Tipos de intercâmbio: qual o melhor para você?
Sonha com uma experiência internacional? Hoje em dia existem tantos tipos de intercâmbio, voltados para tantos perfis e bolsos diferentes, que a gente pode até ficar meio perdido na hora de escolher. Para facilitar a sua vida, preparamos esse guia com as principais modalidades, junto com características, vantagens e desvantagens de cada uma delas.
A primeira coisa que você precisa saber é que cada tipo de intercâmbio tem objetivos e públicos distintos: tem para adolescentes, para quem quer estudar fora, para experiência profissional, imersão cultural, para aprender alguma habilidade. A lista é enorme, e também são as oportunidades. E se você pensa que já passou da sua hora, fique sabendo que cada vez mais as empresas se especializam em tipos de intercâmbio para públicos adultos, tendo inclusive turmas específicas para quem tem mais de 40 anos.
É preciso, ainda, levar em conta o preço e a duração dos programas. Há oportunidades para quem tem de duas semanas a um ano de disponibilidade, e para os mais variados orçamentos.
Voltado para estudantes do ensino médio, esse é talvez um dos tipos de intercâmbio mais desejados entre adolescentes. Morar longe dos pais, em uma cultura diferente, fazer novos amigos e aprender outra língua são desafios enormes nessa idade, mas podem render uma boa dose de maturidade e independência.
O destino mais comum de High School é os Estados Unidos, mas países como Canadá, Austrália e Nova Zelândia também oferecem vistos e programas para essa faixa etária. Já a Fundação Rotary envia os adolescentes para diversos países do mundo, já que o objetivo ali é promover a integração entre culturas.
Em geral, o programa dura entre seis meses e um ano e a hospedagem é em casa de família, ou host family, no qual adultos designados ficam responsáveis pelos menores. A idade para participar desses programas é de entre 14 e 18 anos, e é necessário ter conhecimento prévio da língua local e, em algumas instituições, boas notas.
É preciso também ficar atento ao programa das escolas e escolher uma que cursa as disciplinas exigidas pelo MEC para validar o ano escolar, caso contrário pode ser que o estudante precise repeti-lo na volta ao Brasil. Os valores variam bastante dependendo do destino escolhido. Nos Estados Unidos e Canadá, por exemplo, pode chegar aos R$ 40.000 por semestre.
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Cursar um semestre da graduação fora do Brasil ou até mesmo uma pós ou especialização é um dos tipos mais comuns de experiência internacional. Em geral, esses tipos de intercâmbios são arranjados diretamente com as universidades, seja por meio de bolsas de estudo ou se inscrevendo diretamente no site da instituição que vai te receber.
Para participar, é preciso primeiro ser aceito na Universidade, o que muitas vezes passa por critérios acadêmicos específicos. É também preciso ter algum domínio do idioma da instituição. Em geral, para fins de estudo, é preciso uma classificação B2 da língua nos parâmetros europeus (o que seria um intermediário pendendo para o avançado).
Dependendo do destino, esse pode ser um dos intercâmbios mais caros. Em especial em países de língua inglesa (EUA e Inglaterra, principalmente), nos quais os custos do ensino superior são bem altos. Na Europa, por outro lado, há destinos em que o preço dos programas não é tão elevado, como Portugal e Espanha. E a América Latina tem várias instituições públicas gratuitas ou com custo bem em conta.
A vantagem é que esse é um dos poucos tipos de intercâmbio para as quais você pode conseguir uma bolsa de estudos. Você ainda agrega muito em termos de conhecimento e vivência para a sua área profissional, além de conhecer pessoas com interesses parecidos com os seus e vivenciar uma verdadeira imersão no destino.
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A melhor forma de aprender uma nova língua é a imersão cultural e, nesse ponto, os cursos de idioma no exterior são ótimas opções. Flexíveis, eles podem durar de duas semanas a um ano, e atendem pessoas com conhecimento básico ao avançado do idioma, de qualquer idade – há até mesmo turmas e pacotes especiais para adolescentes e gente com mais de 40 ou 50 anos. Além de aulas diárias, os programas costumam incluir atividades para socialização e aprendizado da cultura daquele destino.
Com tanta variedade disponível, os preços também mudam muito: vai depender da duração (quanto maior a duração, menor o valor por semana), da escola escolhida, do tipo de hospedagem, dos extras que você quer incluir, da língua e, claro, do destino.
Em alguns países, como a Irlanda, a Austrália e a Nova Zelândia, é possível conseguir, também, permissão para trabalhar durante a permanência. Em outros, você terá que se dedicar apenas às aulas.
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Os programas de Work Exchange se popularizaram entre mochileiros que buscavam uma forma de baratear a viagem, mas hoje são muito mais que isso. Baratos e flexíveis, eles se tornaram também uma forma de transformar qualquer viagem de férias em uma troca cultural, uma oportunidade de aprender habilidades novas – como uma língua – e ter experiências inesquecíveis.
Além do tradicional “trabalhe em um hostel em troca de hospedagem”, hoje em dia os programas de Work Exchange têm muitas outras atividades: dá para trabalhar com projetos ecológicos, de impacto social ou educacionais, ensinando idiomas, como criador de conteúdo, social media, fotógrafo ou video maker, além de fazendas orgânicas e até mesmo como instrutor de yoga. As possibilidades são ilimitadas!
Além da hospedagem, que fica por conta do seu anfitrião, você também pode conseguir algumas das refeições, mas o melhor do Work Exchange é que ele se adapta a viagens de qualquer duração, não tem limite de idade e a diversidade de destinos é muito grande. Há diversos sites que oferecem esse tipo de programa. No Worldpackers, parceiro do blog, a membresia custa U$ 49 por ano ou U$ 59 para um casal ou dupla de amigos, e você pode participar de quantos programas quiser durante o período.
No valor, está incluído um seguro que te ajuda a achar outra atividade caso você encontre condições diferentes da combinada ao chegar. E o site é brasileiro, logo, você tem suporte 24 horas em português. Leitores do 360meridianos ganham U$ 10 dólares de desconto na membresia, basta utilizar o cupom 360MERIDIANOS na hora da compra. Clique aqui para saber mais sobre o programa.
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• Como tenho viajado pelo mundo sem pagar por hospedagem e alimentação
Como Au Pair, você vai trabalhar na casa de uma família, cuidando das crianças e fazendo pequenas atividades domésticas. Os contratos têm duração de um ano, sendo renováveis por mais um, e você conta com o apoio e suporte das agências para encontrar uma família e ser remanejada caso o match não dê pé.
A carga horária depende do país escolhido: nos EUA são 45 horas semanais, mas na Europa dá pra encontrar vagas de 40 a 36 horas, por exemplo. Nas horas vagas, você está livre para fazer cursos ou mesmo turistar pelo país. Para participar é preciso ter entre 18 e 30 anos, carteira de motorista e, em alguns casos, experiência com crianças.
A grande vantagem aqui é o preço: para quem quer uma experiência internacional, o Au Pair é um dos tipos de intercâmbio com investimento inicial mais baratos que existem e, com o salário que vai receber, você ainda pode voltar com mais grana do que foi.
Dá para encontrar programas por a partir de U$ 600. Lá, você não paga por hospedagem e pela alimentação durante o serviço, uma vez que isso fica por conta da família contratante. Em geral, é a família que também paga pelas passagens aéreas.
Outra opção para quem quer ter uma experiência internacional e ainda ganhar uns trocados por isso, o Work and Travel é um programa oficial do governo norte-americano que permite que jovens universitários de 18 a 28 anos passem as férias da faculdade trabalhando nos EUA. O programa permite trabalhar por três meses, se quiser, e ainda permanecer lá por mais um mês para viajar pelo país. Esse também é um dos tipos de intercâmbio com melhor custo e que pode garantir o retorno do investimento.
Para isso, é preciso conseguir um Sponsor, uma agência de trabalhos, nos Estados Unidos. São eles que vão te arrumar uma vaga lá. Esse contato pode ser feito por conta própria, mas a maneira mais fácil é contratando uma agência de intercâmbio aqui no Brasil, que cuida também da parte burocrática do processo. Se quiser, você pode tentar conseguir uma vaga lá na cara e na coragem, o que fica mais barato, mas também é mais complicado. O preço do programa varia de U$ 2000 a U$ 2500 dólares.
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Diversas organizações recebem voluntários internacionais para um período de imersão cultural em troca de algum tipo de trabalho comunitário ou de impacto social. Ao contrário do que muita gente pensa, no entanto, esse não é um tipo de intercâmbio em que você vai viajar de graça ou ganhar hospedagem e alimentação em troca.
Nos programas, você pode trabalhar com projetos de preservação ambiental ou com crianças, idosos e outras populações marginalizadas. Como são projetos sociais, as organizações não podem arcar com o seu custo, portanto você deverá pagar pela passagem, visto e para se manter no local. Algumas delas, no entanto, possuem convênios para reduzir o valor gasto pelos voluntários. Em troca, você ganha experiência internacional, faz amigos e deixa um impacto positivo nos lugares em que passa.
Para participar, você pode entrar em contato direto com a organização ou contar com uma agência de intercâmbio para fazer o meio de campo. Na maior parte dos casos não há limite de idade e dá pra ficar entre um mês e um ano, dependendo da sua disponibilidade. O valor também varia muito, podendo ir de U$ 500 a U$ 3000. Alguns programas também incluem a possibilidade de estudar idiomas ou realizar outras atividades.
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A ideia aqui é ganhar uma graninha enquanto você faz seu intercâmbio, mas imagina poder fazer isso trabalhando na sua área de formação e incrementar o seu currículo com uma experiência profissional no exterior? Para participar, é preciso ser estudante universitário ou recém-graduado e ter até 30 anos.
Você já viaja com uma vaga garantida e ganha um salário compatível com o custo de vida local, mas tem que arcar com todas as despesas, como passagem e visto. Dá para encontrar programas do tipo em agências de intercâmbio, o que sai um pouco mais caro. Quem quiser economizar pode procurar organizações estudantis internacionais, como a AIESEC.
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Contratar um seguro de viagem é exigência para fazer intercâmbio na maior parte dos países. Muitas vezes, é preciso apresentar a apólice no momento de conseguir o visto. Como em geral os programas tem duração prolongada, muitas vezes o valor a ser pago pode pesar no orçamento. Mas, calma! Existem seguros específicos para intercâmbio que oferecem valores especiais para esse tipo de viagem.
Para encontrar o melhor para você, recomendamos utilizar a Seguros Promo, uma comparadora entre as melhores seguradoras do país que te ajuda a encontrar o melhor custo-benefício.
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