Vale a pena fazer um intercâmbio da AIESEC?

Não vou mentir para você: minha primeira impressão da AIESEC não foi das melhores. Nem a segunda. Mesmo assim, não tenho como negar que um intercâmbio dessa organização mudou minha vida. Antes de te explicar o porquê, é melhor relembrar o que é e como funciona a AIESEC.

O que é a AIESEC?

Conheci a AIESEC em 2011 e logo descobri que essa era uma das formas mais baratas de viajar e morar no exterior, muito mais em conta que fazer um intercâmbio por uma agência de viagens. Para quem não sabe, se trata de uma organização sem fins lucrativos e gerenciada por jovens, na maioria estudantes universitários, que organiza programas de intercâmbio em mais de uma centena de países.

Os programas podem ser de trabalho voluntário, em que o intercambista vai ao exterior para trabalhar numa ONG ou fundação parceira da AIESEC, ou profissional. Neste caso é trabalho mesmo, com obrigações, demandas e um salário no final do mês.

Num resumo, funciona assim: o interessado entra em contato com a AIESEC da cidade dele. Depois de uma entrevista e alguns eventos em que tudo é explicado, a pessoa é aceita (ou não). Quem pretende viajar precisa pagar uma taxa para ter acesso ao banco de dados da AIESEC, que tem vagas em todo o mundo.

Quem preferir pode trabalhar voluntariamente na cidade onde mora. Entre outras coisas, essa pessoa pode ajudar a AIESEC a trazer estudantes de outros países para programas de intercâmbio no Brasil e ter assim contato com outras culturas.

Um dia normal em Rishikesh, na Índia

Meu intercâmbio profissional com a AIESEC

É como a procura de um emprego: você acha algo que te interessa, manda seu currículo (em inglês), marca uma entrevista por Skype e, se aprovado, pronto, faça as malas e prepare-se para embarcar. A AIESEC é muito forte em países em desenvolvimento, que concentram a maior parte das vagas – Índia, China e Rússia são alguns exemplos, assim como toda a América Latina. As vagas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos existem, mas em menor número e, como era de se esperar, são muito mais concorridas.

Mas por que minha primeira impressão não foi das melhores? É que, além do preço, uma coisa que me atraiu na AIESEC foi a possibilidade de trabalhar na minha área de atuação – o jornalismo – em outro país. Meu objetivo não era só viajar, não era fazer trabalho voluntário, mas ter uma experiência que fosse útil profissionalmente e que passasse a fazer parte (e a se destacar) no meu currículo. Durante meses eu procurei por vagas assim no sistema da AIESEC. Nada.

O prazo de três meses já estava no fim e eu, Naty e Luíza, que também procuravam o mesmo tipo de vaga, não tínhamos encontrado nada que nos interessasse. As vagas para outras áreas de atuação eram muitas e interessantes, as de trabalho voluntário também, mas as de jornalismo não.

Quando estávamos para desistir – e depois de muita conversa com o pessoal da AIESEC Belo Horizonte, que sempre foi muito prestativo – achamos três vagas em uma empresa de Tecnologia da Informação de Chandigarh, da Índia. Não era exatamente o que nós queríamos, mas oferecia um desafio interessante: teríamos que escrever textos em inglês. Topamos.

Veja também: Como conseguimos um emprego na Índia

Chandigarh, Índia

Se você é leitor do 360, então já conhece essa história. Nós passamos seis meses na Índia, enfrentamos um tremendo choque cultural, viajamos por todo o país e, de quebra, demos uma volta ao mundo. Assim nasceu este blog, que hoje é minha única fonte de renda, o que prova o começo deste texto – um intercâmbio da AIESEC mudou minha vida. Mas quase toda a experiência que eu tive com a AIESEC Chandigarh, na Índia, passou longe de merecer um elogio. Foi um desastre.

Os membros da AIESEC indiana deveriam dar apoio aos intercambistas, ajudando na adaptação dos estrangeiros ao país. Por exemplo, eles deveriam nos buscar na rodoviária de Chandigarh, já que nem tinham nos informado o endereço da casa onde iríamos morar, mesmo com muita insistência da nossa parte – se eles não nos buscassem, ficaríamos foreveralone na rodoviária de uma cidade desconhecida e sem falar uma palavra em hindi.

Da varanda de casa, em Chandigarh, três simpáticas visitas

Ao contrário do combinado, eles não apareceram (mais tarde descobrimos que estavam todos numa festa da AIESEC). Depois de muita dificuldade, da ajuda de um policial e de um intercambista da Nigéria que já estava morando lá há alguns meses, descobrimos o endereço da casa, que deveria ter alguns requisitos básicos: um fogão, uma geladeira, um sistema de aquecimento de água, camas e roupas de cama, itens obrigatórios pelo contrato entregue pela própria AIESEC Chandigarh. Não tinha nada disso.

O fogão estava quebrado. A geladeira não funcionava direito. As camas eram essas aí, da foto abaixo. Os lençóis estavam imundos, assim como a casa, repleta de restos de comida, garrafas de cerveja e poeira, muita poeira. Passamos dois dias limpando tudo, pagamos para consertar o fogão, convivemos durante um mês com a geladeira estragada e, depois de muita reclamação, conseguimos um ebulidor, instrumento que colocávamos num balde cheio d´água para, com a água aquecida, tomar banho de baldinho.

E olha que chegamos no começo do inverno, quando as temperaturas começam a abaixar e podem chegar perto dos 0ºC. Vale dizer também que a hospedagem não era de graça – pagávamos cerca de 1/3 do nosso salário para a AIESEC Chandigarh, que alugava a casa e repassava o dinheiro para o proprietário.

Você pode argumentar que a AIESEC me tirou da zona de conforto, me fez quebrar a cabeça e aprender a me virar, o que não deixaria de ser verdade. O problema é que isso ocorreu por conta da tremenda incompetência e falta de interesse que eles demonstraram. Eu sai da minha zona de conforto. Eles não.

Um mês depois, ouvimos boatos de que 20 intercambistas estavam chegando e que toda essa gente ficaria na mesma casa de dois quartos (e um banheiro) onde estávamos. Antes que nossa moradia virasse uma filial do inferno, corremos para as colinas, ou melhor, para a casa de outros estrangeiros que estavam ali por causa da AIESEC, mas que já tinham desistido de morar numa casa da organização. As coisas melhoraram. Muito. E sim, os tais 20 intercambistas realmente chegaram e passaram a morar em nossa antiga casa de dois quartos e apenas um banheiro.

Só fui conhecer a pessoa da AIESEC que deveria me dar apoio e ajudar na adaptação ao país na minha última semana por lá, depois de longos seis meses sem qualquer contato da parte dela. Nós tentamos o contato algumas vezes e, para ser justo, houve uma pessoa da AIESEC Chandigarh que até tentou nos ajudar. Mas foi só um. Nessa altura o cenário já era muito pior, com vários de intercambistas reclamando desse comitê da AIESEC em grupos do Facebook.

Conheci gente que foi para a Índia pela AIESEC, mas para cidades como Delhi e Mumbai, e teve muito apoio dos membros da organização, além de morar em casas com boa estrutura. Também ouvi relatos e reclamações parecidas com as minhas. Não conto essa história para dizer que você não deve ir, pelo contrário, mas para que você saiba o que deve esperar e estar preparado para se virar, caso a organização não funcione como o esperado.

Eu e meu primeiro turbante sikh

Vale a pena? Muito. Eu faria de novo, numa boa, apesar dos perrengues. Fiz amigos fantásticos, tive uma experiência profissional que passou a se destacar no meu currículo, cresci profissionalmente e como pessoa. No fundo, o intercâmbio foi aquilo que tinham me prometido, antes de sair de Belo Horizonte: um divisor de águas, embora não exatamente do jeito que eu tinha imaginado.

Se você resolver fazer o mesmo, mas quiser minimizar os problemas, converse com intercambistas que já estejam na cidade onde você pretende morar. Eles podem te dar uma ideia de como são as coisas e o que você vai encontrar por lá. Além disso, essas pessoas também podem te ajudar. Foi assim comigo.

Minha experiência com um intercâmbio de trabalho voluntário da AIESEC

Já publicamos aqui no 360 vários relatos de jovens brasileiros que foram viver nos mais diversos países e voltaram com relatos comoventes e encorajadores, todos por intercâmbios voluntários da AIESEC. Foi esperando uma experiência assim, que pudesse causar impacto na vida de outros, não apenas na minha, que resolvi encarar um segundo intercâmbio da AIESEC, em julho deste ano. O destino dessa vez? A Argentina.

Eu e a Naty conseguimos duas vagas em ONGs diferentes de Buenos Aires. A minha era uma fundação que trabalha com crianças e educação, enquanto ela trabalharia com sustentabilidade, construindo casas ecologicamente corretas e trabalhando numa horta.

Dessa vez, a AIESEC se mostrou presente. Eles estavam me aguardando no hostel, no dia em que cheguei em Buenos Aires. Por falar nisso, lá os intercambistas moram em hostels, que têm parcerias com a AIESEC, boa estrutura e preços fantásticos para quem viaja pela organização. O pessoal da AIESEC local também me  explicou como funcionam as coisas na cidade, isso logo na minha primeira semana na Argentina.

No meu primeiro dia de trabalho, eles me levaram na ONG. Ajudaram com tudo, estavam em comunicação constante, me convidaram para festas e eventos, enfim, recepção perfeita e o comportamento que eu esperei encontrar na Índia, um país em que isso teria sido muito mais útil que na Argentina, onde o choque cultural e as diferenças não são tão grandes.

Centro de Buenos Aires, onde morei por seis semanas

Tudo ótimo, mas com um problema: meu trabalho na ONG era inútil. Não ajudava ninguém e não havia o que fazer, eram horas diárias perdidas no escritório. Poucas tarefas, muitos voluntários. O da Naty também não era bem o que ela esperava. Num dia, pintou uma porta da ONG, tarefa dada por um coordenador. “Eu pintei essa mesma porta na semana passada”, revelou um intercambista dos Estados Unidos. No fim, meu primeiro intercâmbio foi muito mais útil e gratificante que o segundo, embora o apoio da AIESEC tenha sido muito maior na Argentina.

Vai fazer um intercâmbio de trabalho voluntário pela AIESEC? Ótimo! Não pense que todos os relatos são como o meu. Destaco os relatos positivos que estão aqui no blog mesmo: o  texto da Tatiana de Brito, que foi para a Bolívia, e da Ângela Prestes, que morou em Moçambique.

Histórias incríveis – o tipo de coisa que eu queria viver, mas que não foi possível. Meu conselho para você é bem parecido com o do intercâmbio profissional: tente falar com alguém que já tenha trabalhado na ONG que você tem interesse e veja se o projeto é legal mesmo, ou se é desorganizado e não funciona direito.

Puerto Madero, bairro de Buenos Aires

Se tudo der errado, lembre-se que a AIESEC é gerenciada por jovens voluntários, gente sem experiência e que já merece muitos elogios por fazer uma organização internacional funcionar, mesmo que com problemas. Para muitos estudantes, a AIESEC é a melhor – em alguns casos, a única – oportunidade de estágio e intercâmbio que vale a pena. E muita, mais muita gente mesmo, cresce por meio dessas experiências.

E, por mais que as coisas nunca sejam perfeitas, sempre é possível tirar algo de bom de novas experiências. Comigo foi assim na Índia. Não vai ser diferente com a Argentina.

Outras formas de fazer trabalho voluntário ou intercâmbio no exterior

Além da AIESEC, há outra maneira fácil, criativa e barata de ter uma experiência de trabalho no exterior. O Work Exchange é uma modalidade de viagem que se popularizou como uma forma de economizar no orçamento, mas acabaram se sobressaindo como uma maneira econômica e flexível de transformar qualquer viagem de férias em uma troca cultural, uma oportunidade de aprender habilidades novas – como uma língua – e ter vivências inesquecíveis.

As oportunidades mais conhecidas, que você certamente deve ter ouvido falar, envolvem trabalhar em hostel em troca de hospedagem, mas há muitas outras atividades: dá para trabalhar com projetos ecológicos, de impacto social ou educacionais, ensinando idiomas, como criador de conteúdo, social media, fotógrafo ou video maker, além de fazendas orgânicas e até mesmo como instrutor de yoga.

Alguns programas também incluem refeições e outro benefícios, mas o melhor é que você pode participar do work exchange mesmo se não tiver muito tempo para viajar: dá para combinar experiências de uma semana até vários meses de duração. Além disso, não há limite de idade e a diversidade de destinos é muito grande. Há diversos sites que oferecem esse tipo de programa. No Worldpackers, parceiro do blog, a membresia custa U$ 49 por ano ou U$ 59 para um casal ou dupla de amigos, e você pode participar de quantos programas quiser durante o período.

No valor, está incluído um seguro que te ajuda a achar outra atividade caso você encontre condições diferentes da combinada ao chegar. E o site é brasileiro, logo, você tem suporte 24 horas em português.

Leitores do 360meridianos ganham U$ 10 dólares de desconto na membresia, basta utilizar o cupom 360MERIDIANOS na hora da compra. Clique aqui para saber mais sobre o programa.

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Rafael Sette Câmara

Sou de Belo Horizonte e cursei Comunicação Social na UFMG. Jornalista, trabalhei em alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, como TV Globo e Editora Abril. Sou cofundador do site 360meridianos e aqui escrevo sobre viagem e turismo desde 2011. Pelo 360, organizei o projeto Origens BR, uma expedição por sítios arqueológicos brasileiros e que virou uma série de reportagens, vídeos no YouTube e também no Travel Box Brazil, canal de TV por assinatura. Dentro do projeto Grandes Viajantes, editei obras raras de literatura de viagem, incluindo livros de Machado de Assis, Mário de Andrade e Júlia Lopes de Almeida. Na literatura, você me encontra nas coletâneas "Micros, Uai" e "Micros-Beagá", da Editora Pangeia; "Crônicas da Quarentena", do Clube de Autores; e "Encontros", livro de crônicas do 360meridianos. Em 2023, publiquei meu primeiro romance, a obra "Dos que vão morrer, aos mortos", da Editora Urutau. Além do 360, também sou cofundador do Onde Comer e Beber, focado em gastronomia, e do Movimento BH a Pé, projeto cultural que organiza caminhadas literárias e lúdicas por Belo Horizonte.

Ver Comentários

  • Olá Rafael, tudo bem?
    Vi seu relato e gostei bastante da sinceridade porque quando procuramos um intercâmbio queremos que tudo dê certo, apesar do aprendizado que temos nos perrengues.
    Eu encontrei a AIESEC e a princípio me pareceu uma excelente oportunidade, entretanto estou com várias dúvidas a cerca de como se dá o processo.
    Vi em alguns locais falando que eu tenho que ser voluntária na agência da minha cidade, passar por um processo seletivo ou pagar uma taxa pra ter acesso ao banco de dados de oportunidades. Eu tenho interesse primeiramente em um estágio fora. Faço Engenharia Química e tenho receio de não encontrar oportunidades nessa área.
    Como funciona o processo de conseguir esse intercâmbio?
    Desde já agradeço e aguardo sua resposta.

    • Thaís, não sou o Rafael mas posso te ajudar. Você não precisa pagar taxa pra ter acesso ao banco de dados, ele é aberto a todo mundo. Você precisa pagar taxa caso seja aceita em alguma oportunidade. Engenharia Química e Engenharias no geral são muito difíceis de conseguir: cada país tem uma legislação diferente e nem sempre rola. Por isso a AIESEC Trabalha com subprodutos no intercâmbio profissional de longa duração: gestão, educacional, marketing e TI. Às vezes é normal que surja uma vaga ou outra na plataforma mas elas são difíceis de conseguir. Vagas na Europa/EUA também são difíceis, o visto é o maior rolê, as vagas são concorridíssimas e eles tendem a dar preferência a cidadãos europeus. Alguns lugares dão sim muito perrengue (Argentina, Índia e Chile costumam dar muito mais perrengue que qualquer outro lugar) mas normalmente os intercambistas têm uma experiência muito boa. O segredo é encher muito o saco do pessoal e pedir pra falar com muitas pessoas, pessoas que já viajaram pela AIESEC, pessoas que foram pra mesma cidade, pro mesmo projeto... Boa sorte! :)

      • A propósito: o banco de vagas da AIESEC é opportunities.aiesec.org Volunteer Abroad são as vagas disponíveis para o social e Intern Abroad para o profissional. Beijas!

        • Gente, eu tinha deixado seu comentário sem resposta. Desculpa, Thais. :(

          E obrigado por ajudá-la, Virginia.

          Abraço.

  • Olá Rafael,

    Gostei bastante do seu relato. E por incrível que pareça, me sinto mais empolgada com relatos em que é nítido o quanto o aprendizado das pessoas que passam por perrengues e dificuldades com a gestão da AIESEC se torna tão diferenciado. Sou do tipo de pessoa que tenta ver muito mais o lado bom do que o ruim das coisas, então eu notei que no final, para quem está preparado realmente para os altos e baixos, são os "baixos" e os perrengues que te tornam uma pessoa mais madura e talvez até acrescentam mais do que as atividades que vc já está esperando realizar.

    Enfim, na verdade a minha pergunta é com relação a proficiência da língua estrangeira. Sou formada em curso de inglês, porém totalmente enferrujada por falta de prática. Mas de fato, me considero nível avançado, não fluente.

    Cada vaga está especificando o nível que vc deve ter para a função ou só citam "a partir do intermediário", como está no site da AIESEC? A maioria das vagas de intercâmbio profissional exigem nível fluente? Não preciso realizar alguma prova que prova a proficiência?

    E para os trabalhos voluntários na Argentina, por exemplo, foi preciso espanhol avançado ou fluente?

    Muito obrigada!

    • Oi, Thabata. Não, não fiz prova de idiomas nem para a Índia e nem para a Argentina. O que pode acontecer é que você faça uma entrevista por Skype com a pessoa da empresa/ONG, que já avalia seu idioma ali.

      Sobre a AIESEC, concordo que dificuldades ajudam o intercambista a crescer, mas isso não torna perdoável o desempenho da diretoria da organização não. Se as coisas fossem só um pouquinho mais bem feitas, o proveito seria muito maior. É uma pena.

      Abraço.

  • BOA TARDE, ALGUEM SABE ME FALAR DE ALGUEM JA FEZ INTERCAMBIO PARA ROMENIA, NA CIDADE CRAIOVA, MINHA FILHA CONSEGUIU UMA VAGA E GOSTARIA DE TER INFORMAÇÕES SOBRE A AIESEC DE LÁ??? PQ SINCERAMENTE FIQUEI UM POUCO ASSUSTADA COM ALGUNS DEPOIMENTOS, ELA ESTARIA INDO P DAR AULAS DE INGLES P CRIANÇAS DE 06 A 08 ANOS!!! ALGUEM SABE ME DAR ALGUMA INFORMAÇÃO SOBRE O A AISEC DESSE PAIS????

  • Existe a aiesec no Rio de janeiro ?Ja procurei mas não encontrei nada, então entrei em contato com a aiesec de Curitiba e eles me responderam dizendo que iriam passar meus dados para o Rio , mas até agora não recebi nenhuma resposta e ja vai fazer um mês... Achei bem interessante a ideia do trabalho voluntario e gostaria de saber mais informações.

    • Oi Rafael, também sou do RJ e existe aiesec aqui sim! Eu entrei em contato com eles e no dia seguinte já me mandaram email/ligaram perguntando a disponibilidade que eu tinha pra ir lá conversar com eles. O endereço deles é: ​U​FRJ - FACC, Sala 217, Campus da Praia Vermelha, Av. Pasteur, 250

      E foi através desse site que eu entrei em contato com eles: https://aiesec.org.br/

      Espero ter ajudado :)

  • Olá galera!
    me chamo Felipe, estou morando aqui na austrtalia - sydney. Eu gostaria de saber se tem possibilidade de fazer um intercamibio na espanha pela AIESEC ? Existe outros paises da europa?

    • Sim, é possível, Felipe. Mas tenha em mente que a maior parte das vagas da Aiesec está nos países em desenvolvimento, não na Europa Ocidental.

      Mas não custa tentar.

      Abraço e boa sorte.

  • Oi Rafael, sou pós-graduanda, mas não posso me ausentar da pós para participar do programa. Quando eu terminar o mestrado, já vou ter 2 anos de formada. Você sabe se isso seria um impedimento para participar?

    • Eu acho que a própria formatura na sua pós conta e faz esse prazo de dois anos recomeçar, mas é preciso checar com a Aiesec.

      Tomara que dê certo. :)

  • Obrigada pelo depoimento! Foi muito bom saber que não estou sozinha (também estou passando por muitos perrengues graves por conta da falta de assistência da AIESEC). Antes de viajar, pesquisei depoimentos sobre a instituição na internet e só encontrei comentários positivos. Tem muita coisa por baixo dos panos que precisa ser divulgada. O que aconselho aos novos intercambistas que estão partindo agora é: façam amigos nas cidades para onde estão indo, de preferência antes de viajar. Provavelmente eles é quem serão o seu braço direito na hora de resolver os problemas.

    • Pois é, Bianca. Às vezes eu tenho a impressão que a Aiesec acha que a viagem vale pela viagem e ponto final. Não importa muito se o projeto que você se interessou não existe de fato - se você vai chegar lá e ser inútil, não ajudar de forma alguma. O que importa, no fim das contas, é que você vai viver outras experiências e crescer. E sim, isso é verdade. Mas é uma pena que a Aiesec não consiga se organizar um pouquinho mais para evitar esse monte de intercâmbios em ONGs que na realidade não têm muita razão pra existir ou que não envolvem o apoio real do comitê local. Continuo achando que vale muito fazer parte da Aiesec, mas é preciso pensar bem e estudar bastante, de forma a evitar a frustração.

      Abraço

    • Oi Bianca! Pra onde você foi? Então, a culpa nem é da AIESEC em si, mas sim do comitê da cidade (como eu disse no meu post abaixo). Passei por muitos problemas também e nisso tive que adiantar minha passagem (com o dinheiro do meu bolso, claro). Mas a minha situação só não foi pior porque encontrei muita gente aqui que me ajudou bastante. Se dependesse do comitê eu estava lascado, rs.

      • Oi Bruno! Estou aqui em Gurgaon, apesar de ter aplicado para uma vaga em Delhi (quando o match aconteceu a galera da AIESEC Brasil me explicou que Gurgaon é uma parte de Delhi, mas não é verdade. É outra cidade mesmo). Acho que me expressei mal quando falei da AIESEC de uma forma geral. Não nego que o atendimento da AIESEC Brasil deixou a desejar, mas quando peço ajuda eles sempre me respondem. A AIESEC Delhi, além de ter me mandado para uma acomodação ilegal me deixou completamente desamparada desde que eu cheguei aqui, inclusive quando fui mandada pra fora desse alojamento pela própria polícia. Tive que arranjar um lugar novo pra morar e me mudar em questão de horas e o PG em que eu morava foi multado. E as coisas não param por aí: quando fui pedir o meu dinheiro de volta (pra quem não sabe, a gente faz o pagamento adiantado quando vai morar em um PG, ou seja: eu paguei dois meses de aluguel assim que cheguei) o dono não quis devolver porque ficou com raiva do alojamento ter sido multado por "minha causa". A AIESEC Delhi, ciente da situação, além de ter me feito passar por tudo isso não está movendo uma palha pra me ajudar. Para a minha sorte, tenho amigos aqui, mas se tivesse vindo sozinha certamente teria tido uma experiência traumática, pois posso fazer uma lista enorme do número de problemas que tive que poderiam facilmente ter sido evitados.

        • Olha, a Aiesec Índia é absolutamente incompetente. Eu tinha a impressão que eles só queriam beber e ir pra festas, francamente. Faziam muito pouco pelos intercambistas que estavam lá.

          Ainda assim, a Índia em si, apesar da quase inexistência da Aiesec Índia para te apoiar, vale a pena.

          Boa sorte aí :)

  • Realmente é o que você disse. Se você não pesquisar bem o comitê, você pode ter uma decepção e foi o que aconteceu comigo. Eu estou agora fazendo um intercâmbio pela AIESEC- Sincelejo na Colômbia. Houve diversas divergências de informações, meu projeto demorou 2 semanas pra começar e vai acabar 1 semana antes, demorei para ter um host. Tive que adiantar minha passagem. Fora também a falta de informações prestadas. Se me arrependo? De forma alguma. Conheci vários lugares desse país maravilhoso e estou montando um blog sobre os lugares que visitei e para ser sincero nem quero ir embora,rs. Ainda penso em fazer algum intercâmbio pela AIESEC de novo para tirar essa má impressão que tive. Ah, parabéns pelo site, sempre acompanho! Abraços!

    • Obrigado, Bruno. Há bons intercâmbios na Aiesec e há aqueles que só existem no papel. O jeito é pesquisar muito antes de escolher.

      Abraço.

      • Realmente, Rafael. Fiquei sabendo do caso de um grupo que veio pra cá pela AIESEC fazer trabalho voluntário e acabou que por algum motivo que ninguém sabe qual é esse projeto não rolou e essa galera tá aqui sem ter o que fazer. Tem coisas que são muito graves mesmo. Mesmo com todas as dificuldades ainda não me arrependo de ter vindo pra cá, pois como você mesmo disse, também estou quebrando a cabeça e aprendendo a me virar sozinha. O problema é que isso está acontecendo por conta da tremenda incompetência de uma instituição para a qual paguei para me providenciar assistência. Como eu disse pro Bruno, a pessoa que vier pra cá sob a dependência desse comitê sozinha provavelmente vai ter uma experiência traumática, infelizmente.

  • Não canso de ler o relato de vocês.Encoraja bem.
    Ajudou na escolha da AIESEC pros dois cidadão global que fiz, e agora está ajudando escolher o talentos globais. Eu tive otima experiencia com a AIESEC pros dois voluntariados, mas claro, sendo na Europa digamos, não é lá tão dificil. Vamos ver se consigo coragem para quebrar mais barreiras e ir mais longe e mais fora da zona de conforto :) Quero também experimentar um talentos globais na Ásia!

    • São mesmo experiências diferentes. Eu morei na Índia, como conto no post. Foi uma experiência incrível.

      Abraço.

  • Olá Rafael
    Descobri a AIESEC faz pouco tempo e fui selecionada para fazer o intercabio para trabalhar em startup. Aqui mesmo na América Latina,estou entrando em contato com pessoas que fizeram o intercambio pela AIESEC para tirar algumas dúvidas.
    Então, gostaria de saber se poderia entrar em contato comigo pelo email (katianesbr@gmail.com)?
    Obrigada, e parabéns pelo blog. Me ajudou bastante.

    • Oi, Katiane, tudo bom?

      Topo te ajudar, sem dúvida. :) Mas por conta da quantidade de contatos e e-mails que chegam, nós só respondemos dúvidas pelos comentários aqui no blog.

      Se tiver alguma dúvida especifica, basta postar aqui. Eu respondo 100% dos comentários, normalmente em 24 horas.

      Espero que entenda.

      Abraço.

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Publicado por
Rafael Sette Câmara

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