Imagine a emoção de entrar num castelo fundado pela Ordem dos Templários, em 1160? O Castelo de Tomar, Portugal, foi construído pelo grão-mestre da Ordem, uma organização que existiu por uns dois séculos durante a Idade Média. Nos séculos 12 e 13, os templários ajudaram os portugueses a reconquistar o território, que estava dominado pelos mouros. Em troca, receberam grandes domínios de terra e, claro, muito poder político.
Nesse post conto para vocês um pouco sobre a história dos Templários em Portugal, a história do Castelo de Tomar e do Convento de Cristo, dicas sobre o que fazer em Tomar, como chegar lá e como visitar o Castelo de Almourol, nos arredores.
O Castelo de Tomar foi construído com objetivo de criar uma linha defensiva entre Santarém e Coimbra, que na época era capital do recém criado país. Na verdade, a construção começou no dia 1 de março de 1160, mas durou 44 anos. Enquanto isso, uma vila abaixo do castelo também surgiu e foi crescendo ao longo dos anos.
Em 1418, sob o governo do príncipe Infante D. Henrique, que foi Mestre da Ordem, a antiga construção militar tornou-se também casa dos cavaleiros/monges, com a construção do Convento de Cristo. A construção foi continuada por D. João III e D. Manuel I. E, por fim, a dinastia Filipina completou a reformulação do lugar.
Para quem precisa se lembrar, a Ordem dos Templários ou a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão foi fundada após a Primeira Cruzada, para proteger os cristãos que queriam fazer a peregrinação para Jerusalém. Os Cavaleiros Templários também eram monges: deviam fazer voto de pobreza e castidade e só se vestir de mantos brancos com uma cruz vermelha.
Detalhes do Castelo de Tomar, Portugal
O símbolo da Ordem era um cavalo montado por dois cavaleiros. Veja bem, esse tal do voto de pobreza rolou só no mundo das ideias mesmo. Os templários acumularam uma fortuna e muitos segredos com as cruzadas, mais do que o suficiente para gerar vários rumores conspiratórios na Europa, o que causou perseguições pelo rei da França. Até que em 1312 o Papa Clemente dissolveu a Ordem.
Mas você se lembra que eu contei que aqui em Portugal eles tinham uma excelente relação com a família real, né? Pois é, eles criaram a Ordem dos Cavaleiros Nosso Senhor Jesus Cristo, que recebeu todas as propriedades e privilégios dos templários. Basicamente, só mudaram de nome, mantiveram os mesmos símbolos e o mesmo poder.
O Castelo conta, no total, com nove claustros de arquitetura gótica. Entre as igrejas dentro do Convento de cristo, encontra-se a impressionante Charola e o Oratório dos Templários, construído no centro de um polígono e cheio de esculturas e pinturas. Outro ponto importante da visita são a Sala do Capítulo e a Janela Manuelina, que representa bem o estilo arquitetônico desse rei, com símbolos da expansão portuguesa. Por lá, ainda dá para visitar os aposentos domésticos onde os monges moravam e pequenas capelas.
Alguns dos Claustros
Janela Manuelina
Charola
Para chegar ao Convento de Cristo, o mais fácil é ir de carro (que foi o que eu fiz e recomendo). Mas também há opção de chegar em Tomar de trem e depois pegar um ônibus até a entrada do Castelo.
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A entrada custa 6 euros. Pode valer a pena comprar o Bilhete Patrimônio Mundial, que inclui também os Mosteiros de Alcobaça e Batalha, por 15 euros. No primeiro domingo de cada mês a entrada é gratuita. Mais informações no site oficial.
Saiba mais: Como visitar Alcobaça, Batalha e Óbidos: roteiro de um dia
Depois de visitar o Castelo/Convento, fui dar umas voltas por Tomar, a cidade que cresceu aos pés da construção. Hoje em dia é uma cidade charmosinha, com cerca de 40 mil habitantes. Vale a pena passear pelo centro histórico, mas o passeio não toma mais do que uma hora.
Tomar, Portugal
De Tomar, pegamos o carro e partimos para o Castelo de Almourol, outra fortificação que fazia parte da linha de defesa de Portugal no início da Idade Média. Esse castelo fica numa ilhota no meio do Rio Tejo e, claro, também tinha os templários/a Ordem de Cristo, como donos.
Mas há indícios arqueológicos que mostram que a região já havia sido ocupada por romanos. Os muçulmanos, quando ocuparam a região, construíram ali um forte. Com a reconquista cristã, o castelo foi reedificado pela ordem. Muita gente diz que esse é um dos castelos mais bonitos de Portugal. Eu estava pouco impressionada quando cheguei lá, mas foi só pegar o barquinho para chegar ao castelo que mudei de opinião. A vista do rio em volta cria um visual muito bonito, principalmente perto do pôr do sol.
Dentro do Castelo de Almourol, porém, não há muito o que ver. Afinal, ali era somente uma construção militar. Tanto que a entrada na construção é gratuita. Só precisa pagar pelo barco, que custa 2 euros ida e volta.
O Castelo de Almourol fica numa cidadezinha chamada Vila Nova da Barquinha, vizinha de Tomar. Mais uma vez, o carro é o meio de transporte mais fácil para chegar até lá. Porém, é possível pegar ônibus em direção a Tancos, que te deixa a 10 minutos de caminhada ou um passeio de barco (precisa ser reservado com antecedência, no email: jftancos@ gmail.com. Custa 2,50)
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Olá, Luiza! Adorei o post! Eu conheci o Convento de Cristo em um dia extremamente chuvoso, não sei se foi a chuva, mas achei super cara de mal assombrado rsrsrs Senti os fantasminhas andando por ali!
Gostei mto de lá, mas por conta dessa impressão, não voltaria! Dps de ver suas fotos em um dia ensolarado, já estou repensando...
Bjos!
Ei Bárbara,
Realmente, com chuva deve ficar meio mal assombrado mesmo, hehe
Mas com dia ensolarado é maravilhoso...