpreendeu no Irã. Pequena, charmosa e repleta…

1 mês atrás

O Que Fazer em Füssen, Alemanha: 1 ou 2 dias na Vila dos Castelos

Fussen é um bate-volta comum para quem visita Munique e uma parada estratégica para quem…

2 meses atrás

O que fazer em Washington DC em 1 ou 2 dias

Se você gosta de história e curte cidades com muitas atrações de graça, você vai…

2 meses atrás

Qeshm e Hormuz: as fantásticas ilhas do golfo pérsico no Irã

Alguns lugares que a gente visita parecem nem pertencer a esse planeta. Foi bem assim…

2 meses atrás