Trabalho voluntário na África do Sul: tudo que você precisa saber

Em 2010 eu saí do Brasil para a minha primeira viagem ao exterior. O destino era a Cape Town, na África do Sul, onde eu passei quatro semanas trabalhando como voluntária em um hospital de recuperação infantil. Como o tema desperta muita curiosidade e eu sempre recebo perguntas de gente interessada em fazer o mesmo, resolvi, então, contar exatamente o que você precisa saber para fazer trabalho voluntário na África do Sul e, quem sabe, este texto possa te ajudar com outros países também.

Por que escolher a África do Sul para fazer trabalho voluntário?

Desde a Copa do Mundo de 2010, a África do Sul tem sido muito procurada por intercambistas de todo o planeta. O país é relativamente seguro e muito barato se comparado a destinos tradicionais, como Europa, Austrália e Estados Unidos. Além disso, o fato de o Inglês ser uma das línguas oficiais e amplamente falado por lá é um incentivo extra para quem quer melhorar a fluência no idioma.

Eu posso ser um pouco suspeita para falar, mas Cape Town em si já é motivo suficiente para qualquer um fazer as malas, e você ainda pode aproveitar a estadia no país para participar de um safári e passar a noite em uma savana africana.

Quando o assunto é voluntariado, a África do Sul tem espaço para cuidar de criança, jovens, adultos, para trabalhar com saúde, educação, emprego, meio ambiente, para cuidar de elefante, leão, pinguim e tudo quanto é bicho. Basta escolher o programa – e a causa – que você se identifica.

Como eu faço para conseguir um trabalho voluntário na África do Sul?

Essa é uma das perguntas mais frequentes e uma das mais difíceis de responder. Existe uma infinidade de formas de você conseguir isso, por isso vou contar como eu fiz: procurei uma agência de intercâmbio e fechei o pacote com eles. De acordo com as minhas pesquisas na época, a maior parte das agências já possui pacotes desse tipo e os programas são muito parecidos. Você pode visitar algumas e pedir orçamento. Eu fui pela CI de Belo Horizonte e recomendo o serviço deles.

Leia também: Dicas para fazer trabalho voluntário no exterior

O processo é o seguinte: você escolhe o programa que quer entre os que eles oferecem e a agência manda seu pedido para a ONG, perguntando se existe disponibilidade para as datas que você quer.

Disponibilidade confirmada, você precisa entregar uma cópia dos seus documentos, atestado de antecedentes criminais e o comprovante de aprovação em uma provinha de inglês que eles aplicam na agência mesmo. A ONG analisa seus dados e aprova ou não a sua participação no programa. Depois disso, é só comprar a passagem, tomar a vacina para febre amarela e ir.

Na época, eu paguei 1.800 dólares no pacote para quatro semanas, além da passagem. O valor incluía acomodação, café da manhã e jantar, transporte diário para o local do trabalho, além de uma doação em dinheiro para o hospital onde trabalhei e alguns passeios e atividades recreativas. As agências de intercâmbio também costumam oferecer pacotes de trabalho voluntário para outros países, como Índia, Nepal e Namíbia.

Se você quiser bancar o processo todo por conta própria, pode dispensar a mediação da agência e entrar em contato direto com a ONG que vai te receber. Muitas ONGs têm programas para receber estrangeiros, mas eu aconselho que você pesquise um pouco sobre elas antes de se decidir, pois existe o risco de você acabar em um projeto picareta e nas mãos de gente não muito séria e acabar atrapalhando mais que ajudar. A ONG que me recebeu se chama You2Africa e tem diversos projetos sérios e legais. Você pode fechar direto com eles.

Eu e outras voluntárias da ONG

Outra maneira de viajar é fazendo seu intercâmbio via AIESEC. A África do Sul tem poucos projetos por essa organização, mas recentemente vi algumas pessoas comentando que estavam indo para lá. Outros países da África, como Quênia, Moçambique e Egito, no entanto, são bem fortes na AIESEC. Índia e países da América Latina também estão na lista de possíveis lugares para quem deseja fazer intercâmbio voluntário por essa instituição.

Se essa for sua opção, eu aconselho que você peça o contato e converse com outros intercambistas que trabalharam no projeto para o qual você está indo. Da mesma forma que já vimos ótimos relatos de quem viajou assim (alguns até publicados aqui no blog), conheci pessoas na Índia que chegaram lá e o projeto simplesmente não existia.

Veja também: Vale a pena fazer um intercâmbio pela Aiesec?

Como era minha rotina durante o trabalho voluntário na África do Sul

Todos os dias, eu chegava ao Hospital Infantil Sarah Fox, na Cidade do Cabo, por volta das nove horas da manhã e colocava um avental puído. Àquela hora, as crianças já tinham acordado há algum tempo. Às vezes, elas já estavam na brinquedoteca. Era uma sala grande, cheia de estantes e brinquedos espalhados por todos os lados. Brinquedos velhos e quebrados e eles nem se importavam.

No meu primeiro dia, era lá que elas estavam. A enfermeira abriu a porta para mim e as crianças me olharam por três segundos antes de correrem e abraçarem minhas pernas. Aquele contato tão espontâneo e inesperado me desconcertou. As pessoas na África do Sul são muito amigáveis e fazem contato corporal, mas eu ainda não estava acostumada com isso.

A primeira a correr em minha direção foi Assive, uma garota alta de uns 10 anos. Ela tentou roubar a minha atenção só para ela, afastando as crianças menores. “De onde você é?”, foi a primeira pergunta que ela me fez. “Qual o seu nome” e “que língua vocês falam no Brasil” vieram depois.

Eu não demorei a perceber que ela era a única criança no hospital que sabia falar inglês. Nem que ela era muito mais velha do que todas as outras crianças, que tinham em média quatro anos. Isso fazia com que ela se sentisse solitária. Durante todo o tempo em que eu fiquei lá, ela competiu por minha atenção, já que se entediava com as brincadeiras dos mais novos. Algumas vezes, me ajudava com os menores, em outras, agia como eles.

A rotina no Sarah Fox era simples. Depois que eu me encontrava com as crianças na brinquedoteca ou na sala de TV, eu brincava com eles até a hora do almoço. Ao meio dia, ajudava as enfermeiras a darem almoço para todos, em especial aos menores, que não conseguiam comer sozinhos, e aos que possuíam alguma deficiência física ou mental que os limitava.

Depois, ajudava a enfermeira a colocar todos para uma soneca. Eles dormiam até as duas, quando terminava meu horário de almoço. Brincavam mais até às cinco, quando era servido o jantar. Quando eles acabavam, eu tinha que colocá-los para dormir mais uma vez. Todos na cama, era minha hora de voltar para casa.

Apesar de ser um hospital, as crianças lá não pareciam doentes. Pelo contrário, eram alegres e cheias de energia. Elas só eram encaminhadas para lá depois de já terem sido tratadas, na fase de recuperação. Elas vinham de famílias pobres e algumas tinham uma história de vida complicada, com casos de abuso, violência, drogas, alcoolismo e HIV.

Alguns pais falhavam em promover os cuidados mais básicos com a saúde dos pequenos e se esqueciam, por exemplo, de dar as doses diárias dos remédios que eles precisavam tomar. Elas ficavam ali para garantir o tratamento até que estivessem 100%. Era como um abrigo temporário para crianças que precisavam de algum tipo de cuidado médico.

Onde você ficou hospedada?

Como eu fui de pacote de intercâmbio, a hospedagem já estava incluída no preço. A ONG que me recebeu tinha uma casa para hospedar os voluntários. O lugar era grande e totalmente equipado (mas não tinha internet). Uma pessoa contratada por eles cozinhava e levava a gente para os projetos.

Uma vez por semana vinha alguém para limpar tudo. Os quartos tinham no máximo três camas e a localização era excelente, em um bairro universitário cheio de bares e cafés e com um supermercado na esquina. O melhor de tudo foi conhecer gente de vários países.

Onde você vai ficar depende muito da localização do seu projeto. Alguns voluntários que estavam lá pela mesma ONG ficavam em casa de família, outros moravam em hostels. Se seu projeto for no meio de uma reserva, é provável que você fique por lá mesmo.

Veja também: Onde ficar em Cape Town: guia de hospedagem

Preciso saber inglês para fazer trabalho voluntário na África do Sul?

A ONG que me recebeu exigia inglês intermediário dos intercambistas, mas isso vai de instituição para instituição. Eu aconselho, no entanto, que você saiba pelo menos o básico para conseguir se comunicar no país. Se você não sabe nem isso, considere fazer algumas semanas de curso de inglês em Cape Town antes de começar o voluntariado. Pode enriquecer ainda mais sua experiência.

Precisa de visto para viajar para a África do Sul?

Se você vai só fazer o trabalho voluntário, não precisa de visto para até três meses de permanência. Se for ficar mais tempo, deve pedir visto no consulado da África do Sul. Vacina de febre amarela é obrigatória para brasileiros.

E uma dica importante: Não deixe de contratar um bom seguro de viagem para a África do Sul. Saiba como escolher um seguro eficiente para países africanos e garanta um cupom de desconto

Outras formas de conseguir trabalho voluntário na África do Sul

Outra forma de conseguir um trabalho voluntário na África do Sul e outros destinos é participando de programas tipo Work Exchange. No passado, eles se popularizaram entre mochileiros que buscavam uma forma de baratear a viagem, mas hoje são muito mais que isso.

Baratos e flexíveis, eles se tornaram também uma forma de transformar qualquer viagem de férias em uma troca cultural, uma oportunidade de aprender habilidades novas – como uma língua – e ter experiências inesquecíveis.

A vantagem aqui é que, além de você pagar apenas uma taxa para ter acesso às vagas – em vez do valor astronômico dos intercâmbios de agência -, o Work Exchange se adapta a viagens de qualquer duração, não tem limite de idade e a diversidade de destinos é muito grande.

Há diversos sites que oferecem esse tipo de programa. No Worldpackers, parceiro do blog, a membresia custa U$ 49 por ano ou U$ 59 para um casal ou dupla de amigos, e você pode participar de quantos programas quiser durante o período.

Além do tradicional “trabalhe em um hostel em troca de hospedagem” (veja trabalhos do tipo aqui), hoje em dia os programas de Work Exchange têm muitas outras atividades: dá para trabalhar como instrutor de surf, com projetos ecológicos, , como criador de conteúdo, social media, fotógrafo ou video maker, e muito mais. As possibilidades são ilimitadas!

No valor, está incluído um seguro que te ajuda a achar outra atividade caso você encontre condições diferentes da combinada ao chegar. E o site é brasileiro, logo, você tem suporte 24 horas em português.

Leitores do 360meridianos ganham U$ 10 dólares de desconto na membresia, basta utilizar o cupom 360MERIDIANOS na hora da compra. Clique aqui para saber mais sobre o programa.

Inscreva-se na nossa newsletter

Avalie este post
Natália Becattini

Sou jornalista, escritora e nômade. Viajo o mundo contando histórias e provando cervejas locais desde 2010. Além do 360meridianos, também falo de viagens na newsletter Migraciones e no Youtube. Vem trocar uma ideia comigo no Instagram. Você encontra tudo isso e mais um pouco no meu Site Oficial.

Ver Comentários

  • Olá Natália, que incrível. Parabéns!
    Tenho uma grana pra receber e não tinha ideia do que fazer com ela. Depois de ler seu post e alguns comentários, metade estou decidindo entre ir pra África do Sul e Índia (sim, eu amo muito crianças) e a outra metade vou doar pro camarada Rodrigo (que comentou aqui), ir pra Europa atrás de prostitutas russas... aff
    É de gente assim que o voluntariado NÃO precisa. Eu queria que a Mãe dele lesse a sua resposta.
    Mais uma vez, parabéns pelo seu espírito altruísta!

  • Oi, Natália, tudo bem?
    Gostaria de saber se o intercâmbio pode ser realizado em qualquer época do ano e em qual época você foi.
    Obrigada =)

    • Olá Rafaela,

      Fui em dezembro, mas você pode ir em qualquer época, sim. O único problema é que, se você quiser trabalhar com crianças em escolas ou orfanatos, deve evitar o período de férias escolares (Não aconselho orfanatos).

  • Olá Nathalia, tudo bem?
    Apenas quero parabeniza-la por duas coisas... o post, mto esclarecedor, e segundo, sua resposta ao Rodrigo. (eu ri).
    Lementavel né, pensamentos tão mesquinhos...

    Hoje sou estudante de psicologia e faço trabalho voluntário com dependentes químicos em tratamento. Doar-se é receber não em dinheiro mas sim em crescimento pessoal e espiritual.

    Parabéns.
    Bjos

    • Ei Lilian, obrigada! Eu sempre bato na tecla aqui no blog que o objetivo de fazer trabalho voluntário no exterior não deve ser viajar barato. Até porque, se uma instituição pode pagar os custos de levar um estrangeiro para trabalhar para eles, ela pode, com esse dinheiro, contratar alguém da comunidade na qual atua, gerando emprego e de quebra ajudando a desenvolver o local, o que seria bem melhor que levar gente que tá ali por causa da viagem e não tem comprometimento com a causa, né? As instituições que mais precisam de voluntários são justamente as que não têm verba para custear a viagem.

      Abraços!

  • Viagem turística disfarçado de voluntariado. Que eu saiba, ser voluntário é ter as despesas pagas, não pagar para trabalhar. Com essa grana aí eu passo 1 mês na Europa.
    Qual a vantagem nesse pacote turístico disfarçado de voluntariado?

    • Não entendi, Rodrigo. Que eu saiba, trabalho voluntário é quando alguém dedica seu tempo para ajudar alguma instituição ou causa sem receber nada por isso, e não uma forma de viajar de graça ou pagando pouco. Por isso, se você procurava esse tipo de viagem para conseguir coisas em benefício próprio, melhor mesmo pegar sua grana e passar um mês na Europa.

      Abraços

      • Exatamente, quem dedica o tempo para ajudar, mas nesse caso você além de doar seu tempo, tem que PAGAR para ajudar.

        Não tenho esse dinheiro, já faço diversos trabalhos filantrópicos, doador de sangue, medula ossea, inclusive sou vegan, tinha me interessado em voluntariar, mas ai preciso PAGAR pra AJUDAR? Como o Rodrigo disse, esta mais para uma viagem turística disfarçada.

        Empresas pagam Salario para trabalhar, mais vales refeição entre outras coisas, o minimo que deveria receber era acomodação e alimento. Pois meu tempo, estaria ali sendo dedicado a causa deles sem cobrar absolutamente nada por isso.

        E sim, capitalismo é o cancer do mundo, é tão comico ver pessoas comendo animais mortos com "produção em massa" para o bem de consumo, e querendo cuidar de outros animais, qual a diferença de ambos? Pq um boi tem menos importancia que um Tigre?

        Mundinho hipocrita.

      • Exatamente, dedicar o meu tempo, não a minga grana. E já peguei sim a minha grana e vim pra Europa.

        Abraço.

        PS: Puro capitalismo, pois estas agências são como quaisquer outras agência de turismo, lucram. Todo mundo lucra em algo, só não enxerga quem não quer.

        • E a frase "pegar meu tempo, não minha grana" também é bem "capitalista" (e mesquinha). Querer ajudar apenas pra ganhar coisas em troca então, nem vou começar a discussão sobre o tão "capitalista" isso é. Somos todos capitalistas, Rodrigo. O muro de Berlim já caiu faz tempo. Vamos amadurecer esses argumentos.

          • Só estou querendo esclarecer as coisas, não estou criticando o Capitalismo, não sou esquerdista. Não precisa fazer esse discurso todo, é desnecessário. Não precisa ser tão passional, também é desnecessário. E capitalismo ou não capitalismo não se restringe apenas a Muro de Berlin. Drama demais.

          • Tô confusa, achei que você estava revoltado com lucro das empresas. Achei contraditório, mas como você não entendeu nem que o muro de Berlim é uma alegoria, vou relevar. Falou Rodrigo, aproveita a Europa aí!

        • Nossa, mas onde foi que você leu alguém dizendo que elas não lucram? Isso torna a ajuda dos voluntários menos importante para as crianças ou animais das ONGs? Desde quando agências de intercâmbio não podem lucrar? Desde quando ONGs não podem lucrar? Como você espera que qualquer um desses empreendimentos vivam sem dinheiro? (E olha que você queria que eles pagassem tudo pra você, de onde ia sair esse dinheiro?). Se a viagem fosse graça, quem ia lucrar era você (mais ou menos 5 mil reais que você não ia gastar para viajar), mas aí pode? Todo mundo lucra, inclusive o pessoal com quem você gasta dinheiro ai na Europa também lucra, resta a nós decidir a quem a gente quer dar o nosso dinheiro. Mas pelo visto, causas sociais não são mesmo sua prioridade e sim viajar de graça, como pensei.

    • Oi Adriana, você consegue os telefones de todas as filiais da CI no site da agência (ci.com.br). Já o site da ONg está linkado no post.

      Abraços!

  • Oii, queria muito saber se pode ser voluntária antes dos 18 anos na África, quero ir no próximo ano mas pretendo ir sozinha e sou menor de idade.

    • Ei Beatriz, no programa que eu fui é preciso ser maior, mas existem outros programas. Tinha uma menina de 16 anos no hospital que eu trabalhei que foi pela Cruz Vermelha.

      abraços!

  • Oi Nathália! Depois que li o seu depoimento comecei a pesquisar mais sobre a África do Sul, sobre Cape Town e sobre os programas de voluntariado por lá. Ser voluntária em outro país é um desejo meu há algum tempo.. mas não tinha decidido o local. Sou arquiteta de formação e de alma, pois amo o que faço! Você sabe se lá tem algum programa que seja nessa área? De infraestrutura, melhorias urbanas, construção de casas? Ou algum site ou ONG que eu possa me informar?

    Fui também professora de ensino infantil, tenho uma verdadeira paixão por crianças! Vi alguns projetos em escolas! Você me indica algum?
    Agradecida!

    • Oi Nathália! Mais uma pergunta.. Você fez tudo pela CI né? Aqui em Teresina (PI) não tem, tento contato por telefone e não consigo, por email está demorando (tem uns 5 dias úteis já).
      No post tem o preço do pacote e gastos lá? Como foi? Você tem uma lembrança de quanto gastava por dia?

      Agradeço a paciência!

      • Ei Lorena, sim, fiz tudo pela CI. Você tentou entrar em contato direto com a ONG? Pode ser mais fácil já que não tem CI aí. Ah, e procure as agências de intercâmbio que tem em Teresina, pq a CI não é a única que vende o pacote. O preço dos pacotes você acha no site da CI ou da própria ONG, mas não me lembro quanto gastava por dia. Quando fui não tinha o blog ainda, por isso não me preocupava em anotar essas informações.

        Abraços!

    • Ei Lorena, a única ONG que eu posso indicar é a You2Africa, porque é a única que eu conheço o trabalho. Não me lembro de ter visto nenhum projeto em arquitetura, mas você pode dar uma olhada no site deles, pois eles sempre incluem projetos novos. Já de educação tem aos montes. Tem um para trabalhar em escolas rurais que me parece muito legal! Existem outras ONGs que recebem voluntários, você pode procurar por elas na internet, mas eu sugiro sempre pesquisar bastante e tentar falar com alguém que já trabalhou com elas para saber se é sério.

      Abraços!

  • Olá Natália, gostaria de saber se para ser voluntário fora é preciso ser maior de idade? Eu tenho 16 anos e muita vontade de fazer parte de um trabalho como esse, ainda não terminei o colégio mas meu inglês é nível Avançado, será que isso ajuda? Obrigada :D

    • Olá, Ariel! Isso depende do programa de intercâmbio e da ONG. Sugiro entrar em contato com uma agência de intercâmbio para encontrar o melhor programa para você.

  • Olá, adorei seu blog e me esclareceu muitas dúvidas. Tenho um interesse enorme em fazer intercâmbio voluntário pela CI, com projetos que envolvem crianças ou animais. Tenho apenas uma pequena dúvida: como funciona a alimentação? Eu sou vegana, e tenho medo de não encontrar opções sem exploração animal por lá. Muito obrigada!

    • Olá Jhuli,

      Quando você faz a inscrição eles te perguntam se você tem qualquer restrição alimentar. Na casa que eu fiquei, tínhamos uma pessoa para preparar as nossas refeições, no primeiro dia ele me perguntou se tinha alguma coisa específica que eu queria que ele comprasse no mercado. Se for o caso, você pode ajudar dando sugestões. Já outras brasileiras que eu conheci lá, moravam em um hostel e a ONG deu dinheiro para elas mesmas prepararem as refeições (pq o café e o jantar já estão incluídos no preço), ai o que elas comiam era escolha delas.

      No entanto, é bom alertar que a Africa do Sul é muito voltada para carne, por isso pode ser difícil encontrar comida quando você for a restaurantes e coisas do tipo. Mas acho que você já deve ter seus truques para esse tipo de situação, né?

      Abraços!

  • Boa noite Natália

    Estou interessado em fazer o voluntário, pela Ci, que por sua vez trabalha com a You2Africa, e meu pacote escolhido foi o Go Wild Game Reserve.. mas tenho umas dúvidas:

    1- No site diz que existe sim um risco, que é um trabalho perigoso, sei que se trata de animais selvagens e não é 100% seguro, mas você pode me dizer de alguém que tenha experiência nesse programa, é realmente perigoso? Ou é só um aviso para tomar cuidado?

    2- A diferença de preço é grande entre a Ci e direto com a You2Africa?

    Agradeço, ótimo blog.
    Desculpa pelas perguntas enormes..

    • Ei Felipe,

      Suas respostas:
      1 - Pelo que eu conheço da ONG, eles são muito sérios e preocupados com os intercambistas. Acho que você não seria exposto a um risco muito grande, mas, claro, como vai lidar com animais é preciso tomar cuidado e seguir as recomendações de segurança. .

      2 - A diferença não é muito grande, acredito. Acho que paguei cerca de 300 reais pelo aconselhamento da CI, mas sugiro que você peça um orçamento para ter certeza.

      Abraços!

Compartilhar
Publicado por
Natália Becattini

Posts Recentes

Viagem de carro na Toscana, Itália: como alugar o veículo

Poucas regiões do mundo combinam tanto com uma viagem de carro como a Toscana. Habitada…

3 semanas atrás

Kashan, Irã: o que fazer e onde ficar na cidade do deserto

Kashan foi uma das cidades que mais me surpreendeu no Irã. Pequena, charmosa e repleta…

4 semanas atrás

O Que Fazer em Füssen, Alemanha: 1 ou 2 dias na Vila dos Castelos

Fussen é um bate-volta comum para quem visita Munique e uma parada estratégica para quem…

1 mês atrás

O que fazer em Washington DC em 1 ou 2 dias

Se você gosta de história e curte cidades com muitas atrações de graça, você vai…

1 mês atrás

Qeshm e Hormuz: as fantásticas ilhas do golfo pérsico no Irã

Alguns lugares que a gente visita parecem nem pertencer a esse planeta. Foi bem assim…

2 meses atrás

O que fazer em Hong Kong: roteiro de 1, 2, 3 e 4 dias

O que fazer em Hong Kong? A metrópole asiática é um daqueles umbigos do mundo…

2 meses atrás