Transporte em Buenos Aires: como usar metrô, ônibus e táxis na cidade

Buenos Aires nasceu para ser gigante. A cidade pode até ser menor que São Paulo, mas mesmo assim tem lugar garantido na lista das 20 maiores metrópoles do mundo: são 12 milhões de habitantes. A boa notícia é que o sistema de transporte em Buenos Aires é bem eficiente e barato. Com isso, por mais que caminhar seja uma ótima opção para conhecer os pontos turísticos mais centrais, você não precisa se preocupar quando eventualmente você precisará usar o metrô, os ônibus ou abusar dos táxis para se locomover pela capital da Argentina. A parte boa é que não é difícil fazer isso.

Mas, para quem chega de fora, entender os macetes e funcionamento do sistema de transporte de uma grande metrópole pode ser complicado. Para te ajudar com isso, criamos esse guia de como se locomover em Buenos Aires. Para começo de conversa, tem um site que você precisa visitar.

Veja também: 
Em qual região me hospedar em Buenos Aires?
Veja também: um fim de semana em Buenos Aires

Mapa interativo do transporte em Buenos Aires

Além do nosso velho conhecido Google Maps, o governo de Buenos Aires mantém um Mapa Interativo com orientações sobre o uso de transporte público na cidade. A vantagem é que ele está sempre bem atualizado com relação a mudanças permanentes ou temporárias nas linhas. Você pode acessá-lo pelo site https://mapa.buenosaires.gob.ar.

A lógica é exatamente a mesma do Google Maps – você coloca o endereço de partida, o destino e manda buscar. O site te dará as melhores opções para chegar ao local, seja a pé, de bicicleta (Buenos Aires tem 130 quilômetros de ciclovias), de transporte público ou de carro. Caso sua escolha seja o transporte público, o site informa as alternativas. Se for um ônibus, o local em que você deve pegá-lo e em que ponto deve descer. Se for o metrô, qual a estação correta e se precisará fazer baldeação. Simples, né?

Como pegar ônibus em Buenos Aires

Esse é disparado o método de transporte que eu mais usei, justamente por ser o mais abrangente. Buenos Aires tem 180 linhas de ônibus (aqui chamados de colectivos), todas indicadas por um número. Ao contrário do que acontece no Brasil, os ônibus não têm trocador – você paga a passagem com o Sube, o cartão de transporte público. E atenção: o pagamento não pode ser pode mais feito em moedas. No passado, os motoristas podiam aceitar dinheiro, desde que o valor da passagem fosse pago em moedas, o que complicava um pouco as coisas, afinal elas são um item muito mais raro que as notas.

No entanto, isso mudou recentemente, e agora para utilizar o sistema de transporte de Buenos Aires é obrigatório adquirir o cartão do Sube, uma espécie de Bilhete Único, para citar o item semelhante usado no transporte público de São Paulo. Falaremos mais sobre o Sube abaixo.

O valor da passagem varia de acordo com o tamanho da sua viagem. Por isso, assim que você entrar no ônibus deve avisar ao motorista em que ponto ou região vai descer (exemplo: “9 de Júlio”, para quem vai ao centro da cidade). Você também pode falar o valor de uma vez (caso você já saiba qual é). Os preços ficam entre 16,50 e 18 pesos.

Os ônibus funcionam 24 horas por dia, mas a frequência é muito menor durante a madrugada.

Como usar o metrô de Buenos Aires

Em Buenos Aires o metrô é chamado de subte, uma abreviação da palavra subterrâneo. São seis linhas, sendo que a Linha A é a mais antiga do Hemisfério Sul: foi inaugurada em 1913. Na entrada das estações há a informação de qual linha passa em cada uma delas. Fique atento com as indicações, já que há locais apenas para a saída de passageiros e outros só de entrada.

Embora seja o meio de transporte mais rápido e mais prático em Buenos Aires, o metrô fecha cedo: funciona de 5h às 22h30 (de segunda a sábado). Já nos domingos e feriados o subte abre entre 8h e 22h. Algumas estações têm o horário ainda mais reduzido. Ao descer do metrô fique atento às indicações sobre isso – pode ser que essa estação feche meia hora mais cedo, por exemplo.

Assim como a locomoção por ônibus, a forma mais fácil de saber qual linha pegar é pelo site Mapa Interactivo. O cartão do Sube também é obrigatório caso você queira usar o sistema, e você pode comprá-lo e recarregá-lo na própria estação, o que facilita a vida.

O cartão Sube

O Sube – sigla que significa Sistema Único de Boleto Electrónico – pode ser adquirido em várias lojas e kioscos de Buenos Aires. São mais de 4 mil postos de venda credenciados, e você pode ver a lista de locais credenciados aqui. Normalmente o cartão pode ser carregado nos mesmos locais de venda ou no metrô (neste caso, não é emitido um recibo de carga e a orientação e que você verifique se o saldo “caiu” no cartão antes de seguir viagem).

O Sube pode ser usado quantas vezes seguidas você quiser em viagens dentro da região metropolitana de Buenos Aires. Ou seja, não é necessário fazer um por pessoa, mas só um por grupo. Se você estiver em Buenos Aires por poucos dias (tipo um fim de semana), ter um Sube não é essencial, uma vez que dá para evitar utilizar o transporte público, mas quem fica mais tempo vai precisar dele, principalmente para driblar a necessidade de pegar táxis o tempo inteiro.

Táxis

Existe quase que um terrorismo envolvendo os táxis de Buenos Aires. Antes de vir para cá, li sobre inúmeros golpes que taxistas safados aplicariam em turistas inocentes. Um mês e incontáveis táxis depois, só encontrei taxista gente boa e honesto. Veja bem: isso não significa que os golpes não existam, mas apenas que você não precisa ter medo de pegar táxi. Se a corrida for curta, evite pagar com notas altas. Caso tenha que fazer isso, avise antes ao motorista, não apenas para evitar o famoso golpe da nota falsa (em que o taxista troca sua nota verdadeira por outra falsa e depois se recusa a recebê-la), mas porque muitas vezes o taxista pode não ter troco caso a corrida seja rápida.

No mais, tenha em mente que táxis continuam sendo muito baratos em Buenos Aires. Uma corrida de Palermo ao nosso hotel, no centro, durante a madrugada, costuma sair em torno de R$ 15.

Uma opção de táxi mais chique é o Remis, espécie de carro alugado com motorista. Essa é uma opção muito usada por quem sai do aeroporto. Para mais detalhes, veja nosso post sobre o assunto.

Outras formas de se locomover em Buenos Aires

Você usará o transporte fluvial caso queira sair de Buenos Aires e seguir em direção ao Uruguai. Empresas como a Buquebus e a Colonia Express (mais barata) fazem a ligação entre Colonia del Sacramento, Montevidéu e a capital da Argentina. Além disso, poderá andar de trem para sair de Buenos Aires, caso pretenda fazer o passeio de bate-volta até Tigre.

Seguro de viagem para a Argentina

Contratar um seguro de viagem é essencial, ainda que seja para países tão próximos quanto a Argentina e o Uruguai. Por mais que seja perto de casa, o melhor é viajar protegido para não sofrer com os imprevistos.

A boa notícia é que é possível contratar um bom seguro de viagem gastando cerca de 10 reais por dia. Para isso, recomendamos utilizar um buscador como o do Seguros Promo, que compara as principais seguradoras e garante que você encontre o melhor custo-benefício, de acordo com suas necessidade.

Além disso, leitores do blog tem direito a um cupom de desconto exclusivo: 360MERIDIANOS05. Veja algumas das ofertas abaixo e escolha o seu:

Seguro Viagem:
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*Valor referente a 7 dias de viagem.

Onde ficar em Buenos Aires

Os principais bairros para se hospedar em Buenos Aires são:

  • Centro
  • San Telmo
  • Recoleta
  • Palermo

Os dois primeiros são para quem quer economizar, ficar perto de tudo e não se incomoda com bagunça. Já Recoleta e Palermo tem hospedagens mais caras, mas são bairros mais nobres e bonitos. Você pode saber mais sobre as regiões no nosso post Onde ficar em Buenos Aires.

Acomodações recomendadas em Buenos Aires:

Encontre hotéis em Buenos Aires

*A Argentina passa por um processo inflacionário de mais de 30% ao ano. Por esse motivo, pode ser que as tarifas informadas aqui não sejam mais aplicadas na época da sua visita. 

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

Ver Comentários

  • Sei que dá trabalho mas vocês podiam tentar atualizar esses posts mais antigos dizendo se algo mudou ou não :)

    • Oi, Cayo.

      A gente vai atualizando, mas são milhares de posts e só três pessoas, então o ritmo é meio lento, infelizmente. :)

      Tem alguma dúvida específica? Diz aí que te ajudo. Ahh, os preços mudaram, isso eu garanto - tudo sempre sobe. hahaha

      Abraço.

  • Ótimas dicas... Com certeza acontece os golpes nos táxis, pq aconteceu comigo, um taxista me cobrou 500 pesos do aeroporto ao hotel onde eu estava. q absurdo!
    enfim, a dica dos ônibus serviu mto pra mim.

    • Depois de quase dois meses aqui, semana passada sofri a primeira tentativa de golpe de um taxista.

      Enfim, acontece. Em Buenos Aires e em qualquer lugar do mundo, Tem que ficar esperto, mas não é preciso evitar de pegar. Do aeroporto é sempre mais complicado. Melhor mesmo pegar ônibus ou um táxi com valor fechado antes.

      Abraço.

  • Pessoal, vocês poderiam por favor como está a questão do dinheiro/câmbio oficial e paralelo em Buenos Aires??? Muito obrigada, Cláudia.

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Publicado por
Rafael Sette Câmara

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