Tabriz pode não entrar na rota da maior parte das pessoas no Irã, mas eu acho um desperdício. Essa foi minha porta de entrada no país e, de cara, um dos lugares que mais gostei.
Localizada no noroeste do Irã, ela combina história, cultura e hospitalidade azeri em um cenário montanhoso.
Além disso, Tabriz tem um jeito único de fazer você se sentir em casa, com moradores que recebem visitantes com sorrisos e a melhor gastronomia do país. Não deixe de provar o delicioso Kufteh Tabrizi! Vamos lá?
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Sempre que eu vou escrever sobre um bazar, eu tenho a sensação de que estou escrevendo sobre o maior ou mais antigo bazar do mundo. Ao menos é o que dizem várias fontes, e não digo só na internet, mas do marketing turístico local também.
Segundo o Lonely Planet e mais um monte de fontes por aí, o Mercado Histórico de Tabriz, seria mais um desses maiores e mais antigos bazares do mundo. Mas dessa vez eu fui tirar essa informação a limpo.
O maior bazar coberto do mundo é e sempre será o Grand Bazar de Istambul. Porém o Bazar de Tabriz realmente é o maior bazar coberto em área contínua, um detalhe de informação que muitos se esquecem de mencionar.
Mas, independentemente disso, esse fascinante complexo é um testemunho vivo da importância econômica e cultural de Tabriz ao longo dos séculos. Reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO em 2010, o bazar é um símbolo da herança histórica da Rota da Seda, onde mercadores de diversas partes do mundo negociavam seus produtos.
Com uma história que vai pra mais de mil anos, o Bazaar de Tabriz foi um dos principais centros comerciais e culturais durante o auge da Rota da Seda. Devido a sua localização estratégica, que conectava o Oriente ao Ocidente, Tabriz acabou se desenvolvendo como uma cidade vibrante e cosmopolita e um polo econômico do Império Persa.
O complexo é formado por uma rede intrincada de corredores, pátios, caravançarais (antigos alojamentos para mercadores), mesquitas e escolas, tudo construído em tijolo. A coisa é tão bem bolada que a UNESCO reconheceu o bazar como um exemplo de planejamento urbano e organização comercial.
Ao passear por ali, não deixe de admirar o artesanato local, a produção de tapetes persas, as bancas de especiarias e as joias! Quem sabe você não leva algo pra casa?
Essa foi uma das mesquitas mais legais que eu vi no Irã e é também a principal atração de Tabriz. Conhecida como a “Mesquita Turquesa” por conta dos azulejos nesses tons, que simbolizam a espiritualidade na cultura persa, essa obra-prima arquitetônica foi construída em 1465, durante o reinado de Jahan Shah, líder da dinastia Kara Koyunlu.
Originalmente, ela era parte de um grande complexo arquitetônico, que incluía um bazar, um hammam (banho público) e outros edifícios, e serviu como local de oração e também como mausoléu para a família real.
Infelizmente, a Mesquita Azul sofreu muitos danos durante um grande terremoto em 1779, que destruiu grande parte de sua estrutura. O que vemos hoje é o resultado de muitos projetos de restauração, que começaram no século 20 e continuam até hoje.
Originalmente, a cúpula principal era uma das maiores de seu tempo, mas foi uma das partes destruídas no terremoto. Mesmo assim, a reconstrução preserva a grandiosidade do design. Quando estiver lá, repare que alguns azulejos têm poemas e versos do Alcorão escritos nele.
O Complexo El-Gölü também émconhecido como Shah Goli, que significa “Lago do Rei”. Trata-se de um parque histórico que combina beleza natural e arquitetura persa, e é usado como ponto de encontro para os habitantes dali.
As pessoas de Tabriz se reúnem ali para passear, fazer piqueniques e aproveitar momentos de lazer. O local também é palco de celebrações, especialmente durante o Nowruz, o Ano Novo Persa. Shows culturais, atividades recreativas e encontros familiares são comuns no espaço.
O destaque do parque é o lago artificial quadrado no meio dos jardins. No centro do lago há um pavilhão onde foi construído um palácio.
Dedicado a preservar e apresentar a cultura e a história da região do Azerbaijão Iraniano, da qual Tabriz é a capital, o museu foi uma das visitas mais interessantes que fiz na cidade.
Com um acervo que abrange milhares de anos, o local exibe artefatos que cobrem desde a pré-história até os tempos modernos.
Como Tabriz foi um centro comercial e cultural importante ao longo dos séculos, o museu contém artefatos locais que contam a história da cidade, incluindo itens encontrados no Bazar de Tabriz e estruturas históricas.
As Ruínas de Rab’-e Rashidi são o que restou de um antigo complexo construído em 1297 que deveria servir como um centro de aprendizado global, inspirado pela tradição islâmica de valorização do conhecimento e pela diversidade cultural que os mongóis levaram ao Irã.
A ideia era construir tipo uma “cidade do conhecimento”, com universidades, bibliotecas, oficinas de arte, alojamentos para acadêmicos e até uma imprensa para copiar manuscritos. Ele também incluía uma mesquita, hospital e bazares, sendo um exemplo de como ciência, arte e religião podiam coexistir.
O idealizador do projeto, Rashid al-Din tinha como meta reunir estudiosos de diferentes partes do mundo islâmico e além, incluindo persas, árabes, chineses, indianos e mongóis. A escola produziu manuscritos raros, traduziu obras científicas para o persa e o árabe, e impulsionou o desenvolvimento das ciências, medicina e artes.
Após a execução de Rashid al-Din, acusado de traição em 1318, o complexo entrou em declínio. Com o tempo, foi saqueado e destruído, restando apenas fragmentos do que ele um dia foi.
O mais interessante no complexo era a visão inovadora de educação global e integração cultural em uma era de grandes transformações. Essa foi uma das primeiras tentativas de criar um campus universitário multidisciplinar no Oriente Médio, com foco em troca de conhecimento entre diferentes culturas e civilizações.
O vilarejo de Kandovan é um dos grandes cartões-postais do norte do Irã por suas casas esculpidas diretamente nas rochas. Para se ter uma ideia, o lugar é frequentemente comparado à Capadócia, na Turquia.
No entanto, o diferencial ali é que suas casas não são ruínas ou atrações turísticas desabitadas — elas ainda são habitações vivas, ocupadas por famílias locais que mantêm suas tradições há séculos.
As formações rochosas dali são chamadas de “cones trogloditas” e surgiram há milhares de anos devido a erupções vulcânicas e processos naturais de erosão. Com o passar do tempo, os habitantes locais aproveitaram essas estruturas para construir residências.
Os interiores são frescos no verão e quentes no inverno, graças à capacidade das rochas de regular a temperatura. Muitas casas possuem vários andares, conectados por escadas internas ou externas. E as janelas de madeira e as portas são adornadas com tecidos coloridos, dando um charme a mais pra as construções.
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Kandovan está localizado a cerca de 60 km de Tabriz, e pode ser visitada em um bate-volta da cidade!
Eu achei a culinária de Tabriz a melhor do Irã. Isso faz sentido, já que a cidade é parte do Azerbaijão Oriental e os azeri são povos túrquicos e, como tais, valorizam uma boa mesa! Veja algumas dicas para comer por lá:
1. De Avião
Tabriz é servida pelo Aeroporto Internacional de Tabriz (TBZ), que conecta a cidade a diversos destinos nacionais e internacionais. Há voos regulares a partir de Teerã, Isfahan, Shiraz e outras grandes cidades iranianas.
A duração do voo de Teerã para Tabriz é de aproximadamente 1 hora e 30 minutos.
Também existem voos diretos de cidades como Istambul (Turquia) e Baku (Azerbaijão).
2. De Trem
Se preferir ir de trem, Tabriz tem uma estação ferroviária bem conectada, sendo uma das principais paradas da rede ferroviária iraniana. Há trens diários de Teerã, e a viagem dura cerca de 12 a 14 horas, dependendo do tipo de trem (econômico ou de luxo).
Existe uma rota ferroviária que conecta Tabriz à cidade de Van, na Turquia. A viagem é pitoresca e uma ótima opção para quem deseja cruzar a fronteira de forma mais tranquila.
Os ônibus são uma opção econômica e popular para chegar a Tabriz, tanto a partir de outras cidades iranianas quanto de países vizinhos.
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