O Chile combina com inverno. Basta pensar nos brasileiros, gente que todos os anos invade Santiago em busca das estações de esqui ao redor da capital chilena. Lógico que isso não é um problema – eu também já aderi a essa peregrinação brazuca pela neve. Isso foi no inverno de 2012, quando visitei o Chile pela primeira vez. Embora a neve (e o frio) estivessem lá, ao ir embora eu jurei que voltaria ao país, mas a próxima visita seria no verão. Ou pelo menos numa estação mais quente.
Se você acompanha o Instagram do 360, então já sabe que eu voltei recentemente do Chile, uma viagem de cinco dias, a convite do Valle Nevado. Como eu imaginava, viajar numa estação mais quente – fui no fim de março – garantiu uma experiência completamente diferente, quase outra viagem. Por quê? Vários motivos.
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Depois da neve, a segunda maior atração do Chile é o vinho. Não apenas o comprado no supermercado (e que pode custar mais barato que leite), mas visitar uma das muitas vinícolas, ou Viñas, chilenas. O passeio pela Concha y Toro, uma das maiores vinícolas do mundo, é tradicional, mas existem centenas de opções. Em todas elas, o verão é muito melhor que o inverno. Assim estavam as Viñas quando eu estive no Chile pela primeira vez, em julho de 2012. Ó:
Sem uvas, sem folhas, necas. A visita ainda é legal, mas fica muito mais bonita (e fotogênica) assim:
Viña del Mar, cidade a duas horas de Santiago, é outra campeã na preferência dos brasileiros. É que o mais famoso balneário do Chile conquista pelo Oceano Pacífico, algo tão real para o turista brasileiro quanto a neve: a gente até sabe que existe, mas passa a maior parte da vida sem vê-lo.
Agora, imagine correr para as montanhas, digo, para Viña del Mar, mas dar de cara com temperaturas nada convidativas para colocar um pezinho no Pacífico? Aconteceu comigo, que observei o Oceano todo encapotado. Feliz, mas sem praia.
28 graus durante o dia e 15 de noite. Assim estavam os dias durante minha segunda passagem pelo Chile. Tempo ótimo.
Por outro lado, quando estive lá no inverno, enfrentei temperaturas próximas de zero. Ruim? Claro que não. Na realidade, o frio pode ser bom, algo novo, principalmente para quem vive num país tropical. Mas a verdade é que é muito mais fácil viajar no verão. Você não precisa comprar roupas de inverno. Não precisa pensar muito no que levar. Não precisa encher malas e malas com agasalhos. Não precisa ter dúvidas: use o que você usaria no Brasil. Pronto.
E você ainda vai ser recebido com cidades cheias de gente nas ruas, aproveitando as árvores, praças, áreas públicas e outros lugares, tudo por conta da temperatura mais agradável.
Santiago é uma das metrópoles com o ar mais poluído do mundo. Além dos seis milhões chilenos que vivem na região, o principal cartão-postal do país tem um papel nisso: a Cordilheira dos Andes.
É que Santiago está num vale, a cerca de 500 metros acima do nível do mar. De um lado da cidade ficam os picos (muitas vezes nevados) da Cordilheira dos Andes. E do outro? Mais montanhas!
Percebeu como a cidade está cercada por montanhas, fato que dificulta a circulação do ar? Agora pense num fenômeno que atinge todas as grandes cidades durante um inverno seco, a inversão térmica. Isso é muito pior em Santiago, justamente por conta das montanhas.
Para exemplificar, veja fotos da cidade, todas tiradas do mesmo lugar, o Cerro San Cristóbal.
Não tem neve no verão. Quando tem, é só aquela lá do alto das montanhas, que fica bem na foto, mas está longe pacas. Mas quem disse que a cordilheira tem menos atrações no calor? É nessa época que a região passa a receber esportes como mountain bike, trekking e cavalgadas.
O Valle Nevado, estação de esqui que fica a 3 mil metros de altitude, tem programação com essas atividades. E uma ainda mais interessante, pelo menos para quem não foi vencido pelo sedentarismo: a caminhada até o Cerro El Plomo, a 5.424 metros. São três dias de caminhada, com um visual fantástico como recompensa.
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olá , irei daqui a 17 dias , ficarei em santiago, unca sai do brasil , estou anciosissima, se possivel me mandem lugares para eu visitar , vamos eu e meu esposo .
Veja tudo que publicamos sobre Santiago, Graziela: https://www.360meridianos.com/chile/santiago
Abraço.
Sugiro visitar Cajón del Maipo. É lindíssimo e perto de Santiago.
Oi Rafael, bom dia!
Estou pensando em viajar para o Chile em Novembro, o que você acha do clima neste mês? Certamente não encontro mais a neve e por isso estava na dúvida..
Oi, Gabriela. Não fui em outubro, mas deve seguir mais ou menos a mesma lógica que falei aqui. Olha esse texto:
https://likechile.com/blog/dicas/clima-de-santiago-do-chile-em-novembro/
Abraço.
Vou agora em março e, além de passar uns dias em Valpo e Viña, irei parã Cajón del Maipo, com direito a trekking e tudo.
Ana Cláudia como foi sua viagem.em março? Irei ano que vem.em.meados de Março também.
Que ótimo, Ana! Boa viagem!
Até agora só fui uma vez ao Chile, e, como todo bom brasileiro, fui no inverno. Mas, pelo jeito, a ida no verão realmente deve proporcionar uma viagem completamente diferente. Muito legal o post, espero conhecer este "outro Chile" também.
São duas viagens distintas, Flávio. No verão você perde a neve, mas ganha outras coisas. Eu curto. :)
Abraço.
Olá Rafael, não sei se está muito em cima, mas pretendo fazer um mochilão em dezembro. A ideia é passar o ano novo por lá. Pensamos inicialmente no Chile e ainda não decidimos o outro país. Aliás, a primeira pergunta: qual outro país seria mais prático? Chile e Peru ou Chile e Argentina? Ou os três??? Desculpa se são perguntas repetidas. Teremos uns 12 dias para a viagem, saindo de Brasília. Em relação a essas opções da pra ir de ônibus de um lugar para o outro??? E a principal perguntas: vc sabe algo sobre o revelion nesses lugares??? Já passou lá? O que indica???
Aguardo as respostas e muito obrigada!!!!
Dá tempo de planejar sim, Ana.
O mais prático é Chile e Argentina, certamente. Você pode chegar por Buenos Aires, pegar um ônibus para Mendoza, de lá pegar outro ônibus para Santiago, de onde você volta para o Brasil. 12 dias é um bom período.
Esse post aqui te ajuda:
https://www.360meridianos.com/2015/01/roteiros-de-mochilao-pela-america-do-sul.html
Nunca passei o Ano-Novo lá. Esses textos devem te ajudar:
https://airesbuenosblog.com/reveillon-buenos-aires-2015-o-ano-novo-portenho/
https://viajeaqui.abril.com.br/materias/reveillon-em-santiago-no-chile-com-esticadinha-ate-a-patagonia-que-tal
Abraço.
Fui em janeiro de 2014. Achei que fosse pegar um clima bem quente, mas apesar de seco, estava ótimo. A noite morríamos de frio (carioca não sabe lidar com temperaturas medianas! rs) e até mesmo pela manhã. Lá pelas duas da tarde o calor era uma delícia, não esse sol subsaariano aqui do Rio. E olha que os chilenos nos diziam o tempo todo que o calor estava de matar. De matar é a sensação térmica de 50° daqui! kkkkk Lá tava perfeito. Foi uma ótima viagem! E o melhor de tudo era o sol se pondo depois das 21h, fazendo o dia render.
Obrigado pelo relato, Thayse.
E, realmente, o calor do Rio é de matar. hehe
Abraço.
Nossa, eu só viajei pro Chile no verão! rs Fui 4 vezes já (Santiago, Viña del Mar, região dos lagos e Ilha de Páscoa), sempre em janeiro/fevereiro e nem passa pela minha cabeça viajar pra lá no inverno, a não ser que seja pra curtir neve... A mesma coisa pra Argentina. Se quiser curtir neve, vou no inverno, senão, verão/primavera/outono sempre serão minhas opções! PS: até hj não vi neve na América do Sul, mas um dia eu chego lá.
Que legal seu comentário! Aliás, que legal o post todo! Nunca fui ao Chile e minha primeira vez será em fevereiro, farei Santiago e Deserto do Atacama e estou animadíssima!! Não quero nem saber de neve! rsrs
No inverno é ótimo também, principalmente pela neve. Mas é outra viagem. :)
Sonho com a Ilha de Páscoa.
Abraço.